História Shadows of our lives - Minha garotinha

Lya: Lorrie por que não me conta como me conheceu no passado? -sentada no chão brincando com ela-

Lorrie: eu não quero falar disso 

Lya: pq? Você está brava comigo?

Lorrie: você mentiu pra mim 

Lya: como assim? 

Lorrie: você disse que nunca ia me abandonar e depois me abandonou -olhos cheios de raiva e tristeza-

Lya: eu não lembro de feito isso... eu vou te contar exatamente do que lembro...

"... Meu nome na época era Hanna. Eu já havia chegado no orfanato, hoje eu ia adotar uma criança. Era uma tarefa um tanto difícil pra alguém sozinha, mas eu sempre quis um filho. Já que eu não conseguia me apaixonar ou afeiçoar a ninguém, adotar era uma boa opção pra mim.

Diretora: temos várias crianças aqui que esperam um lar adequado -explicando como tudo funciona-

Ela falava sem parar de como tudo era perfeito. Eu já havia me distraído olhando pela janela onde eu vi um pequeno balanço, onde uma garotinha estava sentada.

Diretora: me de licença um instante, vou buscar algumas crianças -sai-

Eu aproveitei essa deixa e fui até lá fora ver essa garotinha. Seus cabelos eram rosados e seus olhos tinham uma cor de mel, já seu rosto estava sem expressão. Quando me aproximei mais vi um brinquedo de pelucia perto dela no chão, estava todo manchado e rasgado.

Hanna: oi... -ela não respondeu- pq está aqui fora sozinha?

Lorrie: eu gosto... de ficar sozinha 

Diretora: há aqui está você. Essas são as crianças que quero lhe mostrar -mostra algumas meninas que mais pareciam bonecas de porcelana do que crianças- 

Hanna: e qual o nome dela? -aponto pra garota no balanço-

Diretora: essa é a Lorrie -fala como se estivesse cuspindo as palavras- é uma garotinha estranha, que fica falando sozinha e não gosta das outras crianças. Ela é uma peste na minha opinião. Todos que a adotaram a devolviam no dia seguinte 

Eu senti tanta raiva quando ela falou isso.

Hanna: eu já me decidi 

Diretora: qual você irá adotar?

Hanna: ela -aponto pra Lorrie-

Diretora: mas... você não ouviu o que eu acabei de dizer?

Hanna: eu ouvi e por isso quero adotala. Eu preciso mesmo de uma garotinha especial e única na minha vida -vai até ela- oq me diz Lorrie? Quer vir pra casa comigo?

Já havia se passado uma semana que eu tinha adotado Lorrie. Isso fez gerar uma grande polêmica na sociedade. Uma mulher solteira adotando uma criança que eles diziam ser problemática. 

Hanna: aqui está -entrega a ela sua pelucia consertada- eu arrumei ela pra você. Mas não se preocupe por que eu vou te comprar muitos mais 

Viver com a Lorrie no começo foi complicado, ela não falava muito e não queria nada. Mas depois que se acostumou comigo ele se transformou na criança mais doce do mundo.

Só tinha um problema. Meus vizinhos também tinham uma garotinha  (bela) que insistiam pra eu deixar brincar com a Lorrie. Não demorou muito pra mim perceber que aquela garota era o mal em pessoa. Fazia as coisas e colocava a culpa na Lorrie, e todos acreditavam já que ela era a única criança nova na vizinhança. Eu podia insistir o quanto quisesse, mas pra eles a Lorrie era um problema.

Certo dia fui com ela em uma festa e depois de certo tempo escutamos um grito alto, todos foram ver o que havia acontecido e quando chegamos lá, encontramos a garotinha da dona da festa morta. A criação estava coberta de sangue sem vida no chão. E só tinha mais duas pessoas em volta: Bela e Lorrie.

Policial: o que aconteceu aqui? -consolando a mãe da menina-

Bela: eu vi. Foi a Lorrie. Ela empurrou ela pela escada!

Mãe da criança morta: você! -prestes a avançar na Lorrie-

Hanna: -fica na frente- nem ouse ferir a Lorrie. Ela é só uma criança e não fez nada.

Mãe de Bela: desde que essa garotinha apareceu coisas ruins tem acontecido no bairro. 

Hanna: pq você não olha pra sua filha antes de apontar pra dos outros -pega a Lorrie e vai embora-

Lorrie: eu não fiz nada. A bela a empurrou da escada pq não queria deixar ela brincar com seus brinquedos 

Hanna: eu sei. Eu acredito em você querida. Escute bem, prometo que nunca vou te abandonar então não precisa ter medo. Eu acredito em você 

Na mesma noite depois do ocorrido eu escutei passos na casa e a levantei. Quando cheguei ao quarto da Lorrie pra ver se estava bem eu encontro a mãe da garota morta.

Hanna: o que pensa que está fazendo aqui?

Mãe: esse mostra tirou a vida da minha filha e vai pagar.

A mulher estava alterada, parecia ter bebido e estava com um pedaço de madeira quebrado pronto pra machucar a Lorrie.

Hanna: -me pus na frente da Lorrie- Não!

Tudo que me lembro depois era de uma dor aguda e forte e então o nada..."

Lya: eu não te abandonei por opção... eu morri protegendo alguém que eu amava

Lorrie: -chorando-.... 

Lya: eu estou aqui agora e dessa vez não pretendo ir embora mais -estendo a mão a ela em sinal de que ela pode confiar em mim-

Mas em vez de pegar minha mão ela só me abraça. Eu retribuo com todas as minhas forças e então quando olho pra porta, percebo que nesse tempo todo tínhamos uma platéia.

Lya: a quanto tempo estão olhando?

Drogo: o suficiente