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História Shippuuden Story: The Konoha Next Generation - Arco Inicial - Capítulo 10


Escrita por: Narusaku4Ever13

Notas do Autor


Olá a todos ^^
Estou voltando e trazendo mais um capítulo bem especial pra todos vocês ☺️😁🤗

Este é o último capítulo do Arco Inicial e o próximo já entrará no Arco 2, que também poderá ser chamado de Arco do Exame Chūnin!!!

Gostaria de agradecer aos 71 favoritos ❤️🥰
Muito obrigado a todos que veem acompanhando capítulo após capítulo, muito obrigado mesmo 😘


Agora vamos pro capítulo,
Boa leitura a todos!!!

Capítulo 10 - Arco Inicial - Capítulo 10


A semana não tardou a passar e o fim de semana chegou bem rapidamente. Era sábado de manhã e no campo de treinamento estavam Naruto e Shinachiku em um treino bastante árduo e bem pesado. Ambos já estavam ali à mais de uma hora e se encontravam cansados e suados, pois iniciaram com um treino de taijutsu e o Hokage ainda estava um pouco fora de forma, por conta disso o cansaço foi ainda maior por parte dele.

Já Shina, pouco mais acostumado a estar em forma, estava ofegante mas bem fisicamente. Vestido com uma roupa bem leve, ele se mantinha em posição de combate enquanto seu pai estava com ambas as mãos no joelhos e ofegava tentando recuperar o ar perdido naquele exercício.

- Touchan, se quiser podemos dar um tempo.

- Está... Tudo... Bem... Filho. — Naruto diz se endireitando e dando um longo suspiro. — Vamos lá!

Ambos correm em direção um ao outro com o menor tentando atacar os pontos vulneráveis do Nanadaime, que conseguia bloquear os fortes socos e chutes, vendo que o treinamento que teve com Sakura foi bastante importante pois sua força estava quase parecida com sua mãe.

Mas ele ainda era Uzumaki Naruto e não iria perder pro seu próprio filho daquela maneira, em um dado momento de distração, saca uma kunai e tenta golpear o loiro que vê sua movimentação e consegue bloquear o ataque com outra kunai.

Porém Naruto abre um sorriso de lado e usando o Hiraishin de sua kunai surge as costas do filho com ela empunhada no pescoço do garoto, que acaba parando rindo.

- Parece que me pegou.

- Não importa o quanto eu esteja fora de forma, ainda sou o Nanadaime! — Diz Naruto orgulhoso enquanto retirava a kunai do pescoço de Shinachiku e a guardava em seu bolso.

- Essa sua técnica é muito forte! Me pegou desprevenido.

- O Hiraishin é uma técnica do Nidaime-sama e que foi melhorada pelo seu Ojiisan. — O Hokage mostra a kunai especial com o selo em seu cabo. — Graças a este selo, posso me teleportar quase instantaneamente para qualquer lugar que ele estiver.

- Uau! Isso é incrível, Touchan!

- Com toda a certeza. Se quiser, posso te ensinar a usá-la.

- Ficaria muito feliz em aprender! — Shinachiku diz dando um grande sorriso feliz.

- Certo! Mas por agora, vamos repassar os treinos de taijutsu e depois de ninjutsu. — Naruto volta a guardar a kunai na bolsa ninja da perna e cruza os braços. — Quando te ensinei o Rasengan, disse para usá-lo somente em casos de extrema importância e soube que na missão a Kumogakure, você teve que usá-lo contra um dos mercenários, não é?

- Hai. Mas eu tive um problema com isso. — Ele olha para o braço direito onde ainda havia um ferimento de queimadura se cicatrizando aos poucos. — Eu... Não tive controle no momento que usei, então...

- Eu entendo. — Naruto se abaixa pegando o braço de seu filho e observando. — O Rasengan é uma técnica de impacto de curto alcance e não controlado, pode causar sérios danos até mesmo em que o executa. Sua Kaachan te ensinou bastante sobre controle de chakra, mas pelo visto ainda não tem total controle sobre ele, não é?

- Só consegui fazê-lo usando um clone, já que enquanto eu tentava controlar o chakra, ele criava a técnica. Mas mesmo assim...

- Não há o que se preocupar, Shina. Eu também tive problemas para controlá-lo no passado e assim como você, usava clones para me ajudar. Mas creio que precise de mais controle do seu chakra, pra que assim não haja a necessidade de usar clones em meio a uma luta. — O Uzumaki se levanta enquanto dá um longo suspiro e passa a mão no cabelo. — Vou te ensinar a te mais controle do Rasengan e enquanto não puder usá-lo normalmente, use seus outros jutsus. Exatamente como sua Kaachan e eu lhe ensinaram, tudo bem?

- Arigatō, Touchan. — Shinachiku diz dando um sorriso e assentindo com a cabeça. — Que tal mais um pouco de taijutsu? Só que dessa vez sem trapacear!

- Ei, eu não trapaceei! Só fui mais esperto.

- Tá, sei...

De um aviso prévio, Shinachiku lança várias shurikens em direção a Naruto, que rapidamente saca uma kunai e as rebate. Vendo a esperteza do filho, que já corria em sua direção, sabia que tinha muito a ensiná-lo e ver o quanto ele era forte naquela idade, poderia facilmente ultrapassa-lo quando estivesse mais velho.

Sakura e Hanami estavam sentadas em um banco que havia no campo. Tinham decidido acordar cedo e acompanhar os dois nesse treino, apenas para observa-los e também para curtir aquela manhã de sábado fora de casa, tendo um brisa bem fria passando entre as árvores enquanto o sol teimava em surgir entre os galhos, formando um sombra abaixo delas.

A pequena rosada estava muito impressionado com o treinamento de seu irmão e queria também ser como ele, já que era uma de suas grandes inspirações a se tornar uma kunoichi. Tinha acabado de entrar na academia e aprendia aos poucos sobre a história shinobis e todos os acontecimentos ao redor dela, sem conta que também tinha aulas práticas de taijutsu uma vez por semana.

- Kaachan, será que... Pode me ensinar a lutar também? — Hanami pergunta com as mãos juntas e encarando com expectativa sua mãe, que sorri.

- Claro, meu amor. — Sakura se levanta do banco e vai até uma bolsa maior e tira de lá cinco kunais e algumas shurikens. — Vem comigo.

As duas vão até um espaço onde havia duas árvores lado a lado com alvos em ambos os troncos. A rosada entrega uma kunai a Hanami, e a posicionando corretamente esticando sua mão direita e ficando atrás da pequena.

- Está vendo os dois alvos? — A Uzumaki assente. — Quero que use sua força para acertar o esquerdo, tudo bem?

- Hai!

A pequena Uzumaki se prepara e após dar um longo suspiro arremessa a arma em sua mão, porém acaba por passar longe da árvore e isso a faz bufar descontente com sua habilidade. Sakura se abaixou ficando na mesma altura que sua filha e a encarando, diz sorrindo:

- Olha pra mim. — Hanami a encara. — Ninguém irá acertar de primeira, filha. Olhe, todos nós não nascemos sabendo de tudo! Eu mesmo fui uma péssima kunoichi quando nosso time foi criado, mas eu me esforcei muito pra acompanhar seu touchan e seu tio Sasuke. Treinei bastante e com muita força de vontade, esforço e suor, consegui me tornar quem sou hoje. — A rosada menor escutava tudo admirada pelas palavras de sua mãe, que entregou outra kunai em sua mão. — Não desista de primeira, continue! Pois só assim vai conseguir fazer o que quiser! Você tem um sonho, não tem?

Hanami olha para Naruto e Shinachiku treinando e sorri ao ver o quanto ambos eram incríveis e desejou ser como eles no futuro, principalmente seu pai. Para ela, ter Naruto como Hokage era algo que a deixava extremamente feliz, pois entendia que o cargo dele era admirado por todo o mundo e ali tinha definido um novo sonho. Sendo assim, encarando novamente a Uzumaki mais velha e diz:

- Eu quero ser como otouchan! Quero ser Hokage como ele!

- Que incrível, amor. — Sakura arruma uma mecha de seu cabelo a arrumando com a presilha de flor de Sakura. — Fico muito feliz que tenha escolhido este sonho, assim como seu touchan também tinha!

- Otouchan queria ser Hokage também?

- Sempre quis. Desde de criança ele vivia dizendo que se tornaria Hokage... — A rosada ri se recordando de quando Naruto lhe contou sobre seu sonho a primeira vez, quando ainda eram crianças. — Ele conseguiu realizar esse sonho e é o nosso Nanadaime Hokage hoje! Tenho certeza que você também será um dia, Hanami.

- Então eu preciso treinar, Okaachan! — A rosada se ajeita a lança a kunai, dessa vez acertando ao lado do alvo, mas no tronco da árvore. — Quase!

Sakura se levanta e caminha um pouco para o lado, entregando as kunais e shurikens a filha que dessa vez treinava arduamente seu arremesso. Conseguia ver a determinação de Naruto nela e sabia que se tivesse a mesma força de vontade dele, iria ainda mais longe que ele. E era isso o que ela torcia internamente, pois confiava que essa geração iria superar a antiga e ser ainda mais forte que eles foram um dia.

Bem perto dali, Akira estava atrás de uma pequena moita observando o treinamento de Shinachiku. De certa maneira sentia uma pontinha de inveja de seu parceiro de time e via o quanto ele se dedicava para melhorar suas habilidades, e pensando nisso, talvez ele mesmo tinha que estar ainda melhor e dobrar seu treinamento com seu pai.

Sendo assim, ele sai dali após desativar o Sharingan, pois o utilizou após ouvir alguns barulhos vindo de longe e foi quando viu o treino dos Uzumaki. Retornou até a beirada do rio, onde estava Obito o esperando e que assim que o viu, perguntou:

- Onde esteve?

- Achei que tinha ouvido algo, mas... Não era nada...

- Pronto pra retomar o treino? — Pergunta o Uchiha animado por depois de tanto tempo, ter um pouco de tempo com seu filho.

- Claro. — Akira suspira profundamente. — Otousan, será que pode me ensinar alguma técnica nova?

- Poder eu posso, mas qual seria a necessidade?

- O exame chūnin está chegando e eu quero ser o melhor de todos! Quanto mais rápido eu me tornar um Chūnin, melhor será para que seja mais forte ainda! — O Uchiha menor diz motivado e apertando os punhos.

- Nunca tinha te visto assim antes. — Obito fica impressionado com a força de vontade dele e abre um sorriso. — Mas se assim deseja, vou te mostrar as melhores técnicas de ninjutsu!

- Perfeito, Touchan! Quero iniciar os treinos com seu segundo elemento.

- Técnicas de Raiton exigem um grande preparo, mas sei que pode dominá-las tão bem quanto eu. — Obito vai até uma mochila que estava no chão e retira dois pergaminhos de lá. — Então vamos começar?

- Hai!

Obito entrega um dos pergaminhos a Akira, que começa a ler tudo sobre o elemento Raiton e suas principais técnicas. Há poucos dias havia descoberto por acaso que era compatível com mais técnicas além de Katon, Fūton e Dōton, tendo uma grande afinidade com Suiton e Raiton e por conta disso teve treinos extensivos com Rin, que era adepta do Suiton, lhe ensinado vários jutsus desse elemento e melhorando ainda mais seu arsenal de ninjutsu.

Akira sabia que era um dos poucos gennin que tinha a habilidade de ter um fraco controle dos cinco elementos, mas conseguia executar algumas de suas técnicas. Suas habilidades estavam mais concentradas em Katon e Fūton, mas agora teria que se adaptar em novos elementos e faria seus treinos serem ainda mais pesados, pois queria mais do que tudo ser superior a qualquer um, mas principalmente, ser superior a Shinachiku.

...

Longe de Konoha, do País do Fogo e distante mar a dentro, estavam as ilhas que formavam o arquipélago do País da Água. Tendo cinco ilhas menores ao redor de uma central maior e onde se situava a capital daquela país, Kirigakure no Sato.

A grande cidade-aldeia era conhecia por todo o mundo shinobi como a “Capital do Turismo”, sendo um lugar perfeito para passar suas férias em família nos melhores resorts e hotéis do mundo, além de curtir as praias extremamente movimentas e navios cruzeiros que ficavam atracados nos portos.

Além de todo o turismo, Kiri também era conhecida por outro apelido: “A Capital do Militarismo”. Por ter as maiores fábricas e indústrias bélicas, ali também era bem reconhecida como um país quase impossível de ser invadido devido a alta segurança da área industrial e das áreas de turismo e lazer.

Com toda a certeza, aquela cidade-aldeia era uma das mais seguras para se viver, ficando lado a lado com Uzuiogakure, a capital do novo País do Redemoinho, que apesar de ser independente, teoricamente ainda fazia parte do País do Fogo mas tinha suas próprias leis e um líder, aliás, uma líder: Uzumaki Kohane.

Kumogakure e Konohagakure eram as outras cidades-aldeias mais seguras do mundo, levando em consideração que o nível militar de ambas era equivalente a 50% da aliança shinobi. Iwagakure e Sunagakure não eram tão fortes no quesito militar, mas em questão agropecuária, dava de dez a zero nas demais.

Com o passar dos anos, Kiri se tornou aos poucos um novo lugar. Se antes eram conhecida como “Chigiri no Sato” ou “Aldeia da Névoa Sangrenta” devido aos rígidos e sangrentos modos de um shinobi se formar, hoje era algo totalmente diferente e bem distante de sua fama antiga.

Os shinobis agora de Kiri tinham um novo tipo de treinamento, levando em consideração ao modo ensinado por outros países e isso tinha muita influência de duas pessoas em especial, a ex-Godaime Mizukage, Senju Mei e o Rokudaime Mizukage, e atual, Senju Idatte.

Quando a Mei assumiu o cargo de Mizukage pouco tempo depois da morte de Yagura, começou uma reforma em várias áreas administrativas da aldeia. Mudando cargos e pessoas deles, destituindo a sanguinária ANBU OININ e principalmente a forma como os novos shinobis eram treinandos. Dali em diante, Kiri começou a se abrir para o mundo e aos poucos os investimentos entraram, com a aprovação do conselho e do Daymō do País da Água.

Passou pela Quarta Grande Guerra Shinobi e vendo que iria ter que deixar o cargo, muito por conta de sua gravidez na época, pediu para que nomeassem seu marido, Idatte. E assim foi feito, com ele se tornando o Rokudaime Mizukage e iniciando uma nova era no País da Água.

O avanço da tecnologia fez com que a aldeia deixasse de ser apenas um lugar escondido entre a névoa densa do mar, para se tornar um cidade imponente e poderosa ao mundo. Indústrias bélicas, alimentícias e fábricas de vários tipos foram construídas, tornando por fim Kiri um lugar perfeito para a fabricação de armas e outros bens tanto militares, quanto alimentares.

Além disso, foi também construído o centro da Força Policial da Aliança Shinobi, tendo um grande quartel de treinamento e preparação para novos shinobis que quisessem ingressar nessa força especial formada e administrada pela aliança.

Ali foi também se tornando um país perfeito para turismo, tendo hotéis, restaurantes e shoppings construídos e aos poucos recebendo mais e mais turistas ano após ano. Convenceu até mesmo Kakashi e Mikura a se mudarem para lá para viverem em paz e longe de qualquer problema.

Idatte estava em seu escritório sentado em sua cadeira atrás da mesa enquanto lia o relatório escrito por Naruto sobre os trópicos que discutiram na reunião da aliança em algumas semanas. A sala do Mizukage era consideravelmente grande, tendo um pequeno espaço com dois sofás e uma mesa de centro, onde Idatte fazia reuniões informais com parceiros de negócios ou líderes de países.

Suas paredes eram brancas com faixas azuis, tendo um estante com vários livros de leis, de pesquisa e até mesmo os romances de Jiraiya. Havia também uma mesa com uma cafeteira automática, frigobar e até mesmo um micro-ondas, onde se esquentava suas refeições quando não tinha tempo para sair. Além disso, tinha um banheiro adjacente a sala e que era bem grande também.

Na parede da direita estavam os retratos dos antigos Mizukage, junto a um gancho onde estava pendurado o chapéu azul do líder do País da Água e a capa branca com azul de Idatte, que não a usava a bastante tempo, pois agora usava sempre uma capa negra com a escrita de “Líder da Aliança Shinobi” sobre os ombros.

Num canto estavam as três típicas bandeiras que representavam Kirigakure, sendo azul com o símbolo da névoa em branco, a bandeira do País da Água, sendo branca com duas faixas azuis e o símbolo Kanji ao centro e por fim a bandeira da Aliança Shinobi. Ter aquelas bandeiras representando sua aldeia e país era algo que todos tinham, quase que obrigatório.

O Senju não negava estar cansado de lidar com tantos assuntos que envolvesse não só Kiri, mas também o mundo todo. Pensou seriamente em entregar o cargo como Mizukage para assumir definitivamente o de líder da aliança, mas isso era algo que mudaria drasticamente sua rotina, tendo até mesmo que se mudar de Kiri para o Templo da Aliança, onde ficava o escritório e a residência do líder, porém as obras ainda não estavam concluídas e demoraria algumas semanas pra tudo ficar pronto.

Ouviu batidas na porta e abaixando a pasta autorizou a entrada, logo vendo a cabeleira ruiva de sua esposa adentrar sua sala. Deixou a pasta sobre a mesa e passou suas mãos no rosto tentando acordar enquanto Mei se aproximava com um recipiente com dois copos e um vasilha.

- Não voltou pra casa ontem. — Dizia a ruiva se sentando enquanto colocava as coisas sobre a mesa. — Poderia ter pelo menos mandando uma mensagem.

- Me desculpe, amor. Eu tive que ler e escrever tantos relatórios que perdi a noção de tempo. — Idatte pega um copo e dá um longo gole, se deliciando com o café doce. — Arigatō, eu precisava disso.

- Mayka me perguntou se poderia vim te ver hoje. Prometeu a ela que a levaria no parque.

- Eu sei, me desculpe mesmo! — O moreno se levanta retirando sua capa e deixando o copo sobre a mesa. — Eu vou tomar um banho e vou pra casa pra buscá-la. — Dizia isso enquanto rumava para o banheiro de seu escritório, onde já tinham algumas peças de roupas prontas pra emergências. — Só me dê cinco minutos!

Mei assente dando um longo suspiro cansada. Seu casamento não era a mesma coisa de antes, Idatte não se dedicava tanto a família e isso a deixava cansada, já que tinha muitas responsabilidades em casa e também como sua assistente pessoal. Mesmo que as coisas não fossem bem, ela ainda o amava profundamente e nunca pensou na possibilidade de divórcio, já que não imaginava vivendo uma vida onde o moreno não estivesse junto.

Enquanto pensava nisso, viu quando Inay e Ikay entraram na sala de maneira rápida e desesperada. Ambos os gêmeos eram os filhos de Mei e Idatte, tendo 16 anos e sendo os guarda-costas oficiais de seu pai. Enquanto a garota tinha cabelos pretos iguais a de Idatte, Ikay tinha cabelos ruivos como de sua mãe, sendo uma pessoa bem caridosa e boa com as demais. Diferente de Inay, que era mais fechada para o mundo e quase sempre estava de mal humor, até se dizia ser uma garota “punk”.

- Cadê o Otousan?! — Pergunta Inay em um tom que Mei conhecia bem e por isso já se levantava preocupada.

- Está no banho. O que houve?

- O laboratório de armas de Kiri foi atacado! — Ikay diz indo até a porta do banheiro e dando algumas batidas. — Touchan, precisamos falar com o senhor!

Poucos segundos depois Idatte saiu já vestido e percebeu o clima tenso que ali estava. Ambos contaram o que havia acontecido e que os criminosos haviam deixados alguns feridos, porém não tinham qualquer noção para onde eles haviam fugido. Era quase que estivesse invisíveis, pois nem mesmo rastros deixaram.

- Mande uma equipe médica até o lugar e retire todos de lá de dentro. — O Mizukage caminha até sua capa a colocando nos ombros. — Ikay, avise a ANBU para começar um rastreio por toda a cidade! Se for necessário, feche os portos e qualquer meio de transporte que dá pra sair da ilha! — O garoto assentiu saindo dali. — Mei, peça ajuda a Konoha por dois times, um de rastreio e um de combate. Vamos precisar de toda ajuda possível.

- E quanto os shinobis de Kiri? — Inay pergunta confusa pelo pai ter pedido ajuda a outro país.

- Se esqueceu que muitos estão em missão fora da ilha? Os outros quero se juntem as equipes de busca para encontrar os bandidos! — Inay assente pegando seu comunicador para avisar a patrulha. — Me acompanhe.

- Onde vai? — Mei o questiona, vendo-o para na porta e a olhar através dos ombros.

- Tentar resolver isso! Inay, vamos!

Ambos os Senju saem da sala enquanto Mei vai até a cadeira de Idatte, se sentando ali e pegando telefone para ligar primeiro para casa e avisar a Mayka sobre a mudança de planos e depois ligou para Naruto, lhe passando todas as orientações que Idatte havia pedido e que foi prontamente aceito pelo Hokage, que rapidamente pediu a ANBU que localiza-se o time 7 e o time 9.

...

Em Konoha, Shinachiku junto a seu time e também o time 9 e time 10 estavam em uma lanchonete almoçando juntos. Era comum que todos eles saíssem juntos e até em um grupo maior, com o time 6 e 8 incluídos, mas com Yasuki no hospital e o outro time em missão, ficava ainda mais difícil reunir a todos como nos tempos da academia.

Por estarem sem missões no final de semana, o grupo se reunia para conversar e até mesmo fazer alguma atividade, como ir ao parque de diversões que havia em Konoha, ou ir cinema ou o shopping. Típicas diversões de pré-adolescentes para que não ficassem atoa durante um final de semana inteiro.

- Tô dizendo cara, aquele filme vai ser irado quando sair! — Metal Lee falava animado enquanto bebia um gole de seu refrigerante. — Kai Toki é um dos melhores atores de todo mundo na arte do taijutsu!

- Sem essa! Os últimos filmes dele foram horríveis! — Kasumi diz balançando a cabeça e fazendo todos rir. — Prefiro os filmes românticos com a Kata Ryo.

- Coisa de menininha! — Lee faz um beiço e faz todos rir, enquanto Kasumi revirava os olhos.

- Uma coisa a gente tem que combinar... — Shinachiku diz chamando a atenção de todos. — Os filmes que vão ser lançados no mês que vem vão ser de arrasar!

Todos concordam tocando na mão um do outro. De repente um ANBU surge através de uma cortina de fumaça, assustando a todos que estavam sentados nos bancos no lado de fora e fazendo até mesmo Lee derramar seu copo de refrigerante no chão.

- Time 7 e Time 9, o Hokage solicita a presença imediata de vocês no escritório!

Sem antes que dissessem algo, o ANBU desaparece através da mesma técnica que havia aparecido. Sem entender muita coisa, Shinachiku olha para Akira e Ayumi que entendem e após se despedirem dos demais, ambos os times caminharam juntos até o Edifício Hokage. Não esperavam uma missão em pleno fim de semana, mas não poderia negar aquilo, ainda mais sendo recentes gennin e que qualquer missão poderia melhorar seus históricos.

Chegando a sala do Hokage, os times adentram o lugar e viram que seus senseis já estavam lá e recebiam orientações de Naruto, que tinha um semblante bem sério e até mesmo Sasuke estava em pé ao seu lado. Shinachiku logo se pôs a frente dos demais e fazendo uma breve reverência, diz:

- Mandou nos chamar, Touchan?

- Hai! Sei que este é o final de semana de descanso de vocês, mas lhes convoquei para uma missão muito importante! — Naruto ajeita-se na cadeira e coloca ambos os cotovelos sobre a mesa, entrelaçando dos dedos. — O laboratório de armas de Kirigakure foi atacado e de lá foram levados protótipos de armas e equipamentos que estavam sendo desenvolvidos para ser usado pela aliança. O Mizukage pediu a nossa ajuda, pois muitos de seus shinobis estão fora da ilha em missões e a ANBU foi encarregada de proteger a cidade! Ele pediu que dois times fossem mandados, sendo um de rastreio e um de combate. Levando em consideração que o time 10 acabou de voltar de missão, enviarei o time 9 como um time de rastreio por conta do Byakugan de Mahina-chan e da detecção de Kasumi-chan. — Ele se levanta indo até a frente deles. — Conto com vocês para resolver essa questão e fortalecer ainda mais nossos laços com Kiri! Boa sorte.

- Mas a viagem até a ilha leva dois dias de navio. — Ayumi diz pensando que se fosse por urgência, não teria como chegar rápido lá.

- Não se preocupem com isso. Sasuke abrirá um portal para Kiri e estarão lá instantaneamente! Obedeçam às ordens de seus senseis. É isso.

Naruto se vira para Sasuke que assente ativando seu Rinnegan Supremo no olho esquerdo, fazendo os tomoes girarem e um portal surgir atrás dos shinobis de Konoha, que ficam surpresos por aquilo. Agora acreditavam nas histórias que o povo dizia sobre o Uchiha ser tão poderoso quanto o Hokage.

Os times passam pelo portal aparecendo bem a frente do Edifício Mizukage e vendo que estavam um grande deserto ali, bem diferente da grande movimentação que Kiri estava acostumada a ter por todos os lugares.

- Certo, iremos falar com o Mizukage e receber suas orientações. Depois vamos seguir para onde formos mandados, entendidos? — Konohamaru diz a frente dos demais, que assentem.

Eles seguem prédio adentro e notam que quem estava no escritório principal era Mei, não Idatte. A ruiva passa as orientações e também entrega equipamentos ninjas que o Hokage tinha solicitado antes, já que pelos dois times estarem de folga, nenhum tinha seus próprios equipamentos.

Após serem informados para onde cada time iria, eles se dividem com o time 7 seguindo até a área onde ficava os outros laboratórios e ali fariam a segurança do local. Já o time 9 foi até onde Idatte estava e junto a ANBU do País da Água, Mahina e Kasumi começaram a ajudar no rastreio dos criminosos, com Metal Lee preparado para qualquer combate que poderiam ter.

...

No laboratório, Idatte estava junto a Nayate, o chefe geral do desenvolvimento de armas e equipamentos shinobis de Kiri e que também prestava serviço a aliança shinobi. Junto a eles estavam um grupo da ANBU e da Força Policial da Aliança, que já havia recolhido o depoimento e todas as informações sobre o que havia sido levado.

O Mizukage estava bem sério ao notar que a segurança de sua aldeia, antes tão bem elogiada, havia sido rompida de maneira fácil e sem qualquer dificuldade, levando coisas que seria de extrema importância para a aliança.

- Pode dizer como eles eram? — O chefe da ANBU questionou Nayate, que estava sentado em uma cadeira em frente ao demais.

- Levaram dois protótipos de armas, sendo um canhão de chakra e uma arma de mão de chakra também. — Nayate diz dando um suspiro. — Os outros equipamentos não estavam prontos, mas o que era mais importante era um equipamento capaz de emitir qualquer tipo de ninjutsu ou genjutsu, até mesmo Kekkei Genkais.

- E isso poderia ser usado pra que?

- Pra várias finalidades, mas por não estar completo, pode não funcionar. Mas poderia ser vendido no mercado negro e custaria milhões de ryō se fosse vendido ao comprador certo.

- Isso é ruim. — Idatte diz cruzando os braços. — Tudo bem, Nayate-san, agradeço o depoimento. Pode ir pra casa, mandarei um equipe vigiar sua residência. Tenho a impressão que eles podem acabar voltando pra lhe atacar.

- Arigatō, Mizukage-sama.

Nayate se levanta e fazendo uma reverência sai dali acompanhado com o chefe da ANBU, ficando apenas Idatte e um dos agentes da força policial. O Senju observa o lugar totalmente revirado e não acredita que aquilo havia acontecido bem debaixo de seu nariz, sendo que os laboratórios eram algo impossível de ser invadido.

- Avise as outras aldeias sobre isso. Tenho certeza que não existe apenas esses mercenários por aqui, então é melhor que todos fiquem alertas sobre possíveis ataques.

- Entendido.

O agente sai junto ao Mizukage até a saída principal do laboratório, onde já estavam alguns repórteres e pessoas curiosas, que já foram dispersas com a ajuda de outros agentes da força policial. Idatte suspira profundamente e pega no bolso de sua calça um pequeno cantil prateado, o abrindo e bebendo um gole do whisky que havia ali dentro.

- Isso pode te fazer muito mal, filho.

Idatte abre um sorriso ao ouvir aquela voz e ao se virar para o lado vê Jiraiya encostado na parede com os braços cruzados. O grisalho agora tinha o cabelo um pouco mais curto e preso em um coque alto, deixando algumas mechas soltas nos ombros. Igual Tsunade, não havia envelhecido muito, pois usava da mesma técnica da loira para ficar jovem e Idatte sempre dizia que aquilo não era justo, já que enquanto outros ganhavam rugas e cabelos brancos, ambos estavam jovens e plenos.

- Que surpreso vê-lo aqui, Jiraiya-sensei. — O moreno estende o cantil para o sennin, que recusa.

- Não posso beber. Tsunade odeia meu bafo quando eu fico bêbado, então acaba cortando o clima na cama.

- Tá, eu não precisava saber disso! — Idatte guarda o cantil fazendo uma cara de nojo. — Ela é a minha Okaasan.

- Eu sei. — O velho ri coçando a nuca enquanto balançava a cabeça. — Tsunade parou de beber e pelo visto você acabou pegando o vício, não é?

- Me alivia um pouco. — Ele pega um maço de cigarro e acende um usando um isqueiro personalizado que havia ganhado de Darui. — Assim como fumar.

- Está bem diferente da última vez que nos vimos. Parece... Cansado.

- Sempre estive pelo visto. — Idatte dá uma tragada e solta a fumaça em seguida. — O que faz aqui em Kiri? Okaasan não disse que viria.

- Vim para uma convenção de escritores, a convite da minha editora. Mas pelo jeito você nem sabia que isso estava acontecendo, né?

- Ando tão ocupado com tantos assuntos, que me falta tempo até pra voltar pra casa.

- Eu sei. — Jiraiya se aproxima tirando o cigarro da mão do moreno e jogando no chão, pisando em seguida para apagá-lo. — Creio que a vida como Mizukage e líder da aliança não seja nada fácil.

- Isso é falta de educação, sabia?

- Vai por mim, estou salvando sua saúde. — O sennin diz colocando a mão sobre o ombro de seu enteado. — Eu soube o que aconteceu aqui, o ataque aos laboratórios. Precisa de ajuda?

- Vinda de você, toda a ajuda é bem vinda, sensei.

- Ótimo! Vamos indo até um restaurante, porque eu ainda não almocei e enquanto isso me conte os detalhes do que houve.

Idatte apenas ri e acompanha Jiraiya saindo do complexo e indo em direção ao centro da cidade. Sentia falta de alguém para conversar e tendo seu antigo sensei contigo, poderia te mesmo desabafar sobre sua vida sem qualquer problema. Já que nada estava nos trilhos, estava na hora de alguém lhe ajudar a retomar ao normal.

...

Já haviam se passado algumas horas desde que ambos os times de Konoha haviam chegado. Enquanto o time 7 se mantinham em posição para proteger o outro laboratório, o time 9 ainda estava no rastreio pelos mercenários que haviam atacado anteriormente, com Mahina e Kasumi ajudando os ANBU de Kiri.

Porém nada haviam encontrado, nem mesmo pistas que pudessem levar a localização deles. Após fazer mais uma varredura, voltaram ao Edifício Mizukage e encontraram lá Shinachiku e seu time, que tinham sido substituídos por outro time na troca de turno.

- Encontram algum coisa? — O loiro perguntou se aproximando de Kasumi, que apenas balança a cabeça negativamente.

- Não, nada! Parece que esses bandidos viraram pó! Nem mesmo deixaram algum rastro.

- Isso é bem estranho. — Ayumi diz surpresa. — E o que vamos fazer agora?

- Acho que receberemos novas ordens do Mizukage. Mas por hora, vamos ter que esperar.

Akira se mantinha pensativo em um canto enquanto ouvia a conversa dos demais. Achava bem estranho o fato do ataque ter acontecido daquela maneira, com os bandidos entrando em um lugar protegido e depois sumirem do nada. Ele tinha certeza que algo estava errado e que necessitava de explicação.

Ele se aproxima de Shinachiku e Ayumi os chamando para um canto, com uma leve desconfiança do loiro, que achava bem estranho seu companheiro de time querer conversar em particular com ele, mas aceitou sem dizer nada.

- Vocês dois não acham isso bem estranho?

- Isso o que? — O Uzumaki perguntou confuso, fazendo Akira revirar os olhos.

- Toda a situação! Os bandidos, mercenários, sei lá o que, terem entrado naquele laboratório e depois saído como se fosse nada! — O Uchiha olha para os lados vendo que Konohamaru e os outros estavam entretidos em uma conversa com Chōjūro.

- E-Eu também p-pensei nisso. — Ayumi diz cruzando os braços um pouco tímida. — Tem alguma ideia de como fizeram isso?

- Ainda não. Mas precisamos investigar!

- Akira-kun, não podemos agir assim sem permissão de Konohamaru-sensei!

- Se não fizermos nada, vamos ficar aqui até a eternidade!

- Tenho que concordar com ele. — Shinachiku diz depois de ficar em silêncio enquanto pensava. — Ayumi-chan, nós podemos ajudar mais do que já estamos agora!

A Uchiha olha para os demais e vê Mahina se aproximar junto ao restante de seu time. E logo Kasumi diz que os ouviu e também queria ajudar, já que mesmo depois de tanto esforço rastreando os bandidos, não encontraram nada.

Akira pensa por um instante e aceita a ajuda deles, com a condição de que um deveria ficar para atrasar Konohamaru e Hanabi, assim dando tempo para os demais investigar. Metal Lee se oferece dizendo que faria isso com o poder da juventude, arrancando risadas de Ayumi e Mahina, fazendo Kasumi e Akira revirar os olhos.

Sendo assim, os demais saem dali enquanto Lee tenta distrair sua sensei e Konohamaru da sua maneira. Tinha que ganhar o maior tempo possível pra seus amigos, e ele era especialista em ganhar alguma atenção de qualquer pessoa.

...

Em um lugar bem distante dali, estavam reunidos três mercenários e os responsáveis pelo ataque aos laboratórios de Kiri. Junto a eles estavam duas pessoas, vestidas quase igualmente como Kenichi e Taki com a exceção de sua capa ser azulada. Todos eles estavam em uma espécie de fábrica abandonada, pois havia muitos entulhos e lixos por todos os lados além de paredes quebradas, o que deixava a chuva entrar com facilidade.

Aqueles dois também eram uma dupla da Reddorōtasu, sendo que atuavam no País da Água com ordens diretas de Yatemy. Não eram apenas eles que existiam pelo mundo, mas várias outras duplas atuavam em cada parte do mundo e Kenichi e Taki atuavam no País do Fogo, sendo as pessoas responsáveis por observar toda e qualquer atividade que aconteciam ali.

- Pela primeira vez vejo que cumpriram sua parte do trato. — Diz Mitake, que era um dos que estava com a vestimenta azul da Reddorōtasu, que estava ao lado de sua parceira. — Agora só falta dizer onde estão os equipamentos.

- Eles estão no nosso esconderijo, seguros. — Diz um dos mercenários sentado em um monte de pedras empilhadas. — Vamos esperar a poeira baixar, pra aí sim, podermos lhes entregar tudo conforme o trato.

- Só espero que não estejam pensando em vende-los no mercado negro. — Ohorya, parceria de Mitake, diz encarando o mercenário.

- Não somos idiotas a ponto de desafia-los. Reddorōtasu é gigantesca comparada a meros mercantes como nós, Ohorya-san. — A mulher diz fazendo uma breve reverência. — Só precisamos de tempo para lhes entregar o prometido.

- Tudo bem. Acho que vocês tem alguma razão, já que notamos um aumento do número de ANBU e agentes da força policial da aliança pelas ilhas adjacentes do País da Água. — Ohorya caminha observando o lugar enquanto Mitake se mantinha em silêncio. — Vamos recuar por enquanto, não queremos ter o risco de sermos descobertos por eles, ainda.

- E pra onde irão?

- Isso não é da conta de vocês! Mas apenas saiba, que ainda estarão sendo observados, então nem pensem em dar pra trás no acordo!

- Entendido, Ohorya-san.

Ela olha para Mitake, que assente sai dali caminhando junto a ela, colocando o capuz e usando o aparelho de pulso desaparecem em meio a chuva que caía fora da fábrica abandonada. Os três mercenários se encaram e um dos homens balança a cabeça negativamente enquanto passava a mãos nos cabelos loiros.

- Não deveríamos estar fazendo isso com eles! — O loiro diz com um certo receio. — Desafiar a Reddorōtasu é assinar um tratado de morte!

- Fique calmo, Fiky. — Diz o homem ao lado de sua parceira. — Estamos fazendo isso pelo bem da nossa própria sobrevivência! Se esqueceu que o financiamento deles não dá pra porcaria nenhuma?

- Eu não sei não...

- Fiky... — A mulher se aproxima colocando a mão no ombro do loiro. — Confie em nós, você sabe que sempre estivemos ao seu lado, não é? — Ele assente abaixando a cabeça. — Então vamos fazer a coisa certa e quando menos esperar, estaremos em Yugakure curtindo as fontes termais!

- Tudo bem, arigatō.

A mulher sorri e volta até seu parceiro, que lhe diz que para seguir para o esconderijo e guardar os equipamentos enquanto ele e o outro ficariam pra ganhar tempo dos ANBU e agentes. Ela assente e dá um beijo nele, saindo dali em seguida, deixando pra trás seus dois parceiros de negócios que logo vão pelo outro lado para ganhar o tempo.

...

Em Kiri, Shinachiku junto a seu time e Mahina e Kasumi estavam reunidos na principal praça da aldeia, onde ficava o monumento em homenagem aos Mizukage. Haviam ido pra ali para pensar em um plano de investigação do ataque, e por conta disso Akira e Mahina conversavam bastante em uma maneira de encontrar os mercenários.

O Uzumaki agora estava mais atento ao que seu parceiro havia lhe contado, principalmente achando estranho o fato do sumiço dos bandidos sem qualquer evidência deixava pra trás. Ele sabia que isso era impossível, dado o fato que ocultar o chakra por tanto tempo era bem complicado, porém não impossível.

- Acho que sei o que pode ter acontecido. — Shina diz chamando a atenção de seus amigos.

- O quê? — Kasumi pergunta um pouco impaciente pela demora na resposta do loiro.

- E se, alguém aqui dentro da aldeia os ajudou?

- Como assim?

- Sabe, alguém pode ter facilitado o acesso aos laboratórios e encobrindo a fuga deles depois! — Shinachiku se levanta do banco onde estava sentado e caminha de um lado para o lado pensativo. — Não acham que isso explicaria o fato de que ninguém viu eles saindo após o ataque?

Todos ficam em silêncio enquanto analisavam aquela questão imposta pelo Uzumaki. Akira dá um longo suspiro concordando com ele, porém sem dizer nada. Ayumi também concorda e se levanta também de onde estava sentada, logo perguntando:

- E quem poderia ajudar os bandidos?

- Resta a gente saber quem estava no laboratório no momento do ataque! — Kasumi diz de uma maneira motivada. — Como faremos isso?

- Eu soube que o chefe do laboratório estava lá no momento do ataque. — Mahina diz coçando o queixo pensativa. — E se a gente falasse com ele?

- Assim, de maneira direta? — Ayumi pergunta curiosa.

- Por que não? A não ser que ele tenha algo a esconder de nós! — Akira diz e todos concordam. — Então vamos até a casa dele.

- Hai!

Dito isso, todos saem dali indo em direção a casa de Nayate. Tinham várias perguntas para ele e mesmo que não tivessem autorização para fazer isso, deveriam resolver essa questão de suas próprias maneiras. Akira estava bem curioso com isso e sabia que algo estava errado no ataque, mas em breve iria descobrir o que era.

Não demorou até que ambos os times chegassem a residência do renomeado diretor do laboratório de Kiri. Viram de longe que a casa estava sendo protegida por seis ANBU espalhados por vários os lados e isso fez Akira pensar em como entrariam ali sem serem vistos.

- Vamos ter que nos separar e apenas dois entraram na casa. — O Uchiha diz encarando os demais, que assentem.

- Eu vou com você. — Mahina diz se posicionando ao lado do moreno. — Vocês tentem não chamar a atenção! Voltaremos bem rápido.

- Hai.

Akira e Mahina saem juntos enquanto Shinachiku, Ayumi e Kasumi ficaram distantes escondidos em um beco. Eles sabiam que se fossem pegos por um ANBU, todo o plano de investigar por conta própria iria por água abaixo e então deviam tomar bastante cuidado. Shina reconhecia que seu companheiro de time era ótimo em ser “invisível” em confiava que voltaria com alguma pista da invasão.

Ambos se esgueiraram silenciosos por alguns arbustos e chegaram até o jardim que havia atrás da casa. Ali havia um ANBU sozinho e Akira fez um sinal para Mahina, que entendeu o recado e ficou atrás de si. Logo o Uchiha ativou seu Sharingan e surgiu a frente do homem mascarado, que antes que fizesse ou dissesse algo, foi pego em um genjutsu muito forte feito pelos olhos lendários dos Uchiha e assim caiu desacordado no chão.

Eles passam pelo corpo do homem e adentram na casa através de uma janela que estava aberta na cozinha. Caminharam escondidos por um corredor e Mahina rapidamente ativou seu Byakugan, vendo que Nayate estava no quarto, no andar superior. Andaram devagar até a sala e conseguiram ver que estava vazia, mas uma coisa chamou a atenção de Akira.

Haviam várias fichas com papéis espalhados por todos os lados, além do que parecia alguns tubos de ensaio com líquidos de várias cores.

- O que é isso? — O Uchiha se perguntou chamando a atenção de Mahina, que foi até ele olhando os tubos e papéis. — Eu sei que esse cara é cientista, mas pra que trazer trabalho pra casa?

Akira pega uma ficha e vê que eram detalhamento dos equipamentos roubados, além de manuais de instruções das armas. Ele estranha o fato daquilo estar com Nayate e tinha quase a certeza que ele estava envolvido de alguma forma, porém quando se vira para falar com Mahina, ele vê que ela estava sendo agarrada pelo cientista que a segurava em um mata-leão.

- Vocês são enxeridos demais! — Diz Nayate com um olhar sério e sombrio. — Não deveria estar aqui.

- Então é verdade. — O Uchiha deixa a ficha sobre a mesa e saca uma kunai encarando o homem. — Está envolvido com o ataque! Seu desgraçado!

No momento em que Akira dá um passo a frente, Nayate saca uma espécie de revólver e dispara uma cápsula prateada que continha uma agulha, que acerta o ombro do garoto. Ele sente uma leve tontura e antes que falasse algo, acaba caindo no chão desacordado. Mahina tenta gritar, mas o cientista ejeta uma agulha no pescoço da garota, que acaba desmaiando também.

Nayate a solta e guarda a arma e a seringa no bolso, pegando uma espécie de celular e digitando algumas coisas, fazendo uma ligação.

- Me encontre no esconderijo, tomem cuidado!

Ele desliga o celular e olha para os dois shinobis caídos no chão e dá um longo suspiro. Quase havia sido pego e não poderia vacilar mais, tinha que dar um fim neles e achar uma maneira de resolver aquele problema antes que fosse descoberto por mais alguém.

...

Haviam se passado algumas horas desde que Akira e Mahina haviam entrado na casa de Nayate, Shinachiku e os demais ficaram no mesmo lugar aguardando o retorno de seus amigos, mas isso não aconteceu depois de meia hora e deixou a todos preocupado, principalmente depois que o cientista saiu de casa e foi acompanhado pelos ANBU.

O Uzumaki pediu para que Ayumi e Kasumi ficassem ali enquanto ele seguiria o outro para saber aonde iria e ambas concordaram com aquilo. O seguiu por alguns lugares e percebeu algo de estranho nisso, pois em certo momento Nayate se distanciou dos guardas e seguiu por um caminho que passava por um parque natural, sumindo de vistas assim que passou por um matagal.

Achando estranho demais aquilo, voltou até a casa do cientista e alertou Ayumi para avisar Konohamaru e Idatte, mesmo que isso quebrasse aquela investigação secreta deles. E assim todos rumaram para o Edifício Mizukage com a esperança de avisar ao líder do País da Água sobre as atitudes suspeitas de Nayate, porém eles foram encurralados pelos mesmos ANBU que faziam a guarda dele e antes mesmo que fizessem algo, foram acertados com tranquilizantes e assim ficaram desacordados, sendo levados pelos “agentes” da ANBU para o esconderijo do cientista.

...

Akira acordou aos poucos sentindo uma forte dor de cabeça, além de ter seus braços e pernas dormentes e uma dor infernal por todo o corpo. Abriu os olhos devagar e conseguiu ver o lugar onde estava. Parecia ser uma espécie de laboratório escuro e bem rústico, com paredes de pedras e que haviam várias plantas presas nela. Também tinham algumas mesas e prateleiras com tubos de ensaio e equipamentos médicos bem modernos, além de um quadro com várias anotações científicas.

Olhou ao redor e viu que estava amarrado em uma coluna, com ambas as mãos e pés amarrados com uma corda. Notou que alguém estava do outro lado e tentou chamar por ela, mas apenas ouviu murmúrios, como se a pessoa estivesse com a boca coberta.

Rapidamente começou a pensar em diversas maneiras pra sair dali, pensando até mesmo em usar seu Sharingan mas antes que ativasse a linhagem sanguínea, ouviu a voz de Nayate:

- Eu não faria isso se fosse você. — O cientista apareceu vindo do lado do fora da sala e dessa vez acompanhando dos mercenários que atacaram os laboratórios. Aquilo fez o Uchiha apertar os punhos com raiva enquanto encarava o homem, que tinha um sorriso bem frio nos lábios. — Se ativar seu dōjutsu, fará com que o soro paralisante que apliquei em você aja mais rápido e o cegará antes que tenha tempo de pensar!

- Mas que porra você pensa que tá fazendo?! Por que ajudou no ataque ao laboratório?!

- Oh, isso é bem simples. — Nayate se aproxima da mesa, pegando um estojo com vários frascos. — Tudo que fazemos hoje em dia, fazemos por dinheiro! Pensa que é fácil ter um financiamento para realizar minhas pesquisas?

- Pesquisas?

- Sim, muitas. — Ele pega uma seringa e retira o líquido transparente que havia em um frasco. — Tenho vários planos em mente e não poderia realiza-los sem que tivesse alguns milhões de ryōs, e bem, aqueles equipamentos e armas vendidas nas mãos certas darão um grande retorno!

- Que tipo de pesquisas são essas?

Akira tentava extrair o máximo de informações que pudesse. Aprendeu que quanto mais o “bandido” falasse, mais tempo ganharia para que a ajuda chegasse.

Sabia que Shinachiku e os demais iriam notar a ausência sua e de Mahina, porém seus planos acabaram sendo frustrados ao vê-los sendo carregados por duas pessoas novas que adentram a sala, carregando o Uzumaki e Ayumi nos ombros enquanto Kasumi era carregada por outro.

- Pensei que pudesse criar novas armas a partir do uso de chakra das pessoas, fazendo assim algo que substituísse aos poucos o uso de jutsus. — Nayate vai até Akira, aplicando o líquido em seu pescoço com cuidado. — Com essas armas, venderia para a aliança por milhões de ryō, me fazendo a pessoa mais rica de todo o mundo! Mas pra que tivessem alguma base, precisaria estar em um laboratório onde tivesse os projetos, então cá estou! Sendo chefe de desenvolvimento de armas de Kirigakure e da aliança shinobi, mas roubando tudo que tenho ao meu alcance!

- Isso é muito antiético, sabia?

- Você falar de coisas antiéticas? Muito engraçado. — O cientista dá uma longa risada voltando até a mesa e deixando a seringa. — Os Uchiha costumam ser bem antiéticos, inclusive começando uma guerra sem sentido para que todos tivessem uma “falsa liberdade” no Mugen Tsukuyomi. — Ele vai até um armário e o abre, pegando algumas maletas e entregando aos mercenários, que agradecem saindo do lugar. — Eu posso odiar a aliança shinobi, mas pelo menos impediram dois psicopatas como Obito e Madara de destruir o mundo.

- Não fale assim do meu otousan! — Akira grita deixando a raiva lhe tomar. — Ele não é o que pensa!

- E o que ele é? Agora que misteriosamente voltou a vida, age como uma pessoa “boazinha”? Ele deveria ter ficado morto, assim como aquela vadia da Nohara!

Akira tenta se soltar, mas aos poucos começa a perder os sentidos e tudo se embaça na visão. Nayate se aproxima dizendo que o soro estava fazendo efeito e em alguns segundos o Uchiha não lembraria de nada que aconteceu ali, mas ele não poderia fazer desmaiar daquele jeito. Ativando o Sharingan, ele pôde ver e sentir uma grande quantidade de chakra se aproximando daquele lugar e abriu um sorriso de lado, deixando Nayate surpreso pelo menor não ter desmaiado e ainda sorrir daquela maneira.

- Mas o quê?!

De repente as paredes são quebradas por vários galhos de árvores, que tentam agarrar Nayate, mas o mesmo usa do aparelho do pulso para criar um escudo ao redor do corpo. Ele aciona outro botão e uma labareda de fogo consegue queimar os galhos bem rapidamente, dando tempo do cientista correr até um rádio e alertar os bandidos, pegando uma maleta e saindo do laboratório em seguida.

Akira tenta se soltar novamente, mas devido as cordas presas em si estarem bem fortes, não consegue sair do lugar. É quando vê Konohamaru e Hanabi adentrarem o laboratório e irem até eles, os ajudando a se soltar.

- Chegou na hora certa, sensei!

- Apesar de estar muito bravo com vocês, fico aliviado que estejam bem! — O Sarutobi diz o desamarrando. — Teremos uma conversa bem séria depois!

- Sensei, o cientista chefe ajudou...

- Sim, nós sabemos! Jiraiya-sama e Idatte-sama descobriram isso enquanto investigam. Agora não temos tempo pra conversar, esse lugar vai se auto explodir e temos que sair daqui logo!

O Uchiha assente e corre até Ayumi e Shinachiku, os acordando e contando o que havia acontecido. Com todos já parcialmente recuperados, eles saem dali passando por um extenso corredor e chegando até a saída, que ficava escondida atrás de uma cachoeira e de onde ouviam grandes explosões e barulhos.

Lá fora, Idatte e Jiraiya estavam distantes encarando Nayate e os mercenários lado a lado, com eles carregando os equipamentos e armas roubadas. O Mizukage estava desapontado por ter confiado anos de desenvolvimento em Nayate, que foi um amigo quando se tornou o líder de Kirigakure e que agora não passava de um bandido que roubava para vender no mercado negro.

- Estranho pensar que um amigo se tornou um tipo de pessoa que tenho nojo. — O moreno dizia enquanto tentava se manter calmo. — Só me responda uma coisa. Por que?

- Isso é bem simples, Mizukage-sama. — Nayate larga a pasta que carregava e a abre pegando outros relógios como o seu e entregando aos mercenários. — Por dinheiro e sucesso!

- Poderia ter isso ainda sendo alguém honesto!

- Não! Eu nunca poderia ter sendo um subordinado de você! — Ele suspira massageando a têmpora. — Não é a mesma coisa.

- Então por isso traiu a nós? Por alguns trocados?

- Não é só por isso. Mas não é ruim ter um dinheiro bom pra gastar em pesquisas e luxos.

- Vazou projetos para outras pessoas?

- Bem, talvez um pouco. Na verdade, eu vendi boa parte deles para um cliente bem especial, chamado Reddorōtasu!

Idatte arregala os olhos surpreso por conta daquilo. Já tinha ouvido falar da Lótus Vermelha através de investigações feitas por agentes infiltrados da força policial da aliança, descobrindo o que era aquela organização que trabalhava escondida até então, mas nunca achou que eles pudessem se revelar como alguma ameaça. E bem, ele estava bem errado.

- Impossível!

- Acredite, Mizukage-sama. Nada hoje em dia é impossível e o senhor sabe bem disso. — Nayate volta a pegar sua maleta e se coloca atrás do mercenários, que se põem em posição de combate. — Gostaria de ficar um pouco mais, mas tenho hora marcada com uma pessoa.

Ele aciona um botão de seu equipamento de pulso e começa a ficar invisível, e nesse momento os mercenários atacam o Mizukage e Jiraiya, que são defendidos por Inay e Ikay, além de um time de ANBU. Idatte faz um selo de mãos e usa uma técnica de Mokuton para criar galhos e assim atacar os outros, mas eles são queimados pelos equipamentos de pulso dos mercenários, que saltam pra trás ganhando distância.

- Não será fácil nos vencer, Mizukage. — O líder deles diz pegando uma espécie de canhão de uma das maletas do chão. — Lhe apresento a revolução!

Ele dispara uma rajada de energia que continha vento, fogo e raios, destruindo tudo até chegar em Idatte, que faz uma barreira de energia negra surge a sua frente em questão de segundos. Inay guarda sua espada na bainha das costas e faz uns selos, usando uma técnica de Suiton e criando um denso nevoeiro no lugar e ocultando o chakra de todos.

Ikay olha ao redor e faz um selo, criando um Moku Bunshin e o fazendo sair dali escondido para rastrear Nayate. Jiraiya sente o chakra dos dois times de Konoha e corre até eles para lhes alertar, porém assim que surge na visão dos mercenários, a mulher salta até ele e no momento que vai acertar um potente chute, Mahina e Hanabi aparecem a frente e usando uma técnica conjunta do clã Hyūga, fechando os principais pontos de Tenketsu do corpo dela, a fazendo cair paralisada no chão.

- Que droga vocês fizeram comigo?!

- Isso que dá mexer com shinobis do clã Hyūga! — Mahina diz séria enquanto desativava seu Byakugan.

- Nós iremos atrás do Nayate, fiquem e ajudem o Mizukage-sama! — Konohamaru diz e Hanabi assente, saindo dali junto a Mahina, Kasumi e também agora Metal Lee, que havia lutado antes com os ANBU de Nayate.

Os outros dois mercenários vendo que estavam em desvantagem, acionam um dos botões do aparelho de pulso e criam vários clones deles, cobrindo todo o lugar e fazendo Idatte e Inay ficarem surpresos.

- Não são Kage Bunshin. — A Senju diz olhando ao redor. — São clones ilusórios.

- Percebi isso também. — Idatte diz dando um longo suspiro. — Deixo isso com você, filha.

- Hai!

O Mizukage desaparece em meio a uma nuvem de fumaça com seus ANBU, deixando os irmãos Senju ali que se põem lado a lado e sorrindo um pro outro começa a atacar os clones, ganhando tempo para seu pai e os demais encontrarem Nayate, que já estava um pouco distante dali.

O cientista corria entre as árvores olhando para trás e vendo que pouco distante estava o time 7 o perseguido. Ele sabia que em algum momento chegariam mais perto e precisaria de tempo para se encontram com Mitake e Ohorya e entregar os projetos.

Por isso aciona uma função do aparelho de pulso e deixa várias pequenas bolas explosivas nas árvores, galhos e chão, para que quem passasse por ali fossem pegos por elas e assim teria tempo de chegar ao encontro.

Akira ia a frente de seus companheiros com a Sharingan ativo, observando cada movimento da pequena porção de chakra de Nayate, que mesmo ficando a invisibilidade do aparelho e a ocultação de seu chakra, ainda sim era visto pelos olhos escarlates dos Uchiha.

Assim que se aproximou um pouco mais, ele viu as pequenas bombas espalhadas e alertou seus companheiros, fazendo Ayumi e Shinachiku irem a frente usando uma técnica de Raiton, por parte da garota, para anular a explosão das bombas enquanto o Uzumaki usava uma variação do soco de ar para afasta-las do caminho. Aquele fez Konohamaru ficar feliz, pois via que seu time aos poucos trabalhava melhor juntos e assim evitando brigas e desavenças.

Mais a frente deles, Nayate chega a um grande clarão e corre rapidamente pelo lugar e é quando Mitake surge segurando seu braço, reaparecendo após desativar a invisibilidade de seu aparelho de pulso.

- Indo para algum lugar, doutor?

- Graças a Kami encontrei vocês! — Nayate diz dando um longo suspiro. — Estou com os projetos das armas e equipamentos que pediram.

- Nós não pedimos os projetos, doutor. — Mitake diz indo até o lado de Ohorya, que havia aparecido logo após ele. — Pedimos as armas e equipamentos de forma física, mesmo que não estivessem finalizados. Mas só está com papéis que não nos interessa em nada.

- C-Como não? A partir deles podem construir as armas! Não é difícil.

- Mesmo assim. O trato era outro e vejo que não está com o que foi prometido, então não iremos pagar.

Ambos se viram pra sair, mas Nayate segura o braço de Mitake, o fazendo se virar e o olhar de maneira séria.

- Nós fomos encurralados pelo Mizukage e uns shinobis de Konoha, mas tudo está seguro em maletas prateadas lá! — Ele aponta na direção onde estava vindo. — É só ir lá e pegá-las!

- Por que o senhor não fez isso enquanto estava vindo? Bastava carregá-las, era simples e assim iria receber seu pagamento.

Nayate tentava explicar que havia se enrolado após ser descoberto por Akira, Ohorya olha para a floresta e sente a aproximação de algumas pessoas, isso a faz sacar seu arco por baixo da capa e em um movimento ele se arma e do aparelho de pulso dela surge uma flecha quase instantaneamente, chamando a atenção do cientista e de seu parceiro, que descruza os braços.

- O quê foi?

- Ele trouxe companhia. — Ohorya mira atentamente na direção da floresta. — Mas tudo bem, resolvido!

Ela dispara a flecha, que sai cortando tudo em seu caminho e Akira a sente se aproximando, alertando a todos para desviar da flecha e antes que fizessem algo, ela se divide em várias outras pegando a todos se surpresa. Mas a centímetros de serem atingidos, vários galhos aparecem a frente deles os protegendo e os obrigando a parar em pé sobre galhos maiores.

Idatte passa entre eles sem dizer nada e vai em direção aonde estava Nayate e os dois parceiros da Reddorōtasu, logo sendo acompanhado pelo time 7.

Porém assim que chegam ao clarão tudo que veem é o corpo do cientista decapitado no chão, sem sua maleta. O Mizukage se aproxima e olha ao redor buscando a localização de alguém, mas nada consegue sentir mesmo com seu modo sábio ativo.

- Ele está morto? — Konohamaru pergunta assim que chega com seu time.

- Foram espertos em apagar qualquer evidência que levasse a eles. — O moreno diz desativando sua técnica sábia. — Muitos espertos, na verdade.

- E o que vamos fazer? — Akira questiona visível irritado por não ter sido ele a fazer algo contra Nayate. — Não podemos deixar eles fugirem assim!

- Não faremos nada. Vou enviar equipes para monitorar toda a ilha, alertarei para os outros países fazerem a mesma coisa. — Ele se vira e vê Ikay se aproximando.

- Os mercenários se suicidaram.

- O quê?! — Shinachiku e Akira questionam surpresos.

- Hum... Então é isso.

- Isso o que?

- Queima de arquivo. — Idatte diz de maneira séria. — Peça para a equipe de limpeza retirar os corpos.

- Hai.

- Então é isso? Acabou?

- Sim, acabou. — O moreno passa por eles e Konohamaru assente. — A missão de vocês acabou, agradeço a ajuda. Enviarei ao Hokage meu agradecimento pelo auxílio.

Akira aperta os punhos de raiva e quando vai dizer algo, Shinachiku e Ayumi o seguram dizendo que a missão havia acabado e não deveria questionar as ordens de Idatte, pois ele estava visivelmente abalado por aquilo. Isso fez o Uchiha se soltar dos dois e caminhar saindo dali e indo em direção a Kiri, enquanto os outros o acompanharam em silêncio.

Ao longe, Mitake e Ohorya observavam escondidos em pé em cima de um galho de árvore. Sabiam que por muito pouco não foram totalmente descobertos e tiveram que eliminar qualquer coisa que levasse a eles, sabendo que o mini explosivo colocado no peito dos mercenários quando foram contratados foi de grande ajuda. Eles colocam os capuzes e desaparecem em meio a escuridão da floresta.

...

Após os times serem dispensados e levados até a porto, onde já havia um navio a espera, Idatte estava em casa após ter um jantar familiar depois de tanto tempo. Havia feito companhia a Mayka, sua filha mais nova, onde assistiram a um filme juntos e até mesmo jogaram um jogo que envolvesse toda a família, com a pequena pegando no sono bem rapidamente.

Depois de levá-la pra cama, o moreno estava no jardim da casa sentada em uma espreguiçadeira no deck da piscina enquanto olhava para o céu estrelado daquela noite. Estranhamente nos últimos meses não havia tudo tanto nevoeiro por Kiri e isso facilitava a vista do céu a noite, dando a chance de vários casais apaixonados compartilhar um luar juntos.

Ele sabia que deveria curtir o momento em paz que tinha, mas a morte de Nayate e a confirmação de que a Lótus Vermelha estava atuando na aldeia, o fazia ficar mais pensativo que o normal. Deveria fazer algo a respeito disso e por conta dessa preocupação, pediu para dois agentes da força policial aumentasse os esforços na investigação da organização, e recolher qualquer informação que pudesse sobre eles. Queria estar preparado pra quando os “desgraçados” botassem a cara a tapa.

Por conta disso avisou a Konohamaru que entregasse um pergaminho lacrado a Naruto, com um código criptografado que somente o loiro e Sasuke pudessem decifrar. Estava na hora de botar os dois a parte do que estava acontecendo e nada mais justo que eles serem os primeiros a saber disso, mas não deixaria de fora os outros Kages e líderes dos países, estava tudo guardado pra ser dito na reunião da aliança.

Finalmente a Reddorōtasu iria vir a público e o que estava a tanto tempo na escuridão, iria se revelar. Uma grande organização que seria pior do que a Akatsuki não poderia ficar pra sempre nas sombras.

- No que tanto pensa?

Mei se aproximou tampando o corpo com seu grosso robe, se sentando na espreguiçadeira onde o marido estava.

- No futuro. — Idatte diz levando a mão até a coxa da mulher, fazendo uma leve massagem. — E em como concertar algumas coisas.

- Comece pela sua família e tudo irá se alinhar aos poucos. — A ruiva sorri retirando as sandálias e se deitando junto ao moreno, que a aconchega junto a si. — Só quero que saiba que não estará sozinho, amor.

- Eu sei disso... — Ele fecha os olhos sentindo o aroma de rosas que vinha da mulher. — Eu sei...

Idatte podia repetir aquilo mil vezes pra si e sabia que junto a sua esposa e família tudo ficava em paz, mas aquela questão borbulhava em sua cabeça como óleo quente. Não esqueceria que mesmo que algo acontecesse contigo, Mei e outros deveriam sobreviver e serem a prioridade em sua vida.

Entendia que algo grande estava por vir, mas naquele momento não queria pensa nisso. Tudo que queria estava em seus braços quase dormindo e naquele instante permitiu-se a se entregar a vida normal, pois sabia que não teria aquilo por muito tempo.

A Lótus Vermelha sempre estave apenas observando da escuridão... Bom, já não estava mais.


Notas Finais


Senhoras e Senhores, chegamos ao final do primeiro arco dessa maravilhosa história 🤭
Depois de dez capítulos de apresentação, iniciaremos de fato com muitas e muitas novidades a diante!!!

Quero saber da opinião de todos sobre todos os acontecimentos desse capítulo, oq acharam das interações e momentos ^^

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• Vou deixar o link da história que deu origem a este magnífico universo de Naruto.
"Shippuden Story: Uma Nova História de Naruto Shippuuden" é minha primeira fanfic e peço que deem uma olhadinha, garanto que vão amar:

https://www.spiritfanfiction.com/historia/shippuuden-story-uma-nova-historia-de-naruto-shippuden-16613126


• Deixo também o link da história que antecede está aqui.
"The Last Story" é uma fanfic que conta os acontecimentos após Shippuuden Story:

https://www.spiritfanfiction.com/historia/the-last-story-18407662


• Quero também recomendar um spin-off dese mesmo universo.
"Da Redenção ao Recomeço" narra a história da viagem entre Sasuke e Hinata após os acontecimentos de Shippuuden Story e antes de The Last Story:

https://www.spiritfanfiction.com/historia/da-redencao-ao-recomeco-spin-off-de-shippuuden-story-18334705


• Outro spin-off que faz parte e também recomendo é "O Dia da Nomeação: O Nanadaime Hokage!", que conta um pouco do dia em que Naruto finalmente se torna o Hokage:

https://www.spiritfanfiction.com/historia/o-dia-da-nomeacao-o-nanadaime-hokage-spin-off-18664311

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• Por último deixo uma história que não faz parte do universo de Shippuuden Story mas é uma boa leitura:

https://www.spiritfanfiction.com/historia/o-pergaminho-secreto-16182851

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É isso por hoje, pessoal ^^

Me desculpem pelo capítulo comprido, prometo deixá-los mais curto nos arcos adiantes 😊

Não deixem de comentar, por favor! Isso me ajuda bastante a saber a opinião de todos sobre a história e no que devo melhorar 😉☺️
Favoritem também, se puderem 😘


Vejo-os no próximo capítulo,
Até lá, pessoal!!!


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