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História Simples assim... - Feliz Ano Novo!


Escrita por: Carol-Malfoy

Notas do Autor


Eu queria esperar pra fazer mais suspense, mas não me aguentei. Kkkkkkkkkkkk
É curtinho, mas espero que gostem!

Capítulo 16 - Feliz Ano Novo!


Enquanto colocava um pé na frente do outro por entre as mesas espalhadas pelo Átrio, seu coração estava aos pulos, sentia como se ele tivesse escolhido aquele momento para praticar hipismo. Entretanto, sua coluna estava ereta, sua postura tinha retomado a coragem adormecida que outrora ostentara com tanto orgulho. Seus olhos estavam focados no homem extremamente loiro que se apossara de seu coração e de grande parte de seus pensamentos, o homem que teve a paciência e a perseverança para juntar todos os seus cacos internos e montar o quebra-cabeças que o órgão em seu peito se tornara com a morte do seu antigo amor.

Naquele momento ele estava de costas, em pé, de frente para mãe. Ela finalmente se permitiu reconhecer verdadeiramente o quanto ele a atraía. Céus! Ele era lindo sob qualquer perspectiva, tudo lhe chamava a atenção. O que antes era um praticamente um tabu em seu interior, agora, depois de se ver livre das amarras que impusera a si mesma, lhe gerava um reconfortante frio na barriga.

Gina sempre esteve certa. Estava mais do que na hora de viver a sua vida e começaria agora mesmo. Bom, poderia se não tivesse sido interrompida por um armário disfarçado de homem com uma cabeleira loira que não era a que roubava seus sonhos se interpôs no seu caminho.

- Hermione! - o sorriso gigantesco de dentes perfeitos estava estampado no rosto do antigo colega de escola.

Quando ela sequer cogitaria que Córmaco Mclaggen cairia de paraquedas depois de tantos anos sem sequer ter notícias dele? Bom, ela sabia que ele tinha assumido os negócios da família depois de uma curtíssima carreira no quadribol, nada na primeira liga ou de muita relevância. Mas na época Gina achou hilário o fato do grifinório continuar tão arrogante ao ponto de acreditar que o dinheiro de sua família compraria uma vaga em algum time por muito tempo.

Mas porquê estava surpresa, afinal? Mclaggen sempre teve um dom para a inconveniência. Seu estômago chegava a embrulhar com as memórias do sexto ano em Hogwarts.

- Olá! Quanto tempo… - tentou ser simpática, embora seu sorriso fosse nitidamente falso.

- De fato, minha cara. - sorriu galanteador - Agora a pouco estava relembrando com um amigo os tempos de Hogwarts, quando a vejo passando para ir ao banheiro!

- Tirando as aventuras para as quais Harry me arrastava, realmente foram bons tempos. - sorriu sem dentes. Apesar de ser verdade cada palavra dita, ela não queria dar abertura.

- Foi impossível não me lembrar do quão próximos fomos, - ele tocou sua cintura - principalmente no sexto ano.

Ela franziu o cenho. “Céus, como ele conseguiu ficar ainda mais babaca?”, pensou. Ele seria um homem muito bonito se não falasse tanta asneira e não fosse tão ridiculamente arrogante e inconveniente.

Ela deu um passo para trás para se afastar do toque dele, sem saber o que responder sem parecer rude. Tinha plena consciência de quais eram os negócios da família Mclaggen. Depois de descobrirem novas propriedades mágicas da árvore de sequoia, expandiram os negócios e, agora, além de fornecerem materiais para confecção de varinhas, ainda entraram no ramo de pesquisas para novas poções. Sabia muito bem que qualquer reação impensada poderia ser um tiro pela culatra.

- Tive o prazer de conhecer seu pai no baile dos Malfoy… - sua melhor estratégia foi mudar de assunto.

- Que maravilha! - ele se aproximou novamente - Já posso riscar a tarefa de apresentá-la para os meus pais da minha lista. - e abriu mais uma vez o sorriso que mostrava todos os seus trinta e dois dentes.

Seria assustador aquele sorriso se a postura do loiro não a deixasse tão indignada. Usou de todo o seu autocontrole para não revirar os olhos e ser mal educada. Que Deus a ajudasse, mas sua vontade era sair correndo como nos tempo de escola. Entretanto a vida era injusta e era uma adulta agora, tinha que agir como tal.

- Conversamos apenas sobre negócios, por pouco tempo na verdade… - se afastou mais uma vez - As pesquisas em poções parecem ir maravilhosamente bem.

- Com certeza estão. Mas tem outras coisa que podem ficar maravilhosamente melhores agora… - ele voltou a se aproximar, passando os dedos grossos por toda a extensão do seu ombro até seu cotovelo.

Ela rapidamente deu um passo para o lado. Aquele homem definitivamente não era nada discreto, muito menos conhecia o conceito de espaço pessoal.

- Hãam… Eu tenho que ir… Trabalhar no Ministério não me dá folga nem nesses momentos. - mentiu descaradamente e não se sentiu nem um pouco envergonhada por isso.

- Tenho certeza de que pode ficar mais um pouco. - piscou - São tantos assuntos para por em dia...

Ela sabia exatamente o tipo de “assunto” que ele queria entrar, mas não se abalou. Pelo menos não até sentir a mão dele segurando a sua, tentando, de certa forma, prendê-la ali, então aquilo foi a gota d’água. Sua língua estava coçando para colocar aquele sujeito no lugar dele, pronta para dizer: “tem razão, até poderia, mas não quero”. Mas foi impedida quando uma mão em sua lombar e o cheiro familiar de colônia masculina cara se fizeram presentes.

Seu corpo reagiu antes mesmo que ela pudesse direcionar seus olhos para o recém chegado. Seu coração começou a bater descompassado, os pelos de sua nuca se arrepiaram, o frio na barriga voltou e teve que engolir em seco a súbita sede que lhe acometera.

- Mclaggen. - seu tom era frio.

- Malfoy. - retornou, sem soltar a mão da castanha.

- Hermione? - o platinado chamou sua atenção e ela finalmente se permitiu olhar para ele - O Sr. Morgade pediu para buscarmos algumas coisas na sala dele.

A sensação de alívio por sair da presença de Córmaco em nada aplacou suas reações corporais à presença do sonserino.

- Hermione e eu ainda estamos conversando. - se intrometeu - Não é? - questionou à castanha, mas sem desviar os olhos do outro.

- Como disse anteriormente, o trabalho não para por aqui… - soltou sua mão do aperto - Até mais! - apenas assentiu com a cabeça, enlaçando o braço de Draco com o próprio e seguindo rumo aos elevadores, não deu oportunidade para uma resposta.

Permitiu-se respirar apenas quando já estava segura dentro de um dos elevadores seguindo para o nível dois. Quando voltou-se para o loiro com o intuito de agradecer, deparou-se com o semblante claramente irritado, o que poderia não ser um bom sinal.

O medo de que Draco tivesse interpretado tudo errado caiu como uma bigorna em seu coração. Olhou ao redor tentando encontrar alguma forma, algo que pudesse lhe ajudar naquele momento, mas nada lhe vinha à mente. Quando abriu a boca para tentar esclarecer a situação toda, ouviu a voz arrastada em tom tão irritado quanto sua expressão transparecia.

- Babaca dos infernos!

Mordeu o lábio inferior, não sabendo como reagir. Mas foi salva de tomar qualquer atitude com as portas do elevador se abrindo. Malfoy saiu na frente e Hermione não demorou a lhe acompanhar, ambos seguindo para o escritório do chefe do departamento.

Assim que entraram na sala, o sonserino apenas a informou de tudo o que precisariam pegar e então ele começou a andar de um lado para o outro da sala. Hermione permaneceu estática. Era isso, Draco tinha entendido tudo errado e ela só sabia que tinha que encontrar um jeito para consertar aquilo.

- Me desculpa… - soltou sem pensar exatamente no que diria.

Draco, que estava em frente a uma das estantes no local, parou imediatamente o que estava fazendo, virando a cabeça para encará-la.

- O que? - a castanha notou o choque no rosto pálido.

- Me desculpa! - repetiu de forma mais audível. O loiro virou-se totalmente para ela.

- Por que está se desculpando? - as sobrancelhas loiras estavam praticamente unidas.

- Eu não sabia como reagir com Córmaco… - ela desviou o olhar - Eu estava indo justamente falar com você, quando ele simplesmente apareceu na minha frente e começou a agir como o ridículo que é. - voltou a olhar dentro dos olhos cinzas - E quando você ficou bravo comigo, eu percebi que pode ter parecido que tava rolando algo ali, mas não estava. Juro pela Ordem de Merlim!

- Ei, calma… - ele disse suavemente se aproximando da castanha - Não estou bravo com você.

Seu queixo caiu. Era isso, ela tinha demorado tanto tempo que agora já não importava mais para ele se ela estava ou não flertando com alguém. Sentiu uma segunda bigorna caindo sobre seu coração. Sua garganta secou e dessa vez foi por um motivo nada agradável. Seu queixo caiu levemente.

- Não está? - foi só o que conseguiu responder.

- Não, não estou… - ele se aproximou ainda mais, ficando a poucos centímetros da grifinória.

- Então por que estava irritado no elevador? - questionou confusa com a aproximação.

- Porque tinha um babaca dando em cima de você e te acuando. - chegou ainda mais perto, colocando ambas as mãos no rosto feminino.

- Mas você disse que não estava bravo comigo… - com aquela proximidade, ficada cada vez mais difícil para ela raciocinar.

- Não estou, porque sei que você não estava apreciando nada daquilo. - beijou a testa dela - Mas tem uma coisa que está me intrigando nessa história toda…

- O que? - seus olhos agora estavam focalizados na boca fina e na forma carinhosa que proferia as palavras e ao mesmo tempo sensual que o loiro a mexia.

- O que você queria falar comigo antes do Mclaggen aparecer? - ele afastou apenas o rosto poucos centímetros para olhar dentro dos olhos castanhos.

- Eu… - sua mente estava nebulosa pelo cheiro que emanava do corpo à sua frente. Fechou os olhos brevemente, tentando recuperar um pouco de consciência. - Eu… - ela ergueu a cabeça para conseguir vê-lo melhor, o sorriso torto já presente, mas os olhos curiosos - Eu só queria dizer que estou pronta. - sorriu minimamente, presa nos olhos tempestuosos.

Uma das mãos posicionadas no rosto dela, desceu para a cintura, enquanto a outra rumou para os cachos castanhos. Ele encostou a testa na dela, ambos aproveitando o momento e o que as palavras dela significavam.

- Espero que não esteja brincando comigo, Senhorita Granger… - brincou de olhos fechados. Mas ela sabia que ele queria apenas confirmar o que ela quis dizer.

Resgatando sua coragem grifinória, ergueu-se nas pontas dos pés, concretizando o que ambos queriam há tanto tempo. O tão esperado beijo aconteceu de forma delicada e lenta, como se os dois quisessem apreciar cada sensação daquele novo contato. Hermione teve certeza que naquele momento seu coração estava inteiro de novo, que ela estava inteira novamente, e tudo graças àquele homem em seus braços.

Eles não se importaram, nem sequer tinham conhecimento, mas já passava da meia noite.



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