Ano de 988
Pov’ Victória Mikaelson
Correr me dava a sensação de ser livre. Correr pelos campos floridos me proporcionavam uma alegria tão forte que fazia meu rosto doer, por causa do sorriso que o rasgava. Correr com minha irmã Rebekah era algo libertador para mim. Era como se por alguns minutos meus problemas com a minha família não existissem. Por algum motivo meu pai Mikael sempre que ficava perto de mim parecia enfrentar uma batalha interna sobre me amar ou não. Minha mãe Esther sempre dizia que ele me amava como todos os outros filhos,mas eu sempre senti que talvez ouve-se algo a mais que fazia uma parte dele me odiar.
Mas, meu problema não se resumia a somente uma relação conturbada por conta do meu pai. Havia também meu problema com Elijah. Eu sabia que não era certo amar meu irmão não da forma fraternal e sim como um homem. Sentia um forte ciúmes quando o via perto de Tatia ou qualquer outra garota do vilarejo. A única pessoa que sabia era Rebekah e essa fez questão de guardar meu segredo. Minha relação com meus outros irmãos eram boas, com destaque para meu irmão Niklaus que me entendia como ninguém.
— Vick espere! - Gritou Rebekah ofegante. - Você corre muito rápido! - Ela reclamou me arrancando risadas.
Revirei os olhos e diminui minha velocidade,até minha irmã ficar do meu lado. Paramos de correr quando chegamos no final do bosque. Parei enfrente a um lago para recuperar o ar que me faltava.
— Como vai sua paixão por Elijah? - Perguntou Rebekah e dei um empurrão nela com meu ombro.
— Fala mais alto. Acho que nosso pais não nos ouviram! - Ralhei com ela, que riu da minha reação. - Bekah isso é sério! Não posso sentir isso por Elijah,nos somos irmãos. - Exclamei.
— Está bem, me desculpa! - Rebekah diz amuada.
— Tá desculpada. - Digo sorrindo olhando o lago.
Senti quando as mãos de Rebekah se encostando nas minhas costas, mas qantes que eu pudesse reagir era tarde demais. Ela já havia me derrubado no lago que por sorte não era tão fundo como eu pensava. Voltei a superfície e olhei para Rebekah zangada.
— Não acredito nisso! - Exclamei olhando minhas vestes molhadas.
Rebekah se jogou no lago também e afundou por uns instantes. Depois eu vi a cabeleira loira dela voltar a superfície. Ela tirou os cabelos grudados de seus rosto e sorri para mim. Continuei observando minha irmã brincando na água e avaliei nossas diferenças. Eu era muito diferente dela. Seus cabelos era de um loiro perfeito, enquanto os meus eram de um castanho escuro forte. Seus olhos eram azuis celeste e os meus castanhos. Ela tinha a pele levemente bronzeada,enquanto a minha era muito bronzeada.
Algumas pessoas diziam que minha beleza era algo único na vila. Nunca entendi por que eles falavam isso, pois eu achava que minha beleza era comum. Mas segundos eles minha beleza era invejável .
— Vamos embora, antes que papai nos pegue. - Falei com temor.
— Está bem. – Rebekah concordou.
Nós duas saímos do lago e corremos até a vila, sem se importar de estarmos completamente molhadas. Quando chegamos na vila,nossa mãe saia da cabana onde praticava feitiços e nos lançou um olhar reprovador ao ver nossa vestes molhadas. Ela pegou dois cobertores e nos deu para nos aquecer.
— Vão agora para casa se trocar. - Ela mandou.
Eu e minha irmã concordamos com a cabeça e estávamos caminhando de volta para casa,quando vi Nik e Elijah lutando. Eu e Rebekah paramos animada para ver, desobedecendo nossa mãe. Nikaus venceu. Sorri para Nik que parecia se orgulhar do feito. Todo o clima ficou tenso quando nosso pai chegou,furioso com a luta entre Nik e Elijah.
Ele obrigou Nik a lutar contra ele. Nik não podia lutar contra ele pois nosso pai era mais forte. Fiquei observando tudo de coração partido. Ninguém fazia nada para impedir e isso me causava revolta.
— VAMOS,LEVANTA! - Gritou meu pai. – LEVANTE SEU FRACO! - Rosnou para Nik que ainda não se levantou.
— Pai, para por favor! - Pedi num fio de voz. – Está me assustando. - Digo chorosa.
— Já chega por hoje Mikael,vamos voltar para casa. - Minha mãe diz próxima a mim.
Meu pai assente e passa por mim sem falar nada. Corro até meu irmão e me jogo ao seu lado.
— Nik você está bem? - Perguntei preocupada.
— Eu vou ficar Vick. – Ele diz tentando esboçar um sorriso.
— Vamos para casa irmão. - Disse Elijah, ajudando Nik a se erguer.
Olhei rapidamente para meu outro irmão e senti um frio na minha barriga. Minhas bochechas coraram , mas eu abracei Nik para esconder meu rosto em seu pescoço.
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No dia seguinte todos pareceram se esquecer do acontecido com meu pai e Nik. Eu queria também esquecer,mas não consegui, algo dentro de mim se remexia . Como se algo me dissesse que aquele família não faria bem para mim ou para Nik.
Eu estava sentada em uma pedra ,quando ouvi gritos vindo de Nik. Corri em direção a sua voz e senti meu coração se dilacerar com a cena que presenciei. Meu irmão mais novo Henrik estava morto nos braços de Nik.
Senti meus olhos marejarem. Não consegui ficar de pé e fui tombando para trás,até que fui perdendo a consciência aos poucos. A última coisa que me lembro foi de Elijah vir até mim para me socorrer.
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Presente
Ano de 2012 - 12/08 - Pensilvânia - 11:20
Sem Pov
— Acha mesmo que esse é o lugar certo? - Perguntou a vampira ruiva fazendo careta ao entrar dentro da caverna.
— Sim . – Disse o bruxo que a acompanhava.
— Por que uma pessoa como ela estaria morando dentro de uma caverna? - Perguntou a vampira.
— Não seja estúpida Lindsay. - Ralhou o bruxo. - A imperatriz precisa se manter escondida e escolheu esse lugar pela aura mágica que tem. – Explicou o bruxo.
— Como ela é, Frederick ? - Perguntou Lindsay.
— Ela é a coisa mais poderosa existente. Uma bruxa,vampira e loba. - Frederick disse estufando o peito de orgulho.
— Não entendo por que ela quer me ver. - Disse Desconfiada.
— Você disse que tem informações que valiam a pena. - O bruxo deu de ombros
— Mas não achei que ela fosse querer me ver. Achei que eu iria dar as informações a você e ir embora. Outra coisas, quando eu irei ser perdoada pela a Imperatriz? - Lindsay diz tremendo.
— Fica sossegada que ela não vai te matar e você irá receber seu perdão, afinal disse que sua informação era muito valiosa. - Friedrick disse. – Mas caso esteja mentindo ou irritar a mesma, ai eu já não posso lhe assegurar que ficará bem. - Ele deu um sorrisinho.
Lindsay engoliu em seco. Apesar da Imperatriz estar em uma caverna. Havia a estrutura semelhante a de um forte por dentro. Portões de ferro se abriram revelando uma mulher sentado em um trono improvisado. Ela usava roupas normais. Uma saia preta tubinho. Uma blusa de manga comprida que deixava os ombros desnudos e era preta e com um pequeno decote. Seus cabelos castanhos estavam soltos e perfeitamente ondulados. Ela tinha em uma das mãos um bracelete de cobra prateada,em que em baixo da cabeça tinha um espaço para colocar no dedo anelar.
— Imperatriz Victória . - Saudou o bruxo.
A mulher sorriu para o bruxo e olhou para a vampira.
- Imperatriz Victória Mikaleson. - Lindsay se curvou em cumprimento.
— Verme. O verme que me traiu á muitos anos atrás por aquela maldita família - Victória olha a ruiva com desprezo. - Nunca mais relacione o meu nome com aquela maldita família e nem mencione esse maldito sobrenome. - A morena se ajeita no seu trono e lança um olhar cortante para a vampira.
— Desculpe. - Balbuciou a vampira.
—Agora diga, oque sabe sobre minha relíquia! - Exigiu Victoria.
— O seu amigo Salvatore ainda está com ela. - A vampira respondeu.
— Damon? - A original indagou.
— Sim,senhora. - Lindsay respondeu.
— E onde ele está? - Perguntou Victória se erguendo do trono improvisado.
— Mystic Falls,senhora. - A vampira respondeu, fazendo a original sorrir.
— Voltando as raízes. - Comentou para si mesma. - Frederick arrume minhas coisas, não quero passar mais um minuto nesse lugar. - Disse olhando ao redor e fazendo uma careta de desgosto. – O tempo de viver como uma morcega, acabou não vou mais me esconder! - Victória diz indo até o bruxo.
Victória já iria sair do recinto quando Lindsay chamou sua atenção.
— Imperatriz e o meu perdão? - Ela perguntou.
Victória franziu o cenho e sorriu cinicamente.
— Frederik não foi essa ruiva que havia me traído? - Perguntou com raiva.
— Sim foi ela mesma, que quase disse a seus irmão que estava viva. – O bruxo respondeu prontamente.
— Interessante... – Murmurou Victória. – E agora se acha no direito de pedir por clemência? - Victória afirmou, soando mais como uma pergunta a Lindsay que engoliu em seco.
— Essa essa pode ser uma forma de me retratar com a senhora. - A vampira respondeu, fazendo Victória rir de escárnio.
— Frederick, dá para acreditar nesse vampiros imbecis de hoje em dia? - Perguntou Victória irritada - Minha espécie já teve mais inteligência. Tudo que vejo hoje em dia é burrice e prepotência. - Ela nega com a cabeça.
— Senhora, misericórdia, por favor! - Lindsay argumentou.
— Sabe qual é o problema de eu te perdoar? - A original perguntou e sorriu quando não obteve resposta.
— É por que os outros vão acha que eu sou manteiga derretida. - Respondeu sorrindo. Victória se aproximou da outra vampira com calma. - E sabemos que tenho uma reputação a zelar. - Victória usou sua velocidade de vampira, para pegar seu coração em suas e arrancar o mesmo. Ela observou a vampira morrer com um sorriso no rosto.
Victória olhou o corpo ressecado com nojo.
— Bem onde paramos? - Ela perguntou a Frederik.
— Os preparativos para a nossa partida, senhora. - O bruxo a lembrou.
— Ah sim, vamos logo. - Exclama a original. – Não aguento mais morar aqui. - Disse e ambos riram.
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