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História Simplesmente Amor. - Nos dois.


Escrita por: Mache

Notas do Autor


Naruto, obviamente não me pertence.

Boa leitura.

Capítulo 13 - Nos dois.


Satânico é o meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão, em uma sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem”.

Carlos D. de Andrade.

 

Capítulo 13 – Nos dois.

Sasuke colocou a mão em minha cintura me puxando para junto dele conforme caminhávamos pelo tapete vermelho. Os flashes não o irritavam, muito pelo contrário, ele estava confortável naquele meio. Acenava, sorria e vez ou outra fazia algum comentário para um jornalista que ousava se aproximar dele. Ele nunca, em hipótese alguma, tirou a mão de minha cintura.

Conforme chegávamos perto do local do evento, mas jornalistas apareciam e Sasuke teve que parar para responder algumas perguntas feitas pelos mesmos. Eu não entendia nada do que eles falavam, não conseguia ouvir a pergunta no meio daquela confusão de gente. Fiquei um pouco desnorteada com aquilo, mas Sasuke sabia muito bem o que estava fazendo.

– É sempre bom ter o reconhecimento pelo nosso trabalho. A “Uchiha’s advogacia” trabalha arduamente para fazer as coisas acontecerem nesse país. Nós nos empenhamos demais em todas as causas e nossos clientes estão sempre em primeiro lugar. Esse prêmio diz muito mais sobre eles do que sobre nós. Se não fosse por eles, não estaríamos aqui. Então, eu só tenho a agradecer a confiança e o apoio de cada pessoa que entra em nosso escritório.

– Dr. Uchiha, onde está a amável Senhora Tsunade?

– Infelizmente, Tsunade veio a falecer em um acidente de carro. Foi uma perda grandiosa para todos nós.

– Senhor, quem é essa bela dama ao seu lado?

– Essa, é a senhorita Haruno, também merecedora dos méritos da noite, pois faz parte da equipe “Uchiha’s” e que me deu a honra de me acompanhar nessa bela noite – falou sorrindo para mim. Eu comecei a sentir borboletas em meu estômago.

– Dr. Uchiha, ela é simplesmente uma funcionária ou algo mais?

– Meus caros, em nome da “Uchiha’s” agradeço todo o carinho e atenção, mas temos que nos retirar. Tenham uma boa noite.

Ele se desviou dos inúmeros jornalista e me conduziu ao imenso e luxuoso salão onde haveria a premiação. Não pude deixar de pensar nas palavras do jornalista a respeito do que eu significava para Sasuke. Se era apenas uma funcionária ou algo a mais. Corei só de imaginar que poderia ser algo a mais.

Tínhamos uma mesa reservada, na qual tinha um jogo de jantar maravilhoso. Toda porcelana era de cor escura, de um cinza quase preto. Suas bordas tinham detalhes elaborados e minimalistas em prata e dourado. Vários talheres de tamanhos diferentes estavam postos ao lado dos pratos. Me repreendi por não ter olhado vídeos no YouTube explicando sobre regras de etiqueta e para que serviam aqueles três tipos de facas uma ao lado da outra. O jeito seria imitar os movimentos de Sasuke e dos nossos acompanhantes.

Sasuke começou a cumprimentar algumas pessoas que sorriam sem para na sua direção e me olhavam de forma intrigante. Comecei a me sentir deslocada no meio daquela gente, mesmo a noite sendo um conto de fadas. Não era a minha realidade, o meu mundo era bastante diferente daquilo. Me senti a princesa Cinderela, mas eu nunca quis ser a princesa, e nunca quis uma noite como aquela. Eu tentei ser a melhor companhia possível para Sasuke, e espero ter conseguido já que ele estava sorrindo com muita facilidade. Ou o fato dele está sorrindo sem parar se devia a quantidade de fotógrafos e jornalistas que andavam no meio das mesas tirando foto sem parar.

Escutei o nome de Sasuke ser anunciado no palanque onde todos os holofotes apontavam. Sasuke subiu no palco como se aquilo fosse algo corriqueiro em sua vida. Em nenhum momento o sorriso saiu de seus lábios o que me deixou sem fôlego. Ele estava tão lindo naquele terno preto e blusa vermelha por baixo. Parecíamos um casal, juntos combinando terno e vestido. Sua gravata preta reluzia conforme a luz beijava a mesma. Pegou o microfone com uma segurança que fez os pelos da minha nuca se arrepiarem. Comecei a imaginar aquelas mãos pelo meu corpo. Respirei fundo tentando colocar aquela imagem obscena no fundo do meu subconsciente.

Sasuke recebeu o prêmio e fez um belo discurso. Ele não parecia nervoso, estava seguro e firme diante daquela imensidão de pessoas atentas a cada detalhe que ele dizia ou fazia. Não pude deixar de notar a forma como ele brilhou enquanto se pronunciava. No final, eu pude perceber que não apenas eu, mas todas as pessoas presentes no salão estavam de olhos grudados em Sasuke. Eu não ousava piscar. Ele tinha esse efeito hipnotizador em mim e nas pessoas pelo que pude constar. Sasuke era um homem de poder.

Me assustei quando ele terminou de falar uma saraivada de palmas e gente ovacionando o seu discurso irrompeu pelo salão. Tive que me conter para não tampar os ouvidos de tanto barulho que se sucedeu depois de seu discurso. Ele desceu as escadas e caminhou de volta a nossa mesa onde eu o aguardava. Em sua mão esquerda segurava um troféu que brilhava conforme a luz do ambiente o tocava e no rosto trazia consigo um sorriso deslumbrante e um triunfo desconcertante. Sentou-se ao meu lado acenando para as pessoas que falavam com ele e o parabenizavam enquanto eu tentava em vão parecer tranquila e serena como se aquilo tudo fosse normal. Olhei para as minhas próprias mãos suadas e trêmulas de nervossismo.

– Parabéns – consegui dizer depois de alguns minutos.

– O prêmio é nosso. Parabéns para você também – ele me encarou ainda com um resquício de sorriso – Está tudo bem?

– Claro. Por que não estaria? - minhas mãos tremiam por de baixo da mesa.

– Você quase não comeu – falou avaliando o meu prato intocado e cheio de comida estranha que eu nunca vi na vida.

– Estou sem fome – o que não era mentira, já que tinha comido uma maçã em casa justamente por causa daquilo.

– tem certeza?

– Absoluta.

– Tudo bem então – disse sorrindo. Ai meu Deus, esse homem tinha que parar de sorris urgentemente.

Quando acabaram as premiações, um baile começou no salão ao lado. Vários ritmos de música foram tocados no salão e eu me senti mais uma vez como a Cinderela no meio daquela quantidade de gente dançando com os seus parceiros, uma valsa, um tango, ou qualquer outro estilo de música que desse para dançar a dois.

Sasuke me guiou até lá enquanto conversava animadamente com um conhecido. Vi tantas mulheres lindas dançando que me senti um pouco desconfortável ao notar os olhares que as mesmas lançavam em direção de Sasuke. Não era para menos, o homem era um verdadeiro deus de tão lindo e naquele terno então… De vez em quando eu me pegava de boca aberta admirando ele e tinha que me repreender por ser tão tonta. A esposa do amigo de Sasuke quis dançar, e assim eles nos deixaram a sós.

– Você bebe?

– Sim.

– Pode me acompanhar em um drink?

– Claro. Fico feliz que tenha me oferecido uma bebida. Estava com medo de me pedir para dançar.

– Quem sabe mais tarde – nos encaminhamos para o bar.

– Não me leve a mal, mas nem mais tarde, nem nunca.

– Vai me fazer essa desfeita?

– Vamos colocar dessa forma: se você deixar eu pagar o vestido, eu danço – arrisquei.

– O vestido foi um presente, pensei que já tivéssemos resolvido isso – ele olhou do barman para mim – Martini? - assenti – dois, por favor.

– Sem dança, tudo bem?

– Isso não vale – falou formando um vinco na testa.

– Não sei dançar essas coisas.

– Claro que sabe. Todo mundo sabe dançar.

– Eu não.

– Nem uma valsa?

– Não.

– Você deve ter dançado no seu aniversário de 15 anos.

– Não tive aniversário de 15 anos.

– Foi para Disney?

– Não. Não quis feste e nem presente – menti. Na verdade eu queria festa sim, mas a grana estava muito apertada e eu não poderia deixar a minha mãe se sacrificar por uma festa que duraria apenas algumas horas.

– Sakura, você é uma mulher interessante.

– Sou? - minhas pernas ficaram trêmulas ao ouvir o meu nome em sua boca.

– Você sabe que é – corei e desviei os olhos dos dele – e ainda tímida. Pelos deuses.

– Qual o problema em ser tímida?

– Nenhum. Só não estou acostumado com mulheres tímidas. Elas costumam ser um desafio para alguns homens.

– Não sei se gosto muito disso – falei sem graça.

– Eu acho bom. O cara que te conquistar terá uma joia e sua vida.

– Você nem me conhece direito e me chama de joia.

– O que eu conheço já é o suficiente – senti o meu rosto tornar a corar e aquilo rendeu um sorriso dele.

Sasuke pegou os copos e os deixou no bar, e antes mesmo que eu pudesse perguntar o que estava fazendo, ele me arrastou para a pista de dança.

– O que está fazendo? - perguntei entre dentes.

– Te ensinando a dançar.

– Mas eu… - ele me calou com dois dedos sobre os meus lábios.

– Relaxa, é só me seguir.

– Sasuke eu não sei dançar, é sério. Tá cheio de fotógrafos aqui, e amanhã sua cara de dor, assim que eu pisar no seu pé estará estampada em todos os jornais.

– Eu não me importo.

– Devia – olhei em volta nervosa – estou com um salto enorme.

– Acho que vou correr esse risco.

– Você me distraiu com esse papo de joia – resmunguei.

– Cada um joga com as armas que tem – sussurrou em meu ouvido me deixando excitada.

– Vou me lembrar disso quando pedir o seu descafeinado amanhã – ele gargalhou e em seguida me abraçou – você só precisa me deixar te conduzir. - puxou meu corpo para mais perto do dele e tornou a sussurrar em meu ouvido – respire.

Puta que pariu! A respiração dele em meu ouvido mandou calafrios pelo meu corpo inteiro e acabei ficando mais molhada do que já estava.

– Minha respiração está boa – menti.

– Mentira. - seu nariz roçou a base do meu rosto me fazendo tremer. Ele notou o efeito que tinha sobre mim e sorriu ainda mais – sua respiração está descompassada.

– Eu… não… - gaguejei.

– Só sinta a música, Sakura. - estava sentindo muita coisa, mas não era a música. Eu sentia o toque leve e delicado de Sasuke contra a minha cintura, sua respiração no meu pescoço, meu coração batendo alto e descontrolado, o perfume embriagador e delicioso que vinha dele, o suor nos meus pés a cada passo que eu dava, nos dois juntos no meio daquele monte de gente – tá vendo, não é tão difícil assim – e foi só ele dizer isso que eu pisei no pé direito dele – Ai!

– Eu avisei. Desculpa.

– Não doeu tanto assim.

– Você mente muito bem – ele riu de novo.

O restante da noite foi bem tranquilo. Dancei duas músicas com Sasuke e pisei no pé dele umas três vezes, ele não pareceu se importar e toda vez que eu pisava ele ria me fazendo gargalhar junto com ele. A tensão ou melhor o tesão mesmo foi diminuindo conforme eu me acostumava com o calor dele e tentava pensar em outras coisas que me distraíssem de seu corpo muito bem trabalhado e forte. Sasuke fez questão de cumprimentar todos os ganhadores o que fez meu coração se aquecer com a atitude dele. Eu ficava calada, não queria atrapalhar, mas todos se mostravam muito educados e atencioso comigo, e isso o deixava feliz. Nunca o vi sorrir tanto quanto essa noite e esse lado dele eu guardaria a sete chaves dentro do meu coração.
Por mais que eu soubesse que Sasuke era muito areia para o meu caminhãozinho e outro mundo completamente diferente do meu, fiquei feliz em saber que amigos nos poderíamos ser. Talvez a zona de conforte no qual eu sempre dizia “Bom dia Dr. Uchiha” se acabasse e os nossos laços se estreitassem mais.

O caminho para casa foi tranquilo. Não teve aquele silêncio que incomoda e sim um agradável que me permitia ouvir a respiração dele vez ou outra. Ele estava concentrado dirigindo e parecia tão sexy ao volante que eu sentia uma quentura tomar conta de meu corpo. Fechei os olhos querendo deixar qualquer coisa no sentindo erótico de lado. Minha boca ficou seca e eu tive que fazer um esforço tremendo para parar de pensar nele, quando dei por mim havia adormecido.



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