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História Sinners - .casamento.


Escrita por: LovePizzaS2

Capítulo 51 - .casamento.


Fanfic / Fanfiction Sinners - .casamento.

Narrado por Phoebe Thunderman

Quando decidimos nos casar no dia da festa da colheita, eu já havia escolhido o modelo do meu vestido. E decidi fazê-lo eu mesma, mas é claro que Dolores resolveu dar seus toques especiais. A renda foi completamente ideia dela.

Enquanto isso, Alicia preparava o buquê e a coroa de flores, eu sentia meu coração quase pulando pela boca.

Marry se disponibilizou para me maquiar, já que Francesca alegou uma fortíssima dor de cabeça.

Ela estava terminando de passar o gloss suave nos meus lábios quando Alicia terminou de ajeitar a coroa na minha cabeça, com muitos jacintos, a pedido meu.

– Linda! Linda! – exclamou dando a volta e parando a minha frente enquanto me olhava. Ela juntou as mãos de forma sonhadora e sorriu.

– Você está perfeita, minha querida – disse Dolores. Eu estava sentada em uma cadeira giratória, rodeada por Alicia, Mary, Dolores, Nora e Chloe. Elas todas me olhavam como se eu fosse a oitava maravilha do mundo.

– Vocês não estão dizendo isso só pra me acalmar, não é? – perguntei rindo de nervosismo enquanto olhava o rosto de cada uma.

– Não mentiriamos – disse Nora – Você parece uma fada! Está maravilhosa! Max vai ficar sem palavras!

Eu sorri.

– Quer se ver no espelho agora? – perguntou Alicia batendo palminhas. Eu assenti e me levantei. Sabia que o espelho estava atrás de mim, mas mesmo assim, Mary tapou meus olhos e me virou, me guiando devagar até eu estar mais próxima dele.

Eu estava ansiosa por me ver. Afinal toda a garota sonha com o dia do seu casamento, e ali estava eu: me casando aos dezessete anos, com meu irmão gêmeo.

– Pronta? – Mary peguntou ainda cobrindo meus olhos. 

– Sim – falei.

– Tcharam! – disse ela tirando as mãos. Minha visão voltou e eu pude mirar meu reflexo, que por um momento me deixou em choque.

Jamais achei charmoso uma noiva grávida e prometia a mim mesma que jamais casaria com um barrigão, mas a forma suave como tecido do vestido contornava minha barriga me deixou sem palavras.

O vestido de mangas em forma de sino, todo de renda, ombro a ombro na altura dos joelhos, se ajustou perfeitamente ao meu corpo.

Eu usava uma sapatilha branca, e meus cabelos estavam volumosos e reluzentes, sendo destacado pelas flores.

Eu suspirei maravilhada.

– Não dissemos que está perfeita? – perguntou Alicia.

– Eu não pensei que fosse tanto – falei com um sussurro, dando uma volta para ver todo o vestido – Eu nem acredito...eu vou me casar!

Elas riram da minha euforia e me virei.

– A partir de hoje será Sra. Belgrado – disse Dolores com uma piscadela. Eu sorri. E me virei novamente para o espelho.

Nunca tive autoestima baixa, mas nunca havia me sentido tão linda quanto me sentia naquele momento. Talvez eu realmente me parecesse com uma fada.

●------■------●

Eu segurava o buquê com firmeza. Estava nervosa demais, minhas mãos suavam e eu estava tremendo. Senti um rebuliço na minha barriga e levei a mão instintivamente.

– Uoou! – falei tocando a mesma.

– Você está muito nervosa, o bebê sente – disse Mary. 

Naquele instante eu mantive a mão sobre a barriga e franzi a testa. Eu não tinha reparado naquilo antes. Não percebia que era o bebê se mexendo. Aquelas cócegas que sentia por dentro, aquele leve cutucão interno...era meu bebê se movendo dentro de mim, e eu jamais tinha notado.

Eu ri sozinha ao sentir mais um chute.

– Está se mexendo a mais de uma semana! – falei surpresa – E eu nem notei!

Mary riu. Ela tinha vinte e três anos, e uma filha de dois, geralmente vivia me dando dicas sobre quais chás tomar pra acalmar os hormônios ou de como me deitar para dormir. E ela amava isso.

– Ele sabe que você está nervosa, então se acalme – disse ela.

– Hey, não precisa tudo isso. Eu...eu estou bem, eu juro – sussurrei acariciando a barriga. Era estranho conversar com uma barriga, mas de certa forma também era...bom. Muito bom!

Eu ri. Então Billy apareceu. Ele parou na minha frente com um sorrisinho fofo.

– Você está linda, Pheebs! – disse com sinceridade. Eu sorri em agradecimento e Mary me olhou.

– Vou indo, quero ver a cerimônia. Boa sorte! – disse ela tocando meu ombro em apoio antes de sair e me deixar a sós com meu irmão mais novo. 

– Você vai me guiar até o altar? – perguntei. Ele assentiu.

– Nora disse que é pra você não cair porque vai estar muito nervosa – disse ele – Mas eu acho que se você tropeçar não tem muita coisa que eu possa fazer...talvez segurar as flores pra não amassar.

Eu ri.

– Você é um doce – falei. Billy sorriu orgulhoso e me entendeu o braço ao som da primeira nota da música. Senti meu coração acelerar enquanto tomava o braço dele.

Eu o acompanhei para fora da casa e o segui pelo gramado que levava até o corredor entre os convidados.

E lá estava ele.

Maximus Octavius Thunderman.

Ex-super-vilão.

Ex-super-herói.

Meu irmão gêmeo.

Pai do meu filho.

Amor da minha vida.

Eu suspirei ao enchergá-lo e senti o bebê se mexer bruscamente. Soltei uma arfada e continuei andando como se tudo estivesse normal.

Max usava calças bege e uma camisa branca, um suspensório e estava descalço. O estilo rústico, como dizia George, era muitas vezes mais bonito do que as pessoas pensavam. E agora eu entendia, Max estava lindo.

Eu acompanhava Billy, sob o olhar maravilhado da multidão, e o olhar de pura paixão e devoção de Max.

Eu sorri para ele.

Por um momento esqueci todo o resto, e quando dei por mim, já estava próxima a ele. Era como se tudo ao meu redor perdesse a importância e o valor, e de repente só havia Max.

Billy e ele se abraçaram e eu parei diante dele no meu lugar. Max suspirava e me olhava de alto abaixo.

– Podem se sentar – disse George. Eu não tirava meus olhos dos de Max e ele não tirava os seus dos meus. Era como um crime afastar o olhar dele – Estamos aqui nesse lindo pôr do sol, para celebrar...

Ele fez uma pausa.

– Celebrar as boas colheitas que tivemos, celebrar o sustento que tiramos da terra, celebrar o esforço uns dos outros pelo bem de todos... – George dizia cada coisa pausadamente, discursando com muita paixão – Celebrar as amizades, antigas e as novas. Celebrar a vida...celebrar o amor.

Eu estava tão feliz. Sentia um êxtase, estava mais que maravilhada. 

– Celebrar o amor de Max e Phoebe – disse George com devoção – Dois jovens que venceram muitos desafios para chegarem onde estão hoje. Para poderem estar juntos.

Olhei em volta. Todos sorriam, todos nos olhavam maravilhados e cheios de alegria por nós. Mas mesmo não podendo estar mais feliz, eu senti uma pontadinha no peito...faltavam pessoas ali.

Faltavam Cherry, Oyster... eu imaginava os dois ao nosso lado ali no altar. Trixie, Ulisses, Magda e Maddy na primeira fileira, estariam sorrindo e provavelmente a beira do choro. Henry, Charlotte e Ray, estariam fazendo caras e bocas no fundo.

E nossos pais...

Como eu queria que estivessem ali, que fossem capazes de ficar felizes por nós e de nos apoiar.

– O amor tem muitas etapas – George seguiu e voltei a olhar para Max – Normalmente nos apaixonamos sem sequer perceber, e quando percebemos o primeiro intuito é negar com todas as forças...

Eu e Max rimos. Aquilo era completamente verídico.

– Em seguida acontecem coisas capazes de nos fazer perceber que lutar conta não é uma opção – disse George – Vem então as entregas...de corpo e alma.

Enquanto George falava, minha mente era tomada de lembranças. Nosso primeiro beijo após explodir a cabana, o bilhete que Max passou debaixo da minha porta, nossos beijos escondidos na saída de incêndio, nossas brigas, nossa primeira vez no pier... tudo chovia nos meus pensamentos me deixando mais e mais completa.

– E bem...muitas vezes o amor é tanto que só duas pessoas não são capazes de carregar, então é preciso surgir mais uma pra ajudar, não é? – todos riram e Max sorriu enquanto eu tocava a minha barriga – E assim se forma uma nova família... e eu tenho a honra de unir uma.

Sorrimos para George que já estava emocionado. Dolores estava ao seu lado, já limpando os olhos em um lenço.

– Vocês são guerreiros – disse George – Nunca...jamais deixem de lutar pelo que vocês tem...Não importa quão impossível seja, quão distante acabem um do outro...em hipótese alguma permitam uma separação.

Assentimos e George sorriu.

– Eu vou deixar que façam seus votos – disse ele. O sol estava quase terminando de se pôr,  e a luz alaranjada iluminava deixando tudo mais vivo – Max, você primeiro.

Max respirou fundo visivelmente nervoso e deu uma risadinha nervosa.

– Bem – disse ele – Eu juro que tinha planejado dizer muita coisa, mas agora minha mente parece ter esvaziado então...vou ter que improvisar.

Todos riram, inclusive eu.

– Phoebe – ele disse me olhando nos olhos – Eu nunca sonhei em me casar, e disso você sabe bem. Desde criança eu sempre pensava que jamais encontraria alguém capaz de me fazer desejar ficar preso a uma única pessoa por toda uma vida... mas isso era porque eu não tinha provado o amor verdadeiro.

Eu suspirei. Meus olhos marejaram com toda a alegria que não me cabia no peito, e precisava sair de alguma forma...na forma de lágrimas.

– Você mudou muitas coisas em mim. Me fez uma pessoa melhor, um homem responsável, mas mais que isso...Você me fez feliz – ele disse. Ouvimos muitos "own" da multidão – Você me fez mais que desejar me casar, me fez desejar uma família e me tornou pai...e eu vou ser grato a você por isso eternamente.

Pisquei algumas vezes e senti as lágrimas caírem na minha bochecha. 

– Quero que saiba que se existirem vidas passadas e vidas futuras – ele disse – Tenho a plena certeza de que te amei nas passadas e vou amar nas futuras... porque em todas as oportunidades de me apaixonar oor você de novo eu quero fazer isso... porque te amar é minha missão nesse terra. Eu te amo mais que tudo.

Eu sorri limpando as lágrimas com cuidado para não borrar a maquiagem.

– Phoebe – George disse me passando a palavra.

– Nossa, é impossível superar o que ele disse – eu falei e todos riram – Mas não vou deixar de tentar.

Respirei fundo e me recompus olhando para ele.

– Max – falei – Eu tinha um cronograma. Eu tinha minha vida planejada desde de o ensino médio até minha velhice. Tudo anotado em um diário no fundo da minha gaveta de meias. Sabe o que eu fiz com ele?

Eu fiz uma pausa longa.

– Eu queimei – sussurrei arrancando um olhar confuso de Max – Na noite da nossa primeira vez, depois de chegar em casa eu queimei aquele maldito cronograma sem pensar duas vezes, sabe porque?

Ele esperou.

– Porque você não estava nele – eu disse. Max entreabriu os lábios, seus olhos se encheram de lágrimas como os meus – E eu não queria uma vida sem você. Naquele dia eu joguei fora todo o resto, porque eu decidi que aquela não era minha vida...Você é minha vida.

Funguei.

– Eu não me importei de abandonar tudo e te seguir porque você é o único plano que eu quero seguir – eu disse com a voz já embargada, Max chorava assim como eu – Eu não me importo com faculdade, com a casa perfeita, com ter muito dinheiro... eu só me importo em estar do seu lado. Você não estragou minha vida como pensa... você concertou e coloriu ela. E eu te amo, e vou amar pra sempre.

Max sorriu enquanto limpava os olhos e fiz o mesmo. George suspirou e olhando, vi que ele, Dolores e uma quantia absurda de gente estavam chorando.

– Muito bem...as alianças! – disse George. Eu sorri e olhei na direção de Chloe. Ela deu um passo a frente orgulhosa, segurando o minúsculo cestinho decorado e cheio de flores e fitas. Ela entregou a George e sorriu para nós.

Ele as pegou nas mãos e estendeu. Peguei a de Max e deslizei pelo dedo dele enquanto sentia meu peito inchar de orgulho. Beijei o anel na mão dele e Max repetiu o gesto na minha, demorando mais os lábios nos meus dedos.

George sorriu nos olhando.

– Maximus Octavius Belgrado – disse dando um destaque singelo ao falso sobrenome – Você aceita então, Phoebe Mônica Rachel Seinfeld, como sua legítima esposa, até que a morte os separe?

Max sorriu de orelha a orelha.

– Sim! – disse ele.

– E você Phoebe Mônica Rachel Seinfeld, aceita Maximus Octavi...

– Aceito! – interrompi ansiosa e impaciente, arrancando uma risada de todos. George ergueu as mãos.

– Então, pelos poderes a mim concedidos – disse ele – Eu vos declaro, marido e mulher...pode beijar a noiva!

Max me puxou pela cintura, colando meu corpo no dele, enquanto eu passei os braços em volta do seu pescoço, e por fim nos beijamos. Um beijo ardente e cheio de paixão, ao som de aplausos, assovios e gritos empolgados.

Eu estava oficialmente casada. E a sensação era maravilhosa.


Notas Finais


Vamos comemorar que agora é a festaaaaa❤


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