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História Shadow (G!p) - Michaeng - Distância


Escrita por: OnIcy

Capítulo 22 - Distância


 

Cheguei no apartamento de Sana já passava de uma da manhã e quando a encontrei ela estava sentada no chão, com a cabeça enterrada no sofá, com uma garrafa de tequila nas mãos chorando. 

- Saninha. – Me aproximei dela, me sentei no sofá e alisei seus cabelos vermelhos. 

- Ela me deixou, Chaeyoung. Ela me deixou para ficar com outra. Tzuyu disse que não me amava. 

- Ela realmente disse isso? – Eu precisava entender a situação para falar alguma coisa. 

- Sim, ela disse. – Sana me encarou e ela estava com os olhos vermelhos e molhados. – Quando viajamos ela estava toda estranha e lá na viagem ela estava dispersa, não queria me beijar, abraçar, foi quando recebeu uma ligação e quando voltou disse que amava outra pessoa e que queria terminar comigo. 

- Ela poderia ter sido honesta com você antes. É ruim não ser correspondido, mas ela ao menos deu um ponto final, você precisa entender. 

- Eu não quero entender. – Sana parecia uma criança birrenta.

- Você precisa parar de beber, Sana. – Me levantei e a levantei. – Eu vou te levar pra cama. 

Fui até o quarto com Sana onde a deitei e me sentei perto dela. Sana segurava minha mão.

- Por que ninguém me ama? – Sana perguntou. 

- Não é verdade, eu te amo e estou aqui. – Sorri para ela.

- Mas você ama a Mina. – Sana fez biquinho. 

- De uma forma diferente sim, ela é o amor da minha vida e você também, só que como uma amiga. Lembro que uma vez eu estava tentando desistir de viver e você me deu forças, eu sempre vou ser grata a você por aquele dia. 

- Eu não consigo ajudar ninguém. – Sana insistia em sua negatividade. 

- Consegue sim, você é uma pessoa animada e muito positiva quando se trata dos outros. Olha, a Tzuyu deve ter seus motivos para ter rompido com você, então tenta botar a cabeça no lugar, o álcool tá te influenciando muito, durma e amanhã a gente conversa. 

- Pode dormir comigo? – Sana perguntou. 

- Bem, é que... – Eu queria muito falar com Mina, eu queria me reconciliar com ela, mas olhei para o relógio e vi que estava tarde e eu precisava dormir um pouco. – Tudo bem. 

Tirei meus sapatos e deitei ao lado de Sana, de frente para ela. 

- Eu te amo, Chaeyoung. Eu sempre te amei. 

- Sana? – Eu a encarei confusa. 

- Você é minha melhor amiga, mesmo você considerando a Dahyun sua amiga. – Sana sorriu. 

- Você está bêbada, vamos dormir. – Quando falei isso meus olhos pesaram. Eu estava muito cansada e não sabia dizer como ainda encontrei energias para falar com Sana. – Boa noite, Sana. 

Já eram 6 fã manhã e eu mal havia dormido e estava casada demais. Me levantei e preparei o café da manhã para Sana, ela ainda estava dormindo e só iria mais tarde para a gravadora. Suspirei e fui direito para o trabalho. Eu ainda não tinha falado com a Mina e nem tive tempo para ligar para ela. 

Quando cheguei na loja Sunmi disse que hoje era dia de evento e que tínhamos que arrumar tudo rápido. A partir daí foi tudo uma loucura, pois não paramos por um minuto. Eu não tinha dormido direito e estava pensando muito em Mina. Queria parar e ligar para ela, mas toda hora tinha um serviço diferente. 

Eu consegui pegar meu celular algumas vezes, mas não tinha nenhuma mensagem ou alguma ligação da Mina. 

- Que droga! – Reclamei. 

- CHAEYOUNG! – Sunmi gritou da outra sala e eu corri desesperadamente atrás dela, foi quando eu a encontrei com as mãos cheias de caixas. 

- Sunmi pra que tudo isso? Faça aos poucos. – Sorri e fui até ela ajuda-la. 

Estávamos em uma salinha meio apertada onde ela tinha bagunçado muita coisa. 

- Eu estou tão ansiosa para esse evento que não consigo me controlar. – Ela sorriu. – Eu acabei mexendo em tudo aqui. 

- Sim, é bem perigoso. Pode acont- - Olhei para cima e vi que algumas barras que estavam em cima de uma prateleira iam caindo, devido a Sunmi ter mexido. Tudo ia cair em cima dela, mas eu corri e a empurrei. 

- SUNMI, CUIDADO! – Quando eu a empurrei tudo caiu na minha cabeça. 

 

Acordei cedo e a primeira coisa que fiz foi olhar para o celular, não havia alguma mensagem da Chaeyoung. Eu tinha ficado furiosa com ela, mas depois arrependida, pois a abandonei no meio de uma situação perigosa. Eu tenho certeza que não agi certo, mas eu não poderia me permitir vê-la se machucar, isso também não era bom nem para mim.

Me levantei da cama, tomei banho e me arrumei para ir ao trabalho. 

Quando cheguei na empresa tomei café e comi algumas torradas sozinha na cozinha da gravadora. Eu estava tão pensativa que não percebi que Chaeryeong estava me chamando, ela teve que se aproximar. 

- Desculpa, – Ela pediu – é que tem o Sehun... que quer te ver. 

- O Sehun? O que ele faz aqui? – Me levantei limpando a boca com o guardanapo. 

- Ele quer tratar de negócios. – Ela falou. 

- Tudo bem, obrigada. – Dei um breve sorriso e me dirigi até minha sala. Passei pelo corredor e em frente a antiga sala de Chaeyoung, que estava vazia. Eu queria que ela estivesse bem. 

- Sehun, pois não? – Entrei na minha sala e o encontrei sentado de pernas cruzadas. Sehun era muito elegante e sempre andava de roupa social. 

- Bom dia, Mina. Gostaria de falar sobre as ações da empresa, eu comprei quase metade dela, mas eu sei que detém a maior parte, então gostaria de fazer negócio. – Sehun se levantou arrumando a roupa. 

- Eu não estou vendendo minha parte. Pretendo continuar com a maior porcentagem. – Me sentei e fiquei o encarando. 

- Tudo bem, então vamos falar sobre sua ideia do produce. 

- Não foi minha ideia, foi de Chaeyoung. – Afirmei. 

- Ela saiu da gravadora, não foi? 

- Sim, mas isso não vem ao caso. O que quer falar sobre o produce? 

Passamos um tempo discutindo, na verdade discutimos até umas duas da tarde. 

- Obrigado por me ouvir, Mina. – Ele sorriu, pegando na minha mão e beijando. – Gostaria de jantar comigo? Eu vou participar de uma reunião sobre os acontecimentos do produce com alguns acionistas e você é fundamental. 

- É claro que eu irei. É o futuro da gravadora. – Balancei a cabeça. 

- Eu te pego as oito. – Sehun disse. 

- Eu mando a localização do meu apartamento. – Sorri. 

Sehun foi embora e eu relaxei na minha sala, sentada na minha mesa encarando o grande vazio. Toquei na minha barriga, alisando e pensando em Chaeyoung. Por que ela não me ligou? Eu estava com a agenda tão cheia que não poderia correr atrás dela. 

De tarde me encontrei com Jihyo onde discutimos algumas ideias de músicas e depois fofocamos um pouco. 

Encontrei Lisa também e Dahyun. A noite, quando estava no estacionamento encontrei Jackson, que veio na minha direção. 

- Mina, quando eu posso ir na sua casa pegar minhas coisas? – Ele perguntou. 

- Ah... pode ir no final de semana. – Abri a porta do meu carro. – Eu tenho que ir, tenho um jantar com acionistas. 

Ele balançou a cabeça concordando e seguiu seu rumo e eu o meu. 

Cheguei em casa e me arrumei bem rápido, enquanto estava fazendo o cabelo olhei para celular e nada de Chaeyoung. 

- Onde está você, Chae? – Fiquei preocupada. Eu sabia que quando ela sumia tinha a ver ou com as coisas dos homúnculos ou com Jimin, que possivelmente era um ser igual a ela. Ok, essa história ainda me parecia surreal. 

Sehun me mandou mensagem avisando que tinha chegado. Desci e entrei em seu carro, grande, lindo e confortável. 

Quando entrei Sehun me deu um beijo na bochecha. Ele esta a cheiroso e arrumado. Seu cabelo estava bem penteado e com gel. 

- Está linda. – Ele falou. 

- Obrigada. – Sorri. 

- Vamos a um restaurante francês. Algum problema? – Me perguntou. 

- Nenhum. – Eu odiava restaurantes francês. 

Seguimos batendo um papo agradável, até chegar e ver um bando de homens velhos nos esperando. 

Nos sentamos na mesa e começamos a debater sobre as ações e o futuro da empresa, as gravações do produce iriam começar logo, então teríamos que abrir as inscrições imediatamente. Falamos sobre investimento e dinheiro, óbvio. 

A reunião terminou quase meia noite e depois disso eu e Sehun fomos para o bar do restaurante encher a cara, depois daquela merda que foi ficar falando sobre assuntos chatos fora da gravadora. 

- Nossa, mas esses velhos não tem mais nada pra fazer. – Sehun bebia seu whisky, ele sorria. 

- Eu queria dormir. Odeio gente que não consegue ser dinâmica. Eu fico com sono de verdade. – Falei sorrindo, a bebida já estava me influenciando. 

- Eu sinto muito por você ter que aguentar isso. Eu teria chutado o balde. – Sehun pôs sua mão em cima da minha e me encarou – Admiro sua determinação. 

- É... – Afastei minha mão. – Vamos beber. 

Bebemos tanto que não pudemos voltar para casa no seu carro, pedimos um táxi, que nos deixou algumas quadra da minha casa. Descemos do carro pois queríamos comer cachorro quente. 

- Faz tempo que não como um desses. – Ele falou. 

- Eu praticamente vivo comendo isso. – Sorri. Estávamos bêbados. 

- You're just to good to be true, can't take my eyes off you. – Sehun começou a cantar - You'd be like heaven to touch oh, I want to hold you so much. At long last love has arrived, And I thank God I'm alive. You're just to good to be true, can't take my eyes off you. 

Sorri, a voz dele era muito boa e ele engraçado. 

De repente ele começou a cantar mais alto e bem... eram mais de uma da manhã e isso poderia incomodar a vizinhança. 

- I love you baby, and if it's quite all right, I need you baby to warm a lonely night,I love you baby trust in me when I say. Oh, pretty baby don't bring me down, I pray, oh, pretty baby, now that I found you stay

and let me love you baby, let me love you. – Ele cantava para mim, me deixando envergonhada.

Quando chegamos no portão do meu apartamento ele me encarou ainda sorrindo. 

- Você tá girando? – Perguntei. 

- Tô e você também. – Ele segurou meu braço. 

- Como vai voltar pra casa desse jeito? – Sorri e acariciei seu rosto. 

- Eu poderia dormir aqui. – Sehun se aproximou de mim, segurando minha cintura. – Me convide para subir. 

- Você quer subir?

- Muito. – Ele deu um sorriso de lado. 

Subimos para o meu apartamento e quando chegamos lá não pudemos nos conter e nos beijamos ferozmente, nos agarrando pelo meio da sala e derrubando tudo que tinha por ali. Eu sabia que fazer aquilo era errado, mas Chaeyoung não estava lá e eu estava bêbada, na carência e com saudades dela. 

Eu e Sehun fomos para o meu quarto, onde ele me jogou na cama e começou a tirar nossas roupas. Eu não queria recusar aquilo, mas eu estava tão excitada que queria fazer aquilo e bem, Sehun era muito gostoso. Eu não tinha sentimentos por ele, era apenas um desejo momentâneo e que eu iria me arrepender profundamente, mas na hora eu queria muito. 

 

 

Acordei com uma dor horrível na cabeça. Olhei para o lugar onde eu estava e era um corredor hospitalar, eu estava deitada em uma maca sozinha e com frio, aquilo me assustou. 

- Cadê... Ai! – Tinha uma faixa na minha testa. 

- Você acordou! – Sunmi correu até a mim. – Eu fiquei tão preocupada. 

- O que aconteceu? – Perguntei. 

- Você me salvou. Era para as barras terem caído na minha cabeça, mas você tomou meu lugar. Eu nem sei como te agradecer. – Sunmi me abraçou. 

- Não precisa, eu fiz você ficar aqui comigo. Você estava tão ansiosa para o evento.

- Não precisa se preocupar com isso, nada disso importa. Eu realmente quero te agradecer.

- Já são que horas? – Perguntei. Ainda deveria ser cedo. 

- Nove e meia da noite. – Sunmi consultou seu relógio. 

- Eu estive apagada esse tempo todo? – Não podia ser verdade. 

- Foi uma pancada forte, poderia ter acontecido algo pior. Eu vou te dá duas semanas de folga, tá bem? 

- Não precisa. 

- Eu insisto, Chaeyoung. Eu fui irresponsável e tenho que arcar com isso. 

Admirei Sunmi, ela era muito gentil e bem adulta. 

- Eu já estou bem, então. Acho melhor ir embora.

- Eu vou perguntar ao médico se você pode receber alta então te levo pra casa. 

Sunmi me levou para casa. Eu estava tão desnorteado que dei meu endereço, esqueci totalmente da Sana e pior, esqueci de Mina. 

Me despedi de Sunmi e entrei. Minha casa continuava vazia.

Me deitei no sofá e resolvi ligar para Mina, mas seu celular estava desligado. Será que eu deveria ir na casa dela? Não, está muito tarde. Eu só não queria que ela ficasse com raiva de mim. 

- Estou com tantas saudades de você, Mina. – Falei. 

A porta da minha casa abriu de repente e Jimin entrou chorando. Me levantei rápido e corri até ele. 

- Ei, o que aconteceu? – Perguntei preocupada. 

- Eu tô sentindo Chaeyoung. – Ele chorava muito. 

- Sentindo o quê? – Perguntei trêmula. 

- Que minha hora tá chegando. Eu vou embora. 

- quê??? Espera, não pode tá falando sério. – Fiquei desesperada – Quanto tempo faz que você tá aqui? 

- 4 meses. Eu sei que algo dentro de mim diz que o fim dessa vida está chegando. 

- Você nunca tinha feito isso antes, não é? Nunca entrou em um corpo uma outra vez? 

Ele fez que não com a cabeça. 

- Sinto muito Jimin por você sofrer assim. Eu não queria. – Eu o abracei. – É difícil da primeira, mas depois se acostuma. 

- Eu pensei que iria suportar por ter um conhecimento de como as coisas funcionam. Eu errei. Eu usei substâncias ilegais. – Jimin fungava.  – Vamos para a praia? 

Eu estava cansada, mas eu não poderia deixar Jimin sozinho. Peguei dois casacos e partimos. No caminho para a praia eu já estava chorando e pensando em Mina. Eu sei que na hora que eu partisse iria sentir, das outras vezes eu senti também e não foi horrível, mas dessa vez seria, eu não queria deixar Mina. 

Assim que chegamos na praia Jimin começou a gritar de raiva. Ele estava bem inconformado e não era para menos. Eu só não imaginava que ele iria ficar tão revoltado assim. 

Ele correu até o mar para molhar os pés e voltou correndo, me abraçando e chorando. 

- Vamos nos encontrar de novo, só que dessa vez sem esses corpos. Seremos homúnculos. Vamos cometer suicídio? 

- Tá louco? – Era algo que eu pensei em fazer, mas era muito errado, eu não tinha coragem. Era muito errado mesmo. 

- Eu tô brincando. Eu só quero aproveitar meu último dia olhando o por do sol. – Ele se sentou na areia e eu me sentei ao seu lado. – Que tempo lindo, ainda falta algumas horas para o sol aparecer. Onde ele deve estar agora? 

- Do outro lado do mundo. – Falei. 

- Ele deve tá lindo. – Jimin sorria. – Quem será que eu vou ser da próxima vez? 

- Alguém que deva aproveitar mais e se apegar menos. -Confessei. Aquilo tudo estava me deixando muito melancólica. 

- Você tem razão. Obrigado por ter ficado ao meu lado esses dias que te conheci. Você é uma verdadeira irmã. 

- Jimin, vou sentir sua falta, mas sei que vamos nos encontrar logo. Eu ainda tenho que ficar com a Mina antes de ir embora. – meu coração doía, eu não queria deixar a Mina, eu não queria deixar essa vida. Nada era justo, mas ainda tinham algumas coisas para fazer. 

 



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