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História Sex Doctor - Capítulo 6


Escrita por: juicypie e Steele--

Notas do Autor


HELLOU!, aqui e a steele, passando para havisar que o capitulo está revisado, totalmente modificado pós passei o pov todinho para a visão da Mia <3 espero que gostem dessa nova version sz

bjss sz

Capítulo 6 - Capítulo 6


Seattle Washington; 18H25M, Sábado.
Mia Adams Point Of Views

 

Estava conversando com Nina sobre algumas regras básicas do dominó e também sobre sua proposta de deixar o jogo mais "divertido" e interessante. Não estava a me opor exatamente, mas em todo caso não achava bom aquilo, não naquele momento.

— Bennett, nós estamos pondo regras no Jogo e uma aposta também, aproxime-se. — Nina o chamou fazendo sinal com a cabeça.

Justin sorriu andando até nós. Quando aproximou-se, o mesmo puxou uma cadeira vaga, que estava a minha frente, para se sentar.

— A Dupla que ganhar poderia ordenar algo para a dupla perdedora. — Ryan deu a ideia, ajeitando-se em sua cadeira.

Nina rapidamente deu um joinha de acordo, doutor Bennett apenas fez um meneio de mão que levei como um “tanto faz”.

E eu? Se quer falei o quanto achava aquilo uma péssima ideia.

— Eu e Ryan, contra vocês dois, pode ser? — Nina sugeriu, me lançando um olhar furtivo, apenas assenti concordando com a sua oferta.

Sabia perfeitamente que a mesma estava tentando criar mais momentos com Ryan, na clara intenção de fazê-lo se interessar de outro modo por ela. Ela gostava muito do intensivista.

— Precisa que eu o ensine a jogar, doutor Bennett? — Questionei o olhando de lado, vendo o divertimento dominar o seu olhar e ele se apoiar sobre a mesa me olhando atentamente.

Ele estava estranhamente com uma postura relaxada, porém ainda existia uma aura a seu redor intrigante e sensual, o que me fez comprimir as pernas para conter o meu corpo que reagia involuntariamente.

— Não vai precisar Mia, eu sei jogar muito bem. — Ele retrucou, estreitando os olhos para mim.

Ele havia posto um duplo sentido naquela fala, o jeito como ele me olhava provava isso, Justin estava tentando me instigar a notar, e no final, ele conseguiu o que queria.

Pressiono meus dedos contra o copo do coquetel que tomava, me sentindo levemente febril.

— Vamos começar com isso então. — Nina falou, girando as peças sobre a mesa, enquanto Ryan abria uma garrafa de cerveja com os dentes.

 

[...]

 

Em nenhum momento se passou despercebido a situação que todos presentes a mesa viviam. Nina tagarelava mais do que o normal enquanto Ryan tentava a todo custo tomar a cerveja que Justin o proibiu de ingerir, o mesmo já estava na sua cota máxima de álcool naquela noite. Drobev nem se fala, ela só não estava detonando mais um copo de whisky porque eu o escondi embaixo da mesa. Contudo, o jogo tinha seguido bem, e estava da seguinte forma: Doutor Bennett e eu estávamos perdendo feio, por 3 a menos que a dupla de bêbados. Era vergonhoso, mas precisamos admitir que eles mandavam muito bem.

— AHÁ! — Nós assustamos com um grito de Nina que se levantava da mesa. — Nós... ganhamos. — Ela cambaleou um pouco e eu tentei ajudá-la enquanto ela ria. — Quem é a melhor jogadora? — Perguntou voltando a sentar na cadeira.

— Vo...cê! — Ryan respondeu entre risadas altas.

Olhei para Justin segurando sorrindo torto. A sua situação também não era diferente da minha, todavia, o ginecologista estava claramente se divertindo ao vê-los daquela forma.

— O que fazerem vamos mandar eles? — Nao consegui segurar a risada, sendo rapidamente acompanhada pela rouquidão e sensualidade das gargalhadas de Justin.

— O que vamos mandar eles fazerem, Ryan. — Eu o corrigi, vendo seu sorriso maroto se estender.

— Eu já sei o quê! — Era mais que perceptível o tom de voz de Nina, ela ergueu a mão no ar, e em seguida apontou para o doutor Bennett que arqueou uma sobrancelha, fitando-a sem entender.

— Justin, beije a minha amiga, Mia! Mas não aquele beijos sem graça, tem que ser a moda Sam Wheat e Molly Jensen em Ghost. — Piscou um dos olhos de um modo sugestivo.

— Nina! — Falei exaltada, não gostando nadinha daquela proposta indecente, eu não vou beijá-lo, não mesmo.

Quando voltei a minha atenção a Justin, ele parecia bem interessado naquela proposta, tanto que dava para perceber seu sorriso maroto no canto da boca enquanto o mesmo me fitava de lado.

Ryan aproveitou o momento para capturar novamente a sua cerveja das mãos de Justin. O Butler comemorou já abrindo a garrafa e levando a bebida goela a baixo. Acho que se quer percebeu o que a companheira havia ordenado.

Doutor Bennett não tentou impedi-lo como das outras vezes, estava concentrado demais nas minhas feições para repreender o amigo. Justin parecia querer me dar o bote, ao dar indício de que iria se aproximar de mim.

Num ato de pura ato proteção, rodei a mesa até Nina, tentando convencê-la a mudar de ideia.

— Ta, ta, ta. Okay, já entendi. — Nina respirou fundo, roubando um gole da cerveja de Ryan logo o devolvendo.

— Isso não vai acontecer, doutor Bennett, desculpe pelo mal entendido, era só uma brincadeirinha de Nina. — Sorrir amarelo, tentando ser o mais casual possível.

— Sem problemas, Adams. A sua amiga só achou que estaria prestes a te conceder esse desejo, mas eu faria se fosse apenas técnico. — Ele foi grosseiro, negando veementemente que não queria aquilo, quando eu e ele sabíamos que isso era uma tremenda de uma mentira.

Me senti furiosa pelo seu cinismo.

— Ai meu Deus! — Nina levantou-se. — Estão escutando isso? — Ergueu o dedo indicador para o alto com os olhos arregalados. Franzi o cenho confusa, mas só então percebi que o som estava ligado, não tão alto, mas o suficiente para escutarmos a música lenta. — True Colors, eu dancei no meu baile de formatura, eu amo essa música! Ryan dança comigo? — Ela o encarou animadamente, ele assentiu risonho levantando-se da cadeira para circundar a mesa até ela, tropeçando nos próprios pés. — Mia, dance com o doutor Bennett também!

Os dois com uma extrema dificuldade se posicionaram no meio da sala para dar início a uma dança.

Sorri contente pela iniciativa de Nina, eles se divertiam tanto juntos, e no meu ver, formavam um belo casal, o tipo a qual você torce até o fim. Porque qualquer pessoa que parasse para vê-los assim, perceberia que Ryan também sente algo pela morena, mesmo que ele não tenha percebido ainda.

Noto uma mão se estender em minha frente e o meu coro cabeludo coçar em apreensão. Levo meus olhos até os dele, vendo as íris carameladas me olhando em expectativa.

— Não, obrigada... Eu não sei dançar. — Falei com um sorriso forçado.

Bennett revirou os olhos entediado.

— É claro que sabe. — Justin segurou firmemente a minha mão direita, me puxando num único impulso, que me pôs de pé rapidamente.

Doutor Bennett guiou-me até o centro da sala, aonde os outros dois dançavam mais lentamente, parecendo saborear aquele momento.

— Justin, eu não realmente... — Tentei argumentar novamente, mais quando volto minha atenção para o seu rosto, Bennett me ignora totalmente, pressionando o seu corpo contra o meu meu, deixando meus batimentos cardíacos acelerados.

— São dois passinhos pra lá e dois passinhos pra cá, Mia. — Eu o olhei apreensiva por ele não me dar ouvidos.

Justin levou lentamente minhas mãos ao redor de seu pescoço, e foi me conduzindo pela minha cintura, sem de maneira alguma tirar seus olhos de mim. Ele estava com uma expressão séria e compenetrada, mas seus olhos não escondiam o seu divertimento em me ver ceder tão facilmente a ele.

Viro o rosto para o lado, demonstrando explicitamente estar emburrada com o mesmo. Apesar de que no fundo eu esteja formigando de excitação pela aproximação de nossos corpos.

O meu parceiro de dança acelerou os passos com maestria, me conduzindo feito pluma pela sala, aproveitando o espaço exposto do meu pescoço, para encaixar seu rosto ali, ralando sua barba por fazer no mesmo.

Eu erigir, mas não consegui impedir, apenas apertei o tecido da sua blusa, no colarinho, num claro aviso de como ele me afetava.

Justin riu travesso e retirou seu rosto do contorno do meu pescoço, não sem antes deixar um casto beijo naquele local, deixando minha pele dormente. Lentamente ele foi deslizando seus dedos ágeis pelo contorno do meu corpo, pressionando seu dedão pela minha lombar, me fazer sofregar e ele rir mais.

Bennett voltou a beijar meu pescoço quando o olhei numa clara repreensão, mas ele não ligou e continuou a me estimular, de maneiras simples e marcantes, deixando-me zonza de tesão. Quando tomei força para empurrá-lo, ele me trouxera de volta para si, rindo prepotente, enquanto me abraçava de uma maneira desajeitada, segurando a minha mão delicadamente, enquanto conduzia-me pela dança.

Murmurei frustrada, pelo modo como ele me submetia a seus caprichos. Ele sorriu sussurrando a letra da música com a sua voz rouca e lasciva.

And the darkness inside you, can make you feel so small. — Tentei não achar incrivelmente bonito a sua voz na ressonância daquela música, mas ele parecia ser perfeito em tudo, o jeito manso e ruidoso como ele buscava fôlego para continuar, ficou se repetindo em minha mente, deixando o meu corpo vibrando em excitação.

Ele tinha esse poder, e eu não poderia me materializar mais por isso.

— Ryan, eu preciso te dizer uma coisa muito séria. — Desviamos nossos olhares para Nina, encarando o companheiro de dança com ardor, parecendo tomar fôlego para lhe dizer algo importante.

Ela gesticulava de uma maneira tosca, o seu dedo indicador, de cima para baixo, próximo ao rosto de Ryan.

— Tudo bem, Nina, pode me falar. — Ele a encorajou, deixando a morena ainda mais confiante.

— Eu realmente estou querendo contar isso a algum tempo, mas nunca consegui tomar a coragem necessária. Ryan, eu amo...

Quando percebi a gravidade daquela situação, sai dos braços de Justin e tomei as rédeas antes do pior acontecer. Não que minha amiga revelar seus sentimentos fosse ruim, mais era contra justamente isso que ela tinha me feito prometer intervir.

— Nina! Nós precisamos ir pra casa, já está tarde e temos trabalho amanhã. — A interrompi, puxando-a pelo cotovelo para perto de mim.

— Mas eu preciso dizer ao Ryan que... — Espalmei minha mão sobre a boca de Nina, recebendo uma mordida em agradecimento. Ai! Contive o xingamento.

— Você pode dizer isso amanhã quando estiver mais sóbria, o que acha? — Contrapus, sorrindo nervosamente para a mesma, arrastando-a para longe de Ryan que ainda olhava tudo muito aéreo.

— Mas eu... Eu, tô sóbria, Mia! — Retrucou de uma maneira manhosa e dramática, me deixando irritadíssima, ela estava parecendo uma criança mimada.

— Deixa ela falar o que tem pra falar, ela está bem, amanhã não vão nem lembrar disso. — Justin se pronunciou pela primeira vez, me fazendo bufar de raiva.

O lancei um olhar repreendedor, na clara intenção de avisá-lo para ele não se intrometer.

— Eu quero saber... — Ryan se pronunciou com uma voz grogue, só piorando a situação.

Doutor Bennett me encarava desconfiado e eu me preocupei em Nina que cruzara os braços se distraindo com os fios do próprio cabelo.

— Ela não está bem e nós vamos para casa, doutor Bennett. — Insisti o vendo se render, dando de ombros. — Ai meu Deus, eu não sei pilotar o Henry.—  Bati rapidamente minha mão em minha testa lembrando desse pequeno e importante detalhe.

— Pilotar o Henry? — Justin questionou confuso.

— Sem problemas, eu dou uma carona a vocês. — Ryan disparou, já retirando as chaves do carro de seu bolso, mas não demorou a cambalear, tirando risadas de Nina que se apoiará em mim bocejando em seguida.

A segurei, prevendo seu possível apagamento, era sempre assim.

— Ah, claro! Para acabarem indo parar no hospital ou então seguir reto até o tal esperado paraíso no céu. — Justin falou, pegando rapidamente as chaves da mão de Ryan, o ouvindo bufar e se jogar no sofá. — Porque não tenta ficar sóbrio de baixo do chuveiro Ryan? Pode deixar que eu levo as duas. — Ele esfregou o rosto assentindo e pediu desculpas para mim e Nina, que o olhava meio sonolenta.

Voltou a fitar Justin, que se aproximava lentamente.

— Pega, essa é a chave do meu carro. — Ele trocou as chaves do mustang pelo retângulo em seu bolso, o jogando para mim. Pego o objeto de maneira assustada o observando apoiar um dos braços de Nina em seu pescoço, a ajudando a se recompor. Ela já estava quase dormindo.

— Vamos. — O loiro falou, já indo para a saída do apartamento.

— Hum. — O segui logo atrás, acenando rapidamente para Ryan, que já acreditava dormi em cima do sofá.

Me abriguei a andar mais rápido a tempo de abrir a porta para Justin.

— Obrigado. — Ele me olhou rapidamente e sorriu, enquanto entrávamos no elevador que se abrirá para nós enquanto um vizinho qualquer de Ryan saia pelo mesmo.

 

[...]

 

Longos minutos se passaram do caminho da casa de Ryan até a minha. Não havíamos chegado ainda, entretanto, eu sabia que estávamos próximos.

Justin e eu não trocamos mais do que cinco palavras dentro do carro, ele só fazia perguntas simples como se estava indo no lugar certo e em que rua entrar, já que ele não sabia aonde era a minha casa.

Bennett estacionou o carro em frente ao meu prédio já apertando a trava do cinto o liberando — Repito o ato igualmente. — respirando fundo o ar gélido da madrugada enquanto saia do carro, o mesmo já havia rodeado o veículo até o meu lado.

— Deixa que eu pego ela. — Não respondi nada, apenas abri a porta de trás do carro para ele. Justin tomou minha amiga bêbada nos braços e a carregou no colo como se ela fosse um bebê.

Pego a minha bolsa fechando a porta, ouvindo o alarme que ele soou ao se travado pelo doutor Bennett.

Fui andando na frente, seguindo reto pelo saguão indo até o elevador. Aperto o botão para subir, esperando em frente as portas metálica, Justin estava logo atrás. As portas não demoraram a se abrir, revelando um espaço vazio, onde não demoramos a ocupar.

— Esse prédio é sempre tão vazio? — Justin falou der-repente.

— Não... — Abro a minha bolsa pegando o celular de dentro, olhando as horas. — Deve ser porque já passa das duas da manhã, eu acho. — Comendo o fitando em seguida.

— Hum... Deve ser por isso mesmo.

Engulo em seco com o seu timbre de voz sedutor.

— Uhum.

As portas logo se abriram, permitido a nossa saída. Já com as minhas chaves em mãos, aperto meus primeiros passos pelo estreito corredor que era levemente iluminado por pequenos abajures nas paredes, passando por algumas portas até chegar ao meu.

Olhei de relance para trás e pude ver o doutor Bennett se aproximando com Nina ainda desacordada em seus braços, completamente desajeitada e com os cabelos cobrindo todo o rosto. Repreendi-me de soltar qualquer risada que fosse para não acordar os vizinhos e nem passar vexame na frente de Justin.

Assim que abri a porta não tardei a entrar, dando espaço para a passagem de Justin.

— Obrigado.

Fecho a porta assim que o mesmo já seguia pelo cômodo, segui rapidamente até o sofá depositando minha bolsa lá e indo acender as luzes da sala e do corredor.

— A sua amiga tem um belo apartamento. — Direciono o meu olhar para o mesmo, enquanto ele vinha a me seguir.

— Esse não é o apartamento dela. — Sorri levemente ao abrir a porta do quarto de hóspedes.

— Hum... — O fitei por um tempo, o observando sorrir de lado. — Eu adoraria bater um papo onde eu peço desculpas, mas... Onde ponho a sua mercadoria, doutora? — Perguntou, se referindo a desmaiada nos braços.

— Ah, pode deitá-la ali. — Apontei para a cama de lençóis imaculados. — Vou beber um copo d'água, volto em um minuto.

Ele assente e vou até a cozinha rapidamente, me servindo de um gole generoso. Quando volto encontro o doutor Bennett encostado sobre o batente da porta.

— Prontinho, estão entregues.

Sorri apertando os lábios, sentindo-me um pouco constrangida ao tentar não pensar na pose sexy que ele estava fazendo.

— Obrigado. — Justin por um curto minuto me encarou com um olhar arteiro. 

Dou um passo para trás inconscientemente, quando o mesmo desencosta do batente.

— Não tem de que. — Balanço a cabeça concordando, enquanto o mesmo não cessava seus movimentos, me fazendo repetir os mesmo passos para trás de antes.

Já estávamos entrando no meu quarto quando o mesmo parou subitamente.

— Será que... Eu posso usar o banheiro? — Apontou para a porta do outro cômodo do meu quarto.

— Sim mas tem outro banhei…

— Não precisa, eu não irei demorar muito, obrigado. — Justin me interrompeu quando tentei propor o outro a qual não era um local tão íntimo.

Minhas bochechas ruborizaram ao vê-lo entrar no meu banheiro e fechar a porta em seguida.

Suspirei intensamente contendo-me de qualquer pavor que seja. 

Sigo até o quarto da frente, prestando atenção em Nina largada na cama enquanto murmurava qualquer coisa. Ando até o guarda roupa abrindo-o para retirar um edredom de lá, assim que pego o que queria, o fecho e volto a ir até a cama. Coloco o cobertor ao lado dela enquanto tiro os seus sapatos altos primeiro, os largando no chão embaixo da cama, em seguida, a livrei das joias que usava para não machucá-la em seu sono. Por último, cautelosamente, retiro o seu casaco de couro. 

Nina continuava resmungando algo, tão baixo que quase não pude escutá-la chamar o nome do Ryan. Depois de deixá-la confortável para dormir, comecei a desdobrar o cobertor, erguendo-o no ar e finalmente depositando sobre a minha amiga desfalecida, que com certeza estará com uma tremenda dor de cabeça amanhã.

Haviam se passados longos minutos durante o tempo em que velava o sono de Drobev, e logo me lembrei que o doutor Bennett ainda estava no meu banheiro. Meu subconsciente logo me alertou de que sua demora não era bom presságio, o que me fez voltar imediatamente para o meu quarto. Já em frente a porta do banheiro, no tempo em que ajeitava o meu óculos que teimava em se afastar dos meus olhos, ergui meu punho direito no alto pronta para bater na porta.

Toc, toc.

— Doutor Bennett? — Falo precisamente, e sua resposta não tarda a aparecer.

— Você toma pílula do dia seguinte, mas que surpresa boa, doutora Adams. — Franzi o cenho com o seu comentário do outro lado da porta.

Rapidamente, sem me importar se haveria consequências ou não, abri a porta o pegando no flagra o doutor Bennett mexendo no meu pequeno armário preso na parede.

— Justin, o que pensa que está fazendo mexendo nas minhas coisas? — Me aproximo dele emburrada, arrancando a cartela de comprimidos e o colocando de volta no lugar.

— Só estou conhecendo melhor a minha colega de trabalho, aliás, eu não sabia que você tinha uma vida sexual ativa. — Dizia com ironia sem se afastar ou parar de fuçar nas minhas coisas.

— Eu não... — Trinquei os dentes encabulada, sentindo meu corpo alarmar-se em nervosismo quando o vi pegar minha gilete dentro do armário. — Mas isso não lhe dá o direito de mexer nas minhas coisas! — Pesco o objeto de suas mãos o colocando no lugar também.

— Possessiva e egoísta, estou anotando isso. — O ouvi comentar e não disfarcei a careta quando o loiro riu com sarcasmo enquanto olhava para baixo. — Nossa! — Rapidamente direcionei o olhar para baixo e vi minha gaveta íntima aberta, tentei fechá-la mas fui impedida pelas mãos grandes daquele homem.

— Eu pensei que as suas calcinhas fossem maiores, Adams. — Seu dedo indicador erguia a minha peça íntima, fazendo-me querer encontrar um buraco para me enfiar. — Vermelha, fio dental e com um... lacinho? — Bennett me encarou com uma malícia nos olhos e com um sorriso ainda mais presunçoso ao analisá-la conforme minha pele se avermelhava de vergonha.

Meu coração parou por exatos cinco segundos em que eu me encontrava totalmente exposta, encabulada e irritada.

Nossos olhos continuavam firmes um ao outro. Os dele em desejo puro e explícito e os meus transbordando vergonha. As minhas mãos estavam coçando de inquietude para arrancar aquela calcinha da sua posse de uma vez por todas. Meu corpo parecia não querer me obedecer sob o sua reação tão forte, no entanto, arrumei forças de onde eu mal sabia que tinha e puxei a peça íntima do seu dedo, abrindo novamente a gaveta e a jogando dentro, fechando-a após o ato.

— Eu o quero fora do meu quarto, a-agora. — Exclamei com a voz falha, mal me importei com isso, eu só o queria longe dali.

— Se puder sair da frente.

Bati o pé com raiva, me retirando do local durante o tempo em que Justin ria num timbre travesso e inacreditavelmente sensual.

Maldito, Maldito!

Viro-me de súbita, podendo contemplar sua cara de divertimento ao enfiar as mãos sorrateiramente nos bolsos da sua calça jeans que marcava bem a sua virilha.

Desviei minha atenção daquele lugar no segundo instante, me remoendo de raiva.

— Se não se importa, doutor Bennett, gostaria que fosse embora agora.

— Oh! Claro, claro. Apenas... — Levou um dos dedos aos lábios parecendo pensativo.

— Algum problema, doutor Bennett? — Pergunto ainda irritada e sem olhar em seus olhos.

— Não, só antes de ir embora, achei que quisesse saber o quanto um homem se sente bem quando anda com uma prova íntima de que a noite foi ótima. — Me lançou uma piscadela malandra, caminhando até a saída do meu quarto. — Tenha uma boa noite, Mia. — Sorriu pequeno dessa vez enquanto me dava as costas, sumindo pelo corredor.

O segui minutos depois, chegando a tempo apenas de ver o fechar da porta do meu apartamento.

Suspiro aliviada, passando a mão direita pelos fios longos do meu cabelo castanho escuro num tique nervoso.

Tranco a porta lentamente, repensando inúmeras vezes o que o doutor Bennett havia dito antes, o que inconsequentemente não fui capaz de entender.

Assim que me senti calma, começo a puxar o zíper da calça um pouco mais a vontade por estar, enfim, em casa, sozinha... Ou quase. 

Sem deixar de me perder na charada sarcástica, suspiro pesadamente, lembrando da frase num ciclo vicioso em minha mente, até que... Solto um resfolegar de desespero no instante seguinte.

Oh, merda.

— Ai meu Deus! — Corro, voltando para o meu quarto as pressas, me dirigindo rapidamente ao banheiro.

Entro com o pensamentos a mil, implorando a Deus para que fosse apenas coisa da minha cabeça. Por fim, abro a gaveta que contém algumas das minhas peças íntimas e arregalou os olhos com a mão na boca em surpresa.

— Não, não, não, não, mil vezes, não... — Dizia para mim mesma enquanto revirava a gaveta, jogando todo o conteúdo de dentro para fora, numa busca implacável para achar a minha calcinha vermelha.

Mais acabou tendo a pior das decepções ao constatar a sua ausência.

Rapidamente abandono o banheiro e o quarto, voltando para a sala, desistindo de ir atrás dele e me aproximando da varanda imediatamente. Foi uma escolha sensata já que tivera apenas tempo de ver aquele ladrão de calcinhas dobrar com o carro a esquina do quarteirão.

 


Notas Finais


Deixem seus recadinhos amore <3
bjsss


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