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História Sing For You - Seventh


Escrita por: owbacun

Notas do Autor


Então queridos, eu ressurgi das cinzas pra trazer (finalmente) o sétimo capítulo dessa linda fanfic que eu estou me esforçando para escrever e deixá-la boa.

Nem sempre uma fanfic que eu escrevo fica tão boa assim, devo agradecer a quem me ajudou a ter inspiração até agora e a quem está lendo também.

Provavelmente os capítulos demorarão um pouco mais, já que minhas aulas irão voltar e eu vou pegar mais pesado no estudo (ou pelo menos tentar). Prometo não abandonar essa estória, eu já tenho ela toda planejada, seria desperdício abandonar.

Enfim, fiquem com o capítulo Sete ^^

Desculpem pela nota enorme, eu tinha que avisar sobre isso.

Espero que gostem. :D

Capítulo 7 - Seventh


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— Cuidado! Kyunggie!!! CUIDADO!! — Gritava desesperadamente enquanto virava seu próprio joystick, como se fosse resolver algo.

— Yah!! Eu estou tentando, não grite com o seu Hyung! Me respeite! — Disse com autoridade, mas ainda assim, sem ao menos tirar os olhos da tela.

— Eu vou ganhar de você fácil, fácil, assim, Soo... — Disse novamente Sehun.

Os dois garotos estavam passando um tempo juntos, já que era sábado e os pais de Kyungsoo tinham que sair. Ele acabou ficando na casa de seu Dongsaeng e isso não estava proporcionando bons momentos para Jongin, que apenas ficou a observar os dois amigos se divertindo.

Kyungsoo soltou um grito agudo, o que assustou os outros dois meninos ali também presentes. O avatar do mais velho havia morrido, assim como Sehun havia dito. Na cabeça de Jongin, passavasse toda a estratégia exata para ganhar.

Mesmo assim, mesmo com Kyungsoo perdendo, Sehun apenas se aproximou do mais velho e o abraçou.

— Eu perdi pois você me distraiu! Pare de gritar desse jeito... — Sehun falou em um tom baixo pois o menor estava bem próximo de si. O mesmo parecia não se importar, mesmo que faça algumas semanas desde que se conhecem.

Jongin, enquanto estava totalmente entediado, apenas se levantou da cama do mais novo e andou até o outro lado do quarto. O armário estava aberto e isso proporcionou ele a encontrar o seu perdido robozinho que havia ganhado em seus seis anos.

— Sehunnie, esse é o Kwong? — perguntou enquanto pegava o brinquedo que estava guardado no mesmo lugar depois de tantos anos.

— Quem diabos é Kwong? — Perguntou Sehun um tanto irritado enquanto reiniciava a partida.

— Você não lembra? — Jongin novamente se sentiu chateado enquanto abraçava o seu robô favorito.

O garoto negou com a cabeça e Kyungsoo se virou para saber do que Jongin estava falando. Viu que o garoto olhava para o brinquedo com um olhar triste.

— Yah, Jongin-ah, você não vai chorar, não é?? — Quando o mais velho dos três fez a pergunta, Sehun se virou e os dois se entre olharam.

Foram mais de um ano que eles se conhecem e Sehun continuava a o tratar da mesma forma. Eles inda eram novos, a mãe de Jongin sempre costumava falar que Oh tem bastante tempo para perceber o que estava perdendo. Mesmo assim, nada. O mais velho dos dois até mesmo achava que eles ficariam mais amigos depois que descobriu que eles estudariam na mesma escola. Mas nada.

Continua a mesma coisa.

— Jongin, onde você vai? — perguntou Kyungsoo, mas não obteve resposta.

O garoto avisou à Senhora Kim que iria para casa e também que havia recuperado seu robô sumido há um tempo.

Quando chegou no quintal, lembrou-se da garota que o fez ficar melhor naquele dia. Ele estava pensando nela constantemente desde o encontro que teve com a mesma pela primeira vez. Novamente Sehun havia o magoado e ele precisava que a garota o fizesse sorri antes que ele comece a chorar que nem um bebê novamente.

Ele se aproximou do cercado que dividia os lotes e espiou por um pequeno buraquinho que havia em uma das madeiras. Ele pode ver uma garota com os cabelos escuros soltos, de costas. Parecia estar brincando com um carrinho, já que fazia sons que se assemelhava com buzinas e sons de motores.

Jongin tentou tomar coragem para chama-la, mas antes que pudesse fazer isso, ela percebe que está sendo observada.

— Ya! Sai daí! — Pediu quando percebeu que era Jongin. Correu em direção ao furo e o tampou com as mãos, fazendo um barulho e assustando o pequeno Kim. — Por que estava me espiando? — ela perguntou com uma voz firme, igual da última vez.

— Eu não estava espiando. — defendeu-se. — Eu ia te chamar... — Disse sentando-se no gramado para frente da cerca. A garota não respondeu. — Mas enfim, eu não sei seu nome! — Lembrou-se enquanto botava uma de suas mãos sobre seu queixo.

— Me chamo Park Chanyeol. — Respondeu com um sorriso no rosto que, infelizmente, não foi visível para Jongin.

— Chanyeol? — Perguntou levantando uma sobrancelha. — Mas Chanyeol é um nome masculino e você é uma...

— Eu sou um garoto! — Interrompeu o garoto e se pôs a olhar Jongin. — Ouviu? Eu não sou uma garota!!! — Disse novamente. Jongin se pôs a pensar. Ele estava realmente confuso com aquilo tudo, mas já que ele o fazia bem, não havia motivos para o contrariar, certo? Assim, quem sabe, Chanyeol vire seu amigo?

— Okay, Chanyeol... — Disse e sorriu um pouco com seu pensamento. — Meu nome é Jongin. Kim Jongin. Quantos anos você tem? — O pequeno estava realmente curioso em relação ao ser do outro lado. E dessa vez ele terá muito mais informações para dar quando chegar a escola e contar tudo para Yeonkong e Seulgi.

— Eu tenho sete anos.

— Wow! Eu sou seu Oppa então! — Disse rindo baixo.

— É Hyung, Jongin. Você não aprendeu os pronomes de tratamento na escola? — Perguntou rindo baixo. Jongin balançou a cabeça, tentando organizar seus pensamentos e riu-se baixo também.

— Desculpe... — Murmurou. — Hey, você não pode vir aqui? Para a gente brincar?? Ou eu ir aí... — Perguntou fazendo sinais com as mãos de acordo com o que falava.

— NÃO! — Respondeu Chanyeol rapidamente e um tanto alto. — Não... Eu... Talvez eu tenha que ir. — Disse e ouviu-se os passos se distanciando.

— Chanyeol?? CHANYEOL!!! Volta aqui... — Pedia em vão. Quando pensou em olhar no furo da cerca, era tarde; Ele já havia entrado em casa.

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— Isso não tem sentido... — Disse Yeonkong pondo uma de suas mãos em seu queixo com uma expressão pensativa. — Como assim ela...

— É ele! — Jongin corrigiu imediatamente o mais velho.

— Okay... Como assim ele tem um nome de garoto sendo que é uma garota?? Eu não entendi, desculpe Jonginnie, mas parece que você está inventando tudo isso. — Diz Yeonkong. Seulgi apenas assentiu quando o pequeno a encarou.

— Yeonkong-Oppa, será que Jonginnie está ficando maluco? — Perguntou em um tom de voz baixo, porém, não tão baixo, já que o jovem Kim escutou claramente.

De novo ele estava decepcionado. Sehun não se lembrava do seu robô que carregava para cima e para baixo, o que indicava que o mais novo nem ao menos ligava para si. E agora seus melhores amigos não acreditavam em Chanyeol e realmente achavam que ele era um fruto de sua imaginação. Coisa que ele sabia que não era!

Ele queria poder provar para os dois que Chanyeol existia e que talvez o mesmo seja muito mais seu amigo do que os dois.

Dessa vez Kyungsoo não havia ido com eles para casa, o que fez Jongin ficar um pouco mais feliz. Sehun parecia intediado sem o mais velho perto de si, era sempre assim. Pareciam que os dois eram imãs. E se a parte positiva não estivesse colada com a negativa, não havia chance de o dia ser bom.

— Como foi a escola hoje? — Certas coisas nunca mudam. O pai de Jongin acabou por perguntar, coisa que chamou a atenção dos dois garotos sentados lado a lado no banco traseiro.

— Kyungsoo me ensinou uma brincadeira nova. — Contou Sehun com um sorriso bobo em seu rosto. O que foi uma tortura para o mais velho ao seu lado.

— Sério? E como era essa brincadeira? — Perguntou o Senhor Kim também com um sorriso em seu rosto.

— Se chama dama. Tem várias pecinhas em uma mesa cheia de quadradinhos, daí temos que jogar e pegar as pecinhas do outro. Quem tiver mais, ganha. — Explicou Sehun fazendo gestos para demonstrar como era a brincadeira.

— Que legal! — Disse o mais velho no carro. — E você, Jonginnie? — Perguntou agora olhando através do espelho para o filho, que continha uma expressão chateada. — Por que está chateado?

— Eu quero ver Chanyeol. — Disse cruzando os braços e abaixando sua cabeça. Seu pai franziu as sobrancelhas, não entendendo muito bem o que o pequeno havia falado.

— Quem é Chanyeol?

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— Chany, você mora aqui, não é? — Perguntou o jovem Kim enquanto olhava esperançoso para a cerca que separava os dois.

— Não. Eu moro bem longe! — Disse o garoto enfatizando o "bem longe".

— Mas, então por que está aqui?

— Por que meus pais se separaram! Eles brigaram e nenhum dos dois podia ficar comigo, então eu acabei ficando com a minha vó. — Explicou o garoto com uma voz um tanto chateada.

— Wow!! Isso não parece nada legal… — Murmurou Jongin também com uma expressão chateada.

— É horrível! Às vezes minha mãe vem me visitar, mas ela nunca fica muito tempo, sabe? — Jongin sentiu a vontade de abraçá-lo. Afinal, por mais que o pequeno também esteja passando por problemas, o mais novo que si estava um pouquinho pior. Em sua cabeça, um abraço bem apertado resolveria tudo.

— Você sabe o motivo de eles se separarem? — Perguntou Jongin. Chanyeol negou com a cabeça, logo lembrando que o mais velho não podia o ver. Pequenas lágrimas já surgiam em seus olhinhos por lembrar-se de como tudo havia acontecido.

— Ele me chamam de Seungho… Meu nome não é Seungho, esse é o nome… De… De outro alguém! Meu nome é Chanyeol!!! Park Chanyeol! — Disse com a voz embargada. Jongin pôde ouvir alguns soluços a seguir. — Ele me obrigava a usar aqueles vestidos, sapatilhas e maquiagem. Meu quarto era cheio de bonecas! Eu odeio bonecas! Jonginnie, você tem tanta sorte… — Murmurou baixinho bem próximo da madeira.

— Por que eu tenho sorte? — Ele estava totalmente confuso com aquilo tudo. Afinal, o nome dele é Seungho ou Chanyeol? Ele deve acreditar nos pais dele ou nele? Aquilo era uma bomba nuclear bem forte que estava explodindo repetidas vezes em sua cabeça.

— Eu via os garotos brincando, e eu queria brincar também! Meu pai não deixava. Ele odiava quando eu o pedia isso. Se eu fosse como você, Jonginnie, ele me deixaria brincar com os garotos. Ele me compraria várias blusas do Homem de Ferro e vários cadernos com figurinhas de Heróis! — Chanyeol soltava tudo muito rápido, e tudo o que o mesmo contava afetava o pequeno do outro lado da cerca.

Uma pausa foi dada. Chanyeol parecia chorar bem baixinho enquanto Jongin sentia extrema necessidade de sair dali, dar a volta no quarteirão e o abraçar.

— Chany, não chora, por favor! — Disse tentando consolar seu amigo, pondo uma de suas mãos sobre a madeira. — Eu faço o que você quiser para que possa sentir-se mais feliz e solte um sorriso bem grande, mas por favor, não chora!

As palavras do mais velho fez o pequeno sorrir de canto enquanto limpava seu rosto desesperadamente, com medo de sua vó acabar por ver e o perguntar pelo motivo. Ele respirou fundo e se ajeitou, deitando-se sobre a grama e olhando para o céu, que no momento estava com nuvens escuras. Um vento frio foi sentido por sua pele o que o fez estremecer.

Estava começando o inverno.

— Chanyeol! Venha para dentro, irá chover!!! — Disse a avó de Park da porta de trás da casa.

O pequeno deu uma rápida olhada para a madeira e, antes de sair em direção à sua vó, encostou sua mão na divisão e levantou-se sem dizer nada.

Jongin sabia que ele voltaria no dia seguinte, e esperaria ali, sentado, em frente às placas de madeiras que separavam os dois.


Notas Finais


Caso esteja confuso, sim, Chanyeol nasceu como garota e é um homem trans nessa fanfic ^^


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