Entro no quarto procurando minhas coisas em cada canto. Sehun me encara e de imediato percebo sua irritação
- Ele te contou? Fala pra mim que ao menos nessa hora ele não foi covarde!
- Não quero falar sobre isso agora, Sehun - falo de uma vez antes que ele começasse de vez o sermão
- Mas eu quero! Precisamos falar sobre isso - me segue pelo quarto enquanto fala
- Não, não precisamos - mexo nos lençóis sob a cama procurando minhas roupas e celular - Cadê essa droga de telefone que só vive sumindo!
Foi só que me lembrei dele sendo pisoteado pela estudante de ensino médio. Como se não bastasse toda a situação em si, agora eu não tinha mais celular.
- Mas que droga de namorado é esse o seu? - Sehun dispara vindo em minha direção
- Não é da sua conta - rebato
Dou as costas o ignorando
Na pressa de ir embora nem me preocupo de ficar semi nua na sua frente. Só coloco minha roupa cato minha bolsa e vou em direção a porta com passos largos.
Antes que pudesse sair Sehun segura meu pulso. A força que usa, me faz bater contra seu peito. Tento me soltar a todo custo, me debatendo e socando seu peito. Mas todo esforço só fazia com que ele me manter ainda mais para perto
- Me Solta agora! - exigi furiosa
- Até você me ouvir não vou te soltar!
- Não quero te ouvir! Não consigo escutar mais nada de ninguém! - digo - Você não sabe Metade do que eu vivi com ele!
- Mas sei o que você está passando agora, eu não posso te ver assim! Não consigo te ver chorar toda vez que JungKook aparece - seu olhar era duro demais
- O que você quer dizer com isso? - tento me manter firme
- Quero dizer que ontem a noite quando... Te assisti sofrer sem poder fazer nada. Meu coração foi estilhaçado! Quando te segurei debaixo daquele chuveiro eu tive a certeza, de que nao podia mais te deixar passar por coisas assim. Te ver sofrer também me causa dor, S/n! - Sehun coloca minha mão sob seu peito - Aqui...
Sehun me solta, mas eu não tiro minha mão do seu peito, não interrompo nosso olhar e nem me distancio. Não que eu não quisesse sair dali, eu queria. Só não conseguia o fazer
- Sehun… - digo olhando seu rosto bonito formar uma expressão confusa
Ele toca minhas bochechas com seu polegar e lentamente traça um caminho levando as mãos até minha nuca
- Fica, S/n. Fique comigo
- Me desculpa...
Deixo minha mão deslizar por seu peito até não estarmos mais ligados. Até não toca-lo mais. Então, sem olhar para trás, vou embora.
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