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História Sherlock Holmes e a Senhorita Williams - Correndo pra você


Escrita por: Luaadorada

Notas do Autor


Mais um capítulo! Obg pelo carinho e comentários. Por favor, continuem acompanhando. Beijinhos!

Capítulo 20 - Correndo pra você


Naquele mesmo dia estando Sherlock sozinho novamente, Mycroft conforme combinado surgiu na rua Baker. Ao atravessar a porta, foi logo disparando:


- O que aconteceu?! Por acaso foi atropelado? Está horrível!


- Obrigado – respondeu, irônico e seco.


- Diga-me logo o que quer, preciso dormir Sherlock.


- Que assunto você tem com ela?


- Com ela? –  Forçou uma confusão, propositalmente amadora e descarada.


Sherlock meneou a cabeça bastante irritado:


- Vamos acelerar esta conversa. Não estou com ânimo para joguinhos.


Mycroft, o encara, estudando-o: 


- Não me recordo de receber ordens suas, irmãozinho.


Entretanto, sentou-se observando mais calmamente o ambiente caótico ao redor.


-A final de contas o que aconteceu entre vocês?


-  Sabe o que aconteceu. Tentei fazê-la se desligar de você e voltar para casa.


Mycroft virou o rosto, abrindo a cortina com a ponta do guarda-chuva, passou a encarar, por instantes, a noite escura ao longe. Disse, em seguida:


- Te parece que esta decisão cabe a Nicole e não a mim? Precisamos dela. Pode ter se mudado dessa pocilga, mas continua em Londres.


- Sim, verifiquei que foi pra casa de uma amiga. O que me interessa é o motivo de a estar usando?


- Entendo. Por que o interesse repentino? - embora, já soubesse a resposta.


O outro escapou da indagação, encheu novamente seu copo de álcool, bebeu e derramou novo conhaque. Mycroft retornou com a palavra:


- Depois de Irene, presumi que cometeria o mesmo erro. Te avisei, não foi? Todos os corações se partem, se importar não é uma vantagem. – sentenciou o mais velho.


- Ela não é Irene.


- Não, ainda assim é um tolo e deixou que lhe partisse o coração.


- Por que ela Mycroft? Conhece, sem dúvidas muitas mulheres precisando de sua intervenção, por quê colocá-la na minha vida? 


- Concluí que seria útil, afim de me trazer seu apoio quando fosse necessário. 


Ele fez uma curta pausa, continuando:


- Uma moça igual a ela: simples, sem artimanhas, truques, honesta, leal, praticamente incapaz de mentir e empática.  Completamente diferente de nós dois. Percebi, rapidamente um  investimento maior do que se fosse alguém esperto e dissimulado. Seria um chamariz bem evidente de fato, contudo deste modo, você ao longo do tempo tenderia a se sentir avontade. Te conhecendo, decidi arriscar e ela me saiu melhor do que se tivesse sido orientada.


Ele deu mais uma pausa, um pouco maior:


-Devo confessar que a considerei também uma esposa pra você. Nossos pais desejam netos. Você parece ter uma alma, coisa que acredito, eu não possuir.


-Tenho um negócio para oferecer – propôs Sherlock enquanto virava o copo.


 -É mesmo? Interessante.  Tem minha atenção naturalmente.


- Farei o que pedir, contanto que me dê o terrorista e a liberte de seu laço.


- Você por ela, proposta maravilhosa. - sorriu triunfante.


- Abra a boca, então.


- Há três anos Thomas Williams, irmão dela, desapareceu. A última notícia que a família dispunha é que havia ido para a África. Nicole pertence a uma família influente como sabe, então através de seus contatos veio até mim. Não foi difícil encontrá-lo, está numa prisão clandestina na África do Norte. Thomas, temia pela vida da irmã, uma vez que com sua ida ao continente os terroristas souberam quem era.
Naturalmente, vi uma oportunidade, prometi proteção em troca de informações dele, daí firmamos negócio. Recentemente estive com Thomas, pedi que escrevesse uma carta para provar meu empenho, por assim dizer.


- Por que ele foi raptado?


- Rico, bem relacionado e insatisfeito, quiseram recrutá-lo, mas quis fugir e o prenderam. Estão tentando o persuadir a se juntar a  força. Sem grandes dificuldades, me infiltrei no cárcere e pudemos nos entender.


- O que quer que eu faça?


- Derrube a organização e eu trago o irmão de volta a Inglaterra. Não será complicado para você, além disso, o grupo já está enfraquecido e te darei toda a assistência que precisar. Entretanto, o mais importante é a localização do bunker onde está escondida a tal “Cama Med".


- “Cama Med”?


- Supostamente revolucionará a medicina moderna. Ah sim e precisamos da planta do esconderijo.


-Que imbecibilidade. Justificar uma missão dessas para encontrar algo irracional, que sabemos não existir- ponderou bastante descrente.


- Você está partindo para mesma missão, meu caro. Não está buscando amor? Algo obviamente ilusório e irracional.


Sherlock, calou-se. E Mycroft prosseguiu:


-Ainda assim, o governo tem muito interesse nela. Pode ser assombroso pra você, contudo quase todo mundo tem um chefe a quem deve agradar.


Sherlock concordou, apesar de sentir o gosto amargo de ter sido trapaceado outra vez pelo irmão. Porém, faria tudo o que pudesse para ampará-la, inclusive a ter de volta seu ente querido, a quem tanto amava. Além disso, não era realmente uma tarefa difícil, já tinha conseguido a penosa empreitada de desmontar a teia de Moriarty que esta nova não o preocupava.
No outro dia, Sherlock deveria estar preparado para deixar a Inglaterra.  Ele desta vez avisou ao John sobre a viagem que faria, não encenou sua morte e tampouco contou sobre todos os detalhes para não o perturbar. 
Quando estava deixando o prédio, seu celular tocou. Ele receberia o aviso que o estarreceria completamente, tirando-o do chão e consumindo suas forças:


-Ouça- era voz de Mycroft- esta manhã, Nicole pegou o vôo de volta para a Dinamarca. Porém, lamento ter que te dizer isso: mas, avião foi sequestrado. 

 



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