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História Shadow world - Capítulo 31


Escrita por: manucaximenes e CrisHerondale

Capítulo 31 - Capítulo 31


Fanfic / Fanfiction Shadow world - Capítulo 31

Capítulo 31

Último capítulo.

Liberdade

 

Depois do portal Seelie. Idris –Residência Lightwood, noite 22 de Outubro de 1886.

 

O registro de Magnus da outra dimensão estava em cima da cama, ele havia demorado a encontra-lo, mas gostou de saber que ele tinha se preocupado em lhe relatar tudo o que havia acontecido, o que deixou o seu noivo com um pouco de ciúmes e Alec lisonjeado pelo sentimento.

Alec arrumava o seu terno de cinco em cinco segundos, ele não conseguia pensar que não iria tardar para que eles usassem a runa de casamento, para que Magnus fosse seu por toda a sua vida.

Existiam poucas runas ainda usáveis em caçadores de sombras e a de casamento era uma delas, era uma tradição que não poderia ser desfeita.

-Alec. –Chama Max, adentrando o quarto, fazendo o homem se virar e o analisar. –Jonathan e Clarissa já estão aqui e Isabelle está inquieta. –Revela, suspirando.

Seria um casamento duplo, Isabelle e Simon, Alexander e Magnus, que hoje já tinha bloqueado os seus poderes, afastando a ameaça do submundo de suas vidas. Desde que Alec e Jonathan descobriram que o laço parabatai não poderia ser desfeito, os dois acabaram tornando-se próximos e estão construindo uma bela amizade.

-Ela já está pronta? –Pergunta, estalando os dedos.

-A mais de uma hora. –Responde, suspirando.

-Magnus e Simon? –Pergunta, aproximando-se do garoto.

-Conversando com o papai lá em baixo. –Responde, abrindo a porta.

Alec sai do quarto e encontra Isabelle, com um longo e perfeito vestido dourado lhe esperando com um enorme sorriso nos lábios.

-Pronta? –Pergunta, oferecendo o seu braço.

-Mais do que pronta. –Responde, sorrindo e entrelaçando o seu braço no do irmão.

Isabelle pediu para que Alec entrasse com ela e Robert, ela queria a sua família reunida para quando desse esse passo e tanto Alec quanto Robert não se opuseram ao seu pedido.

-Vai avisar ao papai. –Manda Alec e Max sai correndo escada a baixo.

Quando Alec já estava começando a se movimentar, eles param assim que ouvem um choro, Blue havia acordado.

-Quem vai ficar com Blue? –Pergunta Izzy, preocupada.

Blue, Maxwell Michael Lightwood-Bane filho adotivo de Alec e Magnus, que havia sido encontrado recém nascido pelo irmão mais novo do Lightwood e que foi recebido com todo amor e compreensão por Alec e seu parceiro. O feiticeiro tinha uma pele azul, cabelos negros e olhos azuis iguais aos de Alec.

-A babá já deve estar chegando. –Garante, pegando o pequeno feiticeiro e o ninando.

Magnus encantou-se pelo menino no segundo que o viu, enquanto Alec ficou com receio desse passo, mas acabou concordando com Magnus e embarcando na maior aventura da sua vida: A paternidade.

-Desculpe, senhor. –Pede a babá, seguindo em direção aos dois, com uma mamadeira na mão.

-Desistiram? –Pergunta Robert, aproximando-se dos dois.

- Blue chorou. –Responde Alec, passando o filho para os braços da babá.

Os três desceram as escadas e assim que saíram pela porta do jardim da casa, os olhos de Alec se encontraram com os de Magnus e ele abriu um enorme sorriso, recebendo um olhar envergonhado do feiticeiro em resposta.

Alec não precisava de um casamento para saber que Magnus Bane era dele, mas era bom que todos soubessem disso.

-A cerimonia está prestes a começar. –Avisa o irmão do silêncio, fazendo todos se acomodarem.

 

***

 

Idris –Calabouço, manhã de 22 de Outubro de 1886.

 

Jace parecia um leão enjaulado, seu cabelo um pouco mais comprido que o usual chacoalhava com seu vai e vem inconstante pela cela. Ainda estava preso, tanto ele quanto os outros “ viajantes “ como ficaram conhecidos entre os guardas.

Sua preocupação com Clary era extrema, não a havia visto desde que despertara e ajudara Alec a acordar, soubera que ela passara pela espada mortal por duas vezes, assim como Alec, Izzy, Simon e ele, apenas Magnus fora poupado, já que submundanos não podiam segura-la, mas isso não queria dizer que o feiticeiro estava melhor que ele, pelo contrario, afinal aquele a Clave odiava submundanos.

Todos eles contaram suas versões, mas Imogen a maldita inquisidora que quis o destino que fosse sua avó, não autorizara a soltura deles, ela os mantinham presos, todos eles. Imogem nunca aceitara que seu precioso filho Stephen Herondale era um traidor da Clave que se aliara à Valentim Morgestern, o próprio Jace tinha magoa e rancor dele por isso. Mas o que Imogen nunca aceitara era o fato que o herdeiro dos Herondale, se unisse a Clarissa Morgerstern, a filha do monstro, como ela costumava falar. O loiro sabia que a inquisidora só os mantinham ali para castiga-lo, ela queria que ele reconsiderasse, que deixa-se Clary, mas ele nunca faria isso, a amava e estava enlouquecendo de preocupação.

Uma movimentação na entrada do corredor chamou sua atenção, agarrou-se nas grades tentando enxergar o que se passava por ali. Logo Robert aparecia junto de quatro guardas e abria a cela.

— Jace? Você  está livre filho, não precisará passar mais nem um minuto nessa cela imunda. – Disse o Lightwood mais velho com um sorriso.

— M-mas c-como assim? Imogen reconsiderou? E Clary? E Alec? Os outros? Todos estão livres também?

— Imogen faleceu Jace, ela já não era tão jovem e sofria de uma doença do coração muito grave, sinto muito por sua avó.

— Não sinta Robert, porque eu não sinto. Imogen me renegou por amar Clary, me tirou da sua vida e eu também a tirei da minha faz tempo!

— Bem, agora eu sou o inquisidor e já ordenei que soltasse a todos vocês. Clarissa está no fim do corredor, nós iremos até lá soltá-la . . .

Robert nem terminou a sentença, pois Jace já saia em disparada rumo ao fim do corredor, precisava ver com seus próprios olhos que Clary estava bem.

Chegando lá dois guardas estavam a postos e se assustaram ao ver o impetuoso loiro chegar correndo e agarrando as grades.

— Clary! – Chamou Jace.

A ruiva que estava encolhida num canto, ergueu a cabeça ao ouvir a voz que tanto amava, piscou algumas vezes ao ver Jace agarrado a cela e tentou identificar se era realmente seu amado ou apenas mais uma peça pregada por sua mente exausta.

— Clary! Você está bem? Eu vim tira-la daqui Clary! Vim busca-la!

A ruiva sentiu os olhos lacrimejarem e se levantou com cuidado indo até as grades e segurando as mão de Jace .

— Jace! – Sussurrou a garota chorando.

Estava morrendo de saudades, chegou a pensar que nunca mais veria o homem que amava outra vez. Segurar a espada da alma fora uma tortura, fora angustiante, mas nada doía mais que ficar longe de Jace, ficar sem saber se ele estava bem ou não.

— Clary. – Sussurrou Jace mais uma vez,  as lagrimas começaram a rolar por seu rosto, o loiro virou-se para os guardas e rosnou. – Abram! Abram agora!

— N-não podemos, t-temos ordem . . . – Balbuciou um dos guarda com medo da expressão no rosto do caçador.

— Está tudo bem, abram a cela, Clarissa está livre. – Disse  Robert que chegava até o local.

— S-sim inquisidor. – Responderam os guardas e logo acataram a ordem.

Ao se ver livre Clary correu para os braços daquele que tanto amava, ambos choravam e se beijavam ao mesmo tempo, a saudade era imensa, o medo que sentiram de nunca mais se verem outra vez fora demais para suportarem.

— Eu te amo! E quero me casar o quanto antes, não quero passar mais um minuto longe de você Clary! – Disse Jace arfante.

Clary sorriu por entre as lagrimas, amava demais aquele loiro inconsequente e se ele quisesse se casariam naquele momento mesmo!

— Também te amo Jace, você é minha vida, é tudo o que tenho e eu também não quero passar mais nem um minuto longe de você.

Ambos voltaram a se beijar como se não houvesse amanhã, Robert percebendo o espetáculo que ambos estavam dando, resolveu interferir.

— O  que acham de matarem a saudade em outro lugar? Acho que meus guardas estão se animando com vocês!

Clary que só notou a presença de Robert naquele momento corou furiosamente, Jace deixou um pequeno riso escapar e puxou Clary para si.

— Vamos meu amor, vamos que nossa felicidade e está segando alguns guardas invejosos por aqui!

Robert deixou que um sorriso escapasse por seus lábios e ficou olhando o casal se afastar, em alguns momentos o casal parava para se beijar, aprecia que não acreditavam que estavam novamente juntos.

— E agora inquisidor? Quais as ordens?

— Agora? Agora vamos fazer a felicidades do meu filho e soltar o feiticeiro. – Disse Robert indo em direção à cela de Magnus Bane.

 

 

***

 

Depois do portal Seelie. Idris –Residência Lightwood, noite 22 de Outubro de 1886.

 

O coração de Isabelle parecia que iria sair pela boca.

Aquele era o dia mais feliz da sua vida e o estava compartilhando com o seu irmão, deixando tudo ainda mais especial.

Ao tocar na mão de Simon, ela solta um suspiro em meio a um sorriso tímido.

-Estamos aqui reunidos para os matrimônios dos casais Simon Lewis Lovelace e Isabelle Sophia Lightwood, e Magnus Bane e Alexander Gideon Lightwood. –Anuncia o irmão do silêncio, fazendo-a afasta-se de Simon e pegar o seu presente.

Enquanto Izzy dava um bracelete a Simon, Simon lhe dava um colar de diamante. Enquanto Alec dava um colar com uma pedra de olho de gato, Magnus dava a Alec um bracelete.

Depois da troca de presentes.

-Está na altura de Alexander Gideon Lightwood e Magnus Bane, Simon Lewis Lovelace e Isabelle Sophia Lightwood, ser marcarem um ao outro com a runa da união do casamento... Uma runa na mão, uma runa no coração e nasce a união. –Anuncia e Izzy pega uma estela, marcando Simon na sua mão e Simon, marca-a em seu coração.

A morena vira-se em direção ao irmão, observando-o marcar o bracelete de Magnus, marcando-se logo em seguida, em cima do seu coração e olhando o amado nos olhos.

-Acredito que seja a hora do beijo. –Sussurra Simon, no ouvido de Isabelle assim que Magnus e Alec se beijam, fazendo-a se virar e concordar com a cabeça.

Ao sentir os lábios de Simon nos seus, Isabelle teve a certeza de que assim como Magnus e Alec, que estava lutando para construir a sua família e pelo seu amor, ela e Simon também lutariam juntos e formariam a sua família.

 

***

 

Jem ajudava Tessa a arrumar seu vestido na carruagem para que não amassasse, a feiticeira estava linda em um belo vestido negro, parecia uma verdadeira caçadora de sombras.

— Will, por favor, acalme-se ou você vai acordar Jonah! – Pediu Jem calmo como sempre.

Will estava inquieto dentro de seu pequeno terno preto, estava uma graça, mas a roupa formal incomodava o garoto, acostumado a andar o mais confortável possível. O pequeno Jonah dormia calmamente num cesto depositado ao lado de Will, o pequeno que viera ao mundo num momento complicado não ficara com nenhuma sequela, era forte e muito vivas.

Jem se sentou ao lado da esposa que olhava amorosa para os dois filhos, ainda não acreditava que sua conseguiram, que sua família estava bem e a salvo. E agradecia ao Anjo por conceder essa benção.

— Estou muito ansiosa para ver Alec e Magnus, o casamento deve ser o casamento do século! Afinal, não é todo dia que Alexander Lightwood resolve se casar não é? – Disse Tessa animada ao marido.

— Na verdade, eu já receava que talvez Alec nunca se casasse, ele gostava de ser livre demais para associá-lo ao casamento. – Disse Jem sorrindo.

Ao chegarem no local da cerimônia, ambos suspiraram, o lugar estava magnífico, realmente, algum dos noivos tinha bom gosto.  O pequeno Will já se afastara dos pais correndo, Tessa achou que o menino houvesse visto alguma criança conhecida, pois dificilmente Will saia de perto deles em algum evento, o garoto era fechado demais, quase antissocial.

— Jem, onde será que foi Will? Acho que vou procura-lo.

Jem que trazia o pequeno Jonah nos braços olhou sorrindo para a esposa.

— Você se preocupa demais Tessa, Will deve ter encontrado algum coleguinha, alias nada de ruim poderia acontecer aqui, relaxe e procure curtir a cerimônia. – Disse ele carinhosamente beijando-lhe os lábios.

— Mamãe, papai!

Tessa e Jem olham para atrás assustados ao ouvirem Will os chamarem com insistência. O casal arregala os olhos ao ver o menino chegar no colo de um irmão do silencio.

— Olha mamãe, tio Will vai fazer o casamento de Alexander e Magnus! – Disse o garoto sorridente.

Tessa sente seus olhos lacrimejarem ao olhar para o irmão, era Will, fazia tempo que não o via, a saudade não diminuía, na verdade, apenas aumentava. Jem também se encontrava emocionado, ter Will ali, perto deles outra vez, seu parabatai, sua outra metade.

Apesar de se manter austero e sereno como todo irmão do silencio, Will por dentro também estava emocionado, era sempre assim quando revia as duas pessoas que mais amava no mundo.

Algumas pessoas ao redor, que não conheciam a historia deles, olhavam a cena um tanto curiosas, afinal não era sempre que se viam um irmão do silencio segurando uma criança no colo. Ficaram mais pasmas ainda ao verem a feiticeira se jogar nos braços do irmão lhe dando um abraço, no qual seu esposo também se juntou.

Ao saber sobre o relacionamento deles na dimensão unseelie, ele teve a certeza... O yin fen não os separou, não houve vicio de nenhuma das partes e eles puderam ser plenamente felizes.

— São raros esses momentos, mas estamos juntos de novo, mesmo que por pouco tempo. – Sussurrou Tessa para os dois homens que tanto amava na vida.

 

 

 

 



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