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História ShikaTema: Encontre-me. - Teimosia.


Escrita por: luco13

Notas do Autor


Gente juro que n parece duas semanas desde a ultima vez que escrevi... oops.
Obrigada aos leitores que seguiram firmes ate aqui kkkkkk vamos esquentar e acelerar os passos, vamos?
Vejo vcs la embaixo
xxxx
LuCo

Capítulo 7 - Teimosia.


(Shikamaru)

 

A luz que entrava pelas janelas incomodava meus olhos, fazendo-me acordar contra minha vontade. Rolei pela cama do quarto de hospital, tornando meu corpo inteiro em direção à porta. 

- - Finalmente, hm? - Temari estava encostada no vão da porta aberta, de braços cruzados. Um pequeno sorriso formou-se em seu rosto. - Estive-o esperando.

Ela aproximou-se da cama, sentando-se junto a mim e pegando minha mão. Senti meu rosto esquentar e tinha certeza que havia ficado vermelho como uma garota.

Que saco.

Ignorei, contudo, esse sentimento. Ver que ela havia saído da missão para me ver era reconfortante. Temari era boa demais para alguém como eu. 

Mas eu a queria de todo jeito. 

- - Eu... senti sua falta. - engoli em seco as palavras que sabia que tinha de proferir. - Me desculpe pelo meu comportamento. 

Ela riu. Riu na minha cara. 

- - Shikamaru... - Temari aproximou-se do meu rosto, segurando-o com as duas mãos enquanto fechava os olhos. Fechei os meus instintivamente, eu não fazia ideia do quanto tempo estava esperando por aquilo, mas decerto estava.

Shikamaru

Shikamaru

Shikamaru! 

Um tapa forte no meu ombro me despertou, e Temari desapareceu. 

- - Finalmente! Estou tentando te acordar há dez minutos! Que sono é esse?! - Tsunade-sama me encarava com uma expressão insatisfeita. 

 

Eu estava sonhando. Sonhando. 

 

- - Tsunade-sama... Falta muito para me liberarem daqui?

Ela suspirou, sentando-se ao meu lado. 

- - Shikamaru... nós não conseguimos descobrir medicamente o motivo do seu ataque cardíaco. Acredito que devamos ir mais afundo por outras áreas nas quais não me especializo... 

Franzi o cenho em resposta. Que tipo de área?

- - Mas Sakura se encarregará disso. Não se preocupe. - ela levantou-se, pronta para partir. - Está com pressa para voltar a ativa?

Ponderei sobre aquela resposta. Eu sabia que, mesmo que quisesse voltar a meus deveres como shinobi, assuntos mal resolvidos deturpariam toda e qualquer missão.

E muito mais do que aquilo, eu precisava saber. Saber se daríamos certo. Se conseguiríamos fazer dar certo. Era algo que martelava em minha mente todos os dias. 

Eu sentia falta dela todos os dias.

Mendokusai onna.*


 

- - Sim e não. Tem algo muito importante a ser resolvido antes disso. 

A Quinta sorriu. 

- - Deixe-me ver o que posso fazer por você, então. 

 

(...)

Fui liberado e não muito depois voltei a rotina. Bem, não poderia dizer que era a mesma 100%, mesmo porque eu não era o mesmo.

Todos os dias acordava com uma pressão enorme na região da testa, pesadelos ininterruptos e dores no peito se me esforçasse demais, por vezes até pontadas em partes diferentes do corpo. Até então, Temari não havia se comunicado comigo, e muito menos seus irmãos. Na minha folga, durante a tarde, decidi visitar Sarutobi Kurenai e a pequena Mirai. Elas sempre deixam meus dias melhores, e os conselhos que antes recebia do meu mentor, bem… 

Parecia que parte dele havia permanecido com ela, dada a enorme sensação de paz que  me envolvia ao passar tempo com a mesma. 

- Shikamau! - balbuciou Mirai no colo da mãe ao ver-me, esticando os bracinhos. Kurenai sorriu para mim e eu tomei a menina de seus braços, enquanto ela ria. 

- Shikamaru… Sua cara está péssima. Venha, vamos tomar um chá.  

Honestidade é uma virtude.

Eu acho. 

Segui-a para dentro, a casa impecavelmente arrumada como sempre. Era impressionante ver que estavam todos os móveis no lugar, mesmo com Mirai sendo um pequeno furacão em formato de gente. 

-  Desculpe não ter ido vê-lo no hospital… Mas diga, o que tem passado com você?

Respirei fundo e tentei ao máximo ser breve. Iniciei tudo no dia em que me confessei a ela, para o sujeito da vila da Grama e por fim, nossa última conversa. 

- Ah querido… Sinto muito. De todo modo, não está tudo perdido, então não desista! Naruto decerto consegue entrar em contato com o Kazekage para ver assuntos mais pessoais assim, não? Soube que eles são bem próximos. 

- Sim, mas Naruto tem outros compromissos, e eu já acho que tem gente o suficiente ciente disso tudo. - Eu estava cansado. Muito cansado. Desde meu desmaio na rua, levantar todos os dias era um esforço maior do que o meu normal. 

Kurenai levantou-se, e retirou-se da sala em que estávamos. Esperei cerca de dez minutos quando ela retornou. Mirai havia adormecido em meu colo. 

A caixa era repleta de agulhas e linhas de cores diferentes. Lã e algodão, e algumas que não reconheci. 

- Dezenas de anos atrás, em um país muito velho que hoje já não conhecemos mais… - ela vasculhou delicadamente dentre os fios. - Havia uma crença popular acerca de deuses e casamentos. 

Da caixinha, ela retirou um fio de lã vermelho e espesso. 

- Segundo ela, casais cujos tornozelos fossem amarrados por cada ponta desse fio vermelho estavam destinados um ao outro. Como almas gêmeas. A história foi adaptada ao dedo mindinho, mas o significado permaneceu… 

Ela soltou o fio em cima da minha mão e repousou delicadamente uma das palmas em meu rosto. 

- Sabemos hoje que nada é para sempre, mesmo que o amor permaneça. - seus olhos encheram-se d'água, e eu mesmo tive de desviar o olhar para não refletir o mesmo em meu rosto. - Se a outra ponta deste fio estiver mesmo conectando você e ela, não desista antes de dar tudo de si para funcionar. 

[...]

Em casa, eu enrolava e desenrolava aquele fiapo de lã no meu dedo indicador, deitado na sala enquanto minha mãe cozinhava sozinha.  

Tudo que Kurenai havia dito fazia sentido, e ao mesmo tempo me deixava mais confuso. Era como se uma nova realidade tivesse sido descoberta por mim, em um plano nunca explorado.

Se, de fato, estivéssemos conectados, o que aconteceria se um de nós estivesse sofrendo? Impossível afirmar que o outro o sentiria, pois Temari já passou por muitas coisas antes de me conhecer, e nada havia refletido em mim até então…

 

Dois toques na porta interromperam meus pensamentos, e uma carta passou por baixo da porta. Chegando mais perto, vi que tratavam-se de duas cartas.

Uma tinha o nome dela.

Senti um calafrio, minhas palmas suando. Rasguei o envelope acidentalmente com minha displicência nula naquele momento.

“Shikamaru, 

Eu sei que queres conversar comigo, mas estou a caminho de uma missão importante.

Talvez demore uns bocados. 

Temari”.

Era… Bem, desapontador não fazia jus a intensidade do sentimento. Era o tipo de carta que faria qualquer outra pessoa chorar ou bater a própria cabeça na parede. Talvez os dois. 

Lembrei-me das palavras de Kurenai. Eu não vou desistir, pensei com veemência.Faria dar certo, custe o que custasse.

 

Quase esqueci-me da outra carta, e apenas por uma leve curiosidade a encarei, pois decerto seria das amigas da minha mãe... 

 

Senti um sorriso largo formar-se em meu rosto. 

 

“Um Convite Especial de Hyuuga Hinata e Uzumaki Naruto!”

[...]

 

(Temari)

 

Era meu terceiro dia sem água quando entraram. Dessa vez, Mukamura não os acompanhava. Em seu lugar, o homem que havia me nocauteado fez-se presente. 

- - Espero que a recepção da vila a tenha agradado. Sou Takashio. - ele encarou-me de cima abaixo. - Sabe por que está aqui, não sabe?

Bufei em resposta, revirando meus olhos. Pelo amor.

- - Eu não me comportaria assim se estivesse na sua posição.

- - E o que eu devo fazer? Implorar? 

Ele riu. 

- - Realmente, isso não encaixaria com a irmã do Kazekage.

Aquele título me irritou mais do que deveria, mas não deixei transparecer. 

- - Bem, continuando. A Vila da Grama é um campo de inovações. Temos testado jutsus novos e muitos com sucesso impressionante! - seus olhos brilhavam de uma forma macabra. Por mais que parte de mim necessitasse reunir informações, a outra parte queria que ele fosse direto ao ponto.

O que eles tentariam fazer comigo?

- - O que você viu lá fora eram... Falhas. Por favor as desconsidere do nosso projeto. Mas você, você será a peça chave para terminarmos o nosso jutsu mais bem desenvolvido até então. 

Mantive-me calada. Ainda não tinha cabeça para planejar uma forma de escapar, embora parte de mim soubesse que seria impossível naquelas condições. 

- - Diga-me Temari, como é ser a filha de um dos Kazegakes mais cruéis da história?

Rasa. Pai. Mordi o lábio com força para impedir-me de xingá-lo. Ceder a raiva só o daria o que precisava: meu ponto fraco. 

- - Na verdade, não precisa me dizer. Só me basta ver. 

Ele aproximou-se em passos lentos, como se esperasse alguma reação minha. 

 

Tudo que ele será capaz de ver em relação a Rasa são memórias amargas.

O treinamento de Suna nunca foi um segredo de Estado, porém o resto... 

O restante das minhas memórias eu gostaria de manter comigo. 

 

Suas mãos cheias de calos, sujas e ásperas encostaram em meu rosto, cada dedão posicionado paralelamente em minhas têmporas. 

Era como uma droga, ou um perfume suave que o faz relaxar. Não havia célula no meu corpo que queria lutar contra aquela sensação maravilhosa de calmaria e silêncio. Logo, tudo tornou-se escuro.

 

Haviam vozes misturadas, e flashes de memórias passageiras passando em frente aos meus olhos.

Logo mais, eu estava em um quarto extremamente claro, e de algum lugar impossível de ver, Rasa entrou no recinto.

 - - Temari. Vejo que tem negligenciado seu treinamento. Está fraca. Veja estes braços e essa expressão... 

Ele me apertava como se testasse um objeto. 

-  - Pai! - não era minha voz. Pelo menos não na idade que eu lembrava ter. A palavra soou fina, desesperada...

Como se eu fosse uma criança novamente. 

Rasa usou seu jutsu, tão similar ao de Gaara, e uma garra gigante puxou-me do chão, pressionando meus ossos e deixando minha respiração exasperada.

- - Pai!

- - Você precisa ser um bom soldado, Temari... Pelos seus irmãos e pela vila. 

Tudo escureceu novamente, e senti-me cair no chão. Uma mão estendida, dedos longos e limpa, chamou minha atenção. 

- - Temari. - sua voz me prendeu. Aonde estou?

- - Shikamaru. 

- - Eu estou aqui, Temari. 

Lágrimas se formaram, enquanto meu rosto esquentava cada vez mais. As segurei, e ergui minha cabeça. 

- - Temari. Eu te amo. 

Ele sorria para mim, seus olhos escuros brilhando e tudo que eu enxergava era seu rosto. 

- - É verdade?

- - É claro. 

Temari

Temari

Temari

Temari

Pisquei repetidamente para espantar aquela voz que me chamava. 

Seu rosto continuava pequeno, sua expressão era de tranquilidade e combinava sempre com a aura gentil que poucas vezes pude presenciar. 

Mamãe. Karura. 

Abra os olhos, filha. 

Takashio encarava-me, curioso. Eu estava ofegante, como se meu chakra houvesse sido drenado de mim. 

- - Você teve uma vida desgastante han, princesa. Eu quase sinto muito pelo que esse jutsu de memória vai trazer de volta à você. - percebi pela primeira vez uma porta abrindo-se atrás dele. Minha “cela” era menor do que eu lembrava. Ele deu alguns passos para trás, virando-se apenas no final para trazer uma bandeja com duas fatias de pão e um copo d’água. Ele pôs o pão na minha boca, assim como a água. Claro que inicialmente não me desamarraria de modo algum.

Isso se dá a alguém de confiança. 

Uma centelha de esperança me deu energia para comer com paciência e não cuspir tudo na cara daquele desgraçado. 

 

Eu sairia dali, custe o que custasse.

 

 


Notas Finais


Quem quiser eu apreciaria todo e qualquer feedback! Nunca demorei tanto pra atualizar uma fic continua assim entao quero melhora-la o maximo possivel.
XX
Boa semana!
Lu


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