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História Sinergia - Sinergia


Escrita por: anggieparra

Notas do Autor


Sinergia: Accion de dos o más causas cuyo efecto es superior a la suma de los efectos individuales.

Capítulo 19 - Sinergia


Itziar

Nossas línguas dançavam em sintonia, já nos conhecíamos o suficiente para saber como fazer. Nossas cabeças seguiam o beijo conforme a intensidade estava, Álvaro comia-me a boca e eu só estava desejando mais. Segurei seu rosto com minhas mãos deixando-o ainda mais próximo de mim, sentia as mãos dele passeando por toda minhas costas e um dos seus braços agarrou-me a cintura colando instantaneamente nossos corpos - sem que houvesse um milímetro de espaço entre nós dois.

O beijo estava frenético, cheio de volúpia e tensão. Nossos lábios abriam e fechavam enquanto tentávamos satisfazer um ao outro apenas com a boca, mas compreendíamos que aquele beijo não seria suficiente para o que nossos corpos imploravam.

Nós desejamos aquilo juntos.

Uma das mãos de Álvaro adentraram em minha blusa, pude sentir o arrepio da minha pele mediante ao contato gélido de suas mãos; arfei pelo choque de temperatura e em seguida senti nossos lábios desgrudarem enquanto sentia a realidade surgir repentinamente. Coloquei as mãos em seu peito e o afastei um pouco do meu corpo, tentava normalizar minha respiração - ele também estava ofegante.

Nos olhamos por alguns segundos que pareciam anos, adorava admirá-lo, adorava como seus fios de cabelo ficavam desalinhados em meio ao caos, adorava seu rosto corado e adorava como ele ficava perante a mim. Senti a mão de Álvaro subir até meu cabelo, puxou meus fios desde a raiz e fez com que nos olhássemos profundamente; suas pupilas dilatadas e seus olhos lacrimejando.

- Minha mão estava muito gelada? - sussurrou enquanto tentava normalizar a respiração.

- Esse é o menor dos meus problemas… - falei quase sem voz.

- Pues diga-me, qual é o teu problema?

Seus dedos que estavam fixos na raiz do meu cabelo foram até um fio que estava em meu rosto - cambiando o clima no mesmo instante - com seu dedo indicador colocou a mecha para trás e contornou meu rosto.

- Estamos sendo egoístas… - abaixei meu olhar, recusava-me mirá-lo no fundo dos olhos - Estamos pensando apenas em nós dois, mas há muitas outras pessoas envolvidas.

- Joder… - ele tirou-me dos seus braços e afastou rapidamente de mim, como aquele rompimento doeu minha alma.

- Álvaro não quero e não posso acabar com sua família! - falei com seriedade mas com a voz branda.

- Assim como pediste para que não falasse dele, te pido que também não falemos sobre isso… - respirou fundo e aproximou-se novamente enquanto o silêncio fazia-se presente - Queres que me vaya?

Tentei processar aquela pergunta; apesar de saber o que eu deveria responder, não conseguia pedi-lo para sair da minha casa, eu o queria perto de mim naquela noite. Álvaro observava-me por inteira, seu olhar ia em meus cabelos, em meus olhos, em minha boca e em todo meu corpo - mas com um olhar que sinceramente eu não conhecia, não era tesão, mas sentia que ele desejava-me.

Ele estava na minha frente, totalmente absorto. Esperava minha resposta, mas seus olhos estavam passando por todo meu ser; seu olhar não apenas observava-me, mas chegava em minha alma.

- Estás mirando-me… - tentei achar uma forma de pedir-lhe explicações, mas não sabia como continuar aquela conversa.

- Sabes que não contestou a minha pergunta, sim? - Álvaro não estava tão longe, mas distante o suficiente para que eu pudesse sentir a falta do seu toque - Queres que me vaya?

- Tu sabes qual é minha resposta… Queres ouvi-la em minha voz? - perguntei acercando-me morosamente dele.

- Claro, quero escutar-te falar que pensas o mesmo que eu - ele acompanhou meu movimento acercando-se um pouco mais de mim.

Nossos corpos mesmo sem o toque um do outro podia sentir a energia vibrar com a aproximação. Jamais pensei que pudesse ter o que tenho com ele… Em toda minha vida nenhum homem mirou-me como Álvaro mira-me; é um olhar de cuidado, respeito, cautela e um tanto de amor - mesmo não sabendo como definir essa palavra.

- Vale… - estávamos tão perto que conseguia sentir a sua respiração bater em meu rosto - Sabes que… Não imagino essa noite sem ti…

Um sorriso formou-se em seus lábios, dando-me a visão de uma covinha em seu rosto. Já sabia o quanto ele era hermoso, mas vê-lo totalmente vulnerável a mim - consequentemente somente meu - acabou com minha estabilidade. Meu coração acelerava e minha respiração estava cada vez mais cortada; como minha pele implorava por um toque dele.

- Me alegro que seja apenas nós dois aqui, sem riscos - uma de suas mão acariciou-me no rosto docilmente, explorando cada traço e cada detalhe.

- Vamos olvidar por um momento que temos uma vida lá fora… - sussurrei com súplica. 

- Fiz isso no mesmo instante em que resolvi vir até aqui - Álvaro estava observando cada molécula do meu rosto - Eres tan hermosa… - mordeu o lábio inferior e fundiu mais uma vez nossos corpos.

Senti sua mão em minha cintura enquanto a outra segurava meu rosto sutilmente, como se aquele gesto fosse nos permanecer grudados por uma eternidade - queria que a eternidade existisse naquela noite.

Mirou-me no fundo dos olhos, um olhar tão sereno que jamais tive sobre mim; tive que subir o olhar - pela nossa diferença de altura - para retribuir o gesto, mas não conseguia tirar a mirada da sua boca inchada e rosada - visivelmente que ele desejava o contato tanto quanto eu.

Permiti-me tocá-lo sem sentir a culpa dominar-me por inteira, apesar de saber toda a nossa situação porta a fora daquele apartamento, eu esforcei-me para olvidar tudo e todos. Meu polegar esquerdo contornou todo desenho dos seus lábios, sentindo meu corpo arder enquanto o traçava com o polegar. Acariciei sua bochecha e pude sentir a sua barba por fazer e contornei todo o seu rosto, como era inexplicável admirá-lo. Álvaro era um homem de uma beleza surreal, seus olhos eram bonitos, seus lábios, seu rosto, as suas sobrancelhas, seu cabelo, seu corpo e toda a sua essência. Era difícil não enamorar-se daquele ser humano à minha frente.

Estávamos entrando em um jogo imprudente, mas naquele momento ambos já não assimilava que estávamos jodendo nossas vidas, apesar de saber no que levaria aquela troca de carícias, meu coração estava em pedaços; sabia e tinha consciência que ele não era meu.

Álvaro com os lábios semiabertos acariciava os meus, sentindo a sua respiração contra a minha e tornando-a uma só. Não pude tampouco quis segurar-me, aquela troca de afeto e aquela provocação já não fazia mais sentido; o beijei sem hesitar - talvez aquela seria nossa última noite juntos. Seria nossa despedida e eu daria tudo de mim.

Uma das minhas mãos foram até a sua nuca e a outra brincava com a sua barba enquanto explorávamos um ao outro. Nossas línguas dançavam como Crazy Love de Van Morrison - era como se fizéssemos arte juntos. Éramos a obra de arte mais linda do museu, éramos o poema mais doce e singelo para declamar… éramos nós, estávamos entrando em uma sinergia que somente ambos tinham acesso.

Álvaro mantinha suas mãos agarradas a minha cintura, firme e cada vez com mais pressão em meu corpo para que ficássemos grudados - nossos corpos estavam quase fundindo um ao outro.  Éramos o encaixe perfeito, como se nossos corpos fossem desenhados para estarem juntos e realmente isso assustava-me.

Beijo doce e calmo... Como se tivéssemos todo o tempo do mundo - mas sabíamos que isso era efêmero - queria aproveitar ao máximo o que o universo havia nos presenteado.

Meu corpo arrepiava-se por inteiro, jamais pensei em sentir tais sensações - nem sabia que elas existiam até conhecer o seu toque e o sabor da sua boca. Álvaro sabia como tocar em pontos que jamais ninguém tivera a capacidade de despertar - ele era fogo como o sol mas ao mesmo tempo tinha todas as fases como a lua… e sabia utilizar cada uma em seu espaço.

- Tengo miedo... - sussurrei com a respiração cortada, tentando recuperar o fôlego que ele o tinha tirado.

- De qué? - juntou nossas testas enquanto acariciava o meu cabelo.

- Quizás de tudo? - respondi-lhe tentando não dar um passo para trás, em seus braços eu tinha encontrado um conforto, um calor e uma proteção que nunca havia sentido antes.

- No tengas... Pelo menos não hoje, não esta noite. - deixou um beijo curto em meus lábios e com uma mão em minha cintura, abraçou-me ainda mais para perto dele. Nossos corpos entraram em uma conexão inexplicável, o seus braços em volta do meu corpo era como as estrelas em uma linda constelação; nós éramos um feito do universo.

Sentimos a respiração um do outro e naquele momento decidi deixar a nossa vida para trás, resolvi estar por inteira para ele e com ele.

- Que sejamos nós dois... - o beijei com delicadeza e sem pensar mais resolvi que aquela noite seríamos apenas os dois e esse sentimento que havia formado em nós com tanta virtude. 

§§§

Álvaro

Tê-la em meus braços foi como se eu pudesse segurar o mundo nas mãos. Itziar era uma mulher extraordinária, a cada passo que dávamos eu a conhecia e queria conhecê-la ainda mais; como ela enchia-me os olhos, a alma e o coração.

Nossos lábios encontraram-se novamente e nossas línguas dançavam em sintonia, como se nos conhecêssemos há séculos. Tínhamos a verdadeira sinergia, tínhamos um ao outro e naquele momento era apenas isso que importava-me. Olvidei-me do mundo lá fora e estava totalmente rendido e entregue à loira com o par de olhos cristais que beijava-me com devoção.

Nossas bocas separaram-se por um momento e ela sorriu genuinamente, estava com o semblante sereno. Senti seus dedos envolverem os meus e guiou-me pelo pequeno apartamento sem dizer sequer uma palavra.

O corredor parecia demasiado estreito para o desejo que estávamos sentindo naquele instante, era uma mistura de emoções… era como se aquele caminho fosse proibido mas ao mesmo tempo tão consentido.

Confesso que pensar que aquele quarto para onde caminhávamos era dela e de outra pessoa, fazia-me ficar um tanto quanto mexido e isso consequentemente fazia com que o meu corpo quisesse avançar mas a minha cabeça prendia-me no lugar que eu estava, repetindo várias vezes “Não avance!”.

A mão dela entrelaçada com a minha, o olhar discreto por cima do ombro, o sorriso brando - como se aquela noite fosse totalmente correta - o cheiro do seu perfume entrando em minhas narinas e a respiração pesada faziam parecer que era a melhor decisão que eu poderia tomar em minha vida.

Diminui o tamanho dos meus passos e Itzi mirou-me sem entender o motivo e numa conversa de olhares ela conseguiu ver meu desconforto em ir para o quarto.

- No te preocupes... - ela segurou a minha mão mais firme e me trouxe para perto dos seus lábios e me beijou delicadamente - Acredites que só tem o meu cheiro nos lençóis.

Ela acabara de convencer-me que aquela seria a nossa noite e por muito “pé no chão” que eu fosse, queria e desejava que não fosse a última - que tipo de homem eu estava me tornando?

Por alguns momentos pensei que o caminho até o quarto era o mais longo que havia feito em toda minha vida - apesar de ser relativamente curto.

Caminhamos entre beijos e dando aos nossos lábios o que eles imploravam - o contato um do outro - sentia como se jamais pudesse deixá-la escapar dos meus braços e dos meus lábios.

Paramos em frente a porta que estava ainda fechada, nos entreolhamos pela milésima vez naquela noite e pude ver as suas pupilas dilatadas, seus olhos tinham perdido o cristal e estavam negros.

Sem pudor a pressionei contra o pedaço de madeira, segurei suas mãos e as coloquei acima da sua cabeça, depositei um beijo longo em seus lábios, sentindo cada vez mais interligados um ao outro e antes que pudesse entrar, ela lentamente desceu nossas mãos, segurou meu rosto entre as suas mãos e depositou-me um beijo mais intenso, como se estivesse fundindo-me a alma e ali tive confiança para entrar naquele quarto e fazer o que mais queria nas últimas semanas.

Abri a porta e vagarosamente caminhamos até a sua cama, o quarto dela era como eu imaginava - com lençóis floridos e quadros na parede. Não que fosse a decoração que eu mais gostasse de ver, mas era dela, era isso que tornava tão especial. Saber a cama que ela dormia, as paredes que ela ficava quando voltava do trabalho e cada cantinho daquele ambiente. Eu amava conhecê-la mais e saber cada detalhe da sua vida.

Deitei o seu pequeno corpo na cama e a vi sorrir; ainda não sabia explicar o que Itziar provocava em todo o meu corpo - não somente físico, ela provocava-me em todos os sentidos. Itzi era sem dúvidas uma mulher apaixonante de todas as formas: a sua inteligência, o seu talento, a sua beleza interna e externa, a sua forma de ver o mundo e principalmente o seu carisma. Itziar Ituño Martinez - sim eu havia procurado no Google - era uma mulher extraordinária e eu queria ter o grande prazer de conhecê-la ainda mais aquela noite.

A olhei tão profundamente, observando cada detalhe e deixando que ficasse registrado em minha memória quando eu não a tivesse em minhas mãos e nem sob meus toques; a observava tão freneticamente que a vi suspirar.

Lentamente aproximei-me, deixei que minhas mãos apoiassem no colchão uma de cada lado da sua cabeça, o peso do meu corpo apoiado nos braços e ficamos uns segundos nos mirando no fundo dos olhos, era uma conexão tão colossal que cada molécula do meu corpo arrepiava-se com nosso contato através da mirada.

Percorri os meus olhos sob os seus traços; tão envolvente, tão bonita, tão serena... Faltava-me palavras para explicar o que os meus olhos enxergavam naquela mulher. Lentamente abaixei minha cabeça e depositei um carinhoso beijo na sua testa, seguido do seu olho, o nariz, beijei toda a sua face até envolver novamente os seus lábios nos meus, naquele momento nós éramos o mais bonito poema de amor, era a combinação de desejo e descoberta, de erro e de acerto, de mentira e de verdade e tudo era autêntico e novo para ambos.

Nossos corpos foram vagarosamente despidos pelas mãos cautelosas um do outro, era uma conexão jodidamente inevitável, o nosso olhar se cruzava a cada segundo e aquilo nos unia cada vez mais. As minhas mãos desceram sobre o seu corpo semi despido, meu polegar passeava por cada curva e por cada centímetro daquele corpo que eu conhecia pouco, ela estava entregue a mim e era um caminho sem volta. Aquele toque sobre ela, despertou todo o carinho e quem sabe toda paixão que poderia existir em mim, cada curva do seu corpo era um lugar onde eu queria ficar mesmo que eu não pudesse e fosse totalmente contra todos os meus princípios, eu queria ficar e fazer minha morada.

Meus olhos subiram novamente para seu rosto que carregava um semblante indagando e não pude deixar de perguntar-lhe.

- Estou fazendo algo mal? - perguntei enquanto voltava a minha posição inicial e ficava cara a cara com ela enquanto meu corpo se apoiava nos meus braços.

- No... - respondeu em um sussurro - Só não sabia que observaria-me por inteira.

- E não estou... - beijei a ponta do seu nariz e deixei um breve beijo em seus lábios semiabertos - Estou contemplando-a.

Seus olhos lacrimejaram e eu não quis saber o porquê, sentia que se soubesse a resposta e tornaria-me um leão se tivesse a certeza de que ela jamais fora admirada pela pessoa que a toca.

- Não sabes como eres incrível e tens uma alma espetacular, não tenha medo nem tente esconder-se de mim - voltei a beijar cada parte do seu corpo lentamente e com devoção.

Depositei um beijo em seu pescoço, em seu ombro, desci para um beijo entre seus seios e antes que eu pudesse depositar um beijo em sua barriga, notei que ela tinha sardas e sem hesitar deixei meu polegar acariciar delicadamente... Sua pinta visível em seu seio direito deixou-me ainda mais vidrado nela, dei um beijo lento e molhado naquele mesmo lugar e passei meu polegar por mais algumas sardas que estavam próximas ao seu sinal.

- Jamais olvidaré dessa sua sarda... - sussurrei e continuei beijando toda a extensão do seu corpo.

Beijei a sua barriga que imediatamente se contraiu com meu toque e respirou um pouco mais rápido. Deixei um beijo no cós da sua peça íntima e sem perguntar-lhe deixei meus dedos deslizarem delicadamente retirando a sua calcinha, dando a visão perfeita daquela mulher à minha frente.

Estava entre suas pernas e deixei um beijo úmido entre suas coxas; ela de imediato segurou meus fios de cabelo firme e afastou um pouco as pernas para dar-me ainda mais espaço.

Depositei beijos lentos mais próximos à sua intimidade e a vi erguer as costas tentando controlar-se. Antes de tomá-la em minha boca, deixei beijos na sua intimidade e tentei manter meus olhos nos dela para que ela soubesse que eu estava desfrutando-a e que era ali que queria estar.

- Quero que mire-me... - sorri de canto.

Com meu polegar acariciei lentamente a sua intimidade sentindo o quanto ela desejava-me - pude sentir meu membro latejando com o toque. Sequei meu polegar com minha boca sentindo seu gosto através da minha pele, mas eu queria mais; queria senti-la diretamente.

Deixei minha língua vagarosamente passear por toda sua intimidade e a vi revirar os olhos; sabia que estava caminhando na direção certa. Minha língua trabalhava com afinco para levá-la ao máximo do prazer, o seu gosto adentrava em minha boca sem permiso... Como ela era gostosa, seu gosto doce e sútil deixava-me ainda mais excitado.

Com minhas duas mãos abri um pouco mais suas pernas e a provava venerando cada centímetro. Massagiei meu polegar em seu clítoris lentamente e a vi gemer baixinho.

Minha língua trabalhava ainda mais naquele momento, passei meus dois dedos - do meio e anelar - por toda extensão e deixei que percorresse para dentro dela, eu estava tocando o céu, estava com o universo inteiro em minhas mãos.

- Ahh... Álv... Álvaro.... - arfou enquanto tentava falar meu nome.

Entrava e saía dela lentamente com meus dois dedos enquanto deixava que minha língua a satisfizesse no clitoris. Senti-la e saborea-la estava sendo umas das melhores sensações que tive em todos esses meses. Itziar tinha uma doçura e uma sutileza tão enorme, que era uma obra de arte. Nós naquele momento fazíamos amor.

- Quero sentir-te.... - tentou dizer em meio a sussurros e arfadas.

Tirei lentamente meus dois dedos de dentro dela, subi a minha mirada até seus olhos cor mel e fiquei saboreando o seu gosto em minha boca.

- Poderia ficar saboreando você toda a minha vida. - sussurrei.

Em uma questão de segundos tirei minha peça íntima e voltei a ficar em cima daquele corpo que mais parecia-me uma escultura.

Fiquei novamente cara a cara com ela e sorrimos juntos, nossos lábios juntaram-se mas não nos beijamos. Aproximei lentamente meu sexo em sua intimidade e entrei vagarosamente, não queria machucá-la... ofeguei ao senti-la e ela sem pensar cravou suas unhas - que não eram tão cumpridas - em minhas costas.

Movimentava lentamente enquanto ela mordiscava meu pescoço, nossos corpos chocavam-se como instrumentos em um show clássico. Como era inexplicável senti-la...

Nossos corpos moviam-se no mesmo ritmo e na mesma intensidade, queria aproveitar o máximo daquele momento tão bonito e intenso. Estar com ela sempre era como apreciar o que o universo tinha de mais bonito.

Nossos lábios se encontraram e nos beijamos freneticamente, nossos corpos intensificaram os movimentos e senti que estava chegando ao máximo do prazer. Vê-la corar com aquela sensação havia feito com que meu corpo reagisse muito mais rápido.

Levei uma das minhas mãos para baixo e a estimulei o clitoris com o indicador... a estimulava no mesmo ritmo que nossos corpos estavam. 

Respiração ofegante.

Suor em nossas testas.

Corpos em chamas.

Barulho dos corpos chocando-se.

Enfim… somente nós dois em nosso mundo perfeito.

Intensificamos os movimentos e a ouvi gemer, seu corpo dava espasmos e eu a acompanhei; chegamos ao ápice juntos e eu não poderia imaginar que fosse diferente. Agíamos em sintonia, nossos sentidos trabalharam juntos.

Aquela visão da Itziar derretendo-se, atingiu no mesmo instante em todo meu corpo. Estava arrepiado e não sabia como explicar a sensação de estar ao lado daquela mulher, era demasiado pensar que ela não estaria o resto da vida ao meu lado - pensamento totalmente de um jodido.

Ela estava corada e não pensei muito para que a beijasse novamente, eu juro que poderia colar nossos lábios para sempre. Morar naquele sabor e aproveitar cada investida. Itziar era como uma das músicas mais lindas que eu já ouvi, ela era sem dúvida a mulher que eu mais havia contemplado em toda minha vida - e sabia disso pela forma na qual eu a mirava.

Nossas línguas estavam mais calmas, nossos lábios amenos; nos dedicamos à delicadeza e a sentir um ao outro.

Nossas almas naquela noite estavam conectadas e jamais poderíamos voltar atrás do que havia acabado de acontecer. Éramos nós dois, a lua e aquele apartamento de testemunha.

Itziar apoiou-se em meu peito e de imediato envolvi meus braços em seu corpo e senti como se tivesse segurando o universo em minhas mãos. Ela tinha o poder de fazer com que meu cuidado fosse inteiramente pra ela e que minha alma permanecesse sem sequer querer sair do lugar.

- Sem dúvida estar segurando-a em meus braços entre os lençóis ha sido outra forma de definir el cielo. - sussurrei.

Beijei o topo da sua cabeça e juntos nos acalmamos até nossos olhos fecharem-se por completo.



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