História Silly lovely - Drarry - Sirius Black

Desde a noite em que Harry foi jantar na mansão dos Malfoy, ele e Draco não se viram e agora, um dia antes do regresso a Hogwarts, o moreno pensava seriamente em voltar para a escola e com esse pensamento ele aparatou no Beco Diagonal para comprar seus materiais.

Não precisaria comprar penas e pergaminhos, já que no ano anterior ele saiu na metade do ano letivo para caçar as horcruxes de Voldemort e com isso, nem a metade de seus materiais haviam sido usados.

Viu os alunos do primeiro ano fazerem praticamente um tour para comprar seus matérias, sorriu para si mesmo quando uma garotinha puxou a bainha da sua calça para lhe pedir um autógrafo.

Depois de ser cercado por muitas crianças, ele conseguiu ir comprar seus novos materiais de poções. Severus Snape agora era um herói, mas mesmo assim ele continuaria sendo professor em Hogwarts.

Na semana retrasada ele, junto com a Ordem da Fênix, retiraram Sirius do véu. Era um feitiço muito forte para conseguir fazer isso, de uma magia muito antiga e que exigiria muito do núcleo mágico deles. Hermione havia desmaiado, Severus - como ele chamava agora - havia explicado para ele que a menina desmaiou porque era uma nascida trouxa e como o feitiço era de uma magia muito antiga, era preciso ter, pelo menos um resquício de sangue bruxo, claro que Hermione conseguiu, afinal era Hermione, mas isso a deixou muito esgotada.

Já que Sirius havia voltado e estava morando novamente em Grimmauld Place, pensou que o padrinho estivesse se sentindo solitário, então voltou a morar lá. Sirius ainda fez uma piada, dizendo que com Harry ali, diminuiam as chances de Monstro tentar matá-lo de vez.

O menino de cabelos rebeldes e olhos verdes riu, mas seu peito se apertou com o pensamento de perder Sirius novamente.

Passou pelo quadro de Walburga, que resmungava baixinho sobre a barulheira que os dois morenos faziam, riu baixinho e pensou que ela e Draco se dariam bem, ambos eram mal humorados e chatos.

- Do que você está rindo? - Perguntou Sirius confuso. Harry parou de rir, ao ver que estava sorrindo para o nada.

- Estava pensando em uma coisa.

- Ah... Pare de pensar e me ajude co essas caixas - Disse entregando uma caixa de roupas nas mãos do afilhado. - Você nem é bom em pensar mesmo.

E com isso, saiu dali, subindo as escadas. O moreno passou a mão pelos cabelos rebeldes, confuso, não endendeu muito bem o que o padrinho quis dizer, mas resolveu deixar isso de lado. Levou a caixa para o seu quarto e chamou monstro para arrumar as roupas no armário enquanto tomava banho.

Novamente Draco veio nos seus pensamentos, fechou os olhos com força, ele tinha uma linda noiva que o amava e que o esperava a anos. Pensou no que Ginny o disse há alguns dias, quando chegou n'A Toca tarde da noite quando voltou da casa dos Malfoy e viu que ela o esperava na sala, Ginny havia afirmado que Draco era apaixonado por ele. Esfregou a mão na testa, tentando se livrar desses pensamentos estranhos, resolveu se despir logo para entrar na banheira que já estava pronta.

• ☆ •

Com a ajuda da mãe, Draco escolheu, enfim, a roupa que iria usar no dia seguinte na plataforma 9 3/4. Ambos os Malfoy estavam bem animados em executar o plano "Seduzindo Harry Potter" e com isso passavam mais tempo juntos, fortalecendo o relacionamento de mãe e filho.

Lucius estava mais afastado que o normal e vivia saindo de casa, Draco temia que o pai voltasse a se envolver com artes das trevas , ele o amava. Durante sua vida inteira Lucius foi seu herói e não seria agora que as coisas mudariam.

Quando desceram, para o jantar, Lucius ainda não havia chegado, fazendo com que Draco e Narcissa fossem para a sala de estar da casa, para esperá-lo.

O mais novo se jogou em uma poltrona, recebendo um olhar negativo da mãe por estar amassando o terno negro, que fora tão bem passado pelos elfos da casa, já que Narcissa ordenava dizendo que não queria que eles usassem magia para o trabalho doméstico. Se usassem eles seriam punidos severamente.

A mais velha teve uma educação exemplar e não suportava que sua casa ou sua família não estivessem do jeito que ela havia planejado que séria desde os seus oito anos, quando começou a ter esse tipo de pensamento, porque, até então ela apenas se preocupava em brincar. Mas quando suas irmãs mais velhas foram para Hogwarts, ela começou a passar mais tempo com sua mãe e tia e guardou todos os ensinamentos de Druela e Walburga Black.

Seus anos em Hogwarts ela passou sendo apaixonada por Lucius, que já havia se formado e que tinha apenas olhos para o seu primo, Sirius, amor fracassado, já que quando estavam prestes a se casar, o moreno soube melhor sobre os ideais do loiro e o abandonou para ficar com o lobisomem, Remus Lupin.

Narcissa às vezes acreditava que talvez tivesse ficado com mais raiva de Sirius do que ele, na época em que isso ocorreu ela morria de amores pelo loiro e não acreditava que um dia alguém poderia ter o traído ou o trocado.

Lucius parecia ser apenas um comensal do mal, mas ele era uma boa pessoa, apenas queria que o sangue puro - que ele tanto prezava - se mantivesse nas comunidades bruxas e não virassem apenas centenas de mestiços ou sangues ruins.

Mestiços... Harry Potter era um mestiço. Draco Malfoy sua alma gêmea.

Oh! Por Merlin! Seus netos seriam um bando de mestiços com cabelos rebeldes e com miopia de alto grau. E ainda por cima teria que conviver com Sirius, afinal, ele era o padrinho de Potter e o mais próximo que o moreno tinha de uma família.

E sim, Narcissa já imaginava seus netos, ela sempre soube que Harry tinha uma quedinha - ou penhasco - pelo seu Draco, e que se o loiro quisesse mesmo o seduzir, com todas as suas armas, incluindo seu corpo e seu charme, Potter estaria deitado com ele na mesma cama e na mesma noite. Ambos, juntos, selando seu vínculo.

Olhou para o filho, deitado no sofá á sua esquerda e sorriu. Ela tinha tanta sorte por ter ele.