História She Gotta Have It (BTS) - Russian Roulette

Silviane:

Acordei sentindo braços fortes ao meu redor. Me virei para o homem que me fez ver estrelas a noite inteira. Jin não contentou em apenas me foder na banheira, também queria me provocar nessa enorme cama e conseguiu.

Olhar para ele é como assistir pornô e o legal de tudo é que eu tenho acesso gratuito a "esse conteúdo."

Sua pele é tão clara e macia, seus lábios cheios são tão convidativos que eu poderia passar o dia inteiro só admirando este local.

Seus olhos fechados quase formando uma linha são tão lindos. As sobrancelhas perfeitamente desenhadas e nariz redondinho contribuem para que Jin tenha o rosto mais bonito do mundo.

— O que está olhando Silviane? — disse com a voz manhosa pelo sono, ele ainda está com os olhos fechados.

— De como você é bem feito. E como sabe que estou te admirando? — subi minha mão direita até seus cabelos negros.

— Obrigado pelo óbvio. Eu recebo tanta atenção que dentro de mim despertou um dispositivo para quem me olha muito. — debochado.

— Então é melhor eu ir embora já que você tem várias outras mulheres para te dar atenção. — me movi na cama para levantar, mas Jin me puxou de volta. Fiquei em cima dele.

— Onde pensa que está indo? É brincadeira. — segurou meus pulsos.

— Embora. Tenho que estudar e trabalhar.

— Hoje é sábado e você passará o final de semana comigo. — ele disse com firmeza.

Eu fiquei tão bitolada essa semana que não percebi que os dias estavam se passando tão rápido. Hoje é sábado!

— Não sei se é uma boa idéia…

— Por quê? Você disse que precisa de ajuda nos estudos. — ergueu uma sobrancelha.

— Sim, mas justamente por ser fim de semana que eu não posso ficar aqui. — sai de cima dele me deitando ao seu lado.

— Me ajuda a te ajudar Silviane. — sorriu e tocou meus lábios com a ponta dos dedos.

— Você sempre é bem vinda a minha casa. Gosto de você. — me selou.

— Por que gosta de mim? Seja sincero. — olhei para seus olhos escuros.

Jin passou a língua dentro da bochecha procurando respostas. Ele só está confirmando o que no fundo eu já sabia. Ficamos apenas por sexo e ambos saem ganhando.

— Você é diferente. — olhou para baixo e depois focou em mim.

— Diferente como Jin? Esteticamente?

— Também. Entretanto há algo que eu não consigo decifrar ainda. Sinto muito. — abaixou o rosto novamente.

— Está tudo bem Jin. Só deixa rolar. — subi seu rosto. Quando estava prestes a beijá-lo o meu celular tocou. Atendi imediatamente.

— Alô? — é um número desconhecido.

— Sil-Sil!!!!! — ouvi uma voz inconfundível. É a Min-Min.

— Min-Min, seu pai sabe que está usando um celular com número desconhecido? — ouvi uma gargalhada em resposta.

— Min-Min me dá esse celular agora. — ouvi a voz de Hoseok no fundo.

Me levantei da cama olhando para Jin. Ele não está entendo nada. Fiz sinal falando que eu já voltava e segui para a cozinha.

— Silviane me desculpa por isso. O número está em desconhecido porque Min-Min andou mexendo no meu celular sem a minha permissão.

— Tudo bem. Precisa de alguma coisa? Min-Min não me parece mal.

— Eu não tenho cara para te pedir isso, ainda mais que você está nos ajudando tanto. — suspirou.

— Você quer ir no parque de diversões conosco? Dessa vez não é um convite feito por Min-Min e sim por mim. — senti tensão em sua voz.

— Oba papai chamou a Sil-Sil também. — gritou. — Vou me arrumar.

— Garota? Ela também pode recusar. Conversamos isso ontem. — o que eles estão falando?

— Tudo bem em não aceitar Silviane. Como eu disse não é um convite feito por Min-Min, embora que nunca estivemos a sós. — pude jurar que imaginei ele mordendo os lábios.

— Eu não sei se devo… — olhei pra trás pensando no Jin. — Eu tenho que estudar para as provas e fazer uns relatórios para o senhor. — não é mentira.

— Pelo visto sempre me chamará assim. — suspirou sorrindo. — Porém entendo.

— Papai vamos logo quero brincar no pula pula. Você e a Sil-Sil também 'vão brincar comigo. — a pequena disse no fundo.

— Que horas Hoseok? — me convenceu. Talvez eu esteja apegada a ela…

— 13 horas da tarde. Min-Min que está muito apressada.

— Okay. Me passa o endereço para nos encontrarmos. 

— Não será preciso, iremos te buscar na sua casa.

— Então tudo certo.

— Antes de desligar, quero que saiba que está sendo uma ótima amiga para mim. Você não é obrigada a fazer o que está fazendo, digo em cuidar da cabeça e do coração de Min-Min. Eu realmente me sinto grato. — senti verdade em suas palavras.

— Não precisa falar assim, vocês são ótimas pessoas. Ficarei feliz em brincar com Min-Min, mesmo não sendo um convite inteiramente feito por ela.

— Você pode brincar comigo. — soou extremamente sexy.

— Quer dizer, lá no parque… então é isso Silviane. Tchau. — disse em um só fio e desligou.

Não estou com muito tempo para me divertir, mas lembrando do caso da Min-Min sei que ela precisa se distrair mais do que eu.

Quando ela me chamou de "mamãe", senti uma vontade enorme em protegê-la, pois meio que já passei por isso com o meu pai.

Voltei para o quarto, porém Jin não está, deve estar no banheiro tomando banho. Fui para a cama arruma-la e depois troquei de roupa.

Acabando tudo voltei para a cozinha para fazer o nosso café da manhã, foi quando senti os braços de Jin ao meu redor.

— Só você tem permissão de mexer na minha cozinha. Considera-se uma privilegiada. — disse beijando minha bochecha.

— Ha ha senhor dono do mundo. — me soltei dele movendo a cafeteira do lugar.

— Não vai mesmo ficar comigo, né? — disse baixinho quase inaudível.

— O que? — só para confirmar. Parece que na frase há outro sentido.

— Eu disse... — se aproximou. — Que você não irá ficar comigo hoje. — agora afirmou.

— Eu preciso cumprir uma promessa a uma pessoa. — me virei pegando os pães e levando até a mesa.

— Eu ouvi um pouco da sua conversa. É um cara, certo?

— Sim. — disse simplista.

— Infelizmente não são todas que sabem dar valor a o que tenho a oferecer. Digo pela beleza mesmo, porque não há outro mais belo que eu. — esse Jin é uma figura. Comecei a rir de sua frase.

— É sério Silviane. Você é uma mulher maravilhosa. Eu sei que sou onze anos mais velho que você e que não tenho muitas chances como os outros rapazes que você sai, mas fique sabendo que sou o melhor e que te entendo perfeitamente. — se serviu o café.

— Como assim Seokjin?

— Quero dizer que pessoas como nós não tem "moradas". Somos perfeitos demais para ser apenas de uma pessoa, que acabamos ficando sozinhos. — a conversa está ficando estranha.

— Está me dizendo que vou acabar ficando sozinha? Como você? — engoliu seco.

— Não. Quero dizer que por sermos exatamente assim, temos o direito de escolher com quem quisermos ficar.

— Jin eu não estou te entendo. — olhei confusa para ele.

— Deixa para lá. — se levantou desapontado.

— Eu preciso ir. — engoli o café.

— Okay. — se serviu mais café. Viciou em café quente. Antes só tomava essa merda gelada.

— Jin. — me aproximei tirando o copo de sua mão e colocando em cima da mesa. Ele fixou seus olhos nos meus.

— Obrigada. — o abracei.

— Pelo o que? — disse acima de minha cabeça, Jin é muito alto. Ele está com uma calça moletom escuro e sem camisa, seu perfume fica ainda mais notório.

— Por ontem e por você me respeitar, embora que conversas assim não combina com você. — o apertei um pouco mais forte.

— Não tem que me agradecer por nada. Gosto de você e espero que na segunda-feira você arrase nos testes, porque não irei dar nenhum ponto mesmo se você fazer tudo que eu mandar. — mordeu os lábios.

— Safado! — bati em seu braço.

Ao terminarmos de comer arrumei a cozinha mesmo com o Jin falando que iria me matar se estragasse a coleção de talheres caros dele.

Ele fez questão de me levar até em casa, então a primeira coisa que fiz foi tomar um banho e depois estudar um pouco para os testes.

Pensei que fosse esquecer fácil sobre o que aconteceu comigo e com Jungkook, mas os acontecimentos ainda martelam a minha cabeça. Eu preciso conversar com ele, mas não tenho nem cara para isso.

Já sei! Eu posso iniciar uma conversa quando for devolver a blusa dele, mas antes eu preciso lavá-la.

São 09:27 então eu posso lavar, pôr na secadora e entregar a ele antes de sair com Hoseok e Min-Min.

Com essa idéia fui fazer o que planejei e esperei a blusa secar de acordo com o tempo. Não demorou muito, então agora eu só preciso de um argumento válido para tentar explicar a ele o que eu quis dizer na conversa de ontem.

Arrumei o moletom no meu corpo e calcei o chinelo indo até a porta de seu apartamento com a blusa dele em mãos, espero que ele me receba bem.

Todavia, ele me recebeu com uma cara péssima e com olheiras, parece que andou chorando e infelizmente a causa pode ter sido eu.

— O que você quer? — disse frio.

— Jungkook você está bem? — disse vacilante.

— Eu pareço estar bem? Silviane noona. — sua voz está carregada de melancolia acho que ele bebeu um pouco.

— O que houve com você? — ele está me preocupando.

— Não houve nada, mas me diz o que você quer? — sua voz falhou, ele quer chorar.

— Eu vim te entregar sua blusa que esqueceu na minha casa. Eu a lavei. — estendi os braços o entregando.

— Obrigado. Tchau. — quando ia fechar a porta na minha cara, pressionei a mesma e entrei em seu apartamento.

— O que você quer noona? Ontem deixou claro que não quer nada comigo, embora que agora possamos ter alguma coisa. — fechou a porta e se sentou no sofá.

— Por que está agindo assim? Aconteceu alguma coisa que eu não sei?

— Eu perdi minha virgindade ontem. — disse assim que terminei de falar.

— Jungkook. — levei minhas mãos até minha boca e me aproximei dele.

— Foi terrível. Era para ter sido legal, não foi como imaginei com você. — apoiou os cotovelos no joelho e em seguida abaixou o rosto em suas mãos.

— Você perdeu a virgindade por minha causa? — estou me sentindo horrível. Ele interpretou tudo errado.

— Não exatamente, mas agora me diz;

— Eu virei um homem para você? — virou o rosto para mim.

— Jungkook. — o abracei com toda a força. O que foi que eu fiz?

— Noona não precisa chorar. — disse quando viu minhas lágrimas já caírem de meus olhos.

— Você entendeu tudo errado. Quando eu disse que não queria te machucar não era para você perder sua virgindade com a primeira que visse na esquina, e sim que eu não queria ferir seus sentimentos em relação a mim e meus outros relacionamentos. — isso é muito triste.

— Agora não importa Silviane noona, já perdi a virgindade e descobri que sexo não é tudo. — disse descrente.

— Sexo não é tudo Jungkook, mas tem que ter pelo menos uma ponta de vontade de ambos. Não se sentiu bem? — peguei suas mãos fazendo ele olhar para mim. Seu rosto ficou vermelho, acho que está lembrando do ocorrido.

— Como eu posso dizer? — franziu o cenho tentando procurar a palavra certa.

— Foi estranho, porque tipo… eu entrei sabe? — ele ficou vermelho como um pimentão, talvez eu não seja a melhor pessoa para ele falar sobre isso e sim um homem.

— Compreendo. Mas Jungkook eu não queria que fizesse isso. Estou me sentindo horrível porque de qualquer maneira eu sou a culpada disso.

— Não foi Silviane… não foi. — falou com a voz embargada de sono e bocejou.

— Mesmo assim Jungkook. — limpei os cantos dos olhos.

— Eu não sou nenhum bebê. Sou adulto esqueceu? De qualquer forma um dia iria acontecer, só não foi do jeito que imaginei. — sorriu.

— Eu estou com muito sono. Você veio entregar a minha blusa como forma de desculpa ou quer ser surrada em algum jogo?

— Idiota. — me ajeitei no sofá para lhe fazer cócegas porque sei que é o seu ponto fraco. Jungkook começou a gargalhar alto e subi em cima dele para continuar com a brincadeira.

Jungkook é um homem forte e de um sorriso encantador. Quando cheguei aqui e vi que estava completamente para baixo o meu coração se apertou. Nunca foi a minha intenção de lhe fazer mal.

Com as cócegas se intensificando, Jungkook apertou minhas coxas por baixo do moletom gigante. Nossas intimidades estão se atritando a todo instante.

E no começo que parecia apenas risadas, nossos sons se transformaram em gemidos. Comecei a rebolar em cima do seu pau coberto pela bermuda escura sentindo seu membro ficar duro. Ele quer tanto como eu, mas ainda não posso dar um passo tão grande.

— Silvia...noo. — suas palavras estão sendo trocadas por gemidos.

Saí de cima do seu corpo e fiquei de joelhos no chão. Jungkook se ajeitou no sofá me olhando duvidoso, mas no fundo sabe o que pretendo fazer.

Olhei para ele esfregando minhas mãos em suas coxas indo até o seu pau que já está completamente duro.

Jungkook apertou os lábios e remexeu o quadril para frente. Abaixei o rosto até sua bermuda e comecei a mover com vontade, ele aproveitou e segurou meus cabelos.

Com o calor do momento, Jungkook se levantou e tirou a própria bermuda voltando a se sentar. Ele está usando uma cueca box preta que por sinal fica linda em sua pele.

Massageei o local olhando intensamente em seus olhos, percebi que sua expressão agora é de puro prazer. Inclinei meu rosto novamente para o seu pau coberto e comecei a "morder" e sugar seu pau.

— Como eu sonhei com esse momento. — sussurrou pegando os meus cabelos novamente.

Para não deixá-lo tão necessitado, resolvi tirar sua cueca deixando até os joelhos e sem mais delongas, comecei a dar beijinhos em sua glande rosada. Jungkook tem um pau lindo e limpinho, é de se esperar de um rapaz com uma carinha de anjo e pensamentos do diabo.

Continuei movendo meus lábios sobre seu falo ereto e desci até suas bolas as sugando e fazendo estalos. Está na cara que a mulher que ele perdeu a virgindade não o chupou.

Não presta nem para isso.

Olhei de novo para o seu rostinho perfeito, ele está com os olhos fechados sentindo a minha língua deslizar sobre seu comprimento. Então, para concluir o ato, ergui meu corpo abocanhando toda a sua extensão.

E Por ele ter um pênis grande, minha boca não foi capaz de engolir por completo, portanto subi minha boca mais para sua glande e iniciei uma masturbação lenta.

— Eu vou gozar. — disse com dificuldades mordendo ainda mais os lábios. Não quero que ele faça isso agora, tem que se segurar.

— Consegue aguentar mais um pouco? — ele abriu os olhos e os arregalou.

— Que visão. — parece que ainda não o caiu a ficha. — Claro que consigo. — disse eufórico.

Tirei meu moletom revelando meus seios, notei que Jungkook ficou ainda mais vermelho, porém não fez rodeios para os tocar. Tive essa idéia porque foi uma das primeiras coisas que ele disse quando me tocou.

Voltei a atenção para o seu pau a minha frente e juntei os seios até ele lhe fazendo uma espanhola. Jungkook gemeu baixinho e isso é música para os meus ouvidos.

— Eu vou gozar neles. — disse firme. Sentir seu pau resvalando sobre meus peitos é uma sensação tão gostosa. Queria tocar minha boceta, mas preciso me controlar e concentrar em lhe dar prazer, pois ver esse sorriso safado não tem preço.

Contudo, Jungkook gozou nos meus seios e me levantou do chão, me fazendo sentar em seu colo. Ele abaixou a cabeça até eles e os beijou.

— Isso foi ótimo. — ainda disse ofegante.

— Eu o que diga. Você é muito gostoso, um homem de verdade. — me virou no sofá.

— Você é incrível Silviane. — disse beijando o meu pescoço. Se eu continuar aqui não terei tempo de me arrumar para sair com Hoseok e Min-Min.

— Jungkook… — caralho, ele está me envolvendo muito.

— O que foi?

— Eu preciso ir embora. — disse e me deu espaço para me levantar. Coloquei o moletom de volta no corpo.

— Okay. Eu tinha até perdido o sono, mas agora acho que conseguirei dormir bem. — subiu a cueca e a bermuda.

— Obrigada por compreender. — fomos até a porta. Jungkook apertou minha cintura e beijou meu rosto.

.

Ao chegar em casa tratei de cozinhar algo para comer e depois me arrumar, pois dentre de uma hora Hoseok e Min-Min virão me buscar.

Por mais que eu não goste tanto de usar vestido, optei por vestir um. Coloquei um azul com listras brancas longo e calcei uma sapatilha preta. Acho que seria legal vestir uma roupa diferente, pois os dois estão cansados de me ver só de calça e moletom.

Terminei de aprontar o cabelo e finalizei o look com uma maquiagem fraca e colocando os brincos de argola.

Meu celular apitou logo em seguida denunciando ser Hoseok. Ele mandou uma mensagem falando que está na porta do meu prédio, então peguei minha bolsa com dinheiro e umas coisinhas necessárias e desci o prédio às pressas.

Quando cheguei no saguão vi um Hoseok totalmente diferente. Ele está usando uma blusa preta e uma bermuda verde, também está de tênis e um relógio no pulso. Eu nunca o vi sem um terno, então me pegou de surpresa.

Min-Min também está radiante sem o seu uniforme e mochila nas costas. Está usando um shortinho rosa e uma blusinha de alças azul. Sua sapatilha preta se parece com a minha.

— Sil-Sil. — veio correndo até mim.

— Min-Min, está linda. — me abaixei a sua altura.

— Sua sapatilha é igual a minha. — apontou o dedo.

— Pois é. — sorri.

— Vamos? — Hoseok se aproximou. Min-Min foi na frente.

— Boa tarde Silviane. Você está muito bonita. — me analisou de cima a baixo parando o olhar em meus olhos. Ele não pareceu se intimidar.

— Obrigada, mas não é para tanto.

— Claro que é para tanto, nunca te vi tão linda assim. — fomos andando até o carro.

— Assim eu fico sem graça. — Hoseok é a única pessoa que eu fico completamente tímida por ouvir um elogio.

— Não quero que fique retraída ao meu lado. O convite foi feito por mim, então quero que se divirta junto comigo. — sorriu.

— Como quiser Hoseok. — entramos no carro e partimos para o parque de diversões.

[...]

Chegamos no "parque de diversões", porém não é qualquer um e sim um parque temático. Hoseok me trouxe no Lotte World!

O Lotte World é um dos maiores parques temáticos do mundo. Aqui tem de tudo, muitos brinquedos e até apresentações. Não sou de ver doramas, mas estou reconhecendo cada lugar dos quais já vi.

Há muitas pessoas inclusive estrangeiros, então quase ninguém fica olhando para mim. Está tão movimentado e lindo que eu não paro de sorrir em nenhum sequer segundo.

— Gostou? — ele disse empolgado.

— Sim, muito. Você me disse "parque de diversões" e não o "Lotte World!" — exclamei animada.

— Eu queria fazer uma surpresa.

— Então por isso que não quis me passar o endereço. — ainda estava deslumbrada olhando para o local.

— Vou gastar com prazer todo o meu salário aqui. — sorri apontando o dedo para a montanha russa. Ele não fez uma cara muito boa.

— Isso também. Eu disse que você é a minha convidada, então quem pagará tudo sou eu.

— Não posso aceitar Hoseok.

— Irá aceitar sim senhora. — desviou o olhar prestando atenção onde Min-Min está andando.

— Min-Min desce já daí garota. — Hoseok não desgrudava os olhos da pequena em nenhum só momento. Ele parecia mais uma mãe do que um pai.

— Está tudo bem Hoseok, deixa ela andar ali. — ele suspirou aliviado.

— Tenho medo dela se machucar, mas com você me ajudando nessa situação não ficarei tão nervoso como antes.

— Papai, eu quero ir no carrossel. — Min-Min entrou no meio de nós e pegou nossas mãos. Fomos puxados até o carrossel e entramos na fila.

— Eu não sabia que vocês duas ficariam tão felizes vindo nesse parque. — ele disse como se fosse nada.

— É só um dos maiores parques temáticos do mundo Hoseok, só isso. — ironizei.

— Não é para tanto. — desconversou.

— Não gosta? Tem medo? — o provoquei.

— Claro que não. — disse convicto, porém notei uma falha em sua voz.

— Então se não tem medo, irá comigo na montanha russa, pois é o meu sonho desde que vim morar em Seul. — sorri e ele engoliu seco.

— Olha que legal, está na vez da Min-Min andar no cavalinho. — disse com uma voz fofa e pegou a pequena a colocando no brinquedo. Observamos ela girar e dando tchauzinho para nós.

— Ela é tão linda. Vou tirar umas fotos. — pegou o celular e tirou algumas fotos da menor. Hoseok também apontou a câmara para mim e começou a tirar fotos.

— Muito linda. — ele me deixa muito sem graça.

— Tchau papai. Tchau Sil-Sil. — Min-Min se divertia horrores no carrossel.

— Olha o algodão doce. — um senhor passava vendendo algodões doces coloridos. Parece aqueles que vemos no Tumblr ou Pinterest.

— Quer um? — Hoseok apontou e eu só concordei com a cabeça. Eu estava tão infantil quanto Min-Min. Nem parecia que a poucas horas atrás eu estava chupando um pau.

— Senhor, me vê três por favor. — Hoseok o chamou e pegamos.

A vez de Min-Min havia passado, então começamos a andar para o outro lado do parque comendo os nossos doces.

— Eu estou tão feliz papai. — Min-Min pulava de felicidade.

— Eu também filha. — sorriu gentilmente. Eu nunca havia visto um sorriso tão radiante como desses dois.

— Papai, vamos na montanha russa! — Min-Min apontou para o brinquedo que eu havia apontado assim que chegamos. A expressão do Hoseok continua a mesma quando olha para o brinquedo.

— Você é muito pequena para ir nesse. Vamos em um mais calmo. — apontou o dedo para uma mini montanha russa. Diria que é apenas para crianças, mas adultos também podem ir. Comecei a gargalhar alto pensando que realmente ele tem medo de brinquedos radicais.

— Você está rindo do que? — disse sério, porém não consegui controlar o riso.

— De nada Hoseok. — apertei a barriga de tanto rir.

— Até a Sil-Sil sabe que você tem medo de montanha russa papai. — Min-Min me acompanhou no riso.

— Eu vou provar para vocês que não tenho medo. — ele disse bravo e nos puxou até a fila da montanha russa.

— Você ficará com Min-Min, pois irei sozinho. Depois você vai comigo de novo, só vou pedir para que alguém olhe ela para mim. — ele está crente de que irá provar que não está com medo.

— Não precisa ir duas vezes. Eu vou com você nessa. — ele pareceu aliviado quando eu disse que iria com ele.

Hoseok pediu para uma guarda olhar Min-Min para que nós possamos andar no brinquedo e a mesma aceitou.

A fila continuava a andar e quanto mais chegava a nossa vez mais Hoseok parecia ficar com medo. Sua cara está claramente denunciando o seu pavor.

— Hoseok não precisa fazer isso. — disse olhando para a montanha russa vendo o pessoal gritar.

— Eu quero muito ir. Estou totalmente seguro de que quero ir. — sua cara diz ao contrário.

— Se você quer assim. — não falei mais nada.

Nossa vez havia chegado, nos sentamos um do lado do outro. Hoseok está tremendo aos poucos, então para amenizar sua tensão, entrelacei nossas mãos.

O brinquedo começou a andar devagar, Hoseok já estava aflito olhando para os lados.

— Silviane do céu. — apertou levemente minha mão. Ele sabe que se apertar muito acabará me machucando.

— A diversão irá começar agora. — já estávamos no topo para descermos bem rápido.

— Um, dois, três. — levantei nossas mãos sentindo o vento sobre o meu corpo, eu só sabia rir, mas quando olhei para Hoseok estava fazendo umas caretas engraçadas e gritando muito.

— Eu não sei se vou aguentar! — gritou de novo.

— Falta só mais três voltas Hoseok! — gritei de volta. A essa altura a alma dele havia sido levada para o paraíso.

— Eu confesso que tenho medo de brinquedos desse nível. — choramingou.

— Suspeitei desde o princípio. — imitei um personagem de desenho, mas ele não se ligou porque não é daqui da Coreia.

Eu estava me divertindo muito ao seu lado, pois andar com ele nesse brinquedo foi melhor do que eu imaginava. Eu posso estar sendo ridícula, mas a cara que ele está fazendo é impecavelmente engraçada.

Com mais algumas voltas o brinquedo parou de onde nós entramos e saímos. Hoseok parece tonto, então ainda fiquei com a mão direita entrelaçada a dele. Min-Min veio até nós e nos guiou até a praça de alimentação, não sabia que já havia vindo aqui.

— O papai sempre fica assim quando anda na montanha russa com a Hye-Min. — Min-Min disse olhando para o cardápio.

— Eu já te disse que HyeMin é a sua mãe, Min-Min. — finalmente ele recuperou os seus sentidos.

— Eu sei papai, eu sei. Mas ela não está aqui. — Min-Min disse em um tom um pouco frio e triste. Para uma criança de sua idade ela é bem inteligente.

— Querendo ou não você deve chamá-la de mãe. — disse olhando para a pequena. Eu não quero que o bom clima de minutos atrás se esvaia.

— Hum, eu estou morrendo de fome. Min-Min que tal você ir comigo pedir os nossos lanches? — ela sorriu mesmo estando com lágrimas nos olhos.

— Pode ir na frente, estou te vigiando. — a pequena saiu da cadeira e foi até a fila.

— Desculpa me intrometer Hoseok, mas o dia está tão lindo para que você se estresse desse jeito. Eu sei que não sou ninguém para contornar a situação, mas sei como ambos se sentem. — me referi a ele e Min-Min.

— Eu que peço desculpas, não queria chamar a atenção dela desse jeito, mas tenho que ser sincero com ela. — passou a mão nos cabelos.

— Eu entendo. Está melhor? Irei pedir água para você, porque depois da montanha russa pareceu que sua alma saiu do corpo e voltou. — comecei a gargalhar novamente.

— Vai rindo mesmo. — me acompanhou na gargalhada.

— Eu já volto.

Fui até Min-Min e pedimos o combo de hambúrguer e batata frita. Voltamos para a mesa e esperamos os nossos pedidos cantando mais umas dessas músicas de kpop.

Hoseok se transformou no "J-hope" cantando DPR LIVE. Ele manda bem no rap, então pedi para que cantasse mais músicas. 

As pessoas que estavam ali do nosso lado começaram a aplaudir já que ele estava cantando alto, só parou quando os nossos pedidos ficaram prontos.

— Que delícia de hambúrguer. — Min-Min disse com a boca cheia de ketchup.

— Se não aguentar comer tudo dá para o pai que eu como. — Hoseok disse com a boca cheia. Há um pouco de mostarda no canto de sua boca.

— Você come muito papai. — sorri ladino.

— Como mesmo. Vou pedir mais um.

Me aproximei de seu rosto limpando o canto de sua boca com o guardanapo. — ele arregalou os olhos e depois sorriu tímido.

— Então vou querer comer outro também. — disse. Com hambúrguer não se brinca.

(...)

Já estava ficando tarde, o parque já havia ligado às luzes. Me diverti muito ao lado de Hoseok e Min-Min.

Estamos indo devagar até o estacionamento, Min-Min correu a nossa frente até chegar no carro que está bem longe de nós.

— Obrigado, fazia muito tempo que não me divertia desse jeito. Eu posso ter passado mal no brinquedo, ou quase ter molhado as calças, mas quando estou com você o clima muda para melhor. — disse e fiquei sem graça.

— Eu que agradeço Hoseok. Você realizou um dos meus sonhos. — continuamos andando, porém mais devagar, pois nenhum de nós queríamos se despedir um do outro.

— Realizei? — sua mão se encostou na minha e com mais alguns passos a frente ele a entrelaçou.

Diferente de mais cedo quando entrelaçamos nossas mãos na montanha russa, senti que aqui ele está sendo mais cuidadoso. Eu não disse nada, pois quero continuar sentindo sua mão quente e grande sobre a minha.

— Vou firmar o que eu disse mais cedo… o convite foi feito por mim. — apertou de leve minha mão e a subiu até seus lábios deixando ali um beijo.

— O que quer dizer com isso Hoseok? — ele nos parou e olhou diretamente em meus olhos.

— Que eu posso estar sendo precipitado, mas estou gostando cada vez mais de me aproximar de você. — abaixou nossas mãos de novo e continuamos seguindo até o carro.

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Continua...

.

.

.

Você acredita

Que tem algo mais nesse sentimento

E eu juro, eu queria que tivesse

Mas quando o momento acabar

Iremos embora juntos

Talvez isso seja o suficiente

(...)

Caro amante

Sou incapaz de salvar seu coração desta vez

Mas se você quiser

Eu vou fingir ser sua heroína só por hoje

Dear Love - Little Mix.