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História Shippuuden Story: The Konoha Next Generation - Quinta Guerra Shinobi: Arco 1 - Cap.2


Escrita por: Narusaku4Ever13

Notas do Autor


Olá a todos 😃😁
Bem vindos de volta a mais um capítulo da história que vocês gostam tanto!!!

Agradeço desde de já os comentários no capítulo anterior e os 323 favoritos!!!
Muito obrigado mesmo por todos esse apoio! Me motiva muito saber que curtam tanto a história 🥰❤️


Sem mais enrolações,
Boa leitura a todos!!!

Capítulo 78 - Quinta Guerra Shinobi: Arco 1 - Cap.2


Akira tinha passado quase o dia todo junto a Kiyomi no quarto do hotel em Hokkygakure, no qual passou a maioria do tempo para terminar o seu relatório de missão.

Kiyomi tinha ficado grande parte do dia entre estar deitada na cama e tendo vários enjoos, tendo que se levantar por vezes para vomitar e reclamar das tonturas que tinha sempre que estava de pé.

Não sabia exato de quanto tempo estava, mas poderia chutar que beirava os três meses, pois contava que durante esse tempo acabou percebendo que sua menstruação tinha se atrasado bastante.

Ambos não conversavam muito e era uma das coisa que o Uchiha gostava quando estava em companhia da garota, visto que ela também não era uma pessoa tagarela e o silêncio que sempre ficava no ambiente era algo que eles curtiam, afinal, sempre foram bem reservados.

Depois que terminou o relatório por volta das duas da tarde, Akira tomou um longo banho e se vestiu novamente para retornar a base e entregar os pergaminhos com os arquivos da missão.

Queria se livrar de vez do fardo daquela missão, que para si tinha sido bem mais complicado do que pensou, já que teve que enfrentar novamente Shinachiku e que mexeu com seu emocional.

Porém, nenhuma notícia tinha sido maior do que a morena tinha lhe dado horas atrás, no qual demorou para absorver e quando enfim entendeu a importância da novidade, decidindo encarar a realidade e fazer o necessário para ajuda-la no que fosse, visto que Kiyomi se recusava a pisar novamente na base por medo de seus pais descobrirem a verdade.

Mesmo depois que ambos conversaram sobre isso, no qual o Uchiha se empenhou em estar ao lado dela quando contasse aos seus pais, preferiu manter distância e se preparar pra fazer isso da sua maneira, decidida a deixar a organização por conta de seu futuro filho.

- Tem certeza que não quer voltar?

- Prefiro ficar aqui e evitar uma discussão que levaria ao otousan arrancando o feto do meu útero com uma de suas mãos. — Responde Kiyomi enquanto levava uma colher com pudim a boca. — Parece exagero, mas lhe garanto que não é.

- Não há porque ter tanto medo dele. — Akira se senta na beirada da cama para calçar suas botas. — Estaria lá do seu lado.

- Acho que não o conhece como eu o conheço. — Ela recosta na cabeceira da cama enquanto dá um longo suspiro.

- Se acha melhor assim.

O Uchiha se levanta após terminar de calçar as botas e vai até a poltrona aonde estava seu casaco e a mochila com os pergaminhos. Usaria o Kamui para retornar a base, mas não entraria diretamente no local, apareceria próximo de lá e deveria se proteger do grande frio que o Ártico Norte proporcionava.

Foi até a garota e deu um beijo em seus lábios dizendo que logo voltaria e caso houvesse algum problema, poderia lhe contactar pelo AIC em uma frequência morta para que não houvesse interceptação de sinal.

Logo saiu do quarto deixando uma morena que acabou dando um sorriso meio sem querer, visto que não era um tipo de pessoa que demostrava sentimentos tão nitidamente e ver o carinho que Akira proporcionava a si era algo que nunca tinha percebido antes, mas que estando um pouco mais emotiva notou que ele nunca foi o tipo de pessoa fria e séria o tempo todo.

No lado de fora do quarto, Akira caminhava pelo corredor até chegar as escadas e descer até o hall de entrada do hotel, que ainda permanecia vazio assim como o restando da pacata aldeia.

De principio, o moreno não achou que fosse estranho aquela ausência de cidadãos na vila. Mesmo sabendo que era um lugar para esconder a grande base da organização, sempre tinham algumas pessoas que viviam da mineração de carvão de uma mina próximo dali, porém, agora notando a ausência daquelas pessoas pensou que poderia haver algo de errado.

Balançou a cabeça se livrando desses pensamentos e esperando que aquela ausência ali fosse apenas algo de sua cabeça e não além disso, já que não tinha qualquer paciência para investigar o que fosse, pois haviam problemas a mais para resolver e a cabeça estava cheia demais para coisas superficiais.

Assim que saiu do hotel, caminhou em direção a entrada da aldeia já ouvindo que o trem expresso se aproximava da estação da aldeia, o que o fez pensar que poderia usar o trem para ir até a base, pois o destino final daquele trem em específico não era ali e sim bem mais adiante, dentro da base principal da Lótus Vermelha.

E assim fez, tomou o trem e após alguns minutos de viagem chegou a estação subterrânea da base principal da organização. Desceu do vagão e seguiu o caminho até o elevador, já se preparando para ir até o escritório de Aya entregar os itens de sua missão, querendo se livrar logo do fardo daquela maldita missão.

Pensava em várias maneiras de dizer a cientista o motivo de sua demora, pois claramente já tinha visto o que havia acontecido com a base no país do ferro e a sua destruição, que com certeza lhe questionaria se ele teria algo a ver com isso e Akira tinha a resposta na ponta da língua.

Chegou ao andar dos laboratórios e seguiu até a penúltima sala, que era de Aya. Tinha combinado com Kiyomi que voltaria ao hotel para ficar com ela quando finalizasse a missão, visto que ela havia pedido para que ele levasse algumas roupas suas para que pudesse se trocar.

Logo que chegou a sala da cientista, bateu na porta recebendo autorização para entrar e assim fez, fechando a porta em seguida e caminhando até ficar de frente com a mesa de Aya, que estava com a cabeça baixa enquanto escrevia algo em uma pasta de arquivos.

- Você demorou em missão, Akira.

- Me perdoe por isso. — Responde o Uchiha fazendo uma breve reverência. — Acabou que a simples missão se tornou algo bem mais...

- Tenso. — Aya ergue a cabeça o encarando. — Fiquei sabendo sobre o grupo de shinobi de Konoha que atacou a base e a sua destruição.

- A situação se tornou crítica demais.

- Eu sei. Por isso mandei Kiyomi e esperava que ela estivesse consigo. — A mulher recosta em sua cadeira enquanto tinha uma expressão curiosa na face. — Onde ela está?

Akira engoliu seco pensando na história que tinha combinado com Kiyomi antes de voltar a base, no qual inventaria um álibi para a morena que pudesse deixá-la distante da base principal por algum tempo, mas vendo o modo em que Aya o analisava, pensou que qualquer mentira que fosse dizer seria facilmente descoberta.

- Ela me informou que iria para outra base resolver alguns problemas.

- Hum. — Diz Aya levando uma de suas mãos aos queixo, enquanto já tinha uma expressão pensativa. — Que estranho, por que ela não me informou nada sobre isso. — Ela dá um longo suspiro voltou a sua postura de antes. — Enfim, o que ela faz ou deixa de fazer não é mais minha responsabilidade.

- Aqui estão os documentos que estavam na base. — Akira retira sua mochila das costas, a abrindo e colocando os pergaminhos sobre a mesa da loira. — Fiz questão de selá-los organizados por numeração e que ficará mais fácil de guarda-los assim que desfazer o selamento nos pergaminhos.

- Fez um excelente trabalho, Akira. Estou impressionada!

- Agradeço por isso.

- Bem, acho que sua missão termina aqui. — Aya se levanta recolhendo os pergaminhos enquanto Akira deixava por última na mesa a pasta com o relatório da missão. — Até segunda ordem, está dispensado.

- Tudo bem. Obrigado, Aya-sama.

Akira faz uma breve reverência e se vira indo até a porta para sair da sala, porém, quando Aya lhe questiona se tinha aberto algum dos documentos, ele para e se vira dizendo que não poderia abri-los por conta do selamento que os protegia, algo que não tinha aprendido ainda a desfazer.

Aya apenas balança a cabeça positivamente, mas ainda com uma expressão de curiosidade e desconfiança, um olhar que fazia a espinha do Uchiha gelar pois sabia que se descoberto, poderia ter que enfrentar não somente ela mas também Yatemy, pois sabia bem que traição dentro da organização era resultado em morte.

Por fim, o dispensa dizendo que era para manter o AIC ativo caso fosse chamado em algum momento, pois diferente do que Kiyomi, que estava desligado, o de Akira deveria sempre estar ativo pois era um dos agentes mais importantes para a organização.

Akira logo saiu da sala e rumou em direção ao dormitórios ainda com uma coisa lhe cutucando a cabeça. Pensava se Aya desconfiava que tinha aberto um dos documentos e rezava a Kami-sama que não, pois tinha tomado todas as precauções para que não pudesse desconfiar de nada, pois tinha refeito o selamento.

Deu um longo suspiro tentando tirar tal peso das costas, também em relação a Kiyomi, pois o modo em que a loira o tinha encarado, era como se pudesse enxergar no fundo de sua alma e visse a verdade. Esperava sinceramente que Aya não tivesse desconfiado de seu álibi sobre Kiyomi.

Passou em seu quarto e pegou algumas roupas assim como no quarto de Kiyomi, usando o Kamui para que entrasse em seu quarto por não ter sua senha de acesso. Mesmo que ambos mantivessem uma relação, somente Kiyomi tinha a senha de acesso ao seu quarto enquanto o Uchiha nunca tinha estado no quarto dela sem que estivessem juntos.

Após tudo reunido, usou novamente sua técnica especial e retornou ao hall de entrada do hotel em Hokkygakure, logo subindo ao quarto enquanto pensava que somente queria se deitar e dormir um pouco.

Depois de ficar quase três dias em estresse devido a missão e aos pensamentos sobre o tal local do documento, Akira precisava apenas de uma cama confortável para descansar.

Já tinha colocado em sua cabeça que iria atrás do lugar secreto da organização e nada nem ninguém mudaria tal ideia, mesmo que tivesse que ir sozinho, queria descobrir o porque a organização escondia aquele lugar e porquê aquele bilhete tinha parado em seu quarto, afinal, nada tinha sido por acaso e encontrar aquelas pistas poderia ser um indício que alguém o ajudava das sombras, bastava saber se era uma ajuda real ou apenas uma armadilha.

...

Distante do ártico norte, Ay caminhava pelos corredores mal iluminados do edifício onde o conselho de Kumogakure estava reunido junto ao Daymō do país do relâmpago e seus próprios conselheiros, já que diferente dos demais países, seu voto e do conselho pessoal valia bem mais do que do outro.

De certa maneira estava incomodado de ser chamado de sua aposentadoria não querendo retornar a função que por anos esteve a frente, e que confiava agora em Darui essa grande missão, mas que devido a sua ausência por conta do ataque a cúpula da aliança e o modo em que o Raikage tinha ficado depois da luta com Killer Bee, foi convocado para a reunião que emergência.

Tinha se programado anteriormente para tirar alguns dias livres nas praias do país do mar, tentando ficar longe dos problemas que já não eram mais seus em Kumo, querendo apenas a paz e a tranquilidade, porém, o sequestro de Bee e o súbito ataque ao país o fez desmarcar as férias e se focar a encontrar seu irmão, mas que acabou sendo em vão ao descobrir que estava ao lado da Lótus Vermelha atacando os líderes mundiais.

Por ordem, sabia que teria que assumir o lugar de Darui em sua ausência e por não haver um futuro Raikage, Ay faria o sacrifício de sair da aposentadoria para reassumir o cargo máximo do país do relâmpago mesmo sem querer, pois no momento em que nomeou o seu ex-braço direito como Godaime Raikage, esperava jamais retornar ao seu antigo cargo e cá estava, depois de quinze anos.

Entrou no grande salão e se dirigiu a uma cadeira já reserva pra si, vendo que os conselheiros tanto de Kumo com os do Daymō já estavam sentados lá esperando por ele.

O próprio senhor feudal estava presente sentado ao lado do principal conselheiro enquanto mantinha uma pose séria, sendo que ele, tinha tomado o lugar de seu pai, o antigo Daymō, a pouco tempo e pretendia seguir seu estilo mão de ferro como sempre foi.

- Obrigado por comparecer, Ay-sama. — Diz Cee assim que o ex-Raikage se senta em seu lugar em uma grande mesa onde estavam o conselho. — Agora que chegou, podemos iniciar a reunião.

Na mesa estavam reunidos a frente de Ay, o Daymō do país do relâmpago e seus três conselheiros, todos muito bem vestidos com as vestimentas modernas e que faziam o Yondaime se sentir enjoado vendo isso, pois sempre prezou pelos velhos costumes de Kumogakure e desde que o filho do antigo senhor feudal assumiu o lugar do pai, muito havia mudado.

Do seu lado direito estavam Cee e a secretária de Darui, que fazia anotações em uma pasta de arquivos sem que prestasse atenção no que estava acontecendo naquele momento.

Já ao lado esquerdo estavam os conselheiros de Kumo, sendo três homens já de bastante idade e que se mantinham com as vestimentas antigas.

- Não queríamos chegar a tal situação de tirá-lo da aposentadoria, mas o momento em que vivemos nos fez chamá-lo novamente para assumir o cargo de Raikage.

- Eu soube o que aconteceu com o Darui. — Diz Ay recostando em sua cadeira. — Aliás, como ele está?

- Continua desacordado mesmo depois da transferência de Tetsukagure para cá. — Responde Cee. — Esperávamos uma melhora de seu estado clínico com a ajuda de nossos iryō-nin, mas ainda se mantém em estado estável.

- Entendo.

- O meu conselho determinou que continue com os planos traçados por Darui. — O Daymō diz de maneira séria enquanto encarava Ay, que notou bem que seu antigo cargo não era tão mais importante que antes. — Não existe mais aliança shinobi e no momento nossos únicos aliados são o país da água. Qualquer outro país que se intrometer, estará declarando guerra contra nós e não poderemos ser piedosos!

- Por que a aliança foi desfeita? Pensei que muito da paz mundial que tínhamos hoje era por conta dessa aliança.

- O Hokage se precipitou em achar que o grande plano dele de esconder as bijūs as selando em jinchūrikis fosse funcionar e por conta disso perdemos as duas bijūs que estavam em nossa posse! Incluindo seu irmão, Yondaime.

Ay era conhecido como alguém que se irritava facilmente com muito pouco, porém, ouvir aquilo não mudou com seu humor.

Tinha aprendido a se controlar depois que tinha se casado e começado em uma terapia, mudando drasticamente seu mal humor e preferindo evitar brigas e discussões que não tivessem importância.

Havia ficado bastante chateado e de certa maneira irritado com o sequestro de Bee e a sua aparição na cúpula da aliança atacando justamente Darui, o fez acreditar que seu irmão estava sendo controlado, pois tinha convicção e certeza que ele jamais faria aquilo por conta própria.

- Seja o que for, apenas mantenha as aparências até o retorno de Darui e deixe o resto conosco.

- Então ficarei lá apenas como uma marionete?

- É isso ou então o conselho assumirá integralmente o cargo de Raikage e faremos as coisas da nossa maneira! — Diz o senhor feudal. — Tudo que queremos é evitar alguma revolta por parte da nossa população e tendo-o novamente a frente como Raikage poderemos ter uma calma a todos.

O Yondaime sabia que as políticas do país tinham mudado bastante desde que tinha deixado seu lugar para Darui, porém, não imaginava que quase o controle total não estava nas mãos de seu pupilo e sim com o conselho da aldeia e com o Daymō, que parecia ser a cabeça pensante por trás de todos os outros.

Para Ay, ouvir aquilo era como ferir não só o seu ego mas o do primeiro Raikage, que tinha fundado Kumogakure como uma maneira de unir todos os povos que viviam espalhados pelo país do relâmpago.

Perceber que tudo o que ele, o segundo Raikage e o terceiro lutaram para conseguir estava sendo destruído de dentro para fora por pessoas ignorantes que não se importavam com o povo em geral.

Deu um longo suspiro pensando se deveria se rebelar frente aqueles homens e agir de sua própria maneira, mas imaginava que caso isso ocorresse poderia lhe trazer mais problemas do que soluções, ainda mais levando em conta que sua esposa era nada, nada menos que a filha do antigo Daymō e irmã do atual.

Sem poder mais argumentar ou fazer algo relevante, Ay apenas acenou positivamente enquanto o Daymō juntamente aos seus conselheiros e de Kumo diziam que iriam preparar o comunicado da volta dele ao cargo, onde teria que fazer um pronunciamento também sobre a guerra que estava por vir.

Com o final da reunião, o Godaime saiu da sala e caminhou em direção a saída do edifício. Ficou pensativo em como seria dali em diante, visto que seu poder estava limitado e não poderia mais agir como antes, no qual tinha o respeito de todos da aldeia e até mesmo do antigo Daymō.

Porém eram novos tempos e ele teria que se adaptar ou então deixar que tomassem a liderança do país do relâmpago, e Ay, mesmo que limitado poderia ao menos fazer certas coisas a sua maneira e já pensava em como faria sem que fosse descoberto, afinal, traidores em Kumo não eram tratados muito bem ali.

...

A noite tinha chegado em Konoha de maneira calma e tranquila, com a exceção de que nuvens de chuva tinha se formado e em breve uma chuva começaria.

Era típico da época do ano que sempre chovesse ao anoitecer, o que anunciava que o inverno estava cada vez mais próximo e com isso o frio vinha junto, com a neve também.

No último andar do edifício Hokage, Naruto terminava de assinar os últimos documentos de aprovação de novas leis em Konoha. Seu dia tinha sido bastante tenso em todo o geral, desde da reunião com os líderes dos clãs e o anúncio a eles da nova guerra.

Foi uma reunião complicada junto aos demais e tentá-los convencê-los de que não poderiam mais fazer negócios com clãs do país do relâmpago e da água foi difícil, visto que compartilhavam de um comércio de produtos especiais entre os clãs.

Porém, todos confiavam suas vidas ao Nanadaime e não pensaram duas vezes ao dizerem que estariam sempre ao seu lado no que fosse acontecer.

Com isso, faltava apenas o pronunciamento a população de Konoha e isso seria algo difícil a se fazer, pois Naruto tinha lhes confiado que a paz jamais seria perturbada outra vez e cá estavam, em guerra.

Ainda tinha uma última reunião com o time que tinha ido até o país do ferro para tomar uma decisão sobre o que eles tinham feito, visto que haviam saído de Konoha sem autorização e com o perigo de serem capturados ou mortos pela lótus vermelha.

Mesmo que confiasse neles por suas altas patentes e habilidades, o Uzumaki ainda tinha receio do que eles sofreriam.

Ouviu batidas na porta e autorizou sua entrada, logo vendo Kaikō adentrar e anunciar que Sasuke juntamente com os demais já haviam chegado.

Naruto apenas pediu que os deixassem entrar e que a secretária estaria dispensada de seu trabalho por aquele dia, no qual a mulher agradeceu e saindo da porta os outros entraram no escritório.

O Uchiha caminhou até ficar ao lado da mesa enquanto Nawaki, Yasuki, ChōChō e Inojin ia até o centro da sala, ficando lado a lado bem em frente a mesa do Uzumaki, que notou a ausência de Shinachiku e Ayumi de imediato.

- Cadê os outros?

- Ficaram no hospital. — Respondeu Sasuke. — Shinachiku ainda não está totalmente recuperado.

- Certo. — Naruto recosta em seu cadeira e dá um longo suspiro. — Acho que já sabem o porquê estão aqui, não é? Creio que entendem a gravidade da situação em que se meteram. Sei que a ideia foi do Shinachiku, mas cada um de vocês assumiu a responsabilidade a partir do momento em que pisaram os pés para fora dos muros de Konoha.

- Nós aceitaremos qualquer punição, Nanadaime-sama. — Diz Yasuki. — Soubemos dos riscos que corríamos ao sair da aldeia e seja qual for a punição, estamos prontos.

Naruto os encarou por um instante pensando no quão corajosos todos estavam sendo ao assumirem tomar uma grande punição para proteger Shinachiku.

Entendiam que eles eram amigos muito próximos e seus pensamentos foram diretamente ao passado, quando também sempre esteve disposto a sofrer por seus amigos.

Porém, eram outros tempos agora e seu cargo como Hokage exigia que agisse com mais rigidez e não deixasse que passassem impune do que tinham feito.

Mesmo que fossem shinobi, tinha desobedecido ordens e era um caso bem grave, que não tinha como escapar.

- Me desculpem, mas...

- Não precisa os punir, touchan!

Todos olham em direção a porta e se surpreendem ao verem que Shinachiku e Ayumi estava ali.

Sasuke pensou que ambos ainda estivessem no hospital depois que a própria Uchiha tinha lhe pedido para ficar, por isso, estranho que estivesse aparecido ali, pois quando o viu antes notou que não estava nada bem.

- O que está fazendo aqui? — Perguntou o Nanadaime. — Pensei que ainda estivesse no hospital.

- Se quiser punir alguém pelo o que fizemos, então que seja só a mim. — O loiro se aproxima passando por seus amigos e ficando bem próximo a mesa do Hokage. — Fui eu que os convenceu a irem atrás do Akira e ao Inojin a pegar os documentos da localização da base. Eles não tem nada a ver com isso.

- Tem certeza que quer assumir isso?

- Absoluta!

- Certo. — Naruto deu um suspiro se acomodando em sua cadeira. — Os demais estão dispensados. Serão chamados em breve e até lá suas missões estão suspensas. Podem sair!

Os outros se entreolharam com Shinachiku se virando e dando apenas um sorriso enquanto dizia que tudo ficaria bem, mesmo que soubessem que ele estaria arriscando demais por eles e jamais teriam como recompensar por aquilo.

Sasuke ainda permanecia quieto e em silêncio desde que tinha entrado no escritório, analisando cada coisa que Naruto dizia, não o julgado por agir de uma maneira tão rígida com eles.

Pensou que seria um bom momento para que deixassem pai e filho a sós, sendo assim, saiu do lado da mesa e caminhou até Ayumi lhe dizendo que esperariam no lado de fora, por fim fechando a porta e deixando apenas os dois Uzumaki na sala.

Naruto se levantou da cadeira passando do outro lado da mesa enquanto ainda continuava encarando seu filho. Entendia que deveria tomar uma posição sobre ele e o que tinha feito, pois era algo bem grave e que se não fosse controlado, poderia acontecer outra vez.

- Por que fez isso? Só quero entender por que se arriscou tanto para ir atrás dele, Shinachiku?

- Preciso mesmo dizer o porquê, touchan? — Diz o loiro. — Achei que dentre todas as pessoas que existem no mundo, você seria o único a entender isso! Não foi o senhor que anos atrás fez a mesma coisa para salvar o Sasuke-ojisan?

- Não é a mesma coisa.

- Ah, não é?! — Shinachiku se aproxima do Hokage ainda tendo uma expressão séria e irritada. — Então me explica qual a diferença entre o que você fez e o que eu fiz! Você sabe que eu só quis salvá-lo e faria quantas vezes fosse necessário!

- Você não sabe das consequências que isso poderia lhe causar!

- Você sabia e mesmo assim não desistiu, caralho!

Shinachiku e Naruto se encaravam onde demostravam a raiva que sentiam, principalmente o Uzumaki menor que demostrava incomodado pelo modo em que seu pai lhe tratava, mostrando que mesmo depois de anos ainda não confiava em si.

- A única diferença entre nós...

- Olhe bem o que vai dizer!

- É que eu sei desistir quando não querem que insistam mais! — Shinachiku dá um passo a frente, ficando cara a cara com o pai, já que ambos já tinham a mesma altura. — Diferente de você, não precisei perder meu braço para saber quando é o momento certo de para...

Antes que completasse sua fala, Shinachiku sente o lado esquerdo de seu rosto ser esquentado com uma forte dor enquanto uma lágrima já escorria de seu olho.

Jamais havia levado um tapa de seu pai em toda sua vida e assim que virou o rosto o encarando, notou que Naruto ainda tinha um olhar de raiva e isso o surpreendeu, pois nunca viu tal olhar direcionado a si.

- Satisfeito, touchan?

- Está suspenso de suas funções como shinobi até segunda ordem. — Responde o Hokage. — Todos os privilégios de sua patente estão bloqueadas, assim como seu pagamento. — Ele dá um passo para trás. — Você pode ser meu filho e ter o mesmo sobrenome que o meu, mas dentro desse escritório deverá me respeitar como seu Nanadaime Hokage! Entendido?

- Eu queria saber como é ter um pai de verdade, pois nunca vi outra pessoa em minha vida que não fosse o grande Nanadaime! — Shinachiku abre um sorriso irônico enxugando as lágrimas que escorriam de seus olhos. — No dia em que meu touchan, Uzumaki Naruto aparecer, me procure para conversar.

Sem dizer mais nada ele se vira indo até a porta e saindo do escritório em seguida, onde passou pelos demais bem rapidamente e sem dizer nada. Ayumi tentou chamá-lo, mas acabou sendo ignorada e quando tentou segui-lo, Sasuke a segurou dizendo para que ela desse um tempo ao loiro, afinal, eles tinham ouvido a discussão.

Já dentro da sala, Naruto percebeu a grande burrada que tinha feito e um desespero lhe bateu, o obrigando a se sentar em um dos sofás quando sentiu as pernas falharem. Nunca tinha feito algo do tipo com Shinachiku em toda a vida, e percebia o quão errado tinha agido ao dar aquele tapa em seu rosto.

Queria poder segui-lo e pedir desculpas pelo o que tinha feito, mas achou melhor lhe dar um tempo, espaço para que assim pudessem refletirem melhor e esfriar a cabeça, afinal, achou que ambos tinham explodido um com o outro com razões enterradas a muito tempo.

...

Shinachiku tinha saído correndo do escritório assim que sua discussão se transformou em uma completa humilhação contra si.

Saltando sobre os prédios e casas, seguiu em direção a área de treinamento dos times enquanto pensava somente em ficar o mais distante possível de qualquer pessoa, pois o que realmente precisava era de um descanso mental.

Não demorou a chegar a área florestal e logo passou por todos os campos, adentrando ainda mais na parte densa da floresta que rodeava a aldeia, se distanciado das fazendas e de qualquer parte de civilização que pudesse, mesmo que com ordens de seu pai não pudesse sair de Konoha sem a sua autorização.

Atravessou um dos rios e seguiu subindo ainda mais para longe, adentrando numa área que não estava mais sobre a vigilância dos agentes da força policial da aldeia.

Pensava que somente poderia haver um lugar onde ficaria tranquilo e sem perturbações, um lugar que tinha sido construído exatamente para que aproveitasse um momento de paz dos problemas.

Passando por algumas árvores que cercava uma pequena clareira aberta na floresta e também cercava o local, Shinachiku chegou a tal área onde uma cabana tinha sido construída bem acima em seus galhos, sendo uma casa da árvore de tamanho considerável e que foi erguida junto aos seus amigos quando tinham um tempo das missões e onde costumavam ir para se divertirem.

Sorriu de lado relembrando os pequenos momentos em que passavam ali quando não estavam em missões. Era um lugar onde podiam fugir dos problemas da aldeias e ficarem na paz, onde conversavam, brincavam e até mesmo onde uns acabavam ficando com os outros, como na vez em que o Uzumaki flagrou, sem querer, Mahina beijando Nawaki.

Foi lá também em que passou alguns momentos com Ayumi, mas nada que ultrapasse alguns beijos, pois sempre a respeitou e juntos decidiram que quando estivessem prontos poderiam enfim dar um passo a frente na relação e deixar que o desejo de ambos os consumissem.

Afastando esses pensamentos e sentindo a chuva cair sobre si, mesmo que os galhos acima dele o protegesse, o Uzumaki caminhou em direção a casa na árvore e rapidamente saltou até sua entrada, sem que precisasse usar as escadas de corda que ficavam penduradas.

Assim que abriu a porta e entrou, notou que o lugar estava organizado de certa maneira e isso o surpreendeu, já que não pisava ali faziam meses. Não sabia que alguém tinha ido a cabana sem que avisasse os demais e percebendo que essa organização só poderia ser obra de Yasuki, pois sempre foi a pessoa que tinha uma mania de limpeza.

A agradeceu mentalmente enquanto ia até um armário e o abrindo tirou uma mochila, onde tinham velas e alguns lampiões junto a tudo que precisava para acendê-los, pois era costume que deixassem tais equipamentos prontos para quando um deles fosse se “hospedar” na cabana.

Não demorou até acender todas as velas e lampiões e espalha-los por toda a cabana, deixando o lugar com um pouco mais de vida e iluminado também.

Logo trocou sua roupa por uma seca que ficava também guardada em um dos armários, pegando um ramén instantâneo e usando suas habilidades para aquecer a água e prepará-lo.

Enquanto comia sentado em um colchonete, Shinachiku pensava em tudo que tinha acontecido desde que havia retornado do monte myōbuku. Pensou que todo aquele treinamento tinha se tornado algo inútil frente ao que Akira tinha evoluído não só como pessoa, mas também em questão de força e poder.

Se sentia um inútil nas duas vezes em que tiveram frente a frente e a promessa feita a Ayumi que desistiria de fazê-lo retornar ainda se mantinha de pé, afinal, mesmo que quisesse e ouvissem vozes em sua cabeça dizendo para não abandoná-lo, iria honrar o que tinha prometido a sua companheira de time e pelo bem deles, colocaria um fim nessa busca.

Entendia que poderia estar deixando um amigo se afundar ainda mais nas sombras e escuridão, mas teria que pôr um limite a si mesmo sobre isso. Pensou que se Akira realmente quisesse sair dessa, teria que ser por conta própria e encarando seus próprios demônios, numa luta onde somente o Uchiha poderia fazer.

Terminando de comer, Shinachiku foi até o cozinha e jogou o copo de ramén na pia logo pegando o cantil onde tinha pego um pouco de água e a bebeu enquanto só desejava se deitar e descansar enquanto ouvia a chuva e a pequena ventania no lado da cabana.

Porém, ao escutar um assobio vindo do lado de fora da cabana, o Uzumaki estranhou enquanto pensava se alguém o tinha lhe seguido até aquele lugar, esperando que não fosse um agente da força policial que Naruto tinha mandado para buscá-lo, pois caso fosse, seria obrigado a agir de maneira de bruta do que não gostaria.

Mas ao ir até a sala olhar pela janela, se surpreendeu ao ver que Ayumi estava parada bem abaixo dele enquanto o encarava ensopada pela chuva, o que demostrava que ela o tinha seguido até ali por saber que era pra lá que iria quando precisava de um tempo de todos.

- O que tá fazendo aqui, Ayu?

- Precisamos conversar!

...


Notas Finais


Que capítulo bem diferente, não acham??
Muitas tensões estão se formando e oq estar por vir muito em breve 👀🤭😁

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Vou deixar alguns links de histórias que fazem parte do universo de Shippuden Story e que contam os acontecimentos antes de Konoha Next Generation!

Peço que deem uma olhadinha e lhes garanto que vão gostar muito dessas histórias 😉😊

• "Shippuden Story: Uma Nova História de Naruto Shippuuden" é minha primeira fanfic e peço que deem uma olhadinha, garanto que vão amar:

https://www.spiritfanfiction.com/historia/shippuuden-story-uma-nova-historia-de-naruto-shippuden-16613126


• "The Last Story" é uma fanfic que conta os acontecimentos após Shippuuden Story:

https://www.spiritfanfiction.com/historia/the-last-story-18407662


Links dos Spin-offs desse mesmo universo:

• "Da Redenção ao Recomeço".

https://www.spiritfanfiction.com/historia/da-redencao-ao-recomeco-spin-off-de-shippuuden-story-18334705


• "O Dia da Nomeação: O Nanadaime Hokage!".

https://www.spiritfanfiction.com/historia/o-dia-da-nomeacao-o-nanadaime-hokage-spin-off-18664311

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• Por último deixo uma história que não faz parte do universo de Shippuuden Story mas é uma boa leitura:

https://www.spiritfanfiction.com/historia/o-pergaminho-secreto-16182851

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Então é isso por hoje, pessoal!!!

Peço que comentem suas opiniões e o que estão achando da história até este momento 😃😁
Favoritem também, se puderem 🥰😘


Vejo-os no próximo capítulo,
Até lá, pessoal!!!


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