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História Shadow world - Capítulo 29


Escrita por: manucaximenes e CrisHerondale

Capítulo 29 - Capítulo 29


Fanfic / Fanfiction Shadow world - Capítulo 29

Capítulo 29

Caminho de volta.

 

Idris –Calabouço, noite de 29 de Setembro de 1886.

 

Desde que eles foram presos, ninguém havia aparecido para dizer ou falar, absolutamente, nada.

Izzy sentia-se impotente e não tinha ideia do que fazer. Ela estava preocupada com Simon, que estava sendo interrogado e principalmente estava com medo que Simon estivesse em apuros.

Foi nesse momento que ela ouviu a sua cela se abrir e Maryse adentrar a mesma.

-O que vocês fizeram? –Pergunta, nervosa.

-Salvamos as dimensões. –Responde, levantando-se.

Maryse alisa o seu rosto, negando freneticamente com a cabeça. Ela aproxima-se da sua filha, olhando-a nos olhos e soltando um suspiro.

-Antes disso. –Manda, irritada.

Então, Isabelle entende o que estava acontecendo, a Clave não se importava com a missão que eles acabaram executando sim com o fato de que eles libertaram Ragnor Fell de uma execução.

-Ele morreu de qualquer forma. –Afirma, afastando-se dela

-Isso não apaga a traição que cometeram. –Revela, irritada.

-Deveria. –Acusa, olhando-a nos olhos. –Nós quase morremos mais de uma vez para impedir tudo. –Comenta, sentando-se e alisando o seu rosto. –Eu vi o Max. –Revela, ouvindo a respiração de Maryse se acelerar. –Em uma das dimensões, ele estava vivo, feliz. –Comenta, encarando a mãe.

-Isso não é relevante. –Afirma, afastando-se da filha.

-Eu te vi morrer... Eu não consegui impedir. –Revela, observando-a parar. –Magnus e Alec estavam noivos, iriam se casar... Estavam enfrentando o mesmo preconceito que enfrentam aqui. –Comenta, observando-a se virar em sua direção.

-Isso é libertinagem... Sodomia. –Revela, nervosa.

-Na última dimensão que nós estivemos, eles têm dois filhos. –Revela, ignorando a expressão da mãe. –Eles tinham duas filhas, uma caçadora de sombras chamada Rafaela e uma feiticeira chamada Marie... Eles tinham tão pouco, mal dava para sobreviver. –Comenta, desviando o olhar. –Mas eles lutavam dia após dia para alimentar as crianças. –Afirma, sentindo a mãe se sentar ao seu lado. –Elas são tão corajosas, tão lindas. –Murmura, alisando o seu rosto. –A senhora teria tanto orgulho delas. –Sussurra, voltando-se em direção a mãe.

-Isso não vai acontecer aqui! –Afirma, desviando o olhar.

-Vai, provavelmente, serão meninos, mas vai... Se nós estivermos vivos, Clarissa se casará com Jace, Alec viverá o seu tempo com Magnus e eu... O meu com Simon. –Revela, rindo.

-O vampiro? –Pergunta, com os olhos arregalados.

Maryse não estava com uma postura firme, distante como sempre. Estava demonstrando pela primeira vez que queria escutar a sua filha e Isabelle estava aproveitando a oportunidade.

-Nas outras dimensões ele é um caçador de sombras e em ambas nós estamos noivos. –Revela, suspirando.

-Como isso é possível? –Pergunta, confusa.

-Provavelmente, Camille não entrou no caminho dele, ela pode ter sido exterminada antes. –Responde, suspirando.

Por um momento, Isabelle não soube dizer se Maryse estava em choque, ou se ela não tinha a mínima ideia do que falar no momento.

-A lei é dura, mas é a lei. –Afirma, dura.

-Sabe o que eu aprendi? –Pergunta, observando-a caminhar em direção à porta da cela. –Que nada radical demais é bom. –Afirma, sendo ignorada pela mãe.

 

****

 

Clary sentia seu corpo todo tremer, a maldita espada parecia lhe arrancar todas as energias, era pesada, doía-lhe os braços, o corpo. Aldertree lhe dava um sorriso sarcástico, o maldito estava adorando vê-la sofrer. Mas não imploraria por clemência, nunca se sujeitaria a isso.

Sua preocupação maior estava em Jace, o loiro havia sido carregado para a Cidade do silencio, tinha medo sobro o que aqueles loucos fariam com seu amado.

- Diga Clarissa, vocês todos sabiam sobre a fuga de Ragnor? Você, Jonathan, Alexander, Isabelle e aquele maldito feiticeiro, todos vocês sabiam, na verdade, ajudaram não foi?

- Eu não sei do que você está falando, tudo o que sei é que fui tragada para essa droga toda junto com Jace, enfrentamos toda sorte de perigo e ajudamos Magnus e Alec a salvar o mundo, acredite, não era aqui que devíamos estar! Quero saber onde está meu noivo e quero saber agora!

- Você não está em condições de exigir nada no momento querida, e minha paciência está se esgotando, quanto mais tempo você passar segurando a espada, mais será sua tortura, sabe disso.

Clary sente suas mãos ficarem dormentes, uma dor aguda na cabeça lhe trazem lembranças que ela a muito queria esquecer.

- Não sabia dos planos de Valentim, nem eu e nem minha filha! Valentim é um louco! Logo quando soube o que ele pretendia eu avisei a Clave, não podem agora vir me acusar de traição!

Clary olhava para a mãe, suas lagrimas escorriam pelo rosto, lhe doía ver a mãe ali, naquele maldito palco, sendo julgada como uma traidora qualquer, a maldita espada brilhava em suas mãos e via-se o esforço que Jocelyn fazia para segurá-la, aquilo parecia que estava a queimar- lhe.

Depois da traição do pai, depois de ter visto a mãe praticamente se destruir e trair o marido, avisando a Clave sobre os planos sórdidos de Valentim, depois de ver seu irmão morto, agora tinha que ver sua mãe ser torturada.

A Clave não se contentou em prender Valentim, não se contentou em matar seu irmão, não se contentou em destruir sua vida, ela ainda queria lhe tirar a mãe, já que Jocelyn estava fraca demais e segurar a espada da alma era muito doloroso, Clary via o esforço que a mãe orgulhosa como era, fazia para não derramar uma única lagrima e isso quebrou ainda mais seu coração.

- Clary, não importa como, mas farei eles pagarem por isso. – Disse Jace ao seu lado, segurando lhe a mão e lhe tentando passar conforto.

- Malditos! Vocês torturaram a minha mãe! Vou fazê-los pagarem por isso! – Gritou Clary, assustando os guardas.

- Ela perdeu o juízo, acho que segurou a espada por tempo demais. – Sussurrou Aldertree assustado.

 

***

 

Idris –Calabouço, manhã de 28 de Setembro de 1886.

 

Simon está encolhido no canto mais escuro da sua cela, qualquer movimento em falso, ele acabaria sendo consumido pelo sol.

Quando Robert Lightwood adentrou a sua cela, ele teve a certeza de que seria o seu fim, porém havia alguém atrás dele.

-Vou ser julgado agora? –Pergunta, encarando os seus próprios pés.

-Não. –Responde, aproximando-se de Simon, com uma cruz em punho e uma garrafa de sangue em outra.

-Religião errada... Sou judeu. –Revela, tomando a garrafa das mãos de Robert, deixando o caçador intrigado.

Enquanto Simon se alimentava, as expressões de Robert mudavam, iam de nojo a repulsa a um piscar de olhos humanos.

Simon não se atrevia a perguntar por Isabelle, ele não tinha noção do quanto o pai dela sabia sobre a relação dos dois e tinha certeza de que poderia prejudicar a sua situação e a dela caso revelasse algo comprometedor.

-Ela está bem. –Disse, virando-se em direção a saída e Simon só conseguiu assentir, ouvindo-o se afastar gradativamente.

 

***

 

Jace estava irritado, ele não conseguia digerir o que estava acontecendo, porém quando estava sendo levado de volta a sua cela, um dos irmãos do silêncio o parou.

Você precisará dizer sua versão, mas não agora, estávamos apenas esperando que acordasse, precisamos que você ajude Alexander Lightwood a voltar.

- Alec? O que ele tem? O que aconteceu? Como assim a voltar? – Perguntou desesperado.

Como assim Alec não havia voltado? Ele viu quando Alex e Maggie acordaram, eram elas mesmo, Alec e Magnus não mais habitavam seus corpos!

Parece que Alexander Lightwood e Magnus Bane não conseguiram sair ilesos, para impedir que os mundos se unissem eles praticamente usaram seus próprios corpos, agora um está ligado ao outro, porém não conseguem voltar, Alexander está perdido em um intervalo entre nossa realidade e a ultima pela qual passaram.

- Como podemos trazê-lo de volta? Como posso trazer Alec de volta?

Na verdade apenas você pode, apenas você e sua ligação parabatai, precisa chama-lo, guia-lo de volta, ele está preso, possivelmente perdido entre essas duas realidades, a única coisa de concreta que ele tem, que ainda o liga a nossa realidade é você. É a sua ligação parabatai.

Jace suspirou pesadamente, fechou os olhos por alguns segundos, a dor que sentiu foi gigantesca, não suportava saber que Alec estava perdido em sabe-se lá Deus onde, ele era seu parabatai, sua outra metade, seu irmão de alma.

- Leve-me até ele. – Disse decidido.

Ao chegar em um quarto parecido com o que estava anteriormente, Jace avistou uma cena intrigante, Alec e Magnus estavam depositados na mesma cama, ambos estava ligados, foi o que dissera o irmão do silencio, então se Alec estava perdido, Magnus também estava. Chegou perto do parabatai e passou a mão por seus cabelos negros, tocou seu rosto com cuidado, Alec suava frio, seus lábios jaziam azulados como se a morte aos poucos se apoderasse de seu ser.

- Alec, meu irmão, onde está Alec? Volta pra cá, volta pra sua casa, volta pra sua família, volta pro Magnus, volta pra mim meu irmão. – Disse Jace com os olhos marejados.

Olhou para o lado e viu Magnus também desacordado, aproximou-se do parabatai e o abraçou apertado, demonstrando toda a sua angustia em vê-lo assim.

- Suplique-me para não deixar-te, ou que volte de seguir-te ; Para onde quer que fores, eu irei, e onde ficares eu ficarei; Seu povo será meu povo, e seu Deus será meu Deus; onde quer que morras morrerei eu, e ali serei sepultado. Faça-me assim o Anjo, e outro tanto, se outra coisa que não a morte me separar de ti.

Ao terminar de o juramento em um sussurro, Jace afastou-se um pouco para poder ver se havia algum reação do parabatai, Alec, porém continuava imóvel e cada vez mais pálido.

As lagrimas escorriam pelo rosto de Jace que apertou o parabatai mais contra si, não podia perder Alec, não saberia como seguir em frente sem ele.

- Alec seu idiota, o imprudente sou eu lembra? Não você, você sempre foi o certinho, o centrado, por diabos foi fazer essa loucura? Não pode me deixar seu idiota! – disse Jace chorando.

Sinto muito Jonathan, mas se nem o juramento parabatai foi capaz de trazê-lo de volta, nada mais pode.

Jace ouviu a voz do irmão do silencio em sua cabeça e o odiou naquele momento, quem ele pensava que era para dizer que Alec não tinha mais salvação? Alec era seu melhor lado, seu porto seguro, sabia que sempre poderia contar com ele, o laço que os unia era eterno e inquebrável, eram parabatais, irmãos de alma e nada poderia separa-los.

- Alec seu idiota, nada que não seja a morte pode me separar de ti e eu não vou perde-lo para a morte Alec, não vou! Recuso-me a te deixar perdido em algum lugar para sempre! Se você não voltar pra mim, eu irei atrás de você, você sabe que eu irei! Idiota, onde raios você está? – Perguntou Jace chorando desesperado.

- Se você continuar a me chamar de idiota, eu vou te jogar num lago cheio de patos. – Sussurrou uma vozinha fraca.

Jace arregalou os olhos e se afastou de Alec para poder vê-lo com os olhos semi abertos, o garoto ainda estava pálido, porém acordado.

- Pelo Anjo! Alec seu idiota, você finalmente voltou, nunca mais me assuste assim! Eu te amo meu irmão! – Disse Jace abraçando o parabatai mais uma vez e voltando a chorar.

- Depois não diga que eu não te avisei! E eu também te amo seu idiota! – Sussurrou Alec fracamente, enquanto algumas lágrimas escorriam por seu rosto.

 

 

 

 

 



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