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História Sharks And Serpents - Wasserina


Escrita por: LadyFear

Notas do Autor


Oioi, meu povo <3
Cara, eu tô tão aliviada depois desse vestibular, que senhor kkkkkk'
Agora poderia escrever em plena paz aqui e na outra fic, não esqueci ela não viu.
Aos que estão chegando agora, muito obrigada, sejam bem vindos, e sintam-se seguros aqui na casa dos tubarões ahsuah'
Neste capítulo teremos um pouco mais sobre a personalidade de pessoas que vêm da casa da Mihaela, e a pedidos os nossos sonserinos <3
Espero que gostem!

~ SectumSempra!

Capítulo 5 - Wasserina


Fanfic / Fanfiction Sharks And Serpents - Wasserina

Severo P.O.V

- Não podia negar que gostava daquela disciplina. Ou pelo menos o que ela podia me proporcionar ao inverso de seu objetivo. A professora Galatea hoje nos explicava o que seria as maldições fatigantes, ou como seria possível que um bruxo pudesse amaldiçoar um objeto para que este fizesse os efeitos esperados deste tipo de maldição. Havia ficado com Mihaela depois de muita reclamação de Bellatrix. Ela tinha ido ficar com Rabastan e Rodolfo com a cara amarrada, o que logo sumiu ao começarem a discutir seus planos futuros para o fim de Hogwarts.

Havia me dedicado a anotar tudo o que para mim fosse necessário, não para fazer meu resumo que a professora provavelmente pediria, pois poderia ir facilmente a biblioteca atrás de fontes, todavia por que eu poderia cogitar o que fazer com isso. Eu guardava todas aquelas informações sobre as artes das trevas com todo cuidado e longe dos olhares curiosos de Avery e Múlciber. Era meu próprio acervo, minhas ideias e cogitações para o que aprendia estavam naquele livro de anotações.

Enquanto anotava mais alguns objetos comumente usados olhei de relance para Mihaela. Parecia extremamente interessada na aula, e escrevia tudo com precisão com a mão esquerda. O que eu achei bastante curioso. Havia observado alguns de seus hábitos naquele curto espaço de tempo, e poderia jurar com certeza que ela empunhava a varinha com a direita, mas fazia tantas outras coisas com a esquerda que ficava difícil dizer qual era sua mão dominante e qual não era. Seu cabelo brilhava a luz das janelas, e em alguns momentos parecia totalmente brancos e não acinzentados, criando um espectro de luz claro demais em seu rosto. Entretanto o que me intrigava mesmo naquele momento era a falta de expressões diante várias coisas que haviam acontecido.

Era notável que na aula de Trato das Criaturas Mágicas Lilian havia se virado para trás a fim de tentar provoca-la. Não apoiava de fato o que ela fazia, mas não podia evitar, até por que reclamava de qualquer Sonserino de que se tivesse notícia. No fundo eu apenas permitia por que assim ela ficava mais aberta a conversar sem todas aquelas reservas que sempre utilizava toda vez que sabia que eu estava praticando algo do que achava errado. Gostaria que ela parasse de implicar tanto, mas nada feito. Às vezes me lembrava Petúnia, a irmã estúpida e trouxa. Mas só quando resolvia implicar sem motivo. Mihaela era uma implicação que não havia motivo até aquele momento. A resposta que havia dado a Lilian tinha sido uma retaliação, contudo tão fria e sem emoção que parecia apenas uma demonstração de conhecimento. Aquela frieza e omissão de reações além do que era necessário era um tanto quanto diferente, como se estivesse o tempo todo se concentrando em manter-se contida. Ao contrário de seus olhos que observam tudo com extrema voracidade.

- O que foi? – Assustei-me ao perceber que havia parado de escrever para olhar para o perfil de seu rosto que se manteve imóvel mesmo falando.

- Nada. – Virei-me novamente para meu pergaminho. Amaldiçoei meu rosto por denunciar o que estava fazendo.

- Certeza? Achei que estivesse me analisando. – Ela olhou de canto me lançando aquele brilho azulado forte demais.

- Estava apenas me perguntando algumas coisas. – Havia perdido meu foco.

- Esteja à vontade para me perguntar, eu não mordo.

Um pequeno sorriso de canto apareceu e ela voltou a inspirar e expirar. Aquilo lhe fazia parecer uma criatura fora da água tentando respirar.

- Para a próxima aula irei pedir a vocês que me entreguem dois rolos de pergaminho sobre o que são as maldições fatigantes, e o que elas causam em desavisados, além dos seus efeitos a longo prazo de exposição. Letra legível, e não aceito tinta colorida invisível ou o que quer que seja.

- Nem mesmo verde? – Bellatrix levantou a mão franzindo a testa incrédula.

- Claro que não senhorita Black, nem mesmo verde. – A professora respondeu ríspida. – Estão liberados.

- Droga. – Ela bufou enquanto Rodolfo ria. Rabastan revirou os olhos ignorando aquilo como se fosse a coisa mais estúpida que já tinha ouvido.

Juntamos nossas coisas dentro das mochilas e saímos sendo seguidos pelos três. Bellatrix parecia ansiosa como sempre e correu para frente de Mihaela com seu olhar curioso e desvairado enquanto desatava a falar daquele seu jeito demente e nem um pouco contido.

- E então Ruby? O que achou desta aula? Detestável não acha?

- Achei interessante. – Disse simples. – Foi a primeira aula sobre.

- Como assim? – Ela arregalou os olhos estranhando.

- Em Durmstrang, aprendemos como utilizar a arte das trevas, não como nos defender dela. – Falou desviando de um Grifinório desavisado que se assustou ao vê-la e quase caiu.

- Ouvi dizer que a arte das trevas é dividida por módulos.

Aquela voz era familiar e vinha das nossas costas. Paramos para esperar que Lucius, Narcisa e Régulo chegassem mais perto.

- Como sabe disso Régulo? – Rabastan perguntou arqueando as sobrancelhas.

- Ouvi minha mãe citando como teria sido melhor ter mandado a mim e ao meu irmão para Durmstrang. Ela particularmente me disse muita coisa relacionada a instituição. Inclusive sobre a personalidade dos alunos de cada casa. Acha muito fascinante. – Ele sorriu para Mihaela aproximando-se. – Poderia me ensinar a forma de se cumprimentar dos Wasserinos?

- Claro.

Ela virou-se ficando de frente para ele em sua postura imutavelmente rígida. Era um movimento rápido e austero. O braço esquerdo ia para a direita à frente do corpo fazendo o movimento de uma onda, onde somente no fim a mão que vinha aberta se fechava como se pegando alguma coisa. Régulo copiou o gesto de forma perfeita.

- Correto? – Perguntou sorrindo displicente. Lembrava um pouco o jeito de Bellatrix, mas nada tão exagerado.

- Quase. – Ela apontou com o dedo indicador esquerdo para os pés dele. – Pés juntos. Nada que não aprenda com o tempo.

- Agora vamos todos para o almoço por que eu estou faminta e estamos impedindo a Ruby de comer. – Narcisa riu passando com Lucius a tira colo.

- Ela fica uma fera com fome. – Lucius sussurrou quando passou por Mihaela de modo brincalhão.

Caminhamos o mais rápido possível passando pelos alunos que também iam para o salão principal. Avery e Múlciber se juntou a nós, e logo estávamos todos indo juntos ocupando quase todo o corredor de pedra, o que fazia muitos alunos se achatarem contra as paredes para que passássemos. Andrômeda chegou correndo pouco tempo depois, pulando em cima de Bellatrix que também pulou. Pareciam duas pulgas descontroladas.

- Então é verdade sobre o que dizem de vocês que vem da Haus Wasser? – Régulo perguntou a Mihaela enquanto viramos um dos corredores apinhados.

- E o que dizem? – Todos parecem prestar atenção a conversa dos dois seguindo todos agora calados.

- Geralmente dizem que vocês são como o animal representante da casa. Inteligente, astuto e traiçoeiro como um tubarão. Tem uma habilidade estranha em aprender as coisas com mais facilidade e terem respostas imediatas para tudo, desde coisas comuns até o que poucos acham que possa ser possível. São bem reservados, e não tem um senso de humor muito interessante, chegando a parecer velhos resmungões. Podem ser extremos, desde a amabilidade com determinadas pessoas até crueldade extrema e sem remorsos. Profundos e enigmáticos, nunca dizem o que não é necessário, e raramente você vai ver um Wasserino demonstrando seus sentimentos, a menos que isso os cause desestruturação em sua cadeia mental. Evita a todo custo se meter no que não lhe cabe, sendo bem mais solitários do que a média. – Sorriu. – Bom pelo menos foi isso que minha mãe me contou. Meu pai também confirmou isso, mas é verdade?

- Você esqueceu apenas um detalhe. – Ela retrucou sem se alterar.

- Qual?

- Wasserinos apesar de sempre estarem dispersos como em um mar, basta apenas que ataquem um dos seus, e todo o cardume virá destroçar o que fez aquilo independente de ser também um dos nossos ou não. Somos predadores natos.

Viramos pelo corredor e passamos pelas pesadas portas até nossa mesa. Fiquei um pouco curioso por aquela descrição, e sua última fala tinha um fundo de perigo que era identificável até debaixo d’água, seu habitat. Aquilo explicava bem por que ela respondia as provocações de forma fria e soturna, tinha a influência dos tubarões bem mais vista do que a das serpentes. Entretanto os termos traiçoeiros e astutos estavam ligados também a Sonserina, o que explicava por que por mais que ela fosse inteligente ou até mais do que a média dos Corvinais ainda tinha caído em nossa casa.

“Eu não mordo. ”

Sua resposta na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, voltara a minha mente.

Por alguma razão aquilo era relacionado a mim, e não aos outros, bastava ver como tratava os outros de forma mais rígida. Lembrei-me do que iria perguntar antes que Régulo aparecesse e me atrapalhasse com todo aquele seu falatório comum.

- Mihaela? – Chamei vendo-a pegar mais do que eu achei que fosse ensopado de coelho. Ou era lebre?

- Diga, Snape. – Virou-se para mim enquanto pousava o prato novamente.

- Vocês realmente aprendem a arte das trevas?

- Sim. Temos módulos introdutórios nos primeiros meses de cada ano, e o resto deles os módulos se subdividem para que todo o conteúdo seja explicado por partes e adicionado ao todo. Variam os assuntos. O primeiro ano temos as principais Azarações Negras e seus ramos, no segundo A Arte de Controlar Mentes, terceiro Como Amaldiçoar e Seus Métodos, quarto Ritos e Poções Humanas, e quinto Necromancia, a Arte de Fazer os Mortos Obedecerem. Eu tive a sorte de concluir o assunto do quinto ainda no quarto. O diretor pediu para que pelo menos essa matéria me fosse adiantada antes de vir para cá. – Ela garfou um pedaço da carne e o levou a boca como se estivesse saboreando algo extremamente suculento.

- Você poderia nos ensinar sabia? – Avery riu. – Adoraríamos ter mais conhecimentos desses.

- Não seja idiota, acha mesmo que ela ensinaria isso a um desmiolado feito você? – Andrômeda sorriu em deboche.

- Concordo com ela. Apesar de ser um ramo que todos aqui provavelmente estamos acostumados, ainda devem existir limites, e os seus Avery eu não sei onde terminam. – Narcisa ralhou com seu tom maternal.

Eu gostaria de aprender aquilo tudo, e por mais que Lilian vivesse me pedindo para parar eu tinha fome de conhecimento, e talvez Mihaela pudesse me ajudar nisso. Ela parecia mais do que preparada.

- Ah, Severo? – Andrômeda me chamou acenando a mão.

- Sim?

- Tenho algo não muito legal para te contar.

- O que foi? – Franzi a testa sentindo uma pontada estranha de irritação.

- Sua coruja foi abatida. Havia um bilhete dos marotos junto dela, algo sobre ficar longe da Evans. – Ela deu de ombros e continuou comendo suas lentilhas.

- Onde ela está? – Mihaela perguntou pousando o garfo em outro pedaço de carne.

- Eu deixei ela perto da árvore onde o Severo sempre fica, caso ele queira enterrar ela ou coisa parecida.

- Isso é coisa de trouxas, And. – Bellatrix franziu o nariz como se estivesse com nojo.

Senti a raiva crescendo dentro do meu peito. Havia conseguido aquela coruja antes de chegar a Hogwarts, e apesar de ser velha ainda levava e trazia minhas correspondências de forma rápida e em geral sem atrasos. Perguntava-me como faria sem ela, e como enviaria minhas correspondências nas férias.

- Leve-me até lá. – Mihaela pediu levantando-se.

Me levantei confuso e deixando meu prato pela metade, passei por ela consentindo que me seguisse pelos corredores a alguns passos mais atrás de mim. Notei o olhar de Lilian da mesa da Grifinória nos observando enquanto passávamos indo em direção as portas. Entretanto eu ignorei aquela sensação de culpa que começou a me assolar. Estava curioso para saber o que Mihaela faria em relação a minha coruja, e algo me dizia que eu veria as habilidades dela com o que havia estudado em Durmstrang em primeira mão. Não seria mais apenas as informações embotadas que havia guardado, mas a própria arte sendo praticada.

Depois de algumas voltas tendo ela as minhas costas comecei a sentir algumas coisas estranhas. Talvez eu estivesse impressionado com tudo aquilo que Régulo categoricamente houvesse dito nos corredores antes de chegarmos para o almoço, ou talvez meu inconsciente estivesse respondendo de forma errada as coisas ao meu redor. Mas eu podia jurar que por mais que estivesse andando pelos corredores vazios e secos de Hogwarts, conseguia escutar meus passos como se estivesse andando no fundo de uma piscina, ou até mesmo dentro do lago.

A atmosfera mudava com Mihaela por perto, e eu não sabia dizer se isso era algo bom ou se era ruim. Não era aquela sensação presa e afobada que tinha com Lilian. Era algo mais calmo, mas mais importante que isso, parecia perigoso.

E talvez eu estivesse disposto a saber do que se tratava esse perigo.


Notas Finais


Hmmmmm, o que será que ela vai fazer?
Severo, o que você estava fazendo olhando para ela?
Opa, será que haverão marotos enchendo o saco no próximo capitulo?
Veremos!
<3


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