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História She's in My Blood - Because I Had You


Escrita por: itscamren-yo

Notas do Autor


Oi pessoas maravilhosas, como vocês estão?? Estão se alimentando bem?? Focados nos estudos??

Eu terminei esse capítulo no meio dessa semana e não tive tempo algum de postar, de verdade, agora achei um tempinho antes de começar meus estudos e espero que vocês gostem dele tanto quanto eu gostei de escrever! Decidi colocar dois dos meus xuxus aqui também HAHAHAH

Boa leitura:

Capítulo 3 - Because I Had You


Fanfic / Fanfiction She's in My Blood - Because I Had You

“But I think it's time I finally find somebody new and tell myself that she's the one that get me through”

Observo atentamente a minha psicóloga do outro lado do cômodo e cruzo minhas pernas.

Dois meses após a morte de Anna, meus pais decidiram que o melhor a se fazer seria me encaminhar para uma psicóloga, por conta de eu estar muito diferente do que eu era, de acordo com eles. Minha mãe ficou muito assustada após me encontrar bêbado em diferentes horas do dia, assim como meu pai ficou com pena ao me encontrar chorando no trabalho. E ali estava eu.

- Não está com vontade de falar hoje? - Camila Cabello, minha psicóloga, ajeita os óculos.

- Não sei o que dizer hoje. - ela sorri, assentindo - Aaliyah finalmente conseguiu o contato daquela mulher, ela vai produzir toda a sua próxima campanha com o nosso tecido.

- Isso é ótimo. - assinto - Shawn? - a encaro - Trabalho é a única coisa que gosta de falar agora? - automaticamente encolho meus ombros, incomodado com o fato dela ter notado isso.

- Eu não saio mais, sei o quanto isso deixa minha mãe decepcionada. - olho para o meu relógio, vendo que ainda faltavam muitos minutos até a sessão acabar.

- Você acha que decepciona sua mãe ao sair? - questiona surpresa.

- Bem, ela teve que limpar meu vômito e me dar banho após me encontrar no banheiro, mais de uma vez. - rio, sem qualquer humor - Chorou enquanto fazia isso.

- Não acha que ela chorava por ver você tão infeliz ao ponto de precisar sair somente para beber, consequentemente para sentir algum conforto? - meu sorriso morre - Tenho certeza que sua mãe apenas quer te ver feliz. - sorri gentil, cruzando as pernas.

- Este final de semana fez um ano que ela morreu. - murmuro, massageando minhas próprias mãos, automaticamente me sentindo nervoso.

- E como você se sentiu com isso?

- Mal?! - respondo sarcástico, Camila assente - Ela faz uma falta esmagadora, é como se todo dia piorasse. - passo a mão pelos cabelos, respirando fundo para não chorar - E eu não quero sentir mais isso.

- Por que?

- Porque é horrível! - respondo rudemente, era uma pergunta idiota vindo dela - Eu não aguento mais chegar em casa e não encontrar alguém que eu amo, odeio ter uma notícia incrível e não ter alguém especial para compartilhar e o odeio o fato da minha melhor amiga ter sumido de repente.

Um silêncio constrangedor tomou conta do cômodo enquanto eu respirava fundo, sentindo meus olhos arderem, não queria chorar na frente de Camila, não mais uma vez. Minha psicóloga provavelmente me achava o maior babaca do universo, as pessoas tinham problemas tão maiores que eu, e lá estava eu, sofrendo por algo que já havia passado um ano.

- Eu posso estar errada… - a encaro - Mas eu acho que você sente muita falta de ter uma parceira de vida, Shawn, não necessariamente Anna. - pega a caixa de lenço, estendendo em minha direção - E espero que você tenha plena consciência de que não é errado sentir a necessidade, ou vontade, de estar com alguém novo.

Fecho meus olhos, passando a mão pelo rosto.

Eu sentia falta do contato íntimo com uma mulher, sentia falta de ter alguém para cuidar de mim, ter alguém para cuidar, alguém para surpreender e apreciar de todas as maneiras. O fato desse alguém não poder ser Anna, me matava aos poucos. Me sentia culpado por querer estar com outra mulher, uma mulher diferente da qual eu jurei sempre amar.

- Eu sinto que é como se eu estivesse a traindo. - confesso em um fio de voz.

- E isso é totalmente normal. - Camila se ajeita em sua poltrona - Veja bem, Shawn, vocês não puderam terminar o relacionamento de vocês; vocês sequer falavam sobre caso viesse a morrer algum dia… - encaro minha psicóloga - É muito bonito o fato de você ter tamanho respeito por Anna a ponto de não conseguir estar na companhia de outra mulher. - sinto minhas bochechas queimarem com aquilo sendo dito em voz alta - Para você, no fundo, é como se existisse a possibilidade de algo ainda acontecer entre vocês.

- Isso é besteira, ela está morta.

Arregalo os olhos quando dou conta do que eu havia acabado de dizer. Franzo o cenho e me sinto culpado por dizer daquela maneira rude que Anna estava morta.

- Realmente, Anna está morta, Shawn. - Camila repete e eu respiro fundo - E ela não vai voltar, tanto você quanto eu sabemos disso. - desvio o olhar - Estar com outra mulher não significa que você deixou de amá-la. - encolho meus ombros, era exatamente aquilo que eu pensava - Conhecendo ela tão bem quanto você conhecia, o que acha que ela diria caso ela te visse hoje em dia?

Muitas coisas, Anna sempre tinha muitas coisas para falar sobre tudo.

O que Anna falaria sobre mim caso pudesse me ver?

Encarei minha psicóloga por longos instantes e então respirei fundo, passando a mão pelos meus cabelos.

- Ela mandaria eu cortar o cabelo. - Camila ri, arqueando as sobrancelhas.

- Mais alguma coisa?

É claro que teriam mais coisas, muitas delas.

- Anna ficaria maluca ao me ver passando tanto tempo assistindo televisão, ela odiaria saber que não conheço novos restaurantes e que não assisto mais um filme no cinema a cada duas semanas. - suspiro alto - E provavelmente me falaria para fazer o que me faz feliz, porque só assim ela ficaria feliz.

Camila passou longos segundos em silêncio.

- O que você precisa para… - o alarme, indicando que faltavam cinco minutos para nossa consulta acabar, dispara - Me desculpa. - desliga o alarme - O que você acha que precisa para ser feliz, Shawn?

Passo longos segundos em silêncio, refletindo sobre aquela pergunta, até que finalmente digo:

- Seguir minha vida.

Depois de me despedir de Camila, combinamos o horário da semana seguinte, minha psicóloga passou -novamente- seu telefone de trabalho para caso eu voltasse a ter dificuldades para dormir naquela semana; meus pais e Camila possuíam medo de eu acabar no chão de um bar novamente.

Outro fator que acabou tornando-se de grande preocupação foi o fato de eu constantemente estar na empresa, vivendo para trabalhar, mesmo saber que isso não era nem um pouco saudável. Entretanto, o fato de eu focar todas as minhas energias na empresa, desencadeou um crescimento absurdo nas ações e vendas da KSAM Texture, o fato de Aaliyah terminar seu curso na universidade e juntar aos meus pais e eu no trabalho, apenas contribuiu para a ascensão da empresa.

A sede da empresa mudou, mais uma vez, para um espaço ainda maior que comportava toda a nova estrutura que precisávamos para acompanhar as vendas, assim como o aumento do quadro de funcionários. Os primeiros andares da empresa eram a fábrica, no último andar era possível encontrar toda a parte corporativa da empresa, assim como as salas de todos os nossos vendedores.

Entro na sala de reuniões e peço desculpas pelo atraso, Aaliyah responde que todos eles haviam acabado de entrar. Naquela tarde daríamos uma entrevista para Becca Hayes, uma das principais repórteres da ‘Bloomberg Businessweek’ para contar sobre como era para nós assumirmos os negócios de nossos pais e ganharmos um destaque tão grande em pouco tempo.

Após cumprimentar todo mundo, ocupo o lugar ao lado da minha irmã. Enquanto Jeff, o fotógrafo, nos contava sobre como tudo aconteceria durante os próximos minutos, pude notar como Becca não desviava seu olhar de mim, variando entre minhas mãos e lábios. Também foi possível notar como minha irmã mais nova já havia notado o que estava acontecendo.

Já fazia algum tempo que Aaliyah estava me instigando a sair com novas mulheres, e eu sabia que não faltariam oportunidades para a minha irmã tentar me jogar em direção aquela repórter. Meus familiares queriam que eu desse indícios de que estava, finalmente, seguindo em frente; para eles isso só aconteceria se eu aparecesse com uma outra mulher.

Estar com outra mulher, mesmo que um ano houvesse passado, ainda era muito difícil, não conseguia mais me sentir tão confortável perto delas; provavelmente por saber que mulher alguma iria me compreender como Anna Petterson, ou chegaria aos seus pés.

- Irei gravar nossa entrevista, tudo bem?

- Claro, pode sim. - falamos ao mesmo tempo.

- Depois, quando estiverem mais confortáveis em nossas presenças, tiramos as fotos de vocês juntos e então sozinhos, ok?

- Ótimo.

- Bem, primeiro gostaria de agradecer vocês disponibilizarem um tempo para essa entrevista, nós sabemos o quanto vocês são ocupados… - passo a mão pelo meu cabelo, encarando fixamente a repórter, que tinha algumas anotações em mãos.

- É um enorme prazer... - Aaliyah responde por nós.

- Vocês são bem jovens, Aaliyah principalmente, como vocês lidam com a responsabilidade de comandar, ao lado de seus pais, uma das maiores empresas têxteis do país?

- Eles nos ajudam bastante. - minha irmã ri com a minha fala, a repórter também - É uma enorme pressão, mesmo termos estudado tanto sobre gerenciar empresas, nada realmente te prepara até você ter contato com isso. - junto minhas mãos sobre a mesa - Nossos pais nos ensinam muito todos os dias, assim como aprendem muito conosco e toda essa cumplicidade torna o trabalho bem mais fácil.

A empresa havia crescido de uma maneira assustadora, todos da minha família estavam mais do que empenhados em fazê-la crescer da melhor maneira possível, e o fato de estarmos tão empenhados e cheios de vontade, atraiam o sucesso.

- Você pode sentar na mesa e ela pode ficar ao seu lado, de pé… - o fotógrafo murmura, fazendo um gesto com a mão para nos aproximarmos.

- Ela está te comendo com os olhos. - Aaliyah pousa a mão em meu ombro, empinando levemente o nariz para a foto.

- Becca? - sussurro entre dentes.

- Ela mesma, alguém está sedenta por você. - abaixo a cabeça, soltando uma risada baixa.

A repórter realmente estava dando em cima de mim, na verdade, deixando bem claro que possuía interesse em uma interação a mais. Sempre que possível ela ria exageradamente das coisas que eu dizia, fez questão de prestar atenção somente no que eu dizia e fazer mais perguntas direcionadas à mim do que à Aaliyah.

- Cale a boca. - cruzo os braços - Ela pode nos ouvir.

- Se ela ouvir, tenho certeza que irá falar com você logo depois de eu deixar essa sala. - nego com a cabeça, mudando um pouco a pose.

A sala de reuniões tinha uma enorme janela que permitia uma boa quantidade de luz adentrar no ambiente, Jeff estava aproveitando este pequeno detalhe para tirar ótimas fotos. Pelos próximos dez minutos tirei diversas fotos com Aaliyah, pelos minutos seguintes minha irmã tirou algumas fotos sozinhas e então eu tirei outras fotos sozinho.

Jeff e Aaliyah começaram a conversar sobre fotos, o fotógrafo se encarregou de mostrar as fotos que havia tirado. Senti minhas mãos começarem a suar bastante quando Becca, sutilmente se aproximou de mim; ela mexeu em seus cabelos e o cheiro de shampoo de morango tomou conta de tudo.

Eu não olhava mais tanto para as mulheres a minha volta, provavelmente porque tinha um grande receio de me apegar a qualquer uma delas. Era como se mulher alguma chegasse aos pés de Anna, e se eu chegasse perto de me envolver com qualquer uma delas eu estivesse traindo a mulher que sempre esteve ao meu lado.

Os cabelos de Becca eram loiros, a sua pele possuía um bronzeado meio artificial, seu sorriso também não parecia ser natural e seus olhos castanhos claros estavam perfeitamente maquiados. Mas ao vê-la tão perto consegui notar o que não havia sequer notado antes: ela era bons anos mais velha que eu.

- Você foi ótimo na entrevista.

- Obrigado. - sorrio, juntando minhas mãos - Fico nervoso quando sei que as pessoas terão uma opinião sobre mim através da visão de outra pessoa. - mais uma vez ela ri exageradamente, como se eu tivesse dito a piada mais engraçada do mundo.

Eu era péssimo contando piadas e todas as pessoas próximas a mim, sempre deixaram isso muito claro.

- Você é engraçado... - sua mão pousa em meu braço, acariciando o mesmo.

Automaticamente me sinto desconfortável por conta daquela desconhecida estar me tocando daquela maneira. Completamente constrangido, dou um passo para trás, conseguindo me livrar de seu toque. Não queria ninguém me tocando daquela maneira, principalmente Becca Hayes.

- O que você acha de darmos continuidade na entrevista, apenas nós dois, em um almoço? - ela se aproxima novamente, me sinto mais desconfortável ainda.

- Eu agradeço o convite, mas acredito que tenhamos conversado sobre tudo o que precisávamos conversar para a entrevista estar completa.

Ela ri, voltando a acariciar o meu braço, dessa vez tendo a audácia de apertar onde antes acariciava.

- Então, o que acha de conversarmos sobre outra coisa? - tomba levemente a cabeça.

- Não acho que…

- Se preferir, não precisamos nem conversar. - trinco o meu maxilar.

- Por favor, retire sua mão de mim. - sua expressão maliciosa muda no mesmo momento - Se continuar com esta conduta terei que informar seu editor. - ela prontamente dá um passo para trás - Respeito muito o seu trabalho, Srta. Hayes, e espero que você permita que esse respeito continue. - junto minhas mãos atrás das minhas costas - Com licença, tenho trabalho a fazer.

Aaliyah ria no canto da sala, mesmo falando com Jeff, ela não parou de prestar atenção -um segundo sequer- da interação entre Becca e eu. Me despedi do fotógrafo, fazendo questão de agradecer seu bom trabalho e profissionalismo; informei minha irmã mais nova que estaria em minha sala, e então deixei o cômodo.

Entrei em minha sala, e retirei o terno, deixando o mesmo sobre o sofá de couro preto que estava no canto. Passava tanto tempo na empresa, que às vezes, acabava dormindo por ali mesmo. Me sentei na cadeira, e em questão de segundos Aaliyah entrou no escritório sem ser anunciada, soltando uma gargalhada alta.

- Eu não acredito que você acabou de fazer aquela mulher se sentir um nada, foi cruel, Shawn. - se joga no sofá.

- Não sou obrigado a corresponder flertes, Aaliyah. - ligo o computador, me ajeitando na poltrona - Principalmente dela, que estava fazendo um trabalho, e não deveria estar se portando de uma maneira tão informal durante uma entrevista tão importante. - minha irmã para de rir - Existem lugares e outros momentos pertinentes para ela agir deste jeito.

- Blá blá blá. Você é gato, ela é gata, poderia sair algo legal.

- Sim, você da minha sala. - sorrio de canto e ela revira os olhos, se levantando.

- É sério, Shawn, você precisa conhecer novas pessoas.

- Eu sei. - percebo o seu olhar surpreso quando eu concordo - Combinei de sair com Julia e Khalid hoje, vamos em um pub. - minha irmã fica tensa no mesmo momento, por conta do lugar - E eu não vou beber, juro. - sorri, concordando com a cabeça.

- Ótimo, se divirta. - sorrio, assentindo - E só volte para casa quando estiver com uma mulher. - antes que eu possa falar algo, ela bate a porta com força.

O dia passou mais rápido do que eu esperava, quando vi, já era hora de me encontrar com Khalid e Julia no pub. Passei em casa para tomar um banho e colocar uma roupa menos social, optando por uma jaqueta de couro preta, uma blusa de algodão e calça da mesma cor. Ajeitei meu cabelo e passei meu perfume favorito, escolhendo o relógio que havia ganhado de Julia em meu aniversário.

Assim que entrei no pub, encontrei Julia e Khalid encarando a porta de entrada fixamente, como se precisassem de uma prova de que eu realmente iria aparecer, já que nas últimas vezes havia desmarcado no último momento ou não me importado o suficiente para aparecer. Os abracei e ocupei o lugar ao lado do meu amigo, pedindo uma água com limão e gelo.

Falamos por longos minutos sobre nossa semana e como nossas carreiras estavam nos últimos meses, fazia um bom tempo e não encontrava meus amigos, provavelmente porque estar com eles me fazia lembrar como era não estar com Anna. Mas já havia perdido uma pessoa, não podia me fazer perder mais duas.

- Alguém está pegando fogo hoje. - Julia ri, sugando sua bebida pelo canudo, franzo o cenho.

- Nunca atraímos tantos olhares quando estamos sozinhos, Ju. - Khalid a cutuca, escuto a risada de ambos.

- Calem a boca.

- É sério, umas três mulheres estavam te comendo com os olhos no bar! - nego com a cabeça, descrente com o que eles estavam dizendo.

- E o homem a duas mesas de trás também. - Khalid me lança um olhar malicioso, reviro os olhos.

- Eu vim para beber com os meus amigos, não para flertar com qualquer pessoa.

- Por que não fazer os dois? - Julia se curva na mesa - Se você for falar com a mulher de vermelho no balcão e conseguir o celular dela, eu pago sua conta de hoje.

Eu não precisava que Julia pagasse minha conta, tinha dinheiro suficiente para fazer isso, mas o fato de meus amigos me incentivarem tanto a estar com outra pessoa e todas as conversas daquele dia, nada parecia mais certo do que dar a chance a alguém novo.

Olhei disfarçadamente em direção ao bar, vendo uma linda mulher negra vestindo um vestido vermelho que realçava suas curvas e deixavam suas pernas torneadas totalmente visíveis. Seus saltos altos pareciam ser altos demais e sua maquiagem era discreta, ela transmitia uma aura de mulher confiante.

Encarei Julia por longos instantes e sem dizer nada, peguei meu copo vazio e caminhei em direção ao bar, sentindo o olhar da mulher em minha direção, pude notar o sorriso discreto dela, assim como sua cadeira girando. Parei ao seu lado, fazendo um sinal de refil para o bartender.

- Poliéster? - questiono e ela franze o cenho, se virando em minha direção.

- Me desculpa? - me encara completamente confusa.

- O tecido do seu vestido! - ela me encara como se eu fosse idiota, sorrio amarelo, me sentindo um total idiota.

- Não sei. - a mulher começa a rir - Eu acho que essa foi uma das piores abordagens que já levei em toda a minha vida. - coço minha nuca, me sentindo constrangido - Você não flerta a muito tempo, não é?

- Você não faz ideia. - sinto minhas bochechas ficarem vermelhas, ela ri ainda mais, estendendo a mão.

- Me chamo Normani!

- Shawn. - aperto sua mão - Foi uma abordagem totalmente ridícula, me desculpe por ser obrigada a me ver fazendo um papel de idiota.

- Está perdoado só por ter se desculpado. - rimos e ela mexe em seu cabelo, ainda segurando a risada.

- Acredite, tecidos são as únicas coisas que sei falar em anos, não pude deixar de notar sua peça, é um lindo vestido.

- Esse elogio ainda foi estranho, mas fofo. - ri novamente, negando com a cabeça - Trabalha com isso?

- Sim, tenho uma empresa téxtil…

Normani e eu acabamos conversando por longos minutos, contei um pouco sobre a minha história -evitando a parte da ex-namorada morta- e ela contou sobre a dela. A mulher tem a própria escola de dança no centro da cidade e está abrindo sua própria academia, também no centro da cidade.

A cada instante que passava, eu me sentia mais e mais leve, diria que até confiante.

Não parecia mais tão errado estar interagindo com outra mulher, ou me sentindo atraído por ela. Mas estar ali, me dando a chance de conhecer um novo alguém, e permitindo que esse novo alguém me conhecesse já era um enorme passo.

Acabei me despedindo de Normani ao ver Julia e Khalid fazendo gestos estúpidos, anotei o número de seu celular e prometi que entraria em contato com ela para um jantar, ou algo do tipo; antes de partir, pedi mais um martini para ela, anotando em minha conta -que minha melhor amiga pagaria-. Me sentei à mesa com um sorriso triunfante, Khalid batia em minhas costas e Julia me lotava de perguntas.

- Ok, meus queridos amigos, tenho que ir. - me levanto, entregando a comanda para Julia, que revira os olhos - Foi um prazer estar na companhia de vocês.

- Espero te ver semana que vem aqui. - aquele encontro, naquele pub, sempre aconteceu.

- Você verá. - pisco na direção dele - Obrigado, pessoal, vocês não tem noção do quanto significa ter vocês no meu lado em momentos… assim. - faço um sinal com a cabeça em direção a Normani.

- Você merece ser feliz, Shawn. - Ju se levanta, me abraçando apertado - Durma bem.

- Até mais. - aperto a mão de Khalid, acenando logo em seguida.

Antes de sair do lugar, acenei para Normani, que conversava com uma amiga. Ela acenou de volta e lançou um lindo sorriso em minha direção.

Anna havia ocupado um espaço muito importante em meu coração por muitos anos, e havia me feito um dos homens mais felizes de todos; mas ela não iria mais voltar ou estar por perto para dividir uma vida toda ao meu lado; e isso me deixava muito triste, mas não poderia ser a minha ruína.

Estive sozinho por um bom tempo, talvez fosse a hora de me permitir ser feliz novamente, encontrar alguém que me ajude a superar aquela situação e me fazer esquecer completamente de toda aquela tristeza que permaneceu por tanto tempo.

 


Notas Finais


Aaaa então, o que acharam?? Uma hora o Shawn teria que começar a seguir em frente, não?!

Gostaria de agradecer todo mundo que está lendo, votando ou comentando, eu agradeço do fundo do meu coração ♥ Caso você possa divulgar a fanfic para alguém que goste do Shawn, ficarei muito grata!! E caso queira conversar comigo pode chamar lá no Twitter (switch5hearts) ou então no CuriousCat (switch5hearts).

Espero que a sua semana seja maravilhosa, não se esqueçam se sempre serem gentis uns com os outros, e principalmente, com vocês mesmos ♥ Um beijo e um chêro, Natália xX(:


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