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História Shadow - Supernatural Fanfic - A caçada: Ela é um monstro.


Escrita por: nameiswhite

Notas do Autor


Olá.
Mais uma vez não consegui cumprir o prazo de postagem e peço mil desculpas por isso.
Tentarei postar o próximo capítulo antes do natal.
Desde já, peço desculpas por qualquer erro e agradeço pelas mensagens e o carinho.
Aproveitem a leitura ♥

Capítulo 10 - A caçada: Ela é um monstro.


Olivia, Minnesota

 Dean e Danielle perambulavam em meio as pessoas que estavam no bar. Era fim de noite e a maioria se encontrava mais para lá do que para cá.
            Dani percebeu que o Winchester queria levá-la para o seu recanto, já que havia passado boa parte da noite em um local de escolha da dela. Quando viu que ela se perdia em meio as pessoas que se agitavam a todo vapor, Dean segurou a mão de Shaw, a forçando a segui-lo.
          Ela estava inerte ao toque, pois prestava atenção em um homem bem afeiçoado em um dos sofás de couro que tinha uma mulher em cada braço. Parecia da máfia, mas era óbvio que se tratava apenas de um ricão que – a julgar pela aliança – era casado e estava pulando a cerca. Quando viu suas mãos entrelaçadas, se perguntou quando as provocações se tornaram aquilo. Não era apenas o contato, mas o divertimento por estar com ele em um bar meia boca, muito diferente daqueles que ela frequentava.

_ Duas doses, por favor. – ele se sentou no balcão e Dani fez o mesmo.

_ Estamos quase fechando, camarada. – o homem respondeu, se virando para limpar as garrafas.

Dean levou a mão ao bolso, pronto para subornar mais um interesseiro, mas Danielle o deteve, com um sorriso no rosto.

_ Você não vai precisar gastar um centavo. – ela mordeu o lábio, deixando-o intrigado.

_ O que tem em mente?

_ Espere e verá.

Ela se inclinou sobre o balcão, tentando olhar o nome que havia no crachá do barman. Ele era um homem bonito, tatuagens por todo o corpo, braços largos e um rosto que lembrava um grego. A barba e o cabelo por cortar a faziam julgar que não seria nem um pouco desprezível fazer aquilo.

_ Então... Zack. – ela falou, chamando a atenção do homem. – Desculpe incomodar mais uma vez.

Ele lançou um sorriso para ela, crente de que a mudança na sua voz significava um flerte.

_ Meu irmão e eu estamos muito cansados depois de um dia de trabalho. – ela continuou a falar, passando a mão pela madeira fria e lançando olhares para ele enquanto dizia. – Pena que não pode abrir uma exceção como provavelmente vai abrir para esses bêbados caídos.

 Zack se mostrava bastante interessado, intercalando o olhar dela para Dean.

O Winchester estava impressionado com a capacidade da garota e também com a força de vontade do homem. Se fosse ele, teria caído de encantos por Danielle no momento em que ela lhe dirigisse a palavra.

_ Então vocês são irmãos... – Zack repetiu, tendo esperanças já que ela não estava em nenhum relacionamento com o cara com quem chegara.

_ Só queremos um bom porre em família. – Dean disse.

_ Acho que posso abrir uma exceção para você. – ele se debruçou sobre o balcão, de frente para Danielle. – Se me der seu número.

_ Pensei que você nunca ia pedir. – ela fingiu estar interessada, pegando o celular seminovo e falando o número para ele. – Vou esperar sua ligação.

Ele pegou a bebida que haviam pedido, trazendo a frente dos dois e piscando para Dani.

_ Pode apostar que não vou demorar a ligar.

Dani pegou seu copo, se levantando e encostando o corpo em Dean, com uma mensagem para ser seguida. Ele ainda estava assustado com tamanha perversidade da garota, se levantando com um sorriso cheio de admiração.

_ O número que você deu a ele era o do Sam. – ele disse, baixo, apenas para saber se ela havia se dado conta disso.

 Danielle olhou em seus olhos, sorrindo triunfante.

_ Eu sei. – ela deu um último gole em sua bebida, e saiu por entre as pessoas.   

Dean observou-a parar ao lado de uma pilastra, assistindo o jogo de sinuca.

Uma garçonete passou por ele, lhe lançando um sorriso carregado de segundas intenções. Ele retribuiu ao altura. Quando olhou novamente para Danielle, percebeu que ela sorria com desdém.

_ Você viu? - perguntou, quando chegou perto dela. - Eu nem precisei dizer nada.

Dani concordou, pedindo uma cerveja para o barman que realizaria seu pedido com gosto.

_ Mas você também não está com essa bola toda. - ela falou.

_ Como assim? Você acabou de ver.

Ela se virou para Dean depois de pegar a cerveja com Zack e sorrir para ele.

_ Ela é muito fácil.

_ E daí?

_ Mulheres fáceis não dão o trabalho de conseguir. - deu de ombros. - Não tem toda aquela emoção de persistir e no final, se você for merecedor, conseguir e ver o quanto vale a pena.

_ Está dizendo que eu não sou capaz de conseguir uma mulher difícil?

_ Não, mas se quer saber, duvido muito.

Ele estreitou as sobrancelhas, pegando a cerveja de sua mão e dando um gole.

_ Ok. - ele cedeu. - Você escolhe.

Dean se virou para o bar cheio de gente bêbada, os quais provavelmente ficariam ali durante a noite toda.

_ Isso não é justo. - Dani falou. - Estão todos chapados.

_ Mesmo assim, escolha. - o Winchester insistiu, sorridente. - Vai ser divertido.

Danielle gargalhou, estudando o local em busca de alguém para Dean.

_ Ali, aquela mulher sozinha. - apontou para o canto do bar, a qual esbanjava tristeza.  - Parece pé na bunda, vai ser fácil.

_ O apostador de sinuca. - Dean escolheu. - A julgar pelas roupas e o cabelo engomado, tem muita grana.

_ Esse terninho parece sexy para você? - ela se virou para ele, adorando a brincadeira. Desabotoou os dois primeiros botões da blusa social, revelando um breve decote.

Dean estudou seus movimentos com a garganta seca. Mesmo que involuntariamente, ela fazia aquilo de forma muito sensual.

_ Você não vai precisar dizer nada. - ele deu um gole em sua cerveja, devolvendo e seguindo para o bar em busca de uma para ele.

Podia jurar que a qualquer momento perderia a sanidade.
          Quando olhou disfarçadamente para Dani, ela estava encostada na mesa conversando muito intimamente com o cara. Não tinha nem um minuto que ele havia saído de perto dela.
           Se ele fosse o homem que estivesse com ela, não teria aguentado no primeiro "oi".

Se virou para a mulher cabisbaixa, não querendo ficar para trás.
           Ela fitava seu copo de uísque e sustentava uma expressão vazia. As marcas da idade em seu rosto mostravam que não era tão nova assim. A aliança deixava sobre a madeira fria do balcão certamente significava o fim de um casamento de anos.
           Ele se sentia um desgraçado por fazer aquilo.

_ Todos temos dias ruins.- falou, bebendo sua cerveja antes de olhar para a mulher.

Ela se virou para ele para ter certeza que o comentário se destinava a ela.

_ Mas poucos têm anos ruins. - ela sorriu, derrotada.

_ Eu não diria que são poucos. - Dean se virou, apoiando um cotovelo sobre o balcão.

_ Não precisa sentir pena. - ela disse, terminando seu uísque.

_ Eu não sinto. Só te observei de longe e pensei no desperdiço que é uma mulher tão linda triste no canto de um bar.

Ela gargalhou.

_ Você é um galanteador.

_ Eu sei. - Dean olhou para Dani, que ria com o cara que ele escolhera. Ele colocava a mão em sua cintura e a abraçava de lado. Quando os dois trocaram olhares, ela piscou. - Será que eu posso?

Ele apontou para o banco ao seu lado, e a mulher assentiu.

Danielle nunca pensou que seria tão fácil, mas o homem - que nem se deu ao trabalho de perguntar o nome - estava totalmente vulnerável e não era preciso muitas palavras para conseguir o seu número.
          Ela se afastou, com a desculpa que ligaria no próximo dia, pois estava pernoitando com o irmão.
          Pegou mais uma cerveja e observou Dean em sua conversa com a recém-divorciada. Ele realmente estava se saindo bem.
         A mulher, que antes era um poço de tristeza, sustentava um sorriso ávido enquanto ele falava. E o mais interessante era que Dean sabia ouvir. Talvez fosse esse seu diferencial com as mulheres. Ele certamente as tratava como objeto, mas sabia exatamente o que teria que fazer para consegui-las de forma rápida. Uma rapidez que se assemelhava a uma morte indolor e silenciosa.
          Era era o típico cara de apenas uma noite. Aquele que a faria ir a loucura e, na manhã seguinte, se transformaria na sua mais emocionante aventura.
          Ali, o observando, percebeu que Dean Winchester era terrivelmente perigoso. 

(...)

O álcool se misturava com o sangue e causava uma imensa paz interior em Dean e Danielle. Os dois já haviam flertado com metade do bar e jogado as melhores rodadas de sinuca com os bêbados que tratavam aquele lugar como casa.
          Dean estava sóbrio o bastante para perceber que o sorriso não saia do rosto de Dani e isso o deixava extremamente orgulhoso. Se perguntava se ela se lembrava de como havia sofrido nos últimos meses, mas não queria estragar um momento tão raro.
          Era incrível vê-la como se tudo estivesse normal. Como se não houvesse medo.
         Ela conversava com as pessoas como se fossem amigos de anos e ria por qualquer besteira. Durante as partidas de sinuca que Dean disputava, ela era sua torcida particular.
        Até desenvolveram a tática de fingir estarem bêbados demais para que seus adversários acreditassem que havia alguma vantagem e fizessem apostas altas. Naquela altura, nem pagavam mais pelas bebidas.

Danielle assistia o jogo e ria da desgraça daqueles que estavam perdendo quando Dean segurou em seu cotovelo e passou o casaco por seus ombros.

_ Está na hora de irmos.

Ela largou o copo de destilado, concordando.

_ Vamos, por favor, antes que eu faça uma dessas mesas de cama.

Os dois seguiram para saída, se despedindo dos colegas que tinham feito.

Danielle trocava os pés enquanto caminhavam em direção ao carro. Dean pensou em ajudar, mas vê-la nesse estado era cômico.

_ Eu me divertido muito hoje. - ela falou com a voz embriagada, lançando um sorriso débil para ele. - Podemos fazer isso mais vezes, em um lugar onde você possa me mostrar que consegue alguém difícil.

Ele não respondeu, apenas sorriu.

Dani seguiu para a porta do carona, aguardando que Dean abrisse o carro. Ao contrário do que ela esperava, ele seguiu em sua direção, abrindo a porta para ela.
         Sua intenção era de aceitar a cortesia e se sentar, mas Dean Winchester estava longe de ser um cavalheiro. Ele pegou em seu braço, a impedindo. Colou seus corpos e a encurralou entre ele e o carro. 
          Dean sustentava um olhar fixo em seu rosto, fazendo seu coração se acelerar de forma diferente. Ele fitou seus olhos, depois sua boca - a qual estava, involuntariamente, aberta. Danielle permanecia imóvel e incapaz de fazer qualquer movimento.
          As mãos de Dean seguravam sua cintura com força e ele pressionava seu corpo contra o Impala de forma que a deixava entorpecida.
          Seus rostos estavam tão próximos que era possível distinguir a respiração um do outro.
          Ele passou a língua pelos lábios e Dani pode jurar que soltou um barulho muito estranho ao vê-lo fazendo esse movimento.
          Uma das mãos de Dean foi em direção a sua nuca, agarrando os cabelos da garota com uma força ponderada.
          Ele começou a se aproximar e Dani não conseguia protestar. Viu seus lábios preencherem o caminho que haviam entre os dela e se entregou de forma covarde. Sua mente dizia que devia se afastar, mas seu corpo e coração não permitiam.
         Ela queria ser beijada por Dean Winchester.

Ele sorriu, beijando o canto de sua boca e traçando um caminho até o seu pescoço.

A mudança de percurso fez Dani despertar. Era o melhor momento para dar um fim naquele erro. 

_ O que você está fazendo? - ela pressionou suas mãos contra o peito dele, mostrando que queria se afastar. 

Dean sorriu, beijando o a pele macia de Dani e sussurrando em seu ouvido:

_ Mostrando que consigo conquistar uma garota difícil.

O rosto de Danielle ficou vermelho e uma raiva misturada com vergonha transbordou. 

_ Você é um idiota! - empurrou Dean, vendo seu sorriso satisfeito.

Dani entrou no carro, batendo a porta com força. Encarava algum ponto a sua frente com uma expressão enfurecida.
Isso só deixou Dean ainda mais realizado. 
          Enquanto ele caminhava em direção ao banco do motorista, percebeu que nunca havia se controlado tanto para não tê-la em seus braços de verdade. Seu coração se contorceu em um profundo arrependimento por não ter beijado-a.
          Ele queria. Deus sabe o quanto ele queria! 

Casper, Wyoming

Sam saiu da casa dos Furtwängler sem nenhuma grande pista. Havia conversado com a polícia local que trabalhava no caso, mas ninguém possuía alguma explicação para aquele crime.
             Era algo recente, mas as autoridades já consideravam um caso perdido.
            Com o seu crédito de agente falso do FBI, ele pediu os nomes das testemunhas, que eram - basicamente - amigos de trabalho e vizinhos.
          Tinha que haver um brecha, era impossível se cometer um crime sem nenhuma pista. É como viver sem emoção, Sam pensou. Caçar era o seu trabalho e a parte que movimentava esse negócio era sempre a investigação. Ele já havia enfrentado momentos piores, mas nenhum ofereceu tamanho desconhecimento quanto aquele caso. 
           Olhou a ficha das testemunhas e encontrou uma que lhe chamou a atenção. Se trava da vizinha da frente, a qual possuía uma filha da mesma idade que Helena, a garota que havia sido encontrada fatiada. Ao que diz o relatório, as duas eram amigas e a menina havia se queixado de  um repentino afastamento entre ela e a falecida.
             Sammy considerou um bom começo, conferindo a número da casa e seguindo para a mesma.

  A casa de dois andares era tradicional, com brinquedos espalhados pelo jardim de entrada.  Tocou a campainha, escutando passos apressados pelo chão do lado de dentro. Ouvia-se risadas infantis e era claro que havia uma tremenda bagunça.

Uma mulher descabelada e com um semblante exausto o atendeu. Ele viu dois garotos correrem atrás dela, enquanto uma adolescente gritava com eles.

_ Pois não? - ela falou, com uma voz cansada. 

Sam mostrou o distintivo.

_ Agente Price. - ela arrumou a postura, tratando de melhorar a aparência. - Preciso fazer algumas perguntas.

_ Eu já dei meu depoimento à polícia.

_ Eu sei, mas preciso de mais algumas respostas sobre o caso.

Ela concordou, dando passagem para ele.

A mulher revelou uma casa revirada de cabeça para baixo. Enquanto ela caminhava e catava os brinquedos que via pelo caminho, Sam olhou o nome novamente, afim de se lembrar para poder se voltar a ela de forma mais adequada.

_ Me desculpe a bagunça. - a mulher disse, desconectada.  - É uma casa com duas meninas e gêmeos muito bagunceiros.

_ Não tem problema, Senhora Reynolds

Ela o conduziu para a sala onde os gêmeos pulavam em cima do sofá. Os mandou para o quarto e implorou para a filha mais velha que ficasse de olho neles.

_ Deve ser difícil dar conta. - Sam sorriu, indo com ela até a cozinha e sentando na bancada enquanto a anfitriã preparava um café.

_ Muito. - ela sorriu, concordando. - Sou mãe em tempo integral. Você tem filhos?

_ Não. - Sam sorriu.

Ela ligou a cafeteira e se virou para ele.

_ Foi terrível o que aconteceu com Abby. - falou, se referindo a Senhora Furtwängler, que estava desaparecida. - Quero acreditar que ela esteja viva, mas o que fizeram com a pobre Helena destruiu minhas esperanças.

_ É um caso delicado e a Senhora está certa, não é adequado associar isso a esperança.

Ela conferiu a cafeteira, restando um breve silêncio entre os dois.

_ Senhora Reynolds, os Furtwängler tinham algum inimigo?

_ Não que eu saiba... Ao meu ver, eram muito tranquilos. Abby frequentava a igreja, o marido fazia doações frequentes para a paróquia e as filhas eram bem educadas. Helena sempre frequentou minha casa e nunca deu nenhum trabalho.

_ No relato de sua filha mais nova, havia uma queixa sobre a amizade das duas. - Sam observou. - Será que eu poderia conversar com ela?

Senhora Reynolds pensou no assunto, mas descartou a ideia.

_ É verdade que as duas não estavam próximas nessas últimas semanas, mas Alice ficou muito abalada pela morte da amiga. Posso lhe dizer o que ela me contou e a minha visão sobre o assunto.

_ Claro...

_ Bom, Alice começou a voltar para casa mais cedo, se queixando que Helena estava dando mais atenção para uma amiga nova. - começou a contar. - Certo dia, ela encontrou chorando, com uma boneca quebrada. Disse que amiga nova havia feito isso. Fui até os Furtwängler e vi Helena recolhendo seus brinquedos sozinha. Desde então, Alice vem se queixado da falta de amigas e se sentiu traída, mas ela só estava com ciúmes.

Sammy ouviu cada palavra, refletindo.

_ Algo no comportamento da sua filha mudou?

_ Ela continua sendo a mais tranquila da casa, mas vive com medo. Principalmente depois da morte de Helena. As luzes precisam ficar acesas a noite e ela só dorme se eu ou meu marido esperarmos ela adormecer.

_ Ela era assim antes?

_ Não. - estranhou. - Acreditamos que ela talvez tenha visto um dos filmes de terror da irmã por engano. Mas o que isso tem haver com o desaparecimento?

_ Nada... São apenas perguntas necessárias. - Sam organizou as novas informações. Estava claro que algo havia assustado Alice. - Por acaso, a senhora se lembra do nome dessa amiga de Helena?

Senhora Reynolds parou por um instante, tentando se lembrar.

_ Judite.

Depois de tomar seu café e encher a pobre mulher de mais perguntas, Sam foi conduzido até a porta.
           Ao contrário do que a mãe havia ordenado, os gêmeos já faziam a bagunça no andar de baixo.
           Sammy riu, se lembrando das brincadeiras que Dean e ele faziam sozinhos quando eram abandonados em quartos de hotel.

Quando Senhora Reynolds se distraiu com algo que os filhos faziam, ele viu uma pequena menina sentada na escada, o encarando. O cabelo chateado quase escondia seu rosto, mas a julgar pelo seu acanhamento, estava amedrontada.
           Ela se levantou, descendo as escadas e segurando no corrimão que era mais alto que sua cabeça.
           Alice segurou a mão de Sam, olhando para ele e soltando o segredo que guardava desde o dia que conheceu aquela garota:

_ Ela é um monstro.

Dani acordou no pulo, ao som de um rock antigo que a fadiga e a enxaqueca a impediam de decifrar naquele momento.
          Olhou para a porta que conectava o quarto dela ao dos Winchester e viu que o som vinha de lá.

Quando pisou no carpete frio, quase caiu. 
           Não sabia o que era pior: a ressaca, a música a acordando ou o pesadelo que tivera.

A porta estava aberta, pois Sam e Dean insistiram que seria uma boa forma de vigia-la.

Dean hibernava sobre a cama com a mesma roupa que usava na última noite. E supondo pela garrafa de wisky vazia sobre a mesa, ele estava doido para ter infarto ou trombose.
          Seu celular gritava no criado mudo e ele nem sequer de mexia.

_ Alô. - Dani atendeu, pegando um travesseiro na cama ao lado e batendo em Dean.

_ Dani? - Sam falou. - O que está fazendo com o celular do Dean?

O mais velho acordava aos poucos, não se importando com Danielle.
           Ela colocou no viva voz.

_ Atendendo por ele, porque a ressaca o impedia de acordar.

_ Típico.

_ E então, o que tem para nós? - ela se sentou na cama enquanto Dean seguia para o banheiro.

_ Bom, interroguei uma vizinha e amiga da família e parece que aconteceu uma coisa estranha nas últimas semanas. - contou. - Helena tinha uma amiga nova e acabou se desfazendo da filha dessa vizinha. Não me pareceu grande coisa até a garotinha me dizer que essa nova amiga de Helera era um monstro.

_ Ela disse mais alguma coisa?

_ Não, apenas isso. Mas seja o que for, a assustou bastante. Puxei a ficha dessa menina e não encontrei nada. Ninguém sabia o sobrenome ou de onde surgiu. Só há o nome: Judite.

Danielle quase deixou passar, mas então se lembrou da amiga que Felicity havia falado. Era a mesma garota!

_ Fantasma. - Dean falou, saindo do banheiro e mostrando que havia se lembrado do que Dani o contou.

_ Como sabem? - Sam perguntou.

_ A filha mais nova dos Smith tem um amiga com esse nome. - ela disse, mas ainda não estava totalmente certa. - Não faz sentido ser um fantasma, como ele consegue ir de cidade em cidade? É uma longa distância a se percorrer.

_ Pode ter tomado o corpo de alguém ou a família recebeu algum objeto que pertenceu ao crime anterior. - Dean apontou as possibilidades.

_ Tudo bem. - Sam disse do outro lado da linha. - Estou no aeroporto, estarei ai em algumas horas.

_ Vamos até a casa dos Smith para ver se conseguimos alguma coisa. - Dean já pegava uma roupa e ia em direção ao banheiro, na intenção de tomar banho.

_ Até mais, Sammy.

_ Até.

Dani desligou, fitando as papeladas sobre o caso por um segundo. Havia algo de errado naquele história, ela podia sentir.

 


Notas Finais


E ai, qual será a surpresa seguinte?
A opinião de vocês é muito importante, o que estão achando da história?
Até o próximo capítulo xoxo ♥


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