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História Sex Angel (jikook) - Vinte e sete


Escrita por: evyamaze

Capítulo 27 - Vinte e sete


Jimin segurava firme a mão do namorado, enquanto fitava a casa que intercalava entre o tom bege e o marrom.

Jungkook olhava para Jiwoo, numa expectativa gigantesca, enquanto os olhos da mãe percorriam por toda a fachada.

ㅡ Ela parece ser grande demais, não acha?

ㅡ Tem muito espaço livre, mãe. ㅡ aproximou-se e apontou para a frente. ㅡ viu o jardim? Eu sei como gosta de flores, e esse jardim é especialmente seu agora.

ㅡ Meu? ㅡ os olhos redondos giraram até fitar os dele.

ㅡ Sim, quer dizer, só se você gostar da casa. Vamos entrar.

A corretora MoonSeo presente - a mesma que havia vendido para Jungkook e Taehyung o espaço que seria a FireClub - seguiu em frente. Confiava na mulher para fazer a tal venda do novo imóvel, mesmo que Jiwoo apenas achasse que estavam indo ali somente para alugar.

A mais velha pisou no caminho de pedra reta que havia por entre o gramado verdinho e seguiu a corretora, sendo seguida pelos mais novos.

Fitou o jardim quando passou por ali, e sorriu, vendo as pequenas violetas e margaridas, numa combinação bonita de roxo e branco.

ㅡ Woah, porque uma porta tão grande? ㅡ a mulher perguntou, olhando a porta principal. ㅡ deve ter uns três metros.

ㅡ Na verdade, quatro. ㅡ MoonSeo falou, sorrindo.

ㅡ Tem certeza que pode pagar por isso tudo? Não seria melhor uma menor? ㅡ Jiwoo, mais uma vez, perguntou aquilo para o filho.

Lhe deixava desconfortável vê-lo pagar tanto por um local que ela também iria morar. Queria poder ajudá-lo, mas Jungkook fazia questão de que ela apenas descansasse, com o dito de que já havia trabalhado demais durante toda a sua vida.

ㅡ Não se importe com isso, mamãe, eu já falei.

ㅡ Jungkook será dono da maior boate de Seul e será muito rico, noona. ㅡ Jimin emendou, fazendo-o rir. ㅡ vou ter um namorado muito rico. ㅡ olhou-o, brincando.

O maior aproximou-se para deixar um beijo rápido e olhou outra vez para a Jeon.

ㅡ Podemos entrar? ㅡ perguntou.

A mulher assentiu e respirou fundo quando o filho digitou a senha dada pela corretora.

A porta não fazia barulho algum ao ser aberta, e somente aquilo já surpreendia Jiwoo. Viveu por anos numa casinha velha com portas de madeira, que faziam mais barulho que tudo, que qualquer conforto lhe deixava boquiaberta.

Jungkook abriu o suficiente para adentrarem e tocou o centro das costas da mãe, incentivando-a a ir.

Jiwoo caminhou incerta e parou no centro da sala. Seus olhos primeiramente notaram o quão espaçoso tudo era e em seguida, como o chão parecia polido, pois reluzia.

ㅡ Aqui é a sala de estar, os antigos donos costumavam espalhar usar cerca de cinco sofás e nenhuma Tv.

ㅡ Nenhuma TV? ㅡ Jungkook olhou-a surpreso.

ㅡ Isso, mas somente porque eles tinham uma sala especialmente para assistir TV, fora a sala de cinema.

ㅡ Tem sala de cinema? ㅡ Jimin, assim como o outro, olhou-a surpreso.

ㅡ Sim, fica na terceira porta do segundo corredor.

Jimin fitou Jungkook e em seguida Jiwoo. O Jeon não conseguiu esconder o grande sorriso que tal informação lhe trouxe, imaginou se reunindo com todos os outros e fazendo uma tarde incrível entre eles, com direito a pipoca e muito refrigerante.

ㅡ Seus olhinhos estão brilhando, e só acabamos de entrar. ㅡ Jimin sussurrou.

Jiwoo olhou o ambiente espaçoso e não conseguiu visualizar nada ali, parecia sempre que tudo ficaria bastante vago.

ㅡ É uma casa boa para crianças, não há escadas e a piscina é protegida. Vocês têm crianças?

ㅡ Ah… não. ㅡ Jungkook respondeu à mulher. ㅡ na verdade, sou eu, minha mãe e… ㅡ Seus olhos foram para Jimin. ㅡ e meu namorado. ㅡ voltou a fitar a mulher. ㅡ sem crianças por enquanto.

A mulher assentiu, vendo-os caminhar para os outros cômodos da casa.

ㅡ Por enquanto? ㅡ Jimin perguntou-o rindo.

ㅡ Quem sabe. ㅡ Jeon deu de ombros.

Fitaram a mulher abrir uma porta e surpreenderam-se ao notar um corredor largo ali.

ㅡ Aqui é a área dos quartos e o cinema. São quatro quartos no total, mas todos com suítes.

ㅡ Pensei que a senhora poderia ficar com o primeiro, mamãe. ㅡ Jungkook falou, atrevendo-se a abrir a porta para a mulher entrar. ㅡ podemos comprar uma cama bastante grande e confortável, alguns móveis de apoio e até uma poltrona se a senhora quiser.

ㅡ Tudo isso só para o quarto?

ㅡ É, eu vi na internet, alguns quartos têm disso. Aqui já tem closet, então não precisa de armários novos.

ㅡ O banheiro é bastante grande também. ㅡ Jimin disse, adentrando o lugar. ㅡ Oh, tem até banheira, noona!

Jiwoo abriu os olhos e caminhou até o genro, ofegando quando constatou que sim, havia uma banheira ali e seria somente sua.

ㅡ Kookie… ㅡ a mulher olhou-o, outra vez, boquiaberta.

E o filho apenas sorria orgulhoso.

ㅡ O próximo quarto é um pouco menor que este. ㅡ seguiram a corretora, adentrando o próximo cômodo.

ㅡ E o que seria aqui? ㅡ Jiwoo olhou Jungkook, caminhando para verificar a suíte daquele quarto.

ㅡ Pode ser um quarto de visitas. ㅡ respondeu-a. ㅡ o próximo também, ou talvez eu faça um escritório, não sei ainda.

ㅡ Mas e o seu quarto?

ㅡ Prefiro que seja o último, apenas por questão de… privacidade. Eu gosto de ouvir música enquanto durmo às vezes. ㅡ sorriu torto.

Jimin prendeu o riso e negou, fitando a face sem vergonha do namorado.

Seguiram até o último quarto e Jungkook pareceu ainda mais animado. O closet daquele era maior, talvez para um casal. A suíte possuía uma banheira dupla, duas duchas no chuveiro e até mesmo duas pias separadas.

ㅡ Esse é perfeito para vocês. ㅡ Jiwoo falou animada, fazendo-os sorrirem entre si.

ㅡ Há uma saída direta para a parte da piscina. ㅡ a mulher mostrou, abrindo a passagem de vidro transparente.

Jungkook aproximou-se, notando a área enorme da parte de trás com um gramado verdinho e a piscina com a proteção ao redor.

ㅡ Podemos fazer uma festa aqui, se quisermos, é tão grande. ㅡ falou, puxando Jimin pela cintura para que visse também. ㅡ o que você achou?

ㅡ É bonito.

ㅡ Só bonito? Diga algo a mais!

ㅡ É boa, tem bastante espaço e muitos cômodos, mas é você e a noona que precisam gostar, afinal, serão vocês que moraram aqui.

ㅡ Minie, você passa muito tempo conosco, é como se já morasse conosco.

ㅡ É verdade. ㅡ Jiwoo comentou, seguindo-os de volta para o corredor. ㅡ Até Fluffy tem um cantinho conosco.

ㅡ Não gosto de incomodar, senhora Jeon… as vezes acho que estou tanto tempo aqui, que vocês só não me expulsam por piedade, mesmo eu tendo meu próprio apartamento. ㅡ riu, sentindo Jungkook lhe abraçar pela cintura.

ㅡ A gente não expulsa porque você é bem-vindo. Pode passar um mês inteirinho aqui, eu juro que não reclamo.

Jimin negou, mas seguiu com MoonSeo, visualizando o cômodo que seria o tal cinema, com poltronas e sofás, junto uma tela grande e um projetor.

ㅡ O cômodo é totalmente isolado para que o som de dentro não saía, e o de fora não entre. Os antigos donos decidiram deixar todo o projeto montado, até mesmo as poltronas que são reclináveis e com botões que proporcionam massagens em determinadas áreas do corpo, mas se quiser, tudo pode ser removido.

Jungkook negou rapidamente, já se imaginava assistindo seus filmes de heróis ali, esparramado num dos sofás enquanto se enchia de pipoca, é claro que não permitiria acabarem com um local que quase se assemelhava ao céu.

ㅡ Podemos fazer sexo aqui. ㅡ Sussurrou no ouvido do Park, vendo-o abrir os olhos, virando-se rápido para lhe olhar. ㅡ estou brincando! ㅡ falou, antes de levar um tapa no ombro.

ㅡ Não fala essas coisas, sua mãe pode ouvir.

ㅡ Ela não vai ouvir. ㅡ sorriu, roubando um pequeno beijo que desmontou o menor por inteiro. ㅡ em breve vamos poder fazer amor onde quisermos.

Jimin fitou as duas mulheres saindo juntas do cômodo e tentou segui-las, mas o Jeon apenas segurou sua cintura com mais força, rindo enquanto fitava-o.

ㅡ Quero fazer amor gostosinho com você. ㅡ sorrateiro, beijou o pescoço de Jimin.

ㅡ Não é bem assim, agora você mora com sua mãe e não com Yoongi, vai aprender a manter o controle.

ㅡ Eu não sei me controlar quando é você. ㅡ sussurrou, beijando-o outra vez.

Jimin deixou um tapinha sobre o ombro do outro e ouviu as duas mulheres conversarem do lado de fora, tentou soltar-se outra vez e riu, voltando a encarar os olhos de Jungkook.

ㅡ Você está feliz, não é? Por isso não consegue se controlar.

ㅡ Estou me sentindo explodir. ㅡ riu outra vez, sentindo as mãos de Jimin irem para seu rosto, acariciando a derme. ㅡ acha que ela gostou?

ㅡ Ela amou.

ㅡ Ela parece estar assustada com o tamanho… Não sei o que ela pensa em como eu consegui todo esse dinheiro. E se ela achar que eu vendo drogas? Tráfico de bebês? Deus me livre, Minie!

Jimin riu, negando, mas aproximou-se para deixar um selar e sentiu-o suspirar, entregando-se ao breve toque.

ㅡ Você precisa contar a ela, sua mãe parece ser compreensível, e ela conhece a pessoa que você é, não vai te odiar.

ㅡ Você acha?

ㅡ Tenho certeza, mas agora vamos seguir, elas estão nos esperando e deixar alguém esperando assim é ruim.

Jungkook assentiu, unindo a mão a do outro e saiu, encontrando a mãe e a corretora conversando no início do corredor.

ㅡ Gostaram dos quartos? ㅡ Jiwoo perguntou, vendo-os assentir.

ㅡ Vamos ver o restante. ㅡ MoonSeo chamou-os.

O restante do lugar dividia-se entre a sala de jantar e mais aos fundos, a cozinha, o que, para Jiwoo, foi o mais surpreendente, a julgar o tamanho e todos os armários já dispostos ali.

ㅡ Aqui podemos comprar uma geladeira ainda maior. ㅡ Jungkook falou animado, fitando Jiwoo e Jimin. ㅡ Podemos pôr uma mesa também, e chega de comer em bancada ou no tapete.

ㅡ Mas tem a bancada. ㅡ Jimin apontou para a divisória de mármore branco, mas Jungkook negou.

ㅡ Vamos comprar uma mesa, assim podemos nos sentar todos, sem ficar apertadinhos em bancos e atrapalhados na bancada.

ㅡ Podemos deixar a bancada apenas para cozinhar. ㅡ Jiwoo falou. ㅡ aqui vai o fogão? ㅡ perguntou a mulher, fitando o espaço.

ㅡ Sim, de indução e abaixo a lava-louças ㅡ Jiwoo fitou o filho e viu-o com os olhos tão arregalados quanto os seus ㅡ Ah, os canos de gás são todos novos, os donos mandaram trocar para evitar acidentes, e o ponto do gás é lá atrás, numa área afastada também para evitar acidentes.

ㅡ Vocês não vão precisar fazer muita coisa, a casa está prontinha para a mudança. ㅡ Jimin falou, olhando-os.

ㅡ E então, o que achou? ㅡ Jungkook perguntou a mãe. ㅡ seja verdadeira, por favor. E não se importe com o tamanho ou o valor, diga-nos apenas o que achou.

A mulher olhou ao redor, mordendo o lábio inferior. Seu coração enchia-se de sentimentos bons, mas não somente pela casa, mas sim porque Jungkook era quem podia proporcionar aquilo.

Qual mãe não se orgulharia?

Voltou a fitar o filho, já com os olhos cheios e assentiu.

ㅡ Acho que podemos ser felizes aqui, como éramos antes de tudo acontecer.

Jungkook assentiu, caminhando até a mulher para abraçá-la, enquanto fitava Jimin no canto, sorrindo entregue para os dois.

ㅡ Com certeza seremos bastante felizes aqui.

[...]

ㅡ Eu isso acho inadmissível, Seojoon, você enlouqueceu? ㅡ Park Boram fitava o marido, enquanto sentia-se ferver em pura raiva. ㅡ Você irá nos falir por causa daquele seu filho mimado?

ㅡ Falir? ㅡ Seojoon riu. Estava de pé em sua sala, fitando a paisagem da cidade através da grande janela de vidro dali. ㅡ é só uma multa, Boram, não exagere.

ㅡ Uma multa milionária! Eu te proíbo de fazer essa loucura.

ㅡ Você não tem poder o suficiente para me proibir de algo, além do mais, é um contrato diretamente comigo.

ㅡ Que está ligado a empresa, ou você acha que isso não nos trará uma má reputação?

ㅡ ELE AMEAÇOU O MEU FILHO! ㅡ gritou, girando os pés e encarando-a. ㅡ eu engulo muita coisa por dinheiro, mas não admito tal coisa.

ㅡ E porque você não chama Jimin e conversa com ele? Isso não é mais fácil do que quebrar um contrato tão grande e pagar essa multa? Jimin está no luxo devido a nós dois, e agora está sendo mimado porque se juntou a um delinquente! Eu não admito que você quebre o contrato com Jongin, deixe que eu resolva isso.

ㅡ Você resolve? ㅡ Riu amargo, negando. ㅡ me diga, como?

ㅡ Você me subestima demais, Joon.

ㅡ Eu me recuso a atender Jongin, está decidido.

ㅡ Passe o contrato para mim, eu assumo.

Seojoon encarou os olhos estreitos da esposa e negou outra vez, aproximando-se até parar de frente com a Park.

ㅡ Você se ouve? ㅡ perguntou baixo, fazendo-a erguer a cabeça para lhe fitar. ㅡ ouve o que diz? Você quer defender um homem que ameaçou o seu próprio filho?

ㅡ Ele só fez isso por causa daquele garoto de programa, você sabe muito bem. Deixe comigo, eu vou até Jimin e vou fazê-lo parar com toda essa palhaçada imediatamente.

ㅡ Ah, é? E como fará isso?

ㅡ Isso eu resolvo!

Batendo fortemente as solas do sapato de salto alto que usava, a mulher saiu da sala, com seu queixo erguido e o semblante mais pleno que já usara, como se tudo estivesse sob controle.

O Park buscou por sua cadeira, afastando-a da mesa enquanto massageava as têmporas. Buscou o celular, buscando pelo número de Jimin e suspirou antes de discá-lo.

[...]

ㅡ O que ele será que ele quer? ㅡ Jimin fitava os olhos de Jungkook e Hoseok, sentindo-se arrepiar.

Jungkook percebia como Jimin ficava cada vez mais nervoso, buscou pelas mãos pequenas e sentiu-a fria.

ㅡ Fica calmo. ㅡ pediu baixo, abraçando-o. ㅡ quer que eu fique aqui?

ㅡ Eu quero, mas não sei se é o melhor.

ㅡ Vamos ficar sentados embaixo daquela árvore, se você precisar da gente, é só nos olhar.

O Park assentiu, ainda nervoso. Sentiu Jungkook prender as maçãs de seu rosto entre as mãos e encarou-os nos olhos, piscando os lumes devagar antes de simplesmente fechá-los, saboreando o selar calmo que o outro lhe dava.

ㅡ Estarei ali, tudo bem? ㅡ acariciou o rosto rechonchudo, vendo Jimin assentir.

Não demorou para que Park Seojoon adentrasse os portões da universidade. Jimin fitou-o, sentindo-se tremer, pois, para seu pai ir até si e não ordenar que ele fosse, algo muito errado estava acontecendo.

Jungkook deixou um beijo em sua testa e encarou o homem se aproximando. Afastou-se devagar de Jimin e seguiu até a árvore com Hoseok.

ㅡ Ele está correndo de mim? ㅡ A voz grave em tom de riso, fez Jimin se atentar. Fitou o pai e obrigou-se a fazer uma reverência respeitosa já que estavam em público.

ㅡ O que aconteceu?

ㅡ Você sabe o que aconteceu. E se eu vim até aqui, presume que já entenda a gravidade dos fatos, certo?

ㅡ Isso é sobre Jongin?

ㅡ Sobre a acusação que você fez.

ㅡ Não me diga que você veio até aqui para pedir que eu retire a acusação. Sinto muito, mas eu não vou-

ㅡ Eu falei algo? ㅡ Seojoon interrompeu-o, aprumando a postura e organizando a gravata, antes de olhar ao redor e fitar alguns alunos que adentravam. ㅡ Eu apenas disse que é sobre a acusação que você fez a Kim Jongin. E se quer saber, agradeça por eu ter vindo, pois, a sua mãe iria fazer isso e você sabe bem como Boram adora chamar atenção.

ㅡ Eu não estou nem aí, pai. Sinceramente. Mas sobre o que quer falar? Se a acusação é verdadeira? Porque sim, ela é. Aquele homem mandou outro me esfaquear apenas porque ele se acha dono do Jungkook.

ㅡ Esse é o ponto. Ele realmente quer aquele garoto. Você acha mesmo que vale a pena isso? Você sabe, Jimin, eu nunca proibi você de ser gay, somente pedi para que fizesse isso em um lugar onde os holofotes não recaíssem sobre a nossa família, mas agora, com tudo isso, o que acha que irá acontecer?

ㅡ Está mesmo preocupado com o nome da família? ㅡ Jimin riu, desacreditado. Já sentia o sangue ferver com tão pouco.

ㅡ Também, você sabe bem o quanto lutei para estarmos onde estamos, mas aquele homem é perigoso. Eu te avisei a primeira vez, e você continuou saindo com aquele garoto de programa.

ㅡ Jungkook. O nome dele é Jungkook.

ㅡ Não me importa nada disso, Jimin, apenas escute. Kim Jongin me procurou por causa da sua acusação. Ele te ameaçou diante dos meus olhos, bem à minha frente, e eu como seu pai, preciso pedir que pare com isso. Se você não parar, serei obrigado a quebrar um contrato milionário e isso afetará a todos nós, inclusive você, que usufrui desse dinheiro.

ㅡ Você não está se preocupando como meu pai, e sim como o advogado Park, de nome renomado e com uma conta bancária de dar inveja. Mas eu não me importo com nada disso. Não quebre contrato algum, eu sei me proteger.

ㅡ Porque você é tão teimoso assim? Você não entende, ficar com esse garoto fará mal a você e a todos.

ㅡ Eu amo Jungkook. E não existe nada que faça com que eu desista dele.

ㅡ Você o ama? ㅡ Seojoon riu soprado. ㅡ é mesmo?

Jimin travou a mandíbula e respirou fundo, aquietando as emoções.

ㅡ Se foi essa a sua tentativa de vir até aqui, perdeu seu tempo, papai. Eu não vou deixar Jungkook, nem por você, nem por Jongin. Eu não vou deixar a pessoa que eu amo por medo.

Seojoon fitou o filho virar-se e sair a passos pesados, rumando pelo gramado até se afundar no abraço de Jungkook.

Suspirou, adentrando as mãos no bolso do terno que usava e deu meia volta, saindo da universidade com a certeza de que aquilo seria mais difícil do que um dia pensou ser.

[...]

ㅡ Dorme comigo hoje, eu prometo que vai ser melhor do que ficar sozinho naquele apartamento.

Jimin estava dentro dos braços de Jungkook, repousando dentro do carro do maior enquanto os amigos conversavam do lado de fora.

Eram quase onze da noite, já haviam assistido todas as aulas e permaneciam ali somente porque sabiam e sentiam que Jimin ainda permanecia instável por causa da conversa com o pai.

ㅡ Acho que preciso ficar um pouco sozinho, Jun, tudo está uma bagunça por causa de mim.

Jungkook negou, abraçando-o mais.

ㅡ Claro que não, está uma bagunça por causa de Jongin. Mas o que o seu pai falou?

ㅡ Que ele me ameaçou. Não disse como, mas para o papai vir até a mim, com certeza foi algo sério.

ㅡ Acho que você precisa de um segurança particular e em tempo integral. ㅡ Hoseok falou, encostando-se na lataria do carro.

Jimin riu.

ㅡ Claro que não, Hobi, meu deus!

ㅡ Ele tem razão, Minie. Se quiser, eu contrato um segurança para você, eu e Tae estamos procurando empresas para contratar alguns para a Fire, podemos ver algo para você.

ㅡ Não, Jun, pelo amor de Deus. Eu não vou aceitar andar escoltado porque um louco não aceita que não é o seu dono e quer me matar porque estamos juntos.

ㅡ Então fique comigo. Pelo menos até irmos a julgamento e conseguimos a ordem para Jongin ficar longe. Eu não iria me perdoar que ele te fizesse algo por minha culpa, Minie.

ㅡ Você não pode ficar comigo vinte e quatro horas, Jun. Eu faço estágio, esqueceu?

ㅡ Eu posso te levar e buscar. Levo até o coisinha Lee e o Hobi se quiserem, não me importo.

ㅡ Não precisa, meu amor. ㅡ Jimin virou-se, sorrindo antes de selar os lábios de Jungkook. ㅡ ele não vai fazer nada.

[...]

ㅡ Esse é o novo endereço? ㅡ Jongin fitou o papel, sorrindo em pura satisfação.

ㅡ Ainda estão realizando a mudança, mas sim…

ㅡ É no seu condomínio, não é?

ㅡ Bem… sim, mas-

ㅡ Sem mas. Dê um jeito de entrar nessa casa e colocar uma coisa lá por mim.

ㅡ Que coisa? Não quero fazer mais nada disso. Eu já falei, acabei com meu casamento porque quis me livrar desse inferno, só me deixe em paz agora.

ㅡ Você acabou com seu casamento porque fodeu com outro, Jooheon. ㅡ riu alto, inclinando-se para abrir uma gaveta em sua mesa.

ㅡ Me deixe ir. Soube que foi intimado a depor sobre uma acusação que Jungkook e Jimin fizeram. A polícia saberá mais cedo ou mais tarde sobre tudo isso, eu não quero estar no meio.

ㅡ Deixe de ser bunda mole e faça-me esse favor. Depois eu… posso pensar se te deixo em paz.

ㅡ Eu não vou fazer nada.

ㅡ Tem certeza? ㅡ O médico’ encarou o outro, retirando uma arma da gaveta e colocando-a sobre a mesa. ㅡ Taurus G2C nove milímetros, com capacidade para até doze tiros. ㅡ riu, notando a palidez do Lee ao encarar o objeto. ㅡ o gato comeu a sua língua? ㅡ Girou a arma sobre a madeira, parando o cano para Jooheon. ㅡ Ande, fale. O que você dizia mesmo…?

Jooheon deglutiu o bolo que formou em sua garganta e sentiu os olhos arderem.

ㅡ Maldita foi a hora que eu te apresentei o Jungkook. Você é um louco, lunático, um doente! Não vai nunca ser feliz com ele. Nunca! ㅡ cuspiu as palavras, tremendo, intercalando os olhos de Jongin para a arma.

Jongin ergueu-se, sentindo raiva e buscou a arma, destravando-a e mirando na testa de Jooheon.

ㅡ Repita. ㅡ pediu com ódio. ㅡ repita e eu te mato aqui e agora.

Os olhos de Jooheon queimaram, suas lágrimas desceram por seu rosto, evidenciando completamente o seu medo.

Jongin fitou aquilo e riu, abaixando a arma enquanto sentava na mesa.

ㅡ Não complique as coisas assim, você sabe, ainda somos amigos.

ㅡ Se houve uma época em que já fomos amigos, ela se perdeu. Você mudou completamente, eu nunca pensei que você seria uma pessoa tão má assim.

ㅡ Má? ㅡ riu soprado, negando. ㅡ eu não sou mal, apenas quero o que é meu, qual o erro disso?

ㅡ Você poderia ter cuidado dele enquanto o tinha, ter dado amor do modo em como ele te deu. Eu vi Jungkook largar tudo para ficar com você, e você sempre o maltratou. Se o quisesse de volta, teria mudado, teria o reconquistado e não o afastado ainda mais com todo esse medo que está causando. Ele não vai voltar para você assim nunca.

ㅡ Ele irá, eu sei que irá. ㅡ falou suspirando, cansado. Jongin ergueu-se, voltando a sentar na cadeira e guardou a arma, buscando da gaveta uma caixinha minúscula para entregar ao Lee. ㅡ quero que entre naquela casa e coloque isso para mim.

Jooheon buscou e arregalou os olhos para o Kim.

ㅡ Eu não…

ㅡ Você consegue. Não se esqueça, somos amigos. ㅡ piscou, fechando a gaveta no fim.

[...]

ㅡ Tudo ficou tão bonito! ㅡ Jiwoo fitava a casa parcialmente mobiliada.

Alguns móveis novos haviam chegado com rapidez, e isso fez Jungkook ficar animado.

Havia um sofá, uma TV ainda maior do que a que deixou no apartamento com Yoongi e um tapete fofinho e felpudo, que era onde o Jeon mais passava seu tempo enquanto assistia a algo.

Jimin havia lhe ajudado a escolher duas poltronas também, e estavam uma de cada lado. A estante de livros e os bonecos de Jungkook estava no canto. Não havia guardado em seu quarto, pois, segundo ele, aquilo era para serem realmente vistos.

Quem compra livros para ler e depois guarda sem que outra pessoa possa ver e invejar?

Jungkook claramente não era essa pessoa.

O quarto principal e o de Jiwoo também já estavam prontos, a cozinha já estava com a geladeira e o fogão que Jungkook havia escolhido com a mãe, mas ainda faltava a lava-louças e a mesa que o Jeon tanto queria.

Todo o restante da casa também estava parcialmente vazio, mas não estavam tão ansiosos, pois já viviam com tranquilidade no lugar do modo em como estava.

ㅡ O que me diz de uma tarde de piscina? ㅡ Jungkook fitou a mãe, animado. ㅡ Posso chamar o Minie e todos os outros, nós passamos o dia comendo, bebendo e nos divertindo.

ㅡ Acho legal, mas… ainda precisamos ir ao mercado. A dispensa está praticamente vazia.

ㅡ Não é problema, mamãe, vamos agora mesmo.

ㅡ Tem certeza?

ㅡ Claro, vou só buscar minha carteira.

Jiwoo fitou o filho e suspirou. Ainda tentava compreender como Jungkook tinha tanto dinheiro guardado, já que ele mesmo havia lhe dito que havia investido quase tudo na tal boate.

Fitou o filho retornar e buscou a bolsa, seguindo-o até o carro.

ㅡ Kookie… nós ainda não conversamos.

Jungkook prestava atenção na rua vazia, retirando o carro da garagem.

ㅡ Sobre o quê?

ㅡ Sobre tudo isso. ㅡ a mulher ajeitou o cinto de segurança e fitou-o melhor. ㅡ sobre todo esse dinheiro que você tem.

Jungkook arregalou os olhos, mas tentou manter a calma, ainda focado no trânsito.

ㅡ Como conseguiu tudo isso? ㅡ Jiwoo perguntou.

Era aparente a forma em como Jungkook ficou nervoso, a mulher até viu-o umedecer os lábios e sentiu-se nervosa também.

ㅡ Você fazia alguma coisa errada? Pode contar para a mamãe, eu não vou brigar.

ㅡ Não é isso, mãe. ㅡ riu ainda mais nervoso.

ㅡ Não eram drogas, certo?

Jungkook olhou-a brevemente e reduziu a velocidade, prevenindo de causar um acidente no trânsito, enquanto sentia suas mãos suarem.

ㅡ Não, eu nunca usei ou vendi isso, te juro.

ㅡ Tráfico de bebês?

ㅡ O quê? MÃE!

ㅡ O quê? Eu vi sobre isso no jornal ontem a noite.

ㅡ A senhora me conhece, acha mesmo que eu teria coragem de roubar ou traficar um bebê? A senhora sabe que se eu fizesse isso, eu choraria pela mãe que ficou sem seu filhinho.

ㅡ É verdade. ㅡ Jiwoo fitou a frente e viu Jungkook reduzir ainda mais, parando no canto direito.

Jiwoo fitou-o, vendo-o respirar fundo antes de encarar-lhe.

ㅡ Eu não quero que ache que o que eu fiz foi algum crime, porque não foi.

ㅡ Tudo bem.

ㅡ Eu… trabalhava com o corpo. ㅡ falou, sentindo o coração querer sair pela boca. ㅡ eu… ganhei muito dinheiro com isso, mas eu já parei.

Jiwoo manteve quieta, encarando os olhos de Jungkook para perceber somente a verdade ali. A mulher desviou os olhos, fitando o painel e parecia absorta na informação.

ㅡ Mãe, eu-

Jiwoo apenas ergueu a mão, pedindo-lhe para parar. Seus olhos ainda fitavam a frente, mas não era como se enxergasse de fato algo ali.

Sua mente trazia coisas demais à tona, mas seus olhos ardiam.

ㅡ Você fez isso porque precisava? ㅡ perguntou, depois de um longo intervalo.

ㅡ No começo, sim. ㅡ respondeu, quieto. ㅡ eu só trabalhava em um local de meio período, e não pagava bem. Eu já havia prometido cuidar da Somi depois que a senhora se foi, mas quando ela sumiu também, eu só queria encontrar vocês o mais rápido possível, por isso aceitei a primeira proposta que tive.

ㅡ Então é culpa minha… ㅡ a mulher falou, fechando os olhos com força. ㅡ eu sumi, eu deixei vocês sem nada.

ㅡ Não, mãe, claro que não. ㅡ Aproximou-se para buscar as mãos da mãe, mas parou antes que o fizesse, alertando-se a algo que nunca havia sentido antes.

E se agora ela sentisse nojo de si?

ㅡ Eu não fiz nada por causa de você. Vivi disso por longos cinco anos, assim que cheguei a Seul. Consegui muitas coisas assim, meu apartamento, meu carro e estou quase com meu diploma, mas meu curso já está quitado. Agora tenho a senhora, uma casa para vivermos bem, e foi por causa disso.

ㅡ Então… você fazia por querer?

Jungkook demorou para assentir, mas o fez no fim, fitando os olhos da mãe recaírem sobre os seus.

ㅡ Não sinta nojo de mim, por favor. ㅡ pediu, amedrontado. ㅡ eu não sou um erro ou um imundo. Eu sempre vi isso como outra profissão qualquer, mas eu sei o quão julgado eu já fui. Mas eu só fiz isso para ser feliz, mamãe. Hoje eu tenho tudo, e é graças ao meu esforço.

Jiwoo outra vez precisou de um tempo, até voltar a fitar Jungkook.

ㅡ Você era feliz?

Jungkook encolheu os ombros e suspirou.

ㅡ Na maioria das vezes, me senti bem porque era algo que eu gostava. Mas não vou mentir que foi sempre bom, foi bastante difícil.

ㅡ Alguém te machucou?

ㅡ Sim, mas… isso não importa mais. Estou bem, estou saudável e tenho as pessoas mais importantes ao meu redor. Hoje eu quero apenas te fazer feliz e reaprender a amar com o Minie. Eu quero que tudo volte a ser somente bom.

ㅡ Tudo bem. ㅡ Jiwoo assentiu, mais para si do que para o filho. ㅡ foi um choque, eu admito. Mas se você era feliz, o que posso fazer?

ㅡ Apenas me apoie agora, tudo bem? Não sou alguém sujo, ainda tenho sonhos, e quero que esteja ao meu lado para realizá-los.

Jiwoo olhou-o e sorriu brevemente. Buscou pela mão de Jungkook e surpreendeu-o quando deixou um beijo no dorso.

ㅡ Eu amo você, filho. Nada, jamais, vai fazer esse amor acabar. Eu entendo que tenhamos nossas diferenças, mas somos felizes assim, certo?

ㅡ Somos muito felizes.

ㅡ Então tudo bem. Agora eu sei dos seus sonhos e estou sonhando junto a você, e obrigada por ser verdadeiro comigo, não é todo filho que consegue contar algo assim para uma mãe, mas estou feliz que você confie em mim assim.

ㅡ Eu estava morrendo por dentro, mãe, acredite. Desde o início eu queria contar, Minie até estava me ajudando a encontrar uma forma para isso.

ㅡ Jimin sabe disso?

ㅡ Ele sabe desde quando nos conhecemos. Eu e ele… sempre fomos verdadeiros um com o outro. ㅡ sorriu.

Não precisava contar a Jiwoo as circunstâncias que o levaram a conhecer Jimin, mesmo que até o presente, Jungkook agradecia ao universo por fazê-lo ir até aquele apartamento para atender um novo cliente.

Sem aquilo, jamais teria encontrado a ponta do fio do destino, sua alma-gêmea.

ㅡ Vocês são como energia para mim, me faz tão feliz ver o modo em com se olham, se tratam…

ㅡ Minie diz que o nome disso é boiolagem. ㅡ Jiwoo riu, negando, mas encarou o filho e sentiu-se leve. Tocou a bochecha de Jungkook, deixando um afago carinhoso ali.

Ainda lamentava no fundo, era de um tempo diferente do de Jungkook, e fazer o que ele fez, ainda era algo visto como errado, mesmo ela tendo a plena certeza de que ele havia feito por que quis. Mas era seu filho, seu maior amor na terra, o que faria? O deixaria outra vez? Isso jamais passaria em sua mente como uma alternativa. Apenas continuaria amando-o, pois, se Jungkook estava feliz e saudável, nada além importava.

ㅡ Agora podemos ir antes que eu leve uma multa por estacionar em um local proibido? ㅡ perguntou, sorrindo doce para a mais velha.

Jiwoo respirou fundo, assentindo enquanto mantinha um sorriso doce em retorno.

ㅡ Claro, vamos logo, meu anjo.

Seguiram para o mercado com a certeza nos corações, nada mais faria com que se separasse.

Nada.



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