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História Shadow of the Day - Declínio


Escrita por: UchihaSpears

Capítulo 13 - Declínio


 

Mei escrevia as principais perguntas e respostas dos senadores para a Embaixatriz. A sessão estava lotada, ela mal podia lembrar da última vez que uma audiência no Capitólio chamou tanta atenção da opinião pública. Todos estavam interessados na Embaixatriz e na sua situação delicada. Do outro lado, na parte destinada aos civis convidados, Mei tinha avistado Sasuke e piscado o olho para ele, estava surpresa em vê-lo por ali, Sasuke não era do tipo que se importava com política.

Ele apenas acenou.

— A grande mídia coloca Nanok como a sua principal arqui-inimiga, gostaria de saber desde quando possuem essa inimizade e por que o povo de Nova Iorque inocentes, a propósito, pagaram um preço de sangue. Me responda Embaixatriz, gostaríamos de saber. — um senador do estado do Orion.

Sakura comprimiu os lábios. — Não temos uma inimizade vossa excelência, da minha parte não. O incidente em Nova Iorque não foi nada organizado.

— O ego de mulheres super poderosas lutando no meio da cidade ocasionou a morte de dezenas, vocês utilizaram-se de seus poderes para mostrar a sociedade, para mostrar ao mundo o egoísmo e a soberba de ambas.

— Não foi nada planejado. Eu tenho consciência das vidas de cada um, nunca que permitiria. Naquela ocasião, não fui a culpada, estou respondendo por um crime que não é meu. Eu não deveria estar aqui respondendo por isso, eu não sou a má da história. Eu tentei defender.

— Vinte minutos depois do ataque? Vinte minutos depois dela criar o caos? Onde estava?

Sakura lembrou do que estava fazendo, aquele momento lhe remoía por dentro.

— Você poderia ter evitado mortes. — o senador falou seco e deixou o microfone. Sakura abaixou a cabeça.

— Eu sei. — respondeu amargurada.  Ela ainda carregava a culpa por aquilo.

— Vocês tem super poderes, vieram ao nosso mundo e cada um que apareceu trouxe problemas, nunca tínhamos visto antes. Vocês seres trouxeram o caos, conhecemos os inimigos através de vocês. Quem colocou vocês como nossos protetores?Quem os colocou como deuses para nos protegerem? — o senador do Connecticut fazia o seu discurso acalorado, ele gostava de ter a atenção para si, era um anti-herói. — Quem lhe colocou Embaixatriz?

— Eu quis proteger a todos.

— Pelas suas últimas ações é comprovado que você não consegue proteger a si mesma. — A Embaixatriz não respondeu. Sasuke passou a mão no rosto, aquilo estava sendo um desastre para ela. — Não tenho mais argumentos, os fatos são contra essa mulher.

— Pegaram pesado com ela. — Moegi cochichou no ouvido de Mei.

— Está sendo massacrada. — Mei respondeu.

 

 

Ino revirou os olhos entediada. Não entendia muito sobre as regras dos humanos, mas parece que os humanos que Sakura tanto apreciava estavam contra ela. Era uma trágica revirada de jogo, nem o teatro grego apresentava uma tragédia dessas. Apunhalada!

Tenten não escondia sua tristeza, Sakura estava sem reação ali, nem parecia a mulher com quem convivia. Não entendia o porquê ela deixava aquilo ocorrer, oras, a Embaixatriz não errava sempre, ela salvava vidas, doava-se por eles. Quantas vezes ela não salvou pessoas? Entrou em prédios em chamas ou levantou navios? Só estavam colocando ênfase nos erros.

— Não é uma boa heroína, mas ao menos ela é bonita. — comentou Jiraiya. — Pode ser atriz.

— Que comentário mais machista! — revidou Tenten. — Eles estão inventando essas mentiras sobre ela.

— Talvez ela seja burra. — Ino comentou comendo uma frita. — Deuses tripudiados por suas criaturas, uma blasfêmia.

— Alguém viu o Konohamaru? —  Jiraiya questionou mudando de assunto.  — Ele precisa abastecer a cozinha.

Tenten estreitou os olhos de tanta raiva.

— Defendendo humanos… — ela continuou. — Olha o que eles estão dando a ela, — ela apontou para a televisão. — É uma desgraça sem precedentes.

— Essa audiência só mostra o quanto a Embaixatriz está perdida. — Gaara reiterou. — Só piorou a imagem dela. Gaara ria internamente da situação da deusa, porém aquilo estava enfadonho para ele, algo interessante teria que acontecer ali para acabar de vez com a imagem da Embaixatriz. Ele queria pegar Sakura quando ela estivesse totalmente desequilibrada emocionalmente.

 


 

— Quantos confiam nela? — uma senadora de Ohio questionava aos civis presentes. Sakura olhou de relance, os presentes ficaram em silêncio. O olhar de Sakura correu até Sasuke, seus olhares cruzaram. Ela logo desviou. — Algum de vocês acredita que ela é capaz de nos defender? Confiaria a vida de seus filhos a ela?

Uma mão solitária acenou no meio dos civis e o burburinho ocorreu. Sasuke levantou. A senadora de curtas madeixas loira o olhou reprovando-o. — Parece que temos alguém que confia nela.

Sakura tentou esconder a sua surpresa.

— Uchiha Sasuke. — a mulher falou com um tom de sarcasmo.

As câmeras foram voltadas para Sasuke qual não se incomodou com os flashes. — Não me surpreende.

Os olhos de Sakura estavam fixados no Uchiha, um  alívio surgiu em seu rosto. Sasuke era capaz de deixa-la amolecida nas piores situações.

— Apenas os que não conhecem a realidade defendem os deuses. — a senadora falou, ela iria continuar a sua fala, até uma explosão acontecer. Um forte estrondo tomou conta do capitólio. O reflexo de Sakura foi de primeira para voar até o lado dos civis e segurar uma pilastra que iria cair por cima deles. Seu braço direito estava esticado e segurando a estrutura de gesso, ao seu lado,  Sasuke fazia o estilo playboy assustado. O pânico foi instaurado; as pessoas corriam em direção a saída da sala de sessão, algumas estavam trancadas.

— O que é aquilo? — Moegi gritou apavorada.

— Um minotauro! — Mei disse perplexa.

O minotauro corria livremente pelo o capitólio, tinha aproximadamente a altura de um rinoceronte. Cabeça de touro e corpo de homem.  Assim que Sakura olhou aquela criatura pavorosa sua cabeça latejou, uma pontada forte na sua frontal.

— Você está bem? — Sasuke perguntou para a mulher que não se mexia.

As pessoas embaixo da estrutura de gesso não estavam mais ali, apenas Sasuke. A pilastra desabou. Sasuke não foi ferido, um escudo apareceu ao lado dele, era uma aura protetora  do Saturniano.

— Pare aí mesmo! — uma voz ecoou no meio do salão. — Pare! — um jovem com um saco de papel na cabeça e  uma roupa improvisada — jeans, uma camisa folgada preta e um tênis — portando um arco e flecha nas mãos. A criatura virou-se para o homem de imediato e correu para ataca-lo.

O jovem lançou as flechas bem no meio do peito do Minotauro que caiu no meio do hall. — Não temo a você!

Sasuke assistia a cena admirado com o que acontecia, olhou para Sakura que estava paralisada do seu lado. Tinha algo errado com ela.

— Embaixatriz? — ele a tocou. Ela não se movia. O Uchiha passou a mão em frente ao seu rosto, ela não piscou, estava em um transe. Sasuke não teve outra escolha a não ser retira-la dali em seus braços. Ela parecia uma estátua. O homem a levou-la para um local afastado, poucas pessoas tinham restado por ali. Deitou a Embaixatriz em um sofá, ela nem piscava. — O que você tem? — ele perguntou intrigado. Checou o pulso dela e ainda pulsava.

O Saturniano apareceu ao lado do Uchiha.

— Não reage. — ele falou.

O alien pousou a mão na cabeça de Sakura e logo retirou. — Ela está em choque. — ele respondeu. — Irei leva-la.

— Obrigado por ajuda-la, Uchiha Sasuke. — ele transportou a Embaixatriz com ele para o esconderijo da Akatsuki.

 

    ∆

 

— Vi o que fez Atenas. — uma voz máscula chamou-la atenção. As nuvens estavam carregadas, era fim de tarde.

— Precisava ajudar Odisseu, sabe que é o meu protegido. — a mulher respondeu. O seu vestido azul balançava diante da leve brisa. Sua imagem refletia uma majestade serena junto com uma grande nobreza. Segurava o capacete na sua mão.

—  Sei que nada que eu falar pode lhe deter, tens a astuta.

— Sigo minhas convicções, meu pai. — ela respondeu. Zeus sorriu. Não havia como retirar uma ideia fixa da mente de sua filha. Pelo o olimpo corria o boato que ela era a sua filha preferida e quem visse a cena do pai sorridente e orgulhoso para a deusa guerreira não desmentia o tal boato.

— Protege tanto os humanos.

— Eles precisavam ser salvos. São criaturas frágeis, porém sonhadoras.

— Eu sei. — ele ficou ao lado dela. — Sabe que não é visto com bons olhos aqui. Nem todos os deuses pensam como você minha querida Atenas.

— Eu sei papai. Não se preocupe. — ela repousou a sua mão no ombro do homem de barba branca. — Caso eu não me engane, eu vi Hera quando cheguei.

Zeus esboçou um sorrisinho.

— Não quero falar sobre isso, me fale de Ulisses. Seus olhos brilham ao falar dele, um mortal?

A deusa ficou com as bochechas coradas.

— O coração de Odisseu já pertence a outra pessoa. — ela falou olhando as nuvens. — Eu irei permanecer desse modo, eu sou uma guerreira e não tenho tempo para romances, deixe isso com Afrodite ou o senhor. — ela riu.

 

 

O Saturniano Não conseguia compreender o que acontecia com ela. A mulher passou um dia adormecida, não se movia e muito menos mostrava atividades cerebral. Ele não conseguia invadir a mente dela. Estaria morta?

Já tinha doze horas.

A porta do quarto foi aberta, a sede da Akatsuki era equipada com equipamentos de saúde de última geração. Nem todos os hospitais tinha aquela tecnologia. O Corvo entrou no quarto e viu a mulher adormecida.

— Ela não reage de forma alguma.

— Está morta? — ele questionou. — Coma?

— Não sei informar. Ela teve um choque. Paralisou, porém não consigo acessar a mente dela. Nenhuma atividade cerebral, mas o cérebro não está morto.

O Corvo apenas a observava.

— Assim que ela viu o minotauro. — Sasuke complementou.

— Não consigo compreender. — ele falou. — Estou preocupado.

Sasuke não admitiu, mas pensava dessa forma.

— Ela reagiu? — o Guardião entrou no quarto. Assim que começou a sessão de Sakura, ele foi chamado às pressas para uma emergência, um atentado terrorista tinha acontecido, ele lastimou-se por não estar ao lado da amiga naquele momento, sabia que poderia ajuda-la.

O Saturnino negou com a cabeça.

Naruto demonstrou a preocupação após vê-la daquela maneira.

— Deve estar apreciando isso, não é? — O Guardião questionou Sasuke, ele não respondeu.  — Você não deveria estar lá, não deveria ter ido ao Capitólio. Ela pode nos escutar? — perguntou ao Saturniano.

— Não.

— Talvez ela te vê lá e você correndo perigo, ela pôde ter surtado.

— Não tire conclusões estúpidas.

— Eu a vi na sua casa, ela está apaixonada por você, eu vi aquele olhar. Ela pode ter entrado em pânico por isso.

— Não foi isso.

— Deixe-a em paz. Saturniano, diga a ele Sakura Não é uma pessoa com má intenções.

O Saturniano encarou os dois. Sabia que Sakura não tinha uma má índole, no entanto desconhecia toda a sua vida.

— Ela é um mistério. Uma criatura milenar misteriosa.

Sasuke olhou-la surpreso. Aquela mulher tinha mais mil anos? Quem seria e o que foi capaz de fazer durante todo esse tempo?

— Não cessarei até descobrir. — ele saiu do quarto apressado.

— Você poderia ter ficado calado sobre isso, Shikamaru. —  Naruto resmungou.

— Desculpe.

Naruto sabia que agora o seu parceiro de equipe não iria tirar aquela nova informação da mente.

 

 

Sakura acordou em cima de uma cama.  O Saturniano ficou assustado com o grito, já que estava meditando.

— Hera… — ela gritou.

O Saturniano em sua forma humana aproximou-se dela. — Eu já estava ficando preocupado com você.

— A audiência no senado... Há quantas horas estou aqui?

— Um dia.

Sakura demonstrou uma ligeira tristeza. — O que aconteceu?

— Não recorda?

— A senadora me acusando, explosões... — Uchiha Sasuke, mas isso ela não disse.

— Ninguém se machucou. — ele tranquilizou-la.  — Você entrou em choque. Foi a pressão por estar lá?

— Eu falhei?

— Está tudo bem.

— Era para ajudar a minha imagem e… — ela falou estarrecida.

— Não se preocupe.

Sakura encostou a cabeça no travesseiro, estava tão pesada... tantas informações passavam pela a sua mente.

— Me transporte para casa, por favor. — ela pediu.

 

 

Tenten olhava a janela, roía as unhas esperando notícias de Sakura. Não precisava ser uma mestre da dedução para saber que a sua amiga estava destruída emocionalmente por tudo o que aconteceu.

Tinha cancelado um jantar com Neji, disse que estava com fortes cólicas, o homem entendeu. Ele aproveitou e foi resolver alguns problemas do trabalho em Gotham, o trabalho dos seus sonhos o consumia.

— Ten! — Sakura falou, Tenten tomou um susto com a mulher aparecendo atrás dela.

— Hey! Sakura, estava preocupada com você. — Tenten notou os olhos de Sakura marejados.

— Eu falhei Tenten, eu falhei. — disse entre lágrimas. A amiga não teve outra alternativa senão abraça-la confortando-a. —  Foi um desastre Ten.

— Sakura, nem tudo que planejamos sai bem.

— Eu paralisei ao ver aquela criatura e agora consigo lembrar do que aconteceu, — dizia entre lágrimas. — O que vão achar de mim? Eu fui uma inútil.

— Não amiga. — Tenten a consolava.

— A Embaixatriz foi salva por um mortal, o que acha que vão falar? O que acha que a opinião pública vai dizer?

— Não liga para eles, você é maior.

— Céus! E quando o Corvo ver isso? Se ele já me odiava e agora? — levou a mão na cabeça desesperada. —

Sendo salva pelo o Sasuke Uchiha. Eu sou desastre como heroína.

— Porque você sabe que não é uma heroína Sakura, você conhece a sua natureza.

— Não. — disse com a voz embargada.

— Você quando viu o minotauro entrou em choque. O seu passado Sakura, não tem como fugir dele.

Sakura soltou-se da amiga e caminhou em direção ao quarto.

— Sakura... talvez a única solução não é tentar lutar contra, você não pode usar uma máscara e fingir quem você é.

Sakura ouvia em silêncio, no entanto não era tão simples como a amiga presumia ser, o fardo era pesado. Tenten pensou em continuar, mas cessou, sabia que Sakura não recebia bem nada relacionado ao seu passado. O clima estava pesado naquele ambiente.

— Alguém resolveu a situação, quem foi? — Sakura perguntou.

— Um cara com um saco na cabeça— ela pausou — Do Burger King.

— Que maravilha — ela disse irônica. — Um cara com um saco de papel na cabeça e um playboy levando a Embaixatriz desmaiada, não podia ser melhor!

— Olha pelo o lado bom, foi o Sasuke que te salvou.

Sakura virou-se curiosa.  — Como?

— Ah, sei lá.

— Do jeito que sou sortuda, é bem capaz dele dizer que vai me deixar pela Embaixatriz. — ela riu mudando o clima.

— Iria ser hilário como nos filmes. — as duas gargalharam.

 

 

Sasuke estava no seu esconderijo secreto, tinha acabado de fazer o seu treinamento diário com pesos e barras. Diferente dos outros da Akatsuki, o seu único super poder era o dinheiro e para enfrentar criminosos ele precisava treinar pesado. Durante a sua jornada como o Corvo, ele aprendeu diversos tipos de artes marciais e lutas, nunca era o suficiente, ele sempre queria mais.

Durante o treino ouviu a conversa de Sakura com Tenten. As conversas nunca eram claras, essa era um outro exemplo. De tudo que ele sabia até agora, era que o passado de Sakura era uma incógnita e ela não apreciava falar sobre isso.

Agora mais que nunca ele precisava descobrir o segredo milenar que ela carregava.

 


 

As abóboras de Halloween estavam enfeitadas na rua e no Icha Icha o clima da festividade tinha tomado conta. Sai tomava um café reforçado naquela manhã.

— E nos vestimos como monstros, fantasmas e sairmos pelas ruas. — ele explicava para Ino o significado Halloween. — Eu vou todo ano de fantasma. — ele riu.

O incidente do capitólio já tinha completado quinze dias, mas ainda era lembrado e especialmente na mídia. O garoto com a sacola de papel na cabeça tinha virado obsessão, ninguém sabia quem ele era. Já a fama da Embaixatriz não estava em alta, o seu apagão gerou diversas discussões.

— De que vai vestida? — Sai a convidou para a festa de Halloween da universidade.

— De deusa.

Sai achou graça.

— A parte engraçada é se vestir de algo que você não é.

— Difícil. — ela sorveu um pouco do café. — Não sei o que pensar, isso parece ser complicado.

Sakura aproximou-se da mesa dos dois. — Acho que você tem que trabalhar sua folgada.

— Eu já sei do que quero ir. — Ino falou animada.

— De quê?

— De Embaixatriz.

Sakura revirou os olhos, já não aguentava mais as piadinhas da irmã sobre o último acontecido.

— Posso?

— Hm… — Sai não sabia o que responder.

— Poderia ir de vaca, combina com você. — ela respondeu. — Anda! temos algumas mesas. — ela jogou uma toalha velha e molhada por cima de Ino. A loira saiu irritada.

— Quem diria que Atenas e Afrodite tinham um comportamento desses. — Sai falou risonho.

— Pois é, estão servindo o seu café. — ela respondeu. — Você sabe tudo de cultura Grega, não é?

— História grega.

— Tanto faz. Bom… — ela sentou-se na cadeira em frente ao professor. — Quem é Odisseu?

— Ulisses ou Odisseu, como os gregos conheciam. Ulisses é o nome que os romanos deram. Era um rei grego, considerado um herói pelo o seu povo. Foi ele que articulou o cavalo de Troia.

Ela fez uma cara falsa que entendeu, Sai percebeu. — Um cavalo de madeira que permitiu a entrada dos gregos na cidade.

— Ah… — Sakura riu e achou melhor ter ficado calada, achava que era o vírus do computador. — Claro.

— Atenas o ajudou bastante, ele era um devoto da deusa.

— Entendo. — ela lembrou da cena conversando com Zeus. Sakura não sentiu à vontade para perguntar, mas queria questionar. — Ele e Atenas tiveram algo?

— Não que eu saiba.

Sakura assentiu com a cabeça.

— Menos mal. Odisseu, Ulisses… legal. — falou tentando disfarçar.

 

— Sakura… — a voz de Jiraiya demonstrava animação. — Olha quem chegou… — disse entusiasmado com o Uchiha do outro lado da rua. — O CEO.

— Sabe que esse nome de livro é horrível. — a mulher disse.

— Você nem consegue disfarçar. — Jiraiya a cutucou com o cotovelo. — O CEO e a garçonete.

— É sem graça. — ela ria. Sasuke entrou no estabelecimento.

— Nome provisório.

— Hey! — ele acenou e veio na direção dela.

— Oi! — ele a deu um discreto selo nos lábios. — Jiraiya.

— CEO! — fez um gesto de beleza com a mão direita. — Bom te ver por aqui e com Sakura, mesmo ela estando de avental e despenteada.

Sakura passou a mão no cabelo tentando amenizar o frizz do cabelo.

— Ela é linda de qualquer jeito.  — ele a elogiou. — Belíssima.

— Sempre dizem que o amor é cego.

— Me erra, vai trabalhar Jiraiya!

— Eu sou o dono! — ele falou rindo.

— Não esquenta. — Sasuke enlaçou a mão na cintura dela. — Quero um café. Está frio.

— Ino, a sirva! — Jiraya gritou. — Sente-se, o acompanhe Sakura. — Cadê aquela garota? — ele foi procura-la.

— Ele é uma figura.

— Não dê espaço, logo ele vai te perguntar coisas obcenas. Ele está escrevendo um livro.

— Sobre nós?

— Sim. — os dois sentaram-se. — E erótico.

— Faz jus.

— Palhaço. — ela deu um tapinha no ombro dele. — Como foi a reunião ontem?

— Cansativa. — ele retirou o sobretudo preto, apenas ficando de colete. — Preciso lançar um novo Smartphone, no entanto não quero algo do mesmo, quero algo inovador.

Após o incidente em Washington, Sasuke aproximou-se dela, Sakura tornou-se a sua esfinge, ele nunca sabia o que se passava pela a mente dela. Suas escutas durante todo o tempo nunca pegaram nada de concreto contra ela, apenas ela e Ino brigando por séries e quem lavaria o banheiro. Quase três meses ao lado dela e nada descoberto, suas evidências maiores eram jogadas ao chão. Descobriu que os ataques misteriosos que ela planejava, na verdade eram estratégias de RPG. A Embaixatriz era adepta a esses tipos de jogos. Nada a incriminava, Sakura era normal.

Mesmo com as evidências comprovando, ele não queria sair por errado. Naruto não poderia estar certo. Ainda existia aquela maldita foto na Rússia em plena revolução. Contudo, esses três meses ao lado de Sakura passaram a fazer parte da rotina dele. Sempre acordava e tinha uma mensagem da mulher lhe desejando um bom dia! ou algum gif engraçado. Os dois costumavam a sair, o que de primeiro era para ser uma missão para descobrir a mulher, virou uma espécie de lazer, um hobby regado a vinho e risos. Quando ele esquecia de suas suspeitas, Sakura era uma ótima companhia e o deixava leve, algo raro para alguém que carregava as marcas da escuridão dentro de si.

Na sua mente era apenas um disfarce… era o que ele acreditava.

— Konan me convidou para a festa de halloween dela.

— Viraram melhores amigas. — Ino servia o café. — Obrigado. Ino… — ele abriu a carteira. — Cinquenta dólares para uma deusa. — era a gorjeta.

— Esse sim entende uma deusa. — Ino pegou o dinheiro.

— Não fica tratando ela assim, ela irá acreditar. — Sakura entrou no meio para desviar o assunto, sua irmã acabava falando demais. Sakura tinha explicado para ele que Ino era perturbada, Sasuke começava a acreditar.

— Imagina.

— Vamos para a festa da Konan?Ela está tão animada.

— Eu não sei se vou ter alguma coisa para fazer no dia.

— Pensa com carinho. — ela alisou o rosto dele.

— Desse jeito posso pensar.  — ele riu. Ele deu um gole no café. Ele deu uma olhada no Rolex no seu pulso.

— Esperando alguém?

— Sim, Mei. A jornalista, ela quer me entrevistar. Falei que estaria aqui e com você.

— Hm… A ruiva. Ela é bonita.

— Ciúmes? — ele falou a provocando.

Sakura riu. — Não. Sou mais eu.

— Também, a irmã da deusa. — ele brincou. Sakura forçou um sorriso e logo mudou de conversa.

— Como está a sua mãe?

— Na mesma. Ah, ela saiu esses dias com o psiquiatra dela, ele tem uma maneira maluca de consulta-la.

— E o tal do Orochimaru?

— Me pressionando. Ele quer o projeto para logo.

— Entendo.

— Você parece mais vívida esses dias, há alguns dias atrás você parecia tão nervosa e fora de órbita.

— Preocupada com besteiras. Não era nada.

Sasuke soltou um longo suspiro.

— Sakura… — ele colocou a mão sobre a dela. — Eu quero que confie em mim, pode me contar o que te aflige. Problema financeiro?

— Não, imagina.

— Não tenho problemas em te ajudar.

— Não, não é isso. Eu estava pensando na faculdade.

— Você não estuda. — ele foi rápido em responder.

— Por isso mesmo. — ela riu sem jeito. — Coisas que estou resolvendo. Relaxa.

Mei tinha chegado e acompanhada de sua fiel assistente Moegi. Quando Sasuke lhe deu o endereço para a entrevista, ela acreditava ser um local granfino, não teve como disfarçar a sua expressão surpresa.

— Você é cheio de surpresas Sasuke Uchiha.

Sasuke levantou-se para cumprimenta-la.

— Me conhece bem.

Sakura fitou o sorriso aberto e convencido da mulher.

— Mei, essa é a Sakura.

— Sim, a sua escolhida. Prazer senhorita.

— Igualmente. — ela respondeu.

— Você trabalha aqui? — Mei questionou.

— Sim, sou a garçonete.

— E mesmo aqui o Sasuke te encontrou. Esse não perde uma oportunidade para encontrar uma bela mulher. É Natural daqui de Nova Iorque?

— A Sakura é grega. — Sasuke respondeu por ela.

Meu arregalou os olhos surpresa.

— Sério? — Sakura confirmou com a cabeça.  — A minha mãe é grega.— ela falou, Sakura deu um gole no café, rezou para si mesma pedindo que Mei não perguntasse nada.

— Qual lugar da Grécia?

— Atenas. — ela respondeu.

— Nossa, a minha vó também é da capital, mas depois ela mudou-se para

Balos, conhece?

Sakura afirmou, não tinha a mínima ideia do que era Balos.

— Aquelas águas cristalinas. Então, o que te trouxe aqui Sakura? Sua família também veio?

— Eles estão por lá. Ficaram por lá… eu, — pausou. — Eu quis me aventurar por aqui.

— Muito tempo?

— Cinco anos. — ela respondeu.

— Bom tempo. Acabei te entrevistando. — ela riu.

— Você não perde uma oportunidade. — Sasuke falou.

— Sakura de quê? O seu sobrenome?

— Haruno. Haruno.

— Certo. Bom Uchiha, vamos a nossa entrevista.

— Pergunte o que quiser!

— Não vou deixar passar em branco os últimos acontecimentos, você salvou a Embaixatriz, como isso ocorreu? Ela estava desacordada?

— Eu vou buscar um pouco mais de café para vocês, com licença. — Sakura pediu e levantou-se. Seu dia não podia piorar...


 

 

Mei tinha voltado ao jornal. Tinha que revisar  a entrevista e colocar suas palavras. Entrevistar o Uchiha sobre a Embaixatriz foi gratificante para ela, com certeza iria pegar a primeira página.

— Vai colocar sobre a namorada dele? — Moegi questionou.

— Peguete dele. Nem sei se vale a pena, Sasuke pode aparecer com outra na próxima semana. — ela respondeu, nem olhou Moegi, estava focada na tela do computador.

— Não parecia ser um caso breve para ele.  Poderia aproveitar o ensejo e colocar sobre ela também

— Você me deu uma ideia Moegi.

— Qual? — a garota questionou confusa.

— Preciso que confira para mim se ela está de forma legal no país ou é uma imigrante ilegal.

— Um minuto. — ela correu para o computador. —  para quê quer saber disso?

— Bom, com essa caça aos imigrantes ilegais, descobrir que a namorada de Sasuke Uchiha è um deles, eu ficaria um bom tempo na primeira página.

— Esperta Mei.

Moegi entrou nos bancos de dados pesquisando sobre Sakura Haruno. Primeiro foi em um  site grego. — Não tem registro na Grécia de nenhum harunos, estou olhando no site da receita de lá. Nenhum contribuinte.

— Como não temos o número da identidade dela, deve ser por isso. Nem todos podem estar cadastrado. Podem ser de origem humilde, não declaram renda.

— Checarei aqui. — ela acessou documentos. — Achei um registro de matrícula na universidade.

— Use o seu poder de hacker Moegi. — a garota passou alguns semestres no curso de rede, achava que isso seria útil para a sua futura carreira de jornalista investigativa.

— Verei o que posso fazer. Consegui a identidade e Mei, vem aqui.

Mei levantou-se curiosa.

— O que houve?

— A identidade dela consta de 2013, mostra que ela é americana, nascida em nova Iorque. No entanto, checando os dados, não existe nenhum Derek Haruno e Meredith Haruno, nem aqui e nem na Grécia. Essa identificação dela é falsa.  — ela digitava alguns códigos — Não existe nenhuma Sakura Haruno.

Mei estava boquiaberta diante das novas informações.

— Então, quem é aquela mulher?


Notas Finais


Obrigada por lerem até aqui e qualquer dúvida podem perguntar :)


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