História She is my Little Girl - 3 beats...

P.O.V Grace

Havia passado mais de uma semana que morávamos naquela casa, contando com tudo o que aconteceu que eu preferia não me lembrar, eu ando trancada no meu próprio mundo, dentro de meu quarto, é o lugar da casa que eu me sinto mais segura e olhe lá, estou trancada aqui faz uns 4 dias desde que tomei aqueles analgésicos, tenho medo de sair e meu irmão resolver tocar em mim, saio quando tenho certeza de que ele foi dormir para conseguir comer algo, ou quando sei que ele está naquele bar nojento com aquelas mulheres ao redor dele querendo "dar". Mesmo após dias que ele me estuprou(ainda é difícil falar isso e não posso acreditar que realmente aconteceu) ainda doi, mesmo os analgésicos que eu tomei e o repouso que eu faço todos os dias continua doendo, e parece que essa dor nunca irá parar(apesar de ter melhorado muito desde o primeiro dia) doi cada parte dos meus membros, minhas pernas e minha virilha principalmente, cada vermelhidao e machucado que eu vejo todos os dias no meu corpo, a marca de uma injustiça feita pelo meu irmão, eu grito por dentro e ninguém parece me ouvir, eu choro todos os dias em meu quarto e ninguém parece se importar. As vezes Jack bate na minha porta e eu finjo não estar chorando, ele continua a bater e mandar eu abrir a porta e eu seguro minha respiração.. então ele finalmente se vai, e aí sou só eu e meu travesseiro novamente e só me resta chorar.

Mais 5 dias se passaram, agora acho que já faz uns 16 dias dias que estou naquela droga de casa, eu não aguento mais passar fome quase todos os dias, Jack agora parece passar quase o dia inteiro no bar, mas mesmo assim não arrisco colocar um pé fora do quarto, só se eu não aguentar mais a fome, ou souber mesmo que ele não está, a casa anda tão silenciosa que posso ouvir qualquer ruído que tiver em casa (e fora dela até), posso ouvir os passos de Jack pela casa, posso ouvir os pássaros lá fora, a brisa do vento e o vento batendo sobre as árvores e as folhas das árvores caindo pelo chão e as pessoas passando por cima delas, eu presto mais atenção nos sons da bela natureza, é a única "companhia" que eu tenho no momento, lembro-me da minha escola que não vou desde que me mudei, lembro dos meus amigos e lembro de um amigo em especial.. Mike, sinto uma baita saudades da escola, e minha familia, de sair de casa e de todo o resto.

Uns minutos depois lembrando do meu passado, vejo meu celular na estante do meu quarto, depois de dias evitando ele as mensagens e ligações, hoje finalmente resolvi pegar meu celular, levantei e caminhei até lá devagarzinho e peguei ele e quando vi o mesmo estava descarregado, não aguentei a raiva e taquei meu celular no chão, sentei na beirada da cama começando a chorar novamente.

Sou tão frágil, burra e inútil. Só presto para chorar e novamente sinto raiva de mim mesmo.

Vou ate a porta disposta a abrir, disposta a não ter medo de meu irmão, pego na maçaneta e a giro, quando no silêncio do primeiro andar eu ouço outra maçaneta girar, a porta de entrada abre e uma garrafa de bebida alcoólica se quebra no chão e eu sei que é meu irmão, ele sobe às escadas com passos pesados nos degraus, uma voz de bêbado louco e possessivo, palavras ofensivas contra mim e contra nossa família, ele grita até chegar a porta do meu quarto, ele bate 1 vez.. 2 vezes E na terceira ele "espanca" a porta, bate com força como se quisesse arrombar a porta

Jack: Abra logo essa d merda, Grace

Ele fala alto, nervoso

Jack: Eu juro que não farei nada contigo minha Maninha

Ele derrepente muda de tom, continua alto mais agora mais doce, como se fosse me persuadir. Eu ri para mim mesmo, ele não conseguiria fazer isso, na minha mão estava a chave do meu quarto, segurava com força como se alguém tentasse toma-la de mim, Jack gritava várias bobagens e eu procurava não ouvir, quando lá na porta de entrada ouvimos 3 Batidas

Jack se calou..

Novamente 3 Batidas

Continuamos calados

Dessa vez pude ouvir a voz de meus pais nos chamando.