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História She Will Be Loved - Capítulo 11


Escrita por: snowindelicada

Notas do Autor


Novamente, não tive tempo de revisar o capítulo! Qualquer errinho, elevem.

Capítulo 11 - Capítulo 11


Ao dar entrada no hospital, Piper fizera uma radiografia. Estava tudo bem, diga-se de passagem. Só tinha que passar a noite em observação e teria alta pela manhã. Alex estava aliviada e ela sentia uma dor de cabeça sem tamanho. Nicky voltou para mansão, deixando todos tranquilos. Maya teve dificuldade em dormir, queria ver a mãe. Lorna ligou para Polly contando o pequeno incidente, a mulher queria degolar Alex, mas ao saber que a amiga estava bem, mudou de ideia, teve vontade de passar por cima dela com um trator. No hospital, Alex dormia sentada em uma poltrona, recusou-se voltar para casa, só sairia dali com Piper.

– Alex. – Piper sorriu ao vê-la dormir naquela posição, desejou ter o seu celular em mãos para tirar uma foto dela. – Alex? ALEX!

– Oi! – Deu um pulo. – Você está bem? Eu vou chamar a enfermeira, espera.

– Alex, ei... Eu estou legal. – Fez uma careta.

– Me perdoe! Perdoe-me... Piper, eu não queria machucá-la.

– Estou legal, já disse. Você pode ir para casa, ficarei bem.

– Não! Só sairei daqui com você.

Alex aproximou-se, tocando a testa de Piper com o dedo.

– Ai! Alex, não faça isso, por Deus mulher! – Grunhiu.

– Pipes, desculpa. Oh... Droga!

Alex olhava-a, arrependida.

– E pare de me pedir desculpas. – Olhou-a com os olhos semicerrados. – Só dói quando tocam.

– Ok. Foi mal...

Ficaram olhando-se em silêncio. Piper deu uma sonora gargalhada.

– Puta merda, você é ruim demais. Eu poderia ter morrido, sabia?

– Não diga isso nem brincando, eu... Eu... Porra, Piper... Você me assustou. – Alisou os cabelos dela.

– Eu não tive muita opção, você sabe... – Piper ia sentando com certa dificuldade, sua cabeça girava, tudo girava. – Ai...

– Fique deitada.

– Ok... – deitou novamente. – Maya está bem?

– Ela deve estar me odiando. – Alex jogou-se na poltrona. – "Tia, você matou a minha mãe?"  – repetiu as palavras de Maya, com sua voz grossa. – Não foi exatamente nessa ordem, mas enfim...

Piper sorriu, encarando Alex.

– O que?

– Nada ué... Não posso olhar a grande causadora da minha dor de cabeça?

– Piper eu estou me sentindo tão péssima.

Ela falou com tanta sinceridade, que Piper se arrependeu.

– Ei, eu estou tirando uma com a sua cara, Al.

– Eu mereço por lhe causar isso. – Apontou para o curativo em sua testa.

– Como eu estou? Maya me faria um relatório completo. Como por exemplo: Mamãe, você tem um galo enorme na testa, está tãaaaao roxo, que parece uma berinjela. Está doendo? Deram-te uma injeção e blá-blá-blá. – Fechou os olhos por um segundo.

– Ficou agradável esse galo em sua testa, para falar a verdade. – Alex alongou os músculos. – Não fale em Maya, tenho que me desculpar com ela.

– Muito engraçado. – riu sem vontade. – Não se preocupe, depois conversarei com ela... Alex?

– Sim?

– Vem deitar aqui comigo, só não me esmague.

– A pancada foi tão séria que afetou o seu juízo.

– Não acho que seja prudente você dormir aí sentada, aqui tem espaço.

– Pipes, você alucina sempre assim? Vou acabar te machucando mais.

– Quer calar a boca? Vem logo. – Deu um tapinha na cama. – Vem!

– Ok. Sua persistência é indiscutível.

– Já me disseram isso. – Alex deitou com receio, ao seu lado. – Dá para você relaxar, Alex?

– Isso não vai acabar bem... Vou te machucar e me sentir pior.

– Puta merda, eu mereço. – Piper passou os braços em torno de sua cintura, levantando seus quadris, fazendo-a deitar em cima de sua barriga. – Agora fique quieta.

– Piper...

– Quieta Alexandra!

– Mais uma.

– Eu ouvi isso!

Alex aninhou-se nos braços de Piper com cuidado. Sentia o subir e descer de seu peito, quando ela respirava, podia ouvir a batida de seu coração, calma. Piper lhe fazia cafuné, arranhava seu coro cabeludo, coçava-lhe a cabeça, como era gostosa aquela sensação. Piper inspirava paz, tranquilidade, ela era muito intensa... Diferente de si.

– Piper?

– Hm? – Respondeu sonolenta.

– Piper? – Alex olhou-a de baixo para cima.

– O que?

– Olha aqui...

 Piper abriu os olhos, fitando-a.

– Durma bem. – Deu um beijo em seus lábios.

– Você também, Al. – Sorriu docemente. – Sem me esmagar. – lembrou, plantando um beijo em sua cabeça.

– Tarde demais. – Alex apertou sua cintura, ganhando um beliscão em resposta. Sorriram juntas, logo estavam em silêncio dormindo. Uma paz pairou dentro de ambas.

xxx

– Mamãe! A mamãe chegou! – Maya estava no jardim tomando café da manhã com duas empregadas ajudando-a, ao notar a mãe se aproximando, deixou suas panquecas de lado e correu até ela.

– Olá meu amor. – Piper deu um beijo em seus cabelos.

– Mamãe, está doendo? – Perguntou, olhando a testa de Piper.

– Não querida. Não está mais doendo. Pronta pra voltar para casa?

– Não...

– Problemas. – Alex passou por trás de suas costas, cochichando em seu ouvido.

– Por favor, Alex. – Balançou a cabeça, reprovando aquele comentário.

– A vovó disse que podíamos passar o dia na piscina. – Explicou.

– Querida, eu não acho que seja uma boa ideia.

– Maya, vá aproveitar o dia na piscina. – Alex ganhou um sorriso cheio de vida da sobrinha. – Cadê Benjamin?

– Ele está de castigo. E Finn teve que ir embora.

– Quem o levou?

Piper estranhou.

– A tia Lorna! Ela nos disse que tia Polly pediu que alguém o levasse, porque ele tem a formatura de... Eu esqueci agora o nome.

– Tudo bem querida. – Piper beliscou um pedacinho de panqueca que a menina comia. – Hm, por que Benjamin está de castigo?

– Porque ele foi muito rude com a namorada da tia Alex.

– O que aquele diabinho fez dessa vez? – Alex indagou, sorrindo.

– Ele disse que você era namorada da mamãe e que você a beijou.

O sorriso de Alex se apagou. Sentiu suas pernas ficarem bambas. Agora entendia o motivo de Sylvia não atendê-la mais cedo. – Porra! – Pensou alto. Precisava dar um jeito naquela situação. Piper mastigava em silêncio, não tinha o que falar. A única coisa que tinha que fazer era pegar Maya e voltar pra casa.

– Tia eu posso ir agora? Posso mamãe?

– Não amor, outro dia nós viemos e você fica na piscina o tanto que quiser. – Piper perdeu a fome novamente, recusou-se a tomar café no hospital por falta de apetite. Não sabia aonde enfiar a cara, estava tão sem graça. Alex não falava nada, apenas andava de um lado para o outro, atônita.

– Ah não mamãe.

– Maya! Não ouse me desobedecer! – Piper gritou além do que devia. Alex saiu do seu estado embasbacado e a olhou, nunca a ouviu gritar daquele jeito. As empregadas que estavam retirando a mesa, se apressaram, logo saíram do jardim deixando-as sozinhas.

– Piper, ela é só uma criança! – Defendeu-a.

Maya assustada com o grito chorava copiosamente.

– E minha filha! Quando eu digo não, é não! E seria mais eficaz se você não intervisse quando eu tento educá-la.

– Educar é uma coisa, gritar feito uma desclassificada neurótica, é outra.

– Por que é que você não vai cuidar da sua vida e salvar a porra do seu namoro? Deixa que de minha filha, eu mesma cuido. – Puxou a pequena pelo braço, lançando um olhar gélido a morena.

– O meu namoro não é problema seu! – Disse furiosa.

– Tem razão, Alex. – O tom de sua voz indicava ultraje. – Nada que diz respeito a você é problema meu.

Alex sentiu um desconforto ao ouvir aquelas palavras. A Piper alegre, gentil e carinhosa com quem passou a noite no hospital, havia desaparecido. A Piper de agora tinha um olhar amargurado, carregado de ironia, ódio... Estava irreconhecível. 

– Querida, pare de chorar agora e se despeça de sua tia. – Sua vontade era de socar Alex. Por tê-la beijado, por ter entrado em sua vida, por tê-la amado, por ela ter roubado seu coração, por ela ter roubado o seu orgulho, diga-se de passagem... Enfim, por tudo. – A mamãe vai esperá-la no carro, tudo bem?

Maya estava caladinha, com os olhinhos vermelhos causados pelas lágrimas.

– Tudo bem, mamãe.

– Seja breve. – Piper saiu pisando duro.

Antes mesmo de ir até o carro, entrou na casa à procura de Nicky ou Red, se despediria delas, mas ambas não se encontravam no momento. Agarrou sua bolsa e marchou até o carro. A vontade de chorar de repente tomou conta de si, mas não choraria, não ali. Entrou no carro e socou o volante com toda força. A batida na porta do carro interrompeu seu momento de fúria.

– Mamãe? – Maya chamou, com a voz acanhada.

– Já estou indo querida. – O olhar da filha em sua direção era de medo, tristeza. – Me perdoe meu amor, a mamãe não queria gritar daquele jeito com você... Perdoa-me?

– Tudo bem mamãe, eu te perdoo.

- Eu te amo, Maya... Desculpe-me. – Deu um beijo em sua cabeça, colocando-a sentada em sua cadeirinha.

– Desobedeci, desculpa. – respondeu tímida.

Piper apenas sorriu.

– Piper... – A voz de Alex penetrou em seus ouvidos, como uma música de terror, fazendo seu coração acelerar. Ignorou com pesar, colocando o cinto em Maya.

– Tudo bem amor?

– Tudo mamãe!

– Ótimo. – Fechou a porta, passando por Alex feito um furacão.

– Piper você quer me escutar? – Ela se posicionou na frente do carro impedindo que a loira desse mais alguns passos.

– Quer, por favor, sair da minha frente?

– Piper, eu não queria falar daquele jeito, me desculpe...

– Olha, estou cansada de suas desculpas, por favor, saia da minha frente. – Ao tentar passar pela barreira imposta por Alex, ela a prensou contra o capô do carro.

– Piper para de ser cabeça dura, porra! Escuta-me – olhou em seus olhos. – Eu não quero perder a sua amizade.

– Amizade, é? – Piper olhava-a sem pestanejar.

– É... Eu não quero brigar com você. – respondeu vacilante, perdendo-se naqueles olhos azuis.

– A única coisa que eu quero nesse momento, é que você me solte! – A ordem solene foi como uma lança de terror. – E não me procure mais, a menos que o assunto seja sobre Maya. Nada, além disso, entendeu senhorita Vause?

– Por que você está agindo assim? Por conta de Sylvia? Piper, eu não lhe prometi um mar de rosas...

– VAI SE FODER! – Empurrou-a para longe. – E se você ainda estiver parada aí na frente, eu vou passar por cima. – Entrou no carro batendo a porta. Alex estava com a boca aberta não acreditando em sua audácia. Se não fosse por Maya sentada no banco de trás, teria saído dali igual um piloto de formula um. 

Alex sentiu vontade de chutar alguma coisa, como uma adolescente nervosa. Sentia por Piper uma atração muito forte, capaz de ignorar. Mas não queria abrir mão de Sylvia, gostava de sua companhia. Tinham muito em comum e eram ótimas amantes, não estava pronta para abrir mão dela. Compreendia que estava agindo de forma egoísta. Precisava consertar aquele estrago.

– Como você tem a cara de pau de aparecer na minha porta, Alex? – Sylvia estava com a aparência péssima, seu olho inchado pelo choro lhe davam um ar sombrio.

– Amor, eu sinto, eu sinto muito. – Suspirou. – Posso entrar?

– É só isso que você tem a dizer? Sinto muito?

– Sylvia, me deixe entrar! – Perdeu a paciência.

– Quando é que você vai parar de usar as pessoas?

 Alex empurrou-a para dentro, fechando a porta com um chute.

– Escuta, eu sei que errei... De verdade. Mas não significou nada, eu amo você, Sylvia.

– E mesmo assim foi capaz de me trair e olha que eu dei um aviso prévio. Não aceitarei suas desculpas, acabou.

– Você não está falando sério... Eu te amo! – Berrou a ultima frase. – Eu errei como qualquer outra porra de ser humano.

– Esse tipo de erro é opcional, Alex! Se você me amasse, não teria me traído.

– Ouça...

– Vá embora! Eu preciso ficar sozinha, Alex.

– Por favor, eu te imploro... Não faz assim. – Deu um passo a frente. – Por favor... Me prometa que vai pensar em nós... Prometa!

– Eu não sei Alex. Estou muito chateada... Apenas vá.

– Você me ama?

– Já não sei...

– Ama ou não?

– Nesse momento não. Eu amei aquela Alex, amiga, companheira, fiel... Essa Alex que está parada em minha frente, eu desconheço.

– Eu só quero mais outra chance, por favor. – Segurou em suas mãos. – A última...

– Vá embora Alex. Quando eu estiver melhor, te procurarei para resolvemos isso. Não pense que estou lhe dando uma segunda chance, agora suma daqui.

– Se é assim que você quer, por mim tudo bem. – Saiu de cabeça erguida, não ficaria implorando nada. Não estava em condições, uma vez que sua cabeça estava uma bagunça.

Ao chegar em seu apartamento com Maya, Piper resolveu que iria tirar férias de todo mundo. Discou o número de Polly e explicou tudo, omitindo a briga com Alex. Ela concordou de imediato, afirmando tomar conta da livraria. Polly achou estranho a princípio, mas ao notar o timbre da voz de Piper, conturbada, dispensou as perguntas. Sabia que essas férias improvisadas a faria bem.

– Amor, em seu closet tem uma mala se eu não me engano, vá conferir, por favor.

– Iremos viajar? – Perguntou saltitante.

– Sim docinho. – Disse, discando o número de sua mãe.

– Já volto. – saiu sorridente.

Piper avisou sua mãe que viajaria com Maya. Vee rápida, logo soube que a filha estava em apuros. Propôs-se a ir junto para ajudar se fosse necessário, mas ela recusou educadamente. Precisava de um tempo sozinha, ou melhor, com Maya sua única e fiel companheira de longa data. Arrumou sua mala, ainda sem saber exatamente para onde ir. Maya sugeriu que fossem à praia.

– Duas cabeças juntas, pensam bem melhor que uma.

– Mas eu pensei sozinha, mamãe. – Maya ria, tentando mover as sobrancelhas pra cima.

– Okay espertinha. Iremos à praia! Lhamos a la playa oh oh oh – Cantou, piscando um olho. Maya se acabava de rir. Como Piper a amava, aquela criança era tudo em sua vida. – Só eu e você!

– Só você e eeeeeeu!

Sorriram.

– Perderei minhas aulas, isso é tão legal! – Maya rodopiou, com um brilho alegre estampado em seu rostinho.

– Droga, a mamãe não havia pensado nisso. – Olhou-a, pensativa.

– Vai ser bom, mamãe.

– Hmmm, tem alguém querendo contornar a situação.

Maya disfarçou, escondendo os bracinhos atrás de seu corpo, arrastando o pé no chão.

– Certo... Já arrumou a sua bagagem?

– Nope. Ajuda-me mamãe?

– Depende... – brincou. – Se eu ganhar tipo assim, um beijo e um abraço. Pode ser, eu disse pode ser, que eu te ajude.

– Você vai me ajudar mesmo. – Pulou no colo de sua mãe, beijando seu rosto todo. – Agora vamos, mamãe.

– Okay, você venceu.

Depois de uma hora e meia arrumando suas bagagens, estavam prontas. Mãe e filha rumaram à Coney Island, onde aproveitariam a praia, sol e o calor. Ficaram em um hotel simples e bem aconchegante. Maya estava ansiosa para ver o mar, não parava um minuto sequer de tagarelar. Após acomodarem suas coisas no hotel, foram até a praia finalmente. Maya carregava uns brinquedos para brincar na areia, Piper vinha logo atrás trajando um short jeans curto, com uma blusa que deixava seu ombro nu, escondendo um biquíni tomara que caia azul. O dia estava agradável, a praia não estava cheia como antigamente. Deu graças a Deus por isso, odiava ficar entre muitas pessoas.

– Vem logo mamãe! – Maya gritou já sentada na areia.

O sol estava fraquíssimo. Mas isso não impediu que passasse o protetor solar em si e em sua filha. Enquanto Maya brincava de fazer uns buracos sem muito sucesso na areia, Piper lia umas mensagens de Taystee, Polly e Vee. Nada importante; ambas queriam apenas saber se chegaram bem. Respondeu como pode e desligou o celular. Sem tecnologia para estragar suas "férias" improvisadas. Arqueou sua máquina digital fotografando as peraltices de Maya. Amava fotografá-la.

– Mamãe, vem ver meu castelinho.

– Já estou vendo, querida.

– Não! Vem ver de perto. – chamou, irritada.

– Ok. – Piper levantou-se contra sua vontade. – Muito bom! – Comentou, de olho na arte de Maya.

– Você gostou?

– Claro que sim.

– Eu gostei também! Mamãe tira o meu short? Quero entrar na água.

– Você já sabe... Somente no raso.

– Eu seeeei... – Franziu o nariz, enquanto Piper tirava o seu short. – Obrigada.

– De nada.

Piper pendurou sua máquina no pescoço, caminhando até o mar, ficaria de olho na menina. Morria de medo de lhe acontecer alguma coisa. A água estava geladíssima, Maya estava curtindo como nunca. Em momento algum se importou com a temperatura da água.

– Vem mamãe.

– Não querida. E logo você sairá, está muito gelada.

– Segura minha mão, quero pular as ondas.

– Pipoca está de volta! – Piper segurou as duas mãozinhas dela, que pulava feliz, as ondas. – Você não cansa? – Já estava impaciente, Maya pulava e pulava sem parar, fazendo com que o impacto das ondas em seu corpo, espirrasse água por toda parte.

– Eu não. É tão legal. – Pulou mais uma vez. Olhando ao redor, viu um homem com uma prancha, ele fazia umas manobras em cima dela. Seus olhinhos brilhavam queria experimentar aquela sensação. – Mamãe, eu quero ir naquilo. – Apontou para o homem, que lhe olhou sorrindo dando algumas braçadas na água.

– Filha, não aponte. E você é pequena demais para encarar uma prancha.

– Mamãezinha, por favor. – uniu as duas mãozinhas, fazendo uma cara de cachorrinho sem dono.

– Maya, eu disse não! Vamos voltar, aqui está um pouco além do seu limite.

– Ok.

– Ei... – Ouviram uma voz masculina. Piper olhou para trás, encontrando um homem alto, loiro e bem musculoso. Não pode deixar de olhar seus músculos bem delineados e suas coxas musculosas. Seu cabelo na altura dos ombros e sua barba grande lhe davam um charme irresistível.

– Sim?

– Escutei a conversa de vocês, por mim não tem problema em deixar sua filha matar a curiosidade dela usando minha garota aqui. – Balançou a prancha, sorridente.

 – Eu posso mamãe?

– Claro que não.

– Eu a ajudarei...? – O homem prestou atenção na testa roxa dela, faria um comentário fora de hora, quando Piper lhe respondeu:

– Piper, Piper Chapman.

– Senhorita Chapman, pode confiar em mim.

Ele olhou-a com sinceridade e ela acabou por confiar em sua palavra. Afinal, o que custava? Maya apenas queria experimentar a sensação de surfar, embora não soubesse muito bem do que se tratava.

– Tudo bem.

– Brad Smith. – Se apresentou.

– Cuide de minha filha, Brad. Ficarei aqui de olho.

– Deixa comigo! Pronta princesa?

– Estou!

Brad colocou Maya de pé em cima da prancha, com uma mão segurava a prancha e com a outra, a mão dela. Piper aproveitou para fazer alguns cliques da experiência da menina.

– Como você se sente ai em cima? – Perguntou Brad.

– Me sinto estranha, é legal.

– Quer tentar entubar?

Brincou o homem.

– O que é isso?

– A prancha entra debaixo da onda.

– E se eu morrer tio? – Arregalou os olhinhos azuis, gerando uma risada nele.

– Você não vai princesa. Eu não deixarei, quer tentar?

– Não. – balançou a cabeça.

– Certo, certo, estava testando sua coragem. – Sentou na prancha fazendo com que Maya se sentasse também. – Agora é só esperar...

– A ondaaaa. – Maya gritou em desespero, mas relaxou quando a prancha deslizou para frente, chegando até a areia. – Isso foi muito legal.

– Uau filha! Isso foi demais. Você gostou?

– Eu amei. – disse, com os olhinhos brilhando. – Obrigada Brad. – abraçou o homem grandalhão, deixando-o meio sem jeito.

– Agora chega filha. Muito obrigada Brad, foi muito gentil. – Piper segurou Maya no colo.

– E você, não quer tentar?

– Oh, não... Obrigada.

– Tudo bem, eu tentei. – Brad a olhou, entrando no mar novamente. – Tchau princesa.

– Tchau. – Maya sacudiu as mãos.

– Você é muito aventureira, huh?

– Sou... Ele é bonito não é, mamãe?

– Eu não reparei. – Caminhou até a toalha estendida na areia. – Vamos tomar um banho e almoçar?

– Sim, estou com fome mesmo.

Depois de almoçarem, Piper decidiu descansar um pouco em seu quarto. Maya logo pegou no sono toda atravessada na cama. Aquela posição parecia tão confortável, que Piper acabou permitindo que ela permanecesse assim. Deitou-se ao seu lado mexendo em sua franjinha, seus pensamentos voaram até Alex. Sentia-se humilhadíssima. Lágrimas amargas começaram a brotar dos seus olhos. Cerrou os dentes, resistindo a vontade de enterrar o rosto no travesseiro e chorar. Era a hora de superar, Alex nunca lhe prometeu algo e por mais que doesse essa rejeição, seguiria em frente de cabeça erguida. Alex ficaria em seu passado, embora fosse vê-la em breve, agiria normalmente. Ou tentaria.

 

 


Notas Finais


A boa notícia é que Piper está viva! \o/ Hahaha, obrigada por lerem.


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