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História Sincronia - Sasusaku. - Capítulo dezenove.


Escrita por: Livy_s

Capítulo 20 - Capítulo dezenove.


Na manhã seguinte quando Sakura acordou tudo o que tinha restado de Sasuke eram as cobertas dobradas sobre a escrivaninha que indicavam que ele tinha passado a noite ali em um colchão em no chão. 

Denki ainda dormia e por isso Sakura perdeu alguns minutos admirando o rostinho sereno da criança antes de descer as escadas para preparar um café da manhã. Aquele seria um dia difícil. 

— Bom dia, amor — Sakura fez carinho nos cabelos claros da criança e lhe depositou um beijinho carinhoso na testa — Vamos acordar? 

— Bom dia — Ele piscou algumas vezes os olhinhos claros e esfregou o rosto, cansado — Onde tá o tio Sasuke? 

Sakura sorriu. 

— Ele foi trabalhar — Disse estendendo os braços para o mais novo — Vem, vamos tomar café. 

Depois de comerem algo Sakura se empenhou em arrumar a criança para a escola – De acordo com o que Nice a tinha orientado – E assim que estava tudo devidamente pronto os dois saíram em direção a estrada. 

Sakura deixou a criança em casa para que uma das babás o levasse a escola e seguiu em direção ao hospital. Enquanto dirigia apertava o volante com força entre os dedos, trêmula e nervosa com a condição da mãe. 

— Bom dia, Sakura — Foi o que o doutor disse assim que a viu passar pela porta — Está mais calma hoje? 

— Bom dia, doutor Senju — Forçou um sorriso — Como ela está? 

— Tivemos significativas melhores em seu quadro e ela já está estável — Ele disse analisando alguns papéis em suas mãos — Gostaria de vê-la?  

Estar em um hospital era sempre estranho para ela pois a lembrava das primeiras semanas após o acidente e estar novamente ali, naqueles mesmos corredores, fez algo dentro de Sakura se apertar. 

O quarto em que Mebuki estava era privativo e ela precisou acessar o cômodo com a permissão das enfermeiras. Lá dentro havia um leito todo equipado com as necessidades de sua mãe, uma poltrona bastante confortável e um pequeno banheiro. 

— Mãe? — Sua voz saiu fraca — Como a senhora está? 

Mesmo deitada em uma cama de hospital e com o rosto coberto de curativos sua mãe ainda era uma mulher imponente. Mebuki perdeu alguns segundos encarando a filha mais velha antes de dizer: 

— Onde está o Denki? 

— Está em casa — Sakura fitou os próprios pés — Ele passou essa noite comigo. Pode ficar tranquila. 

Algo na expressão da mais velha se suavizou e por alguns instantes Sakura se sentiu feliz por isso. 

— Por que veio? — A mais velha soltou de uma vez — Está cansada de me ignorar? 

— Mãe, eu... 

— Basta, Sakura — Ela desviou o olhar — Não quero ouvir suas desculpas. O que fizeram na casa do Sasori foi absurdo.  

— Não me arrependo — Rebateu — Pelo menos não dessa parte. Peço desculpas por não ter atendido as suas ligações. 

Mebuki parecia prestes a retrucar, mas ao invés disso suspirou pesadamente e se forçou a encarar o rosto familiar de sua única filha. 

— Quer saber? Não quero brigar, eu quase morri ontem, Sakura — A mais nova fitou os próprios pés — Vem aqui — Ela estendeu as mãos e Sakura se aproximou devagar — Deixa eu ver você. 

Mebuki perdeu longos segundos admirando o rosto de Sakura e em certo momento seus dedos foram parar junto aos da filha, ao lado do seu leito. 

— Você está linda — Confidenciou. 

Sakura sentiu algo em seu peito inflar tamanha a felicidade que aquelas palavras lhe traziam. Conhecia a mãe tempo o suficiente para saber que aquela era a maneira da Haruno lhe dizer que a perdoava e que as últimas semanas não tinham sido nada se comparadas ao que quase veio a acontecer. Sakura apertou com mais força as suas mãos. 

— Mãe, talvez esse não seja o melhor momento para te contar — Sakura mirou os olhos verdes da mãe, indecisa — Mas sinto que preciso dizer e então você pode surtar comigo a vontade. 

— Diga. 

— Eu amo o Sasuke — Suspirou — Sim, aquele “marginal” — Fez aspas com o dedo — Eu o amo e infelizmente nada do que a senhora ou qualquer outro venha a dizer será o suficiente para que eu me afaste.

Mebuki ficou em silêncio. 

— Sasuke salvou a minha vida, mãe — Sakura tinha lagrimas nos olhos — Eu não espero que o aceite ou que goste dele, mas preciso que você o respeite. Isso é o suficiente pra mim. 

A mais velha abriu e fechou a boca algumas vezes, prestes a falar o que pensava, mas desistiu quando viu os olhos da filha, tão parecidos com o seu, cheios d’água.  

— Tudo bem — Disse por fim — Se é assim eu respeito sua decisão. 

Sakura abriu a boca, incrédula e balançou a cabeça algumas vezes. 

— Por que só agora? — Indagou — Por que... Esse tempo todo... 

— Sakura — O aperto em suas mãos a fez encara-la — Eu me odiei desde o momento em que você foi parar em uma cama de hospital e tudo o que eu consegui foi observar enquanto todas as coisas e as pessoas que você amava foram levadas para longe de você... 

— Mas, mãe... 

— Me deixe falar, por favor — Ela ergueu uma mão em sinal de repreensão e Sakura assentiu —

Eu vi você se afundar e definhar, indo cada vez mais fundo para um lugar que eu não sabia se conseguiria te resgatar. Eu sinto muito, filha, de verdade. Sinto muito por você ter perdido a sua motivação. 

A essa altura Sakura já chorava e por isso Mebuki tinha um sorriso frágil estampado em seus lábios machucados. 

— Você sempre foi tão sensível — Balançou a cabeça — Eu te vi murchar e perder o seu brilho e a cada dia que se passava eu me sentia mais culpada ainda. Pensei que se a obrigasse a morar comigo ou até mesmo se voltasse com o Sasori as coisas iam melhorar, mas tudo o que eu fiz, como sempre, foi estragar as coisas entre nós. Tudo o que eu sempre quis foi te ver bem. 

— Eu estou feliz agora — Garantiu — Tenho amigos e um homem que ama e que moveria o céu e o inferno apenas para me ver sorrir — Pensou em Sasuke, lá fora, e seu peito se aqueceu — Eu vim até aqui para dizer que não vou desistir do nosso amor e que agora finalmente consigo recomeçar minha vida. Espero sinceramente que você queira fazer parte dela. 

— Eu te devo um pedido de desculpas — Disse a mais velha, envergonhada — A última vez em que estive na sua casa falei coisas que não tem perdão — Seus olhos pareciam sinceros — Eu só queria arrancar alguma reação sua, qualquer uma que fosse, nem que o ódio fosse uma delas. Apesar de tudo eu tive medo de perder você. 

Depois disso mais nenhuma palavra seria necessária entre as duas e de maneira muito tímida Sakura se abaixou e se permitiu sentir os braços de sua mãe rodeando o seu corpo. Faziam muitos anos que as duas não tinham uma interação como àquela e se era ou não culpa do acidente Sakura não importou. Pela primeira vez em anos se sentia realmente amada. 

* * *

 Saber que a mãe estava bem foi um alívio para Sakura e quando ela saiu daquele consultório noventa por cento da tensão que sentia antes tinha sumido. Entrou no seu carro e discretamente passou os olhos pelo local à procura de uma figura um tanto quanto familiar. 

Sasuke estava parado, sozinho, em meio ao estacionamento e usava aquele mesmo uniforme que estava no dia em que se conheceram. Coturnos de couro, uma espécie de farda azul escuro e os braços cruzados em frente ao peito. 

— Oi, gatinho — Sakura estacionou a sua frente e o fitou com um sorriso pervertido, perdendo alguns segundos admirando seu corpo.  

— Bom dia, madame — Ele sorriu de canto e se apoiou na janela do carro, selando seus lábios — No que posso te ajudar? 

— Você fica um gato vestindo esse uniforme — Ela mordeu os lábios e o encarou de cima a baixo. 

— Posso usar depois, se quiser — Ele piscou com um só olho, fazendo Sakura gargalhar —

Como você está? — Seus dedos foram parar em seu rosto e ele fez um carinho suave enquanto Sakura mantinha os olhos fechados — Vocês conversaram? 

— Depois falamos sobre isso — Ela sorriu — Hoje o pessoal vai lá em casa. Estou pensando em levar o Denki. 

— Saio as oito — Sasuke deu de ombros — Vou direto para lá. 

— Vou estar esperando — Sakura jogou um beijinho no ar — Até mais, amor. 

* * *

Quando a campainha tocou Denki correu animado para atender a porta e acabou dando de cara com Temari e Shikamaru que o cumprimentaram de forma sorridente. 

— Quem é o pirralho? — A loira bagunçou seus cabelos loiros, sorrindo. 

— Prazer, Denki — Ele estendeu a mão em um comprimento, o que fez Shikamaru gargalhar — Denki Haruno. 

— Sou Shikamaru — O garoto se ajoelhou no chão e lhe devolveu o aperto — Shikamaru Nara. 

— Essa criança ainda vai dominar o mundo — Foi Karin quem disse enquanto carregava uma enorme tigela de macarrão — Mais cedo ele disse que a Hinata era bonita demais pro Naruto. 

— O menino sabe das coisas — Suigetsu disse e ganhou um olhar intimidador do loiro — O que foi? Ele quem disse, ué. 

— Não comecem com isso de novo — Hinata surgiu na porta da cozinha — Além do mais preciso de ajuda aqui, amor. 

Naruto se levantou correndo e foi em direção a cozinha. 

— O Sasuke já vai descer? — Shikamaru perguntou — Preciso falar com ele. 

— Me procurando? — O moreno desceu as escadas trazendo um cheiro gostoso de shampoo —Não posso nem tomar banho em paz nessa casa. 

— Dae, cara — Os dois trocaram um cumprimento — Olha só... 

Então os dois morenos engataram uma conversa enquanto Sakura e Temari foram para a cozinha ajudar Hinata. 

Mebuki ainda ficaria no hospital por mais uma semana antes de ser liberada e algumas noites Sakura passou ao lado da mãe. Ainda não tinham uma relação totalmente sincera e em uma noite até chegaram a discutir; Mebuki era como pólvora e se contrariada podia causar uma bela de uma explosão. Sakura sabia disso mais do que ninguém.  

Denki estava em sua casa desde então e ver o menino se familiarizar com sua vida de maneira tão rápida fez Sakura se questionar o porque tinha estado longe por tanto tempo.  

Olhando para trás agora ela podia perceber como tinha estado doente e seus dias que antes eram cinzas agora traziam várias tonalidades de cores. 

Em dado momento, enquanto Sakura se empenhava em cortar cenouras, viu Suigetsu passar correndo com um Denki bastante risonho em suas costas.  

— Meninas — Temari cortou o silêncio — Tenho uma novidade para contar a vocês. 

— Meu deus — Karin bateu palmas — Você tá grávida? 

Temari revirou os olhos. 

— Que saco, sua fofoqueira — Deu um empurrão de leve na ruiva, que arregalou os olhos — Estou de dois meses. Descobrimos ontem a noite. 

Hinata, que até então estava em silêncio, se manifestou. 

— Tema! — Ela tinha um sorriso de orelha a orelha — Não acredito, parabéns! 

— Eu estou com medo — A loira confidenciou — Ainda somos inexperientes e... 

— Escuta aqui — Sakura a segurou pelos ombros, mirando seus olhos — A gente vai estar aqui para ajudar vocês a cuidarem dessa criança, não é? — Hinata e Karin concordaram — Estamos muito felizes por vocês. 

Então o restante da noite se passou entre conversas animadas que iam desde um possível nome até os cuidados mais básicos de um bebê.  

— Vai ser uma menina — Sasuke disse enquanto cortava um pedaço de carne e colocava no prato de Denki — Dizem que quando o pai é safado vem menina. 

— Isso foi uma acusação, Uchiha? — Temari estreitou os olhos e se virou em direção ao marido — Shikamaru Nara, pode me explicar isso? 

— É brincadeira, amor — Ele riu — Pra mim qualquer um dos dois está perfeito.  

— É um menino — Suigetsu disse como se fosse óbvio — Quer apostar? 

— Ninguém vai apostar o sexo do meu filho — Temari fez cara feia, mas logo voltou a sorrir —Além do mais, falando em Uchiha, alguém sabe por onde anda o Itachi? 

— Ele tem saído bastante com aquela coroa — Naruto deu de ombros — A que era professora, sabe? 

— Itachi está em um relacionamento sério — Sasuke sorriu, debochado — Pode vir fim do mundo, estamos aguardando. 

— Tá doido? — Temari arregalou os olhos — Tenho que conhecer meu filho antes disso... O Itachi que se mantenha comportado até lá. 

As risadas foram a companhia da noite e o que era pra ser uma janta se estendeu quase até o meio da madrugada. Karin e Suigetsu foram os primeiros a ir embora e agora os Nara tinham acabado de se despedir.  

— Boa noite pessoal — Sakura gritou lá da porta — Voltem mais vezes. 

Lá dentro encontrou Sasuke e Naruto apostando uma partida de baralho e Hinata sentada sobre o sofá enquanto Denki penteava e trançava seus cabelos. Sakura sorriu. 

— Hinata — Sakura se sentou ao lado da amiga e discretamente seus dedos se entrelaçaram —Obrigada. Por tudo.  

— Estou feliz em saber que você está reconstruindo sua vida — A morena sorriu, os olhos azuis cheios de lágrimas — Não sabe o quanto é importante para mim. 

— Sem sentimentalismos. Sabe que eu amo você. 

— Te amo bem mais — Sorriu, convencida. 

— Mana — Denki pulou entre elas, sorrindo sem parar — Posso comer sorvete? 

— Não sei se você merece — Sakura fez uma cara pensativa. 

— Tio? — O menino saiu correndo — Tio? Tio? 

— Oi? — Sasuke desviou a atenção do jogo para olhar para o pequeno. 

— Posso comer sorvete? 

Sasuke olhou para Sakura e esperou ela sorrir, antes de confirmar. Denki saiu sorridente em direção a cozinha. 

— Parece que você perdeu o irmão — Hinata brincou. 

— É, o Sasuke tem esse poder — Se jogou contra o sofá — Mas que o Denki é um puxa saco isso não vou negar. 


Notas Finais


É com muito orgulho que anuncio que esse foi o penúltimo capitulo dessa historia e no próximo finalmente teremos uma conclusão... Ele já esta escrito então provavelmente até quarta eu já posto.

Comentem e me contem o que estão achando, ok? Isso inclui todos os fantasminhas que estão por aqui hahaha


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