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História Silente Devoção - Tu te enganas, se crês que a teimosia seja uma virtude.


Escrita por: Hamal_ e Rosenrot9

Notas do Autor


Estava com tanta vontade de avançar na história e chegar nas partes que eu quero que ó VAPO mais um cap XD

Engraçado como no roteiro esse capítulo apesar de manter os mesmos elementos, aconteceria completamente diferente hahaha. Mas eu gostei das mudanças e espero que vocês também gostem.

Tem uma cena do Mu que deve ser lida imaginando a cena em câmera lenta ao som da musica Yello - Oh Yeah ...se vc não ler a cena assim ela perde 75% da graça uauhaha (quem não sabe que música é, vou deixar o link no final para uma propaganda da Kuat que usa a musica do jeito como imaginei na fic uhauhaha)

A capa da Fic é uma arte linda da Rosenrot, que eu tenho salva a algum tempo e que serviu 100% de inspiração para o cenário do capítulo. Inclusive tentei descreve-los de acordo com a fanart.

Capítulo 11 - Tu te enganas, se crês que a teimosia seja uma virtude.


Fanfic / Fanfiction Silente Devoção - Tu te enganas, se crês que a teimosia seja uma virtude.

♈ *** ♍ Período da Tarde – Santuário de Athena ♈ *** ♍

Após finalmente ter sua liberdade, Áries tivera algumas mudanças em sua rotina diária. Agora, todos os dias recebia pela manhã um servo em sua porta com uma mensagem lhe informando qual trabalho comunitário faria e em qual local deveria executa-lo. As ordens eram das mais diversas como: pintar os bancos da praça central de Rodório, ajudar a preparar e servir refeições no orfanato, lavar as arquibancadas da arena ou até dar aula de educação física para as crianças da creche.

Missões deveras simples para um guerreiro acostumado com treinamentos difíceis e trabalho braçal na forja.

Como parte de sua pena deveria realizar tais serviços por três meses. Apesar de não poder escolher o trabalho a ser executado e nem recusa-lo, poderia escolher o período, podendo se apresentar de manhã ou à tarde. Desse modo quando terminava sua “tarefa” diária, por assim dizer, estava livre para cumprir suas outras funções de ferreiro e cavaleiro.

Como naquele dia executara seu trabalho obrigatório pela manhã, agora Áries treinava na arena junto de outros cavaleiros de várias patentes e alguns aprendizes.

Com a mente focada e concentrada, o corpo ágil executando movimentos ligeiros, Mu atingia com os punhos enfaixados consecutivos golpes em seu inimigo imaginário. Sem descanso após usar os braços, dera início a uma sequencia de chutes potentes, girando no ar, elevando os pés acima de sua cabeça a fim de derrubar o terrível adversário invisível que enfrentava.

O sol ainda estava muito quente e seu corpo suava muito por conta do intenso exercício, tanto que os longos cabelos presos já estavam pingando, encharcados de suor e havia molhando completamente a bata de treinamento e o cos de sua calça. Mas nem o calor escaldante do astro rei eram empecilhos para detê-lo. Descontava no treino todo o estresse e tensão que estava passando.

Os dias após sair da prisão estavam sendo exatamente como o Cavaleiro de Áries imaginou que seriam: constrangedores e penosos. Não por conta dos serviços simples que executava ao cumprir sua pena, afinal o lemuriano não se envergonhava de trabalhar, seja no que quer que fosse.

O problema era outro.

Não tivera um único dia de paz e sossego.

Havia tentado evitar Aldebaran de todas as formas possíveis, deixando claro que não queria conversar, que não existia mais absolutamente nenhum assunto a ser tratado entre eles além do divórcio, mas o taurino era insistente e extremamente teimoso. Sendo ambos Cavaleiros de Ouro e frequentadores dos mesmos locais, além de vizinhos, foi impossível evita-lo. 

Foi desse modo que algumas situações extremamente embaraçosas para si ocorreram, pois já que não o recebia em particular o moreno apelou e o abordou em locais e momentos inoportunos, na frente dos companheiros, colocando toda sua paciência a prova ao expor ainda mais sua vida particular.

O resultado não podia ser outro se não embaraçosas discussões entre os dois, que só não ficavam ainda mais acaloradas e vergonhosas porque antes de perder completamente as estribeiras e protagonizar um verdadeiro barraco, Mu se teleportava, sumindo das vistas de todos.

A situação se tornou tão despropositada que poucos dias após estar solto a própria deusa proibiu o taurino de abordá-lo durante os treinamentos e trabalhos, pois o destempero e inconveniência de Aldebaran estavam atrapalhando o cumprimento da pena e as funções de Cavaleiro do lemuriano.

Era completamente ridícula a forma como Áries passou a quase fugir de Aldebaran. O que só aumentava ainda mais o mexerico, pois era nítido para todos que toda sua rotina se baseava em evitar ao máximo que se encontrasse com o brasileiro e quando isso não era possível,  e eram obrigados a estar no mesmo ambiente ao mesmo tempo, Mu se colocava o mais distante possível e preferencialmente de costas para o taurino.

Áries odiava toda essa exposição, era um homem reservado e recluso. Os companheiros de armas eram discretos e lhe poupavam ao máximo, não o enchendo de perguntas, ainda assim sabia bem que por baixo dos panos todos acompanhavam de perto a novela da qual havia se tornado protagonista.

Furioso, descontava em cada golpe no ar todos os sentimentos ruins e frustrantes que possuía, como se pudesse acabar com seus problemas ao derrotar seu inimigo invisível.

Após dar um giro rápido e saltar chutando, foi tirado de seu estado de concentração pela voz potente de Aiolia de Leão, que quase teve a cabeça acidentalmente acertada pelo pé do ariano.

— Wow! Vai com calma Mu! Presta atenção, quase que me leva a nocaute. Ainda bem que desviei na velocidade da luz.

Após a bronca do leonino, o lemuriano de olhos arregalados, notou que estava muito distante de onde havia começado o treino, e que o errado era ele pois havia invadido o espaço  do outro. Imediatamente abaixou a perna e tratou de se desculpar.

— Foi mal, desculpa Aiolia. Eu realmente não vi que estava tão próximo.

— Tudo bem, passou de raspão. Só toma mais cuidado, pois se acertar um aprendiz o pobre coitado nem vai ver de onde veio o golpe e com a força que usou, era da arena direto para hospital, ou pior, um encontro precoce com Hades! — Aiolia o alertou.

— Pela deusa! Nem repita isso. Mas tem razão, extrapolei no treinamento. Obrigado por me alertar, vou até dar uma pausa para esfriar o corpo. — Mu respondeu ofegante enquanto soltava o cabelo bagunçado e desgrenhado, aproveitando para ajeita-los com os dedos e voltar a prendê-los de modo firme, formando um rabo de cavalo no alto da cabeça — Me desculpe mais uma vez.

— Não precisa se desculpar de novo, mas faz uma pausa sim, bebe uma água, respira que você já derrotou metade do exercito imaginário com quem lutava. — Aiolia fez graça.

Mu não respondeu, apenas fez uma careta engraçada para o amigo e se retirou, o deixando voltar ao treinamento e indo em direção aos bebedouros se refrescar enquanto desenrolava as faixas da mão.

O bebedouro era formado por uma fileira de torneiras presas a uma parede de mármore por onde jorrava água gelada e pura direto dos lençóis subterrâneos através de uma bomba manual. Com muito calor, o lemuriano tirou a bata que usava, a jogando por cima dos ombros, abriu uma das torneiras e bombeou algumas vezes a manivela, logo fazendo a água geladinha brotar.

Sedento, inclinou a cabeça e bebeu diretamente da água corrente e após alguns bons goles decidiu se refrescar, não pensando duas vezes antes de se abaixar mais e colocar a nuca diretamente embaixo do fio de água.

— Hmm... — soltou um suspiro de satisfação ao sentir o líquido gelado molhando seu pescoço e um pouco do tronco a fim de diminuir o suor do corpo e abaixar sua temperatura.

Além do ariano outra pessoa estava precisando urgentemente abaixar a quentura que lhe acometia todo o corpo, esta ainda mais sedenta que Mu, mas não era a água gelada que almejava e sim o próprio lemuriano embaixo dela.

Shaka de virgem, que também estava treinando na arena, havia visto quando o amigo interrompera seus exercícios e achou uma boa oportunidade para se aproximar e conversar com ele.

Após Mu sair da prisão não haviam se visto com a frequência que o loiro gostaria, além disso, o amigo parecia um pouco distante. Era bem verdade que o tibetano estivera muito ocupado cumprindo seus deveres de Cavaleiro de Ouro, ferreiro, além da pena extra e ainda existia toda a situação desagradável com Touro e que Virgem percebeu afetar diretamente sua situação com o amigo, pois agora o lemuriano evitava subir as escadarias para não ter que passar pelo segundo Templo.

Ainda assim, Virgem receava que fosse também efeito de seus atos. Talvez após sair da prisão e ter contato com os outros, Mu não quisesse mais tanta proximidade entre eles ou até estivesse de algum modo incomodado com as investidas sutis que dava. De qualquer forma, sem ter certeza de nada e com muitas hipóteses em sua mente, Shaka não estava disposto a recuar tão fácil, havia esperado por uma chance por anos e Buda o ajudaria a avançar com mais calma.

Não que fosse fácil conter seus ímpetos, principalmente quando Mu protagonizava cenas extremamente sensuais e provocantes como aquela que se desenrolava no bendito bebedouro. O loiro deu graças a Buda por poder enxergar de olhos fechados e até desacelerou o passo, sentindo a boca secar e o corpo se incendiar com a visão deslumbrante a sua frente.

Por todos os deuses do Olimpo! Será possível que Mu não tinha consciência do quão sensual, viril e atraente ele era? As costas fortes de pele branquinha, com todos os músculos bem marcados e definidos por anos de trabalho moldando metal, a bunda dura e bem definida ridiculamente marcada pela calça apertada de treino e molhada de suor, as coxas grossas e fortes de anos de treinamento árduo, a água que escorria de modo quase obsceno pela nuca exposta e descia insinuante pelo vão da coluna até se acumular no cós e molhar ainda mais a maldita calça colada.

Uma infinidade de obscenidades devastou a mente do virginiano, além de uma sede avassaladora que lhe arranhou a garganta e só poderia ser aplacada ao enxugar toda a água e suor do corpo de Mu diretamente com os lábios, sugando e lambendo gota por gota.

Não sendo isso possível, para seu imenso desgosto, tudo que restou ao pobre virginiano foi fazer exatamente o mesmo que o amigo, antes que tivesse um colapso ou seu corpo o denunciasse.

Se colocando ao lado de Mu, apressado Shaka também retirou a camisa e aproveitando que os cabelos estavam presos em um coque no alto da cabeça, bombeou água fria para a outra torneira, fez uma concha com as mãos e tratou logo de refrescar o rosto, o pescoço e os punhos, diminuindo assim seu calor e sua libido inflamada.

— Pelos deuses, que tarde quente! — Mu comentou ao erguer o tronco e notar a presença do loiro ao seu lado também a aliviar o calor, puxando assunto com o mesmo — Se não desse uma refrescada, acho que iria cozinhar.

— Sim, o sol do verão grego é muito quente. — Shaka respondeu de forma trivial ao se afastar da água e enxugar o rosto molhado com a barra da camisa em seus ombros,  como se todo o calor que sentia fosse obra do treino e não da visão tentadoramente deliciosa do homem ao seu lado — Apesar de que estou acostumado. A Índia é bem quente também, deve ser difícil para você acostumado com as montanhas frias do Himalaia.

— Não faz ideia, meu único conforto é pensar que poderia ser pior. — o lemuriano riu e apontou com a cabeça para o outro lado da arena, onde Virgem pode ver Camus. Mesmo treinando com o cosmo ativo para lhe refrescar, o aquariano estava tão suado que parecia ter saído de um mergulho em um lago.

— Por Buda! Camus vai desmaiar de desidratação desse jeito.

— Vai nada, tem alguém atencioso e preocupado cuidando dele. — Mu piscou um olho para o virginiano e deu um sorriso travesso.

Shaka franziu a testa não entendendo de imediato o gesto do amigo, até que acompanhando seu olhar, viu ao longe Afrodite se aproximar do aquariano com uma garrafa do que parecia ser uma bebida isotônica e entrega-la ao ruivo de modo um tanto íntimo demais para os padrões “Camus” de proximidade e relacionamento.

— Ohh! Não me diga que... — Virgem ergueu as sobrancelhas surpreso ao virar-se para Áries — Desde quando?

— Desde quando o que? — o tibetano se fingiu de desentendido franzindo a testa e balançando a cabeça negativamente — Eu não sei de nada! — riu divertido, pois era péssimo mentiroso o que ficou obvio ao ver o amigo cruzar os braços e revirar os olhos por baixo das pálpebras fechadas.

— Uhum, claro que não! — resmungou irônico.

Mu riu ainda mais e logo foi acompanhado de modo discreto por Shaka.

Aproveitando o momento de descontração e intimidade, o ariano apontou para a arquibancada para que ambos pudessem se sentar e conversarem um pouco enquanto davam uma pausa nos exercícios.

— Estava querendo falar com você. — Mu disse assim que ambos se sentaram em uma parte com sombra dos enormes degraus que formavam a arquibancada da arena — Foi bom te encontrar aqui, assim evito ter que subir até Virgem.

— O Templo de Touro se tornou um problema não é? — o loiro aproveitou para sanar uma de suas suspeitas quanto ao afastamento do amigo.

Mu primeiro fez uma careta, depois entortou a boca ao dar um longo suspiro passando a mão pelos cabelos presos.

— Você não faz ideia. — resmungou — Dou graças aos deuses que os servos retiraram todos os meus pertences de lá enquanto estava preso e não precisei fazer isso pessoalmente. Não suporto ficar lá dentro mais do que alguns instantes. Nossos Templos são extensões de nós mesmos, nossos Cosmos impregnam cada átomo das casas que guardamos. Isso se torna extremamente opressor e incomodo quando o dono do maldito Templo é o seu ex! — Mu falava visivelmente irritado enquanto Shaka ouvia seu desabafo com atenção — Mesmo quando ele não aparece e me aborda, sua presença é tão forte que a cada passo que dou por aquele pátio, o sinto em cima de mim, me acompanhando, me observando como uma assombração fungando na minha nuca.

— Ele não desiste, não é? Entendo que taurinos sejam teimosos, mas isso já passou dos limites. Ele está completamente cego e sua insistência só esta piorando toda a situação.

— Exato. Você falou bem. Ele não colabora e está se comportando como um touro irracional ao dar cabeçadas contra uma parede para tentar vencê-la, quando era muito mais fácil contorna-la. Só que eu sou a parede e ele não percebe que está ferindo ainda mais a nós dois. — Mu fechou os olhos ao dobrar uma perna junto ao corpo, apoiando-a no degrau em que estava sentado e descansando o braço no joelho da mesma. Aproveitou a posição para dobrar o cotovelo e apoiar a cabeça em sua mão, massageando momentaneamente a têmpora.

Falar sobre o assunto o irritava demais, mas precisava muito desabafar e não havia melhor ouvinte do que o loiro ao seu lado, que além de ser seu melhor amigo, estava a par de todas as minúcias daquele termino de relacionamento complicado.

Abriu os olhos devagar, virando o rosto para o lado na direção do virginiano, mas ainda mantendo a cabeça apoiada em sua mão. Em silêncio Mu observou atentamente o amigo por alguns instantes. Mesmo relaxado, a postura do indiano continuava ereta, o semblante apesar de sério era sereno e transmitia uma paciência única.

Ao se sentir observado tão intensamente pelos olhos curiosos do lemuriano, o indiano arqueou uma das sobrancelhas em um questionamento mudo, que logo foi respondido pela voz cansada de Mu:

— Deve ser um martírio conversar comigo ultimamente, não é? Estou insuportável, eu sei. Pareço uma vitrola quebrada, preso ao mesmo assunto o tempo todo. Nem eu me aguento mais, só você mesmo para ter tanta paciência. Dor de corno é foda!

A ultima frase saiu de forma tão espontânea e acidental, que assim que notou o linguajar chulo que usara Mu imediatamente arregalou os olhos e corou, envergonhado pelo palavrão.

Shaka por sua vez bem que tentou se controlar, mas logo seu rosto começou a ficar vermelho enquanto mordia a boca, seus ombros balançado de leve e não sendo mais capaz de se conter, explodiu em uma gargalhada sonora, daquelas que fazem a barriga doer, o corpo todo tremer e os olhos marejarem.

Assim como o virginiano fora pego de surpresa com a fala inusitada do amigo, Mu não esperava aquela reação do loiro. Jamais achou que seu deslize fosse gerar aquela gargalhada gostosa e contagiante. Inclusive nunca havia visto o indiano rir de modo tão intenso antes.

— Me... Me desculpe... — Shaka dizia tentando parar e se conter, mas sem sucesso.

— Isso! Ria... ria bastante de mim, Shaka de Virgem! Belo amigo você, se divertindo a minhas custas. — Áries ralhou, mas logo estava contagiado pelo riso do amigo, rindo também — Todo castigo pra corno é pouco, não é mesmo?

— Isso é você quem está dizendo. — o indiano conseguia enfim se controlar, mas deixando escapar algumas lágrimas pelo rosto sorridente.

— Pois é, mas se os deuses assim quiserem logo sua diversão e meu martírio finalmente terão fim. — Mu falou um pouco mais sério ao se recompor — Era justamente isso que eu queria te contar. Ontem consegui finalmente ir ao cartório de Athenas e dei entrada na dissolução de união estável mediante audiência com Juiz.

Shaka parou de sorrir no mesmo instante, ficando sério.

— E o divórcio demora a sair? — disfarçou o interesse, usando um tom de curiosidade apenas.

— Infelizmente não sei te dizer. — Mu se ajeitou encostando as costas no degrau de cima — Depende do número de processos e pedidos na fila, de quando o Juiz poderá marcar a audiência, mas mesmo que demore dessa vez ele não poderá se negar a se separar, pois assim que a data for marcada ele receberá uma intimação de um oficial de justiça o obrigando a comparecer junto comigo na audiência. Lá, diante do Juiz ficará provado que não temos absolutamente nada que impeça a dissolução da nossa união estável, como partilha de bens, guarda de filhos e todas essas coisas, sendo o próprio Juiz a decretar a dissolução contenciosa, ou seja, não amigável.

— É realmente terrível que tenha que ser dessa forma.

— Nem me fale, mas acho que só assim, de forma assinada, documentada e registrada, aquele touro teimoso vai entender que acabou, que não existe mais absolutamente nada entre nós dois.

O lemuriano deu um suspiro e Virgem não disse nada. Apesar de ambos estarem felizes com a notícia de que logo o ariano estaria oficialmente divorciado, a forma como aconteceria tornava o assunto pesado.

Ambos divagaram por algum tempo em silêncio até que Shaka, cansado de ter a sombra do taurino pairando sobre os dois, se levantou jogando a camisa em seus ombros na arquibancada e começou a se alongar.

— Parece que já descansamos demais, quer treinar mais um pouco?  — propôs ao esticar os braços traz das costas — O sol está um tanto mais brando e lutar contra um adversário de verdade é mais produtivo do que contra o vento.

Em um pulo, Mu abandonou a melancolia, se pôs de pé, jogou sua bata ao lado da camisa do indiano e começou a alongar junto dele.

— Pois eu também acho. — disse animado com a expectativa de lutar com o amigo loiro.

Animado até demais, pois na verdade a ideia de trocar alguns golpes com Shaka, ambos sem camisa e suados, fez as borboletas que agora habitavam permanentemente seu estômago se agitarem e voarem eufóricas.

Não tardou para que ambos estivessem engajados em uma batalha ferrenha.

Mu era muito ágil e forte ao atacar, seus movimentos eram tão rápidos que o lemuriano parecia teleportar-se de lugar, apesar de não estar fazendo uso de seus dons raciais. Além disso, possuía chutes altos e vigorosos, tornando extremamente perigoso ao adversário ser acertado por um.

Shaka, por sua vez, era tão flexível e esguio que parecia não ter ossos no corpo. O indiano usava seu pouco peso para se mover com graciosidade e se esquivar dos ataques, tornando a tarefa de acerta-lo quase impossível para o outro combatente, enquanto procurava brechas para atacar com pequenos golpes locais certeiros.

A luta entre os dois parecia uma dança violenta perfeitamente sincronizada. O equilíbrio presente nos movimentos de ambos tornava o embate extremamente balanceado, ao ponto de que em quase todas às vezes que se enfrentaram o resultado era o empate.

Não seria diferente desta vez, porém mal haviam começado a trocar golpes quando foram interrompidos per uma voz grave e zombeteira.

— Boa tarde moças! Será que posso interromper a demonstração de balé das duas?

Virgem e Áries interromperam os movimentos que faziam surpreendidos ao se voltarem na direção da voz e encontrarem ninguém menos que o Cavaleiro de Fênix, de braços cruzados e um ar debochado no rosto a encara-los.


Notas Finais


Por essa vocês não esperavam não é? Ikki de Fenix? O que será que vai rolar?

Eu pretendia escrever e colocar toda a cena do Ikki nesse cap, mas percebi que ela vai ficar muito grande. Por isso eu parei aqui, de modo que vou poder explorar a cena dele bem melhor no próximo, sem ter que me preocupar com numero de palavras e tal.

não pretendo demorar a escrever também, e se tudo der certo em poucos dias terá a continuação (eu acho :v)

ps: gente fala sério, o que foi aquela cena do Mu embaixo da água? O Shaka viu tudo em câmera lenta, boca aberta e só pensando maldade igual no vídeo que vou deixar aqui uhauhauhauha RI MUITO imaginando a cena real x a cena que o Shaka viu uahuhaha

ps2: estava conversando com uma leitora... vocês gostariam de um extra, uma one onde eu descreveria como seria se tivesse rolado um Lemon láááááá naquela cena de tai chi do cap 5?

Tumblr com as Fanarts da Rosenrot
https://rosenrotstuff.tumblr.com/post/164576658346/fight-like-a-saint

Link para a propaganda com a musica Oh Yeah!
https://www.youtube.com/watch?v=nrZeWqpSPDM

Grupo no face das minhas fics - Fics trio ternura
https://www.facebook.com/groups/1522231508090735/

Grupo do Mushakismo, espaço reservado apenas para Mu x Shaka:
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