História Sing for me (em pausa por tempo indeterminado) - Capítulo 3 - Senhorita López.

— Eu recuso. 

Castiel se levantou do sofá e sem querer ouvir mais nada caminhou até a porta da frente. Ninguém ousou dizer nada para contrariar, não poderiam obrigar ele a fazer nada, então só o que podiam fazer era esperar que ele mudasse de idéia. Após a saída do rapaz, Arya relaxou a postura e suspirou um tanto cansada. 

— Eu sabia que ele ia fazer isso. 

Murmurou Nathaniel com um ar de vitória. 

— Ele vai mudar de idéia.

Arya murmurou se levantando dali e pegando sua jaqueta em cima da mesinha de centro, esperando cinco minutos antes de sair da casa também. 

— Ela vai aonde? 

— Sei lá, a Arya nunca foi se dizer aonde ia. — Rosalya se virou para Nathaniel fazendo sinal para que ele a seguisse.— Pode acompanhar ela? 

O loiro assentiu e seguiu a garota, a encontrando sentada na calçada em frente a casa com um pirulito na boca. Eles eram próximos na época da escola, diminuiu um pouco na faculdade mas mesmo depois do acidente eles continuaram mantendo contato. 

— É tão engraçado ver a senhorita López sem saída.

— E quem disse a você, senhor Nathaniel, que eu estou sem saída?— a garota deu um sorriso convencido, se levantando e esticando a mão para o mesmo.— Eu estou controlando totalmente a situação. 

— Claro que está, da pra ver nos seus olhos. 

Ele sorriu com ironia, segurando a mão dela e se levantando, começando a caminhar pela rua a acompanhando. Ainda era um tanto cedo, ele estava cansado por ter passado praticamente a noite toda acordada com os outros, com o rumo que estavam tomando, talvez ela estivesse indo comprar um café.

— O Castiel nunca foi do tipo que aceita ajuda tão facilmente, eu já esperava por uma reação desse tipo. 

— Sabe como contornar isso? 

— Nem, talvez eu precise de mais ajuda. 

Eles voltaram a ficar em silêncio, até o momento que chegassem á cafeteria, onde ele pediu qualquer coisa e ela pediu qualquer um sem açúcar, ambos para viagem. 

— Eu sei que você sempre foi o tipo de pessoa que faz as coisas no impulso, ainda lembro da vez do violão.— Nathaniel deu uma pequena risada ao se lembrar se quando Arya simplesmente comprou um violão sem saber praticamente nada sobre o instrumento.— Você passou mais de uma semana praticando quase o tempo todo até saber tocar perfeitamente uma música. 

— Eu lembro, também teve a vez que eu ameacei sua irmã com um taco de baseball...

— Que dia foi isso?

— Legal que reformaram o café né?

Eles riram e deram cada um, um gole de seus cafés.

— Mas sério, por qual motivo você voltou? Tipo, faz dois anos, e você só de repente tocou no assunto. 

— Nath, você acredita em destino? 

Quando eu acordei no hospital, a primeira coisa que fiz foi perguntar se tava tudo bem com o Castiel. Me disseram que ele só sofreu alguns arranhões leves, o que me deixou aliviada pra caralho. Eu queria muito ver ele, ver com meus próprios olhos que tudo estava bem e alertar que da próxima, era pra gente ter certeza que não estávamos na contra mão. Mas ele não ele não veio me ver naquele dia. 

Nem no próximo, nem no depois daquele, nem depois e nem no dia que eu recebi alta. Eu não o vi mais depois daquele dia. Pensei em mil e um motivos para ele não ter ido me ver, mas nada parecia plausível, nenhuma daquelas coisas que eu pensei era realmente a cara do Castiel.

 Eu terminei a faculdade alguns meses depois e decidi me mudar, tentar uma vida nova, descobrir uma Arya nova. Bem, o tempo foi passando e um dia a banda do Castiel foi fazer um show na cidade que eu estava morando, perto da minha casa. Eu fui ao show e foi lá que eu descobri que ele tinha sido expulso da banda. Aparentemente tinha virado um alcoólatra do caralho e vivia brigando com os outros membros, em uma das brigas, a empresa cancelou o contrato com ele. Foi aí que eu fui atrás de entender que porra tinha acontecido. 

— Minha tia tinha mandado ele embora, ele saiu da cidade durante o tempo que fiquei aqui e voltou algumas semanas depois que eu fui.— López suspirou.— eu me senti parcialmente culpada pela vida ter virado uma merda e voltei pra concertar tudo.

— Já reparou que tudo te puxa pra essa cidade e toda vez que você vai embora, você volta? 

O loiro sorriu e se sentou em um banco. 

— É, eu tô começando a considerar a ideia de ficar de vez. 

— Não seria ruim — O homem deu mais um gole em seu café. — Qual vai ser o próximo passo? 

Por mais que não fosse tão chegado a Castiel, ele podia entender o lado de Arya e sem perceber ele estava disposto a ajudar a garota no que fosse preciso. 

— Vou fazer mais gente voltar, oras.