História Sexy BOSS (LARRY) - The Dinner (III)

- vou te contar, devia ter escutado meu cérebro quando ele me disse que não era uma boa idéia descer aqui - Matthew reclamou enquanto escorregava para dentro da piscina.

- Para de reclamar e vem logo - Eydryan riu enquanto se aproximava do amigo.

- A água tá' fria - Disse, os lábios tremelicando.

- Então vem cá que eu te esquento...

SB

- Só lembrando que eu só esto nessa por causa dos meus filhos, nada mais do que isso - A loira disse enquanto fitava o rapaz a sua frente.

- Seus filhos, o dinheiro, para mim, tudo isso pouco importa, o meu foco aqui é Louis e somente ele, Louis é meu, não vou deixar que mais ninguém entre no meu caminho, nem mesmo aquele contadorzinho abusado.

SB

- Nesse meio tempo que ficamos "juntos", percebi que não sei nada sobre você Harry, enquanto você sabe muitas coisas sobre mim - Louis encarou o cacheado de cima a baixo.

- Não sei muita coisa sobre você - Harry riu enquanto bebia um gole de seu vinho.

- Sabe muitas coisas sobre mim, só não é tão detalhista quanto a isso, preste atenção nos detalhes Harry - Louis sorriu enquanto o encarava.

- Sei apenas o básico, sei que tem três filhos, que é meu chefe, você preserva muito o valor da família... - Louis assentiu condescendente.

- Nenhuma dinheiro no mundo pode comprar o amor e amanhã lealdade que minha família construiu ao longo dos anos, se minha empresa falir, eu não me importaria, castelos podem ser reerguidos, mas família, a gente só tem uma - Harry assentiu, contra sua vontade sua mente lhe presentou com imagens de Anne. - Mas vamos lá, você sabe mais coisas sobre mim Harry, sei que sabe - Tomlinson incentivou.

- Você é perfeccionista, gosta de liderar e não gosta de ser contrariado, já foi casado duas vezes mas por alguma razão nenhum dos casamentos pareceu dar certo - Louis se mexeu desconfortável na cadeira.

- Eu e Briana fomos felizes por um tempo, mas chegou um momento que as idéias já não eram as mesmas, as brigas se tornaram constantes até que não existia mais amor - Ele suspirou enquanto olhava para um ponto distante na mesa.

- Como você ficou com a guarda dos gêmeos, não entendo muito de leis mas sei que até mesmo com as famílias de renome os filhos tendem a ficar com a mãe - Harry o fitou com curiosidade.

- No começo eles até ficavam, via eles duas vezes por semana, mas então eles começaram a reclamar, Briana estava sempre viajando, eles estavam sempre com a babá, não foi muito difícil apresentar provas contra ela, então consegui a guarda, obviamente tudo dentro da lei - Ele riu quando Harry suspirou parecendo aliviado.

- Você me parece o tipo de pessoa que não se importa muito com infringir a lei - Harry disse lembrando - se claramente quando conversou com Louis sobre o trato e como ele sabia de muitas coisas das quais nem ele mesmo lembrava.

- Se envolver com foras da lei também é crime Harry, principalmente com aqueles que fornecem dinheiro fácil - Louis escondeu o sorriso de triunfo por trás da taça de vinho que estava ganhando caminho a sua boca.

- Touché - Harry levou a mão livre aos próprios cabelos em um gesto de nervosismo. Gesto esse que Louis não deixou de reparar. - O que aconteceu com ao sua primeira mulher? - Harry resolveu voltar ao rumo da conversa.

- Ela morreu, Matthew tinha três anos na época - Louis olhou para as janelas vendo o tráfego na rua do lado de fora.

Harry o encarou com curiosidade e surpresa, Louis parecia distante enquanto falava, parecendo estar tão distante quanto as suas palavras.

- Eu sinto muito - Harry se bateu mentalmente por não ter algo a dizer.

Mas aquele era o tipo de reação involuntária, sabia que se alguém um dia lhe perguntasse sobre Anne, e ele lhe contasse a história, as pessoas teriam aquela mesma reação. Já havia até mesmo se tornado algo cliché.

- Já faz muito tempo - Louis deu de ombros como se não fosse nada. Mas muita era coisa.

- Você a amava muito, não é? - Harry sorriu com a forma a qual Louis falava da falecida, seus olhos brilhavam parecendo estar se recordando de um conto de fadas em vida.

- Eu conheci quando tinha dezessete anos, havia acabado de começar a ler trabalhar com meu pai, uma das modelos mais bonitas que tinha naquela empresa - Harry riu.

- Óbvio que vai achar isso, ela era sua mulher - Louis riu assentindo levemente.

- Talvez, mas ela era realmente linda, não só fisicamente, mas ela era como você Harry, doce, prestativa, incapaz de desejar mal a alguém - Harry encarou algo próprias mãos sobre o colo. Realmente ele tinha esse "defeito", não conseguia desejar mal a ninguém, sempre via algo de bom nas pessoas, por menor que fosse a qualidade, ele via. - Namoramos por dois anos e com dezenove tivemos o Matthew, casamos um tempo depois - Louis encarava sua taça de vinho agora vazia, parecia distante enquanto contava a história. - Nós éramos felizes, sabe aquelas famílias de comercial de margarina? Nós éramos como eles no comercial - Eles riram juntos.

Harry elevou um pouco sua mente tentando imaginar Louis com sua esposa e o primeiro filho, todos na mesa rindo e conversando enquanto tomavam café. Era algo engraçado, vindo de Tomlinson que não tinha muito o costume de sorrir.

- Mas nosso castelo de princesa pareceu desmoronar, ela fez mais uma das viagens dela para desfiles e quando voltou não parecia a mesma, sempre se esquecia de algo, quando não estava irritada demais, estava triste demais, eu me lembro como se fosse hoje, nós brigamos e ela saiu com o carro, um tempo depois eu recebi a ligação do hospital - Harry não precisou ouvir o resto da história para adivinhar o que aconteceu.

- Ela bateu com o carro - concluiu.

- Perdeu o controle, isso tudo é um grande mistério até hoje, os freios estavam desconectados, acharam até mesmo que fui eu a fazer isso, mas logo descartaram a hipótese - Louis riu sem humor e Harry o encarou chocado.

- Mas você a amava, por que fariam isso com ela? - Questionou assustado.

- Nesse tipo de situação Harry, qualquer pessoa é um suspeito em potencial - Harry levou sua mão até a do castanho que estava em cima da mesa. Fitando as duas juntas. Louis pareceu notar mas não disse nada. - Ela ficou internada no hospital por um tempo, os médicos descobriram que ela tinha um tumor no cérebro, fizeram a cirurgia ela morreu dois dias depois, parada  respiratória - Louis suspirou, sua atenção agora estava em sua mão unida a de Harry, era bom, reconfortante.

- Não consigo imaginar o Matthew reagindo a isso - Harry desviou sua atenção para a mesa a mão ainda agarrada a de Tomlinson.

- Ele só tinha três anos, mas infelizmente certas coisas são inevitáveis - Ele suspirou e Harry também.

- Mas você seguiu em frente, casou outra vez - Harry tentou voltar ao clima ameno da conversa de  quando chegaram ali.

- Se eu te disser que até hoje não sei o que vi em Briana, você vai acreditar? - Harry riu enquanto via o garçom se aproximar com os cardápios nas mãos.

- Bom eu só a vi uma vez, ela me pareceu intragável - Ambos riram cedo comentário.

- Por que estamos falando de coisas ruins? Vamos falar de coisas boas - Louis instruiu.

- Isso me parece uma boa idéia, conheço um jogo bem interessante - O garçom se aproximou lhes entregando os cardápios.

- Gosto de jogos - Louis lhe deu um sorriso malicioso através do cardápio. - Já sabe o que vai pedir? - Questionou com curiosidade.

- Não tenho muito o costume de comer fora, não entendo metade do nome dos pratos que estão aqui - Louis riu.

- Então não vai se importar se eu pedir para nós dois a mesma coisa? - Questionou com curiosidade.

- Fique a vontade - Harry deixou o cardápio sobre a mesa e cruzou as mãos em cima colo.

Deixou o cardápio sobre a mesa e os serviu de mais vinho, com um sorriso malicioso no rosto, Harry estava com medo do que poderia acontecer daqui para frente com ele e aquele vinho, o cacheado não estava acostumado a beber, e sua última experiência com vinho não era muito agradável aos olhos.

- Harry, o que você fazia antes de vir parar na minha empresa? - O castanho o encarou com curiosidade e Harry riu.

- Eu era patético, não fazia exatamente nada, trabalhava em uma cafeteria até o acidente da minha mãe acontecer, Gemma até ajudava, mas depois de um tempo a ajuda meio que foi diminuindo por conta das coisas dela também - Harry deu de ombros. Ele não culpava a irmã, na verdade ele a entendia muito bem. - Daí resolvi sair da cidade e vim para a grande New York a procura de emprego, Niall conhecia Cheryl e ela me disse que tinha uma vaga na sua empresa - Louis o encarava seriamente.

- Você é formado em administração, mas eu já percebi que você odeia números - Harry riu agora.

- Eu queria me formar, ter um diploma, mas não sabia direito o que fazer, então me formei em algo que era bom, mas de longe é a carreira que eu gostaria de seguir - Harry encarou o vaso vazio ao centro da mesa, por que ainda não colocaram uma flor?

- E que carreira você gostaria de seguir? - Louis questionou o fitando seriamente.

- Nem mesmo eu sei, tentei seguir com moda como minha irmã, mas acabei desistindo, comecei ao fazer fotografia a algum tempo mas desisti por conta de todo meu problema com as dívidas - Louis assentiu, conhecia muito bem seu problema com as dívidas.

- E você pretende voltar a fazer? - Harry negou com a cabeça enquanto tomava um pouco do vinho.

- Sinceramente? Acredito que eu nunca vou achar o meu dom, já tentei três vezes e não deu certo, por que tentar de novo? - Harry apenas deu de ombros sem se importar.

Louis resolveu não tocar mais no assunto, aquilo parecia ser algo delicado para Harry.

- Você disse que conhecia um jogo? - Questionou com curiosidade.

Louis adorava jogos, principalmente aqueles que envolvessem Harry com os braços amarrados a cabeceira da cama, uma venda sobre os olhos enquanto seu corpo tremia de prazer, prazer esses proporcionados pelo próprio Louis.

- Sim, você diz uma palavra e eu completo com a primeira coisa que me vem a cabeça - Harry deu de ombros.

- Você acha que isso vai dar certo? - Louis questiona desconfiado.

- Não, mas tentar não custa nada, não é?

SB

- Se meu pai chegar e me encontrar aqui, ele vai me castrar - Matthew resmungou pela vigésima vez naquela noite.

Eydryan jogou - lhe uma jarrada de água no rosto fazendo o garoto o encarar surpreso.

- Pare de reclamar feito um velho, eu sei que você está gostando - Insinuou rindo.

- Isso é um ultraje, como ousas insinuar tal hipótese? - Matthew o encarou com falsa surpresa 

- Só cala a boca - Eydryan se aproximou, o corpo escondido na água.

Matthew foi maia rápido ao pegar um de seus braços e puxa - lo para mais perto, os peitos colados, as respirações se misturando, ambos sorriram enquanto se abraçavam, Eydryan recostou a cabeça em seu peito enquanto Matthew apoiava o queixo em sua cabeça encarando as estrelas no céu, quase não dava para ver.

- Sabe, eu senti sua falta quando estava na Alemanha - segredou.

- Você disse que tinha amigos lá - Matthew apontou calmamente.

- Eles não eram você - Os olhos se encontraram, Matthew pensou em dizer algo mas uma voz pouco distante os fez despertar de sua pequena bolha.

- O vocês estão fazendo aí dentro? - Era Jay, ela tinha as duas mãos na cintura os encarando com curiosidade.

- Estamos conversando - Matthew a encarou com as bochechas coradas se afastando do abraço de Eydryan que parecia tão constrangido como ele.

- Pois venham conversar aqui dentro, esta frio aqui fora, e muito tarde para estar namorando dentro da piscina - Ela pediu enquanto se retirava para dentro da casa de novo.

- Nós não... - Antes que Matthew pudesse responder a mulher já estava dentro da casa de novo.

- namorando? - Eydryan o encarou procurando uma explicação.

- Ela não sabe o que fala - Ele deu de ombros enquanto nadava para fora da piscina com o amigo em seu enlaço.

- Não acho ruim, mas acho que antes você deveria ao menos me levar para tomar um sorvete ou comer um cachorro quente, sei lá - O garoto deu de ombros enquanto aceitava a mão que lhe era estendida para sair da piscina.

- Posso pensar sobre isso - Matthew sorriu de lado enquanto se vestia do roupão preto com suas iniciais nas costas.

- Não pense, apenas providencie, antes que eu o faça.

SB

- Paris - Harry disse enquanto encarava sua tigela de sobremesa agora vazia.

Estava se sentindo estranho, talvez fosse a quantidade de vinho em seu sangue, já estavam na metade da segunda garrafa, Harry tinha certeza que não o estava bêbado, mas estava se encaminhando para isso, pois sua risada já não era tão baixa e recatada como quando começaram o jantar.

- Cidade do amor - Louis respondeu calmante o encarando.

- Isso foi cliché, todos sabem disso - O cacheado resmungou ainda sorrindo.

- Você deveria sorrir mais, fica mais bonito sorrindo - Tomlinson o encarou sorrindo também e Harry mordeu o lábio inferior tentando evitar sorrir. Tentativa falha com sucesso. - Não faça isso - Pediu encarando os lábios do cacheado.

- Não faça o que ? - O cacheado o encarou confuso.

- Não morda o lábio - Respondeu.

- E por que não? - Harry riu, Louis era estranho as vezes.

- Por que isso só aumenta minha vontade de querer beija - lo - Confessou.

- E por que não o faz? - Harry não sabia de onde aquela coragem para fazer a pergunta havia surgido, mas ele podia jurar que tinha algo haver com o bendito vinho.

- Sinceramente, eu não sei - Louis tinha uma postura relaxa, uma das mãos sobre a mesa enquanto o outro braço estava apoiado sobre o braço da cadeira enquanto ele apoiava o rosto sobre a mão fechada.

- Deus, isso soou muito 50 Shades Of Grey - Harry riu. - Eu sou a Ana enquanto você seria o Christian? - Questionou ainda rindo.

Céus, aquilo era vergonhoso.

- Depende, se isso inclui você preso na cabeceira da minha cama, vendado enquanto eu te proporciono o melhor orgasmo da sua vida? talvez - Louis deu de ombros enquanto sorria de lado.

- A idéia me parece tentadora - Ele fitou a garrafa de vinho pela metade cogitando beber uma última taça. - Céus, era apenas um jogo de perguntas e respostas e de repente estamos flertando? Como isso aconteceu? - Harry passou as mãos pelo rosto olhando em volta.

- Acho que foi o vinho - Louis riu e Harry assentiu.

- É talvez tenha sido o vinho - confirmou.

- Vamos? - Louis se levantou lhe estendendo a mão sorrindo de lado.

- Mas já? - Harry olhou para a janela encarando o lado de fora, já não estava tão movimentado quanto antes, não havia tantas pessoas na rua e nem carros. Sinal de que já estava tarde.

- Acho que já ficamos tempo demais - Ambos riram, Harry aceitou a mão que lhe foi estendida, o choque do início se apoderando novamente de seu corpo. Era o frio, o tempo realmente era uma vadia as vezes.

Louis soltou sua mão apenas por alguns momentos, ele se dirigiu ao balcão e então pegou uma flor da qual Harry desconhecia e então a colocou sobre o pequeno vaso no centro da mesa. Eles se entreolharam e sorriram cúmplices.

Louis os guiou para a saída apenas parando para pagar a conta e cumprimentar Robert pelo jantar e o  maravilhoso vinho que havia lhes fornecido. Quando já se encontravam do lado de fora Paul estava recostado na limoulsine preta falando ao celular, assim que os avistou ele desligou o celular e sorriu abrindo a porta para os dois os cumprimentando polidamente.

Louis deixou que Harry entrasse primeiro e entrou logo em seguida, sentando ao seu lado, ambos trocaram um breve olhar então levou uma das suas mãos e agarrou a do cacheado entrelaçando as duas.

- Louis...

- Foi uma noite maravilhosa - Ele sussurrou o interrompendo.

- Eu também gostei, apesar de alguns momentos constrangedores - Harry riu.

- As coisas só passam a ser algo quando achamos que elas são - Ele disse fitando os olhos verdes.

Harry engoliu em seco, sua atenção toda depositada nos olhos azuis de Louis, eram tão azuis como águas cristalinas, antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa a boca de Louis já estava colada a sua, as línguas se encontrando, Harry ofegou surpreso enquanto levava uma das mãos ao rosto do castanho enquanto a outra ia para seu e cabelos, Tomlinson tinha uma das mãos em seu rosto enquanto a outra estava em sua cintura o aperto forte e firme como da primeira vez.

Era como um de javu, Louis em um puxão rápido o trouxe para seu colo enquanto circulava sua cintura aprofundando o beijo, sua língua explorando cada canto da boca do cacheado, os narizes se tocando, as respirações colidindo, os corpos se tocando  e mesmo assim parecer pouco demais, o beijo foi cortado pela falta de ar, Louis desceu os beijos pelo pescoço do cacheado se deixando inebriar pelo cheiro de shampoo de frutas vermelhas impregnado em sua pele, as mexas de cabelo fazendo cócegas em seu rosto.

O carro passou por cima de uma lombada fazendo com que os dois pulassem no banco, Harry se assustou e por um minuto quase caiu de costas no chão da limoulsine, mas Louis foi ágil puxando o corpo do cacheado o trazendo para seu peito de novo. Ambos se entreolharam e riram, Louis roçou seus narizes encarando seus olhos verdes.

- Até que não foi tão ruim - Constatou.

- Foi uma boa noite - Harry deu de ombros.

- Foi uma ótima noite.