Ano 988...
Pov’ Victória Mikaelson
Não sei por quanto tempo eu estive desacordada e nem sei o que aconteceu comigo e com meus irmãos. Tudo o que eu sei é que eu acordei com muita fome. Meu pai tentou me impedir, mas antes de qualquer coisa sai da casa. Necessitava de mais sangue escorrendo pela minha garganta.
Esse pensamento me assustou. Que tipo de criatura eu havia me tornado. Não era comum ter tanta sede de sangue. Corri pela floresta tentando fazer com que aquela sensação para-se quando eu ouvi uma voz doce. Uma bela voz que cantava de algum ponto da floresta. Segui o cheiro do sangue da dona da voz e vi uma bela jovem.
Ela tinha cabelos loiros e olhos verdes. Estava colhendo algumas flores distraída. Quando me aproximei dela, a moça se sobressaltou e me encarou. Tudo o que fiz foi correr até a mesma e abocanhar seu pescoço. Seu sangue era tão bom e doce. Aquele gosto metálico era o melhore gosto que já provei.
- Para por favor, está doendo! - A mulher implorava.
Mas, seu sangue era tão bom que eu não queria parar. Eu sentia o corpo dela ficando cada vez mais leve. Sua respiração diminuindo. Sua voz se enfraquecendo. Seu coração desacelerando. Contudo nada me fazia parar.
Senti quando sua cabeça se separou de seu pescoço e dei um grito de susto. Chorei muito ao ver aquela mulher daquele jeito. Tudo isso por minha causa. Peguei seu corpo e a cabeça e os arrastei. Levei ela até um tronco e encostei seu corpo no mesmo e coloquei a cabeça por cima. Se a alguém a encontra-se pensaria que foram os lobos e não eu.
Corri para longe fui até o rio. Joguei-me no lago afim de tirar o sangue dela do meu corpo. O que foi que eu fiz?
Ano de 2012 – 14/08 – Mystic Falls
Presente
Pov’ Victória Mikaleson
Entramos no bar local que estava cheio. O Tal Mystic Grill até que era agradável. A única parte que eu não gostava era o fato de Elena ter perturbado tanto a ponto de vir conosco. Toda vez que olho para aquela sonsa, vejo a outra sonsa da Tatia que graças a deus está morta.
Dalila pelo menos ficava conversando com ela, enquanto eu conversava com os irmãos Salvatore. No passado nós três vivemos histórias muito divertidas. Damon me conheceu primeiro em uma das viagens que eu fazia. Foi divertido, pois eu havia acabado de fugir de meu irmão Niklaus. Viramos amigos e fizermos muito caos juntos, também tivemos nosso momentos íntimos até demais. Nossa amizade foi bastante colorida, afinal Damon é um pedaço de mal caminho.
Mas, isso acabou quando conheci o irmão dele. Stefan foi mais que um amigo também. Mas, não foi uma simples amizade colorida. Depois de muito tempo sem demonstrar um pingo de amor pelas pessoas, eu deixei Stefan entrar. Foi intenso, talvez não tanto quanto meu relacionamento com Elijah. A única diferença é que quando Stefan e eu acabamos, fizemos isso de um jeito pacífico e ninguém saiu ferido.
- Por onde esteve todos esse tempo? - Damon perguntou.
- Vivendo como uma morcega em uma caverna muito bem escondida, na Pensilvânia. – Conto e o mesmo ri.
- Fico impressionado com sua criatividade para elaborar esconderijo. – Stefan diz e eu sorrio para o mesmo.
-Sempre fui uma garota criativa para inúmeras coisas. - Digo com malicia.
-Algumas coisas nunca mudam. – Ele retrucou.
- Ou melhor Tefinho, algumas pessoas nunca mudam! - Falo e levo minha bebida até a boca.
- O que te trouce a Mystic Falls? - Damon perguntou.
- Isso é assunto para outra hora, Damon.
- O que está aprontando? - Pergunta Stefan.
- Eu só vim buscar uma coisa e rever velhos amigos. – Dei de ombros. - Minha informante contou que eles tiveram aqui! - Digo dando ênfase no eles.
Os dois irmãos se entreolharam e suspiraram.
- Sim todos eles estiveram aqui, menos você é claro. Por falar nisso sua família é detestável. - Damon respondeu.
- Eu sei e eles não são minhas família. - Digo com raiva.
-Sabe de uma coisa? - Questionou Damon.
- Hum...
- Em todos esse anos que nos conhecemos nunca nos disse, o por que odeia toda a sua família? - Ele jogou a bomba em meu colo. Por mais amigos que fossemos, eu não gostava de falar sobre isso.
- Eu tive muitas desavenças com meus irmãos. - Digo evasiva.
- Um dia terá que nos contar ou pelo menos para alguém. – Stefan diz e eu reviro os olhos. - Parece que isso ainda lhe atormenta.
- Muitas coisas me atormentam Stefan, mas são coisas que eu prefiro que ninguém saiba. - Me levanto da cadeira. – Estou com sono, acho que vou indo.
- Vou com você! - Stefan falou prontamente.
- Dalila se quiser pode ir para sua casa, te dou a noite de folga. - Digo e a mesma assente.
- Stefan só prometa que não tocará mas nesse assunto. – Pedi assim que ele se levanta.
- Eu prometo. - Disse a contragosto.
Eu sabia que ele queria me ajudar, mas eu não preciso de sua ajuda ou de sua pena. Quando as pessoas olham para mim, gosto que elas vejam a Victória vadia, sádica e má. Uma reputação ruim que demorei anos para construir. Não quero ser a mesma de antes, a garota de antes era fraca e a mulher que sou hoje é forte. Isso significa que eu não vou mudar e quero que a velha eu, permaneça enterrada.
(...)
Chegamos à casa de Stefan . Entramos lado a lado, já cansados de tanto falar. Conversamos o caminho todo e tenho que admitir que minha garganta até ficou seca. Ele me contou sobre tudo o que aconteceu desde que ele conheceu a Elena e até agora. Ele parou na parte em que narrava que descobriu ser uma duplicata.
- Você foi a única duplicata que eu gostei. - Digo rindo. - Nunca fui com a cara das outras que eram em sua maioria femininas.
- E você foi a única Mikaelson que eu cheguei a sentir uma amor puro. – Ele confessou.
- Você já havia ficado com Rebekah. - Respondi confusa.
- O que tivemos foi muito mais verdadeiro e intenso. Você sabe disso. – Stefan sorriu de lado.
- Eu sei, você foi um dos únicos que conseguir arrancar de um pouquinho de amor em mim. Aquele tipo de amor que você acha que vai dar somente para o sua cara metade. – Fiz uma pausa e me aproximei do mesmo. - Uma pessoa importante me ensinou uma vez, que podemos encontrar vários amores marcantes, mas que um sempre irá ficar gravado em nossa alma. - Dei um sorriso triste. – Gostaria que tivesse sido você o homem que marcou minha alma, mas infelizmente não foi.
- Eu sei disso. Gostaria de fosse você também. Quando conheci você consegui enxerga que por baixo dessa máscara de garota má e durona ainda , há um coração. Só que talvez ele esteja quebrado de mais. - Stefan diz e sinto algo quente na minha bochecha.
- Merda Stefan. Eu odeio chorar. - Reclamo. Eu odiava demonstrar sinais de fraqueza.
- Vick ás vezes até as garotas duronas tem que chorar um pouco. - Ele diz limpando a única lágrima que eu derramei em anos.
Eu quebrei o restante do espaço entre nós com um beijo. Stefan retribuiu o mesmo . Era inegável que ainda tinha algo entre nós. Aprendi com uma pessoa que colecionar amantes por ai é normal. A mesma pessoa que marcou minha alma para depois , acabar comigo.
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