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História Side to Side - Jikook - 46 - Testing the control


Escrita por: Sweet_Kpopper

Notas do Autor


Boa Leitura! ^^

Capítulo 47 - 46 - Testing the control


Fanfic / Fanfiction Side to Side - Jikook - 46 - Testing the control

“Só existe uma lei no amor. Tornar feliz a quem se ama.”Stendhal

Jungkook P.O.V’s

Cumprir mais uma promessa, ainda que seja boba, para Jimin foi como estar em um paraíso. Prometi a ele que nossa relação não iria se resumir entre quatro paredes, ver seu sorriso abertamente e a forma despreocupada de se comportar entre outras pessoas, me fez presumir que estou no caminho certo. Gosto de assistir sua evolução psicológica, especialmente após ouvir inúmeros elogios vindos da equipe multidisciplinar que tem o acompanhado desde que assumimos nosso relacionamento.

O cinema estava cheio quando chegamos, a movimentação já esperada para uma noite de sábado. A maior parte das pessoas estavam ali pela estreia de um filme de ficção, mas Jimin e eu ficamos na dúvida entre seguir a onda ou procurar uma sala menos cheia. Deixei que meu namorado assumisse as rédeas da situação, desde a decisão sobre qual filme assistir, até a ação de me guiar no meio de tantas pessoas. O fato é que não estou acostumado a sair para lugares comuns, e por isso me apego aos passos de Jimin, e confio que ele sabe lidar melhor caso a situação não saia como planejado.

– Qual filme nós vamos assistir, meu bem? – Jimin perguntou, e tomou para si minha total atenção, enquanto sua dúvida estava focada no painel digital suspenso acima dos atendentes. – Um romance talvez?

– Posso indicar um filme para vocês? – Uma funcionária indagou, recebendo um aceno positivo do meu namorado. – Optem pelo filme de terror, ótimo gênero para casais que querem ficar um tempinho mais grudados.

– Eu não entendi, senhorita. – Respondi, deixando Jimin apreensivo com meu tom de voz, embora eu apenas estivesse com receio de que ele fosse novamente ofendido em razão de nossa orientação sexual.

– Me perdoe, senhor. Eu apenas quis dizer que este é o gênero mais escolhido por casais, um pretexto para ficarem mais agarradinhos. – Ela disse, me fazendo parecer um idiota pela reação agressiva. – De forma alguma quis ofender vocês.

– Se acalme, meu amor. – Jimin interveio, tentando mediar a situação constrangedora. – Perdão, senhorita. Meu namorado não está em um bom dia.

– Peço desculpas por minha grosseria, senhorita. Eu não deveria permitir que meu estresse afetasse outras pessoas dessa maneira. – Murmurei, evitando encarar as pessoas à nossa volta. – Dois ingressos para o filme que você nos indicou, por favor.

– Os dois são vinte mil wons*, senhor.

– Será em débito, por favor. – Entendi o cartão, notando Jimin me observar com admiração. – Pode digitar a senha, bebê. É a mesma que usamos no mercado.

Jimin terminou de finalizar o pagamento, nos dando uma janela de tempo de pouco mais de trinta minutos para resolver a questão do que comer. Meu namorado não optou por coisas pesadas, afinal marcamos de jantar após o cinema, e possivelmente encerraremos a noite em um local que ambos conhecemos bem. Não me recordo da última vez que estive em uma sala de cinema, passei anos frequentando locais seletivos o suficiente para manter a boa aparência, a exata forma que minha mãe amava, embora não gostasse de meu antigo relacionamento.

Na fila para entrar na sala de exibições, tive outro problema quando um desavisado encarando meu namorado e proferiu alguns insultos ao não ser correspondido, mas Jimin contornou a situação ao ignorar aquele comportamento e me beijar na frente de todos, reação que me surpreendeu e trouxe de volta a sensação de segurança. Obviamente o idiota ainda continuou falando, mas nada que viesse a nos atingir ou prejudicar.

Amei ainda mais o período de exibição do filme, especialmente as partes em que Jimin procurou por um abraço para tentar se esconder das cenas que o assustaram. No final, seguimos de mãos dadas até um restaurante italiano, escolha de meu namorado por desejar muito provar algo típico de tal país europeu. A noite inteirinha foi pautada nas escolhas dele, desde o que comer e até os locais que o fizeram se sentir à vontade.

Enfrentamos um pequeno problema com o restaurante, algo que foi resolvido sem que meu garoto percebesse, usando minha influência e o jeitinho de fazer um bom negócio. Isso não me ausentou de olhares tortos, mas por sorte Jimin não percebeu o tratamento gélido e preconceituoso de algumas pessoas à nossa volta. A opinião deles parou de ter importância no momento em que perdi o medo de ser eu mesmo, além de ter me libertado das amarras de viver conforme manipulação de terceiros.

Nosso jantar foi regado a um bom vinho, e após a refeição ficamos indecisos entre terminar a noite na boate ou ir direto para casa. O relógio marcava pouco mais de meia-noite quando atendi a mais um pedido de meu garoto, então seguimos até a boate para que ele pudesse dar fim à sua vontade de dançar. Embora tivesse certa aversão ao trabalho que fazia naquele local, Jimin nunca perdeu sua paixão pela dança, e entrar naquele ambiente como um cliente lhe dá a sensação de liberdade que não havia antes.

O local estava cheio como sempre, e sobre o palco finalmente pudemos ver a performance da nova protegida de Taehyung. É nítido o quão desconfortável ela aparenta estar, mas assim como Jimin, talvez não tenha tido outra escolha a não ser essa saída. A convivência com meu namorado me ensinou inúmeras verdades, dentre elas o respeito às pessoas que trabalham na boate, afinal não sei o que se passa na vida delas e o que as levou a esse modo de sobreviver.

O mais novo me deixou próximo ao bar, e seguiu sozinho entre as pessoas após dizer que iria à procura de seu ex-chefe para pedir nosso acesso a uma área mais reservada. Difícil foi ficar quieto observando desfilar aquele corpo escultural em meio a tantos idiotas, assim como ouvir claramente cada elogio pretensioso e segundas intenções através dos olhares. Jimin pareceu não se importar, evidenciando a sensação de segurança que sente quando estou por perto.

– Você por aqui novamente, gatinho? – A garota indagou, me fazendo reconhecê-la por ter sido a primeira com quem conversei dentro da boate. – O que vai beber hoje? Podemos resolver aquela pendência, hum. Saio por volta da meia-noite e...

– Uma dose de The Macallan para mim e um Mojito para meu namorado, por favor.

– Namorado? E onde o sortudo está? – Questionou, e debruçou sobre o balcão para tentar me persuadir. – Achei que não fosse do tipo liberal, isso é interessante. Podemos fazer um ménage se quiser.

– Proposta tentadora, senhorita. No entanto, eu jamais aceitaria dividir Park Jimin com outra pessoa. – Sua expressão mudou de repente. – Minhas bebidas, por favor.

– Aquele bastardo. Se vê-lo em minha frente, sou capaz de afundar as unhas em seu pescoço. – Murmurou, me deixando completamente confuso diante de sua reação agressiva. – Diga ao infeliz do seu namorado que quero meu dinheiro de volta, está bem? O desgraçado sumiu me devendo um milhão de wons.

– E por que Jimin pegou esse dinheiro com você? – Perguntei, embora estivesse duvidando de sua conduta, afinal meu namorado dificilmente se esqueceria de uma dívida. – Não importa. Irei deixar o dinheiro com Taehyung, pegue com ele no final de seu turno.

– E por que está pagando as contas daquele estúpido?

– É melhor do que precisar pagar alguém para dar um jeito em você, senhorita. – Notei quando ela engoliu seco e recuou. – Não responderei por meus atos se fizer algo a ele. – A mulher continuou em silêncio, deixando com seu assistente a função de terminar as bebidas e me entregar. – Se me derem licença, preciso voltar ao meu namorado. Muito obrigado por seu ótimo atendimento.

Segui até o escritório de Taehyung, onde o encontrei um pouco mais alegre do que o normal. Geralmente esperaria ser expulso ou uma coleção de insultos ao presenteá-lo com minha presença, mas dessa vez fui recebido com um sorriso um tanto quanto suspeito. Nem mesmo o relato da ameaça que a garota fez a Jimin afetou seu humor, ainda que o mais velho tenha dito que irá se certificar de que ela não chegue perto do meu namorado.

Por falar em Jimin, estranhei o fato de não o ter encontrado ali, afinal foi por esse motivo que ele me deixou sozinho no bar e se enfiou no meio da multidão. No entanto, minhas suspeitas se confirmaram quando ouvi a música que ele está acostumado a dançar para mim ecoando em todos os autofalantes do local, além de Taehyung, que me convidou a assistir ao show através da imensa janela de vidro atrás de si.

Precisei colocar meu autocontrole em prática, ou na certa iria descer até o local e o puxaria de cima daquele maldito palco. Deveria ter desconfiado que Jimin fosse testar meus limites desta maneira, da mesma forma que cada provocação será respondida à altura quando ele estiver amarrado e vendado sobre minha cama. Estamos juntos tempo o suficiente para meu namorado saber que sempre há uma reação para cada ação, e sou suspeito em dizer que ele ama me desafiar.

– Você estava ciente disso? – Perguntei a Taehyung, e ele apenas continuou a gargalhar da minha expressão.

– Óbvio que não. E se eu soubesse jamais te contaria. – Ele disse, então voltou a se sentar em sua cadeira. – Fala sério, Jeon. Não tem ninguém colocando as mãos nele, sabe perfeitamente que só você pode fazer isso.

– Mas estão olhando para ele. Veja esse bando de velhos nojentos desejando o que é meu. – Sussurrei, mantendo os olhos em direção a Jimin, enquanto ele parecia me procurar em meio à multidão.

– O mesmo olhar e tipos de palavras que JungHee lançou em sua direção quando estava no bar. Acha que não consigo ver aqui de cima? – Taehyung rebateu em tom mais sério. – E, por favor, não seja hipócrita. Você já esteve na mesma posição daqueles velhos, deveria se envergonhar de fazer tal julgamento. Até onde sei, não se aproximou de Jimin de um modo cordial, então não tem moral alguma quanto a isso.

– Só me preocupo com ele e...

– Já saquei seu jogo, Jeon Jungkook. Acha que tudo precisa estar sob seu controle, o jeito livre de Jimin o deixa cheio de inseguranças. – Disse ele, conseguindo minha total atenção. – Pode dominá-lo em sua cama, mas teme estar sob o domínio dele e passar por tudo o que passou em seu último relacionamento.

– Se fosse um dos seus namorados sobre aquele palco, o que faria?

– Continuaria apreciando o espetáculo. Jimin pode não gostar de trabalhar dessa forma, mas não tente negar a paixão por dança que é tão evidente naquele sorriso. – O mais velho respondeu, observando com cuidado o amigo que terminava a coreografia. – Não apague o brilho dessa personalidade por capricho seu, sou capaz de te enviar para o inferno se souber que está excedendo os limites dele e sendo um babaca.

– Jamais irei proibir Jimin de algo.

– Não está fazendo mais do que sua obrigação. – Taehyung murmurou ainda sério. – Sua missão é protegê-lo e não restringir os passos de Jimin. – O mais velho voltou a defendê-lo como um irmão. – Já terminaram. Vou pedir que o avise que está aqui em cima.

Ainda tomado pelos efeitos de Park Jimin, aceitei outra dose de Whisky que Taehyung me ofereceu. Meu namorado não demorou a aparecer, e como esperado estava na companhia de Hoseok e Yoongi. O mais novo me observou com certo receio, provavelmente esperando por uma bronca ou reação mais agressiva de minha parte. Então o chamei com cautela, dando dois tapinhas sobre a coxa indicando o local onde ele deveria se sentar. Notei que meu garoto estava ofegante e com o corpo trêmulo, resultado do esforço após meses sem pisar sobre um palco como aquele.

– Bela apresentação, bebê. Quero uma performance particular quando chegarmos em casa. – Sussurrei a segunda frase em seu ouvido, notando as reações imediatas de seu corpo.

– Não está irritado comigo?

– Digamos que tomei uma surra moral, tirando isso estou ótimo. Não se preocupe. – Murmurei, e em seguida deixei um selinho na pele exposta de seu pescoço. – Vai me sentir bem fundo e com toda a força hoje, meu amor.

– Camarim? – Jimin sugeriu, e discretamente pressionou minha ereção ainda prensada pela calça. – Ou no carro?

– Na minha mesa de bilhar, meu bem. De preferência com suas mãos bem presas pelo meu cinto. Vai ver como é bom me provocar. – O mais novo fez questão de deixar mais peso sobre meu membro. – Você não vai parar, não é?

– Acha que me põe medo, senhor? – Jimin murmurou, e me fez suspirar com aquela provocação, ao sentir o tom sensual de sua voz próximo ao ouvido. – Estou ansioso por uma punição. Quero marcas para me lembrar de você durante o período de sua viagem.

– Puta que pariu! Chama o bombeiro, Tae. Seu sofá vai pegar fogo. – Yoongi gritou, conseguindo nossa atenção em questão de segundos. – Jimin, nunca te disseram que calça de couro não combina com ereção?

– Por que está olhando a ereção dele quando tem a minha bem aqui, amor? Estou precisando apagar esse seu fogo. – Taehyung disse descaradamente, deixando meu namorado ainda mais constrangido.

– Só se for agora, mestre. – Yoongi se ajoelhou embaixo da mesa, evidenciando a deixa para sairmos daquele local.

– Então já vamos não é, bebê? – Chamei meu namorado, tendo seu consentimento imediato. – Hoseok, entrego seu amigo amanhã à noite, peço que cuide bem dele durante minha viagem.

– Sim, chefe. Por favor, deixe Jimin andando, não quero ter que carregar marmanjo. – A risada foi espontânea, assim como o abraço de Jimin para esconder a vergonha. – Tenham uma ótima noite.

No caminho até o estacionamento, fiz questão de passar em frente ao bar para ver se a garota falaria algo para Jimin, porém ela permaneceu de cabeça baixa e o ignorou quando foi cumprimentada. Durante o trajeto até minha casa, meu namorado me atiçou ainda mais, me fazendo manter a atenção dobrada para não tirar o foco do trânsito diante de nós. Com um simples toque ele me fez esquecer a ideia de vingança, ao menos até finalmente chegarmos em nosso destino.

Eram pouco mais de duas da manhã quando chegamos na mansão, e as únicas pessoas acordadas eram os seguranças que faziam ronda no jardim. Jimin foi o primeiro a sair do carro, e seguiu para dentro de casa dizendo que precisava ir ao banheiro com urgência. Não me apressei para segui-lo, me encarreguei de trancar a casa e levar a chave do carro até o escritório, onde também peguei mais uma dose de Whisky para me dar energia.

Tirei a jaqueta e abri os botões de minha camisa, os sapatos haviam ficado ao lado da porta de entrada, substituídos por pantufas como um costume adquirido desde a infância. O silêncio total me fez acreditar que o mais novo havia me enganado e estivesse em sono profundo, mas assim que passei o corredor em direção a escada, avistei algo, ou melhor, alguém sobre a mesa de bilhar em uma pose nada comum.

– Jimin?! Por que não me chamou? – Me aproximei a passos lentos, notando suas pupilas levemente dilatadas pelo imenso desejo. – Está tudo bem?

– Estou esperando, senhor. Aguardo ansiosamente minha punição? – Disse ele, então deixei o copo de Whisky sobre o aparador e me aproximei um pouco mais. – Eu me comportei tão mal, Jeon.

– Por que está fazendo isso? Acha certo ficar me testando dessa maneira? – Rocei lentamente nossos lábios, e senti sua respiração morna tocando minha bochecha. – Lhe proporcionar um orgasmo não é uma punição, meu anjo.

– Objetivo de te atiçar e deixar irritado, foi concluído com sucesso. – O mais novo sussurrou, então se ajoelhou sobre a mesa, me permitindo a visão de seu corpo nu parcialmente coberto pelo roupão entreaberto. – Sabe por que eu fiz aquilo, senhor?

– Me explique. – Senti alguns beijos sendo depositados entre minha mandíbula e meu pescoço, mas inicialmente evitei tocar seu corpo. – Amor?

– Vi você conversando com JungHee na boate, então me perguntei o porquê não posso receber elogios de outros homens, enquanto você recebe as investidas de outra mulher e permanece com a mesma postura. – Disse ele, trazendo o peso de suas palavras em cima dos meus ombros. – Acha que é o único a gozar de direitos aqui, meu amor? Você é meu, Jeon Jungkook.

– Eu sou... Eu sou seu, babe. Apenas seu. – Findei o espaço entre nossos lábios, enquanto uma das mãos deslizou para parte posterior de seu pescoço e a outra direto até sua cintura. – Essa noite, vou te provar o quanto pertenço a você, Park Jimin.

– Estou esperando, senhor. – Seu sussurro saiu próximo ao meu ouvido, fazendo meu membro endurecer ainda preso pela camada de tecidos. – Não me deixe mais ansioso.

Para atender melhor o seu pedido, deixei a vingança de lado por alguns instantes. Minha sede por desejo me impediu de enxergar o monstrinho que estava alimentando, e hoje Jimin não sabe apenas seduzir em modos comuns, meu namorado também é capaz de me colocar de joelhos e me fazer esperar ansiosamente por sua ordem.



Notas Finais


Beijos e até o próximo capítulo! <3


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