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História Sinners - .retorno.


Escrita por: LovePizzaS2

Notas do Autor


É o que produção???
292 favoritos, 68 listas de leitura e 619 COMENTÁRIOS????
*Karina desmaiada e tombada*
SÉRIO, EU AMO VOCÊS!
Essa história começou como um delírio doido da madrugada e já estamos aqui, isso me faz pensar: caramba, tá valendo a pena!
MUITO OBRIGADA!❤💛💚💙💜
A cada um que comentou, favoritou e obrigada aos meus fantasminhas também, todos vocês fazem parte dessa conquista❤❤
BEIJOS💕

Capítulo 72 - .retorno.


Fanfic / Fanfiction Sinners - .retorno.

Narrado por Phoebe Thunderman

Não foi o medo de que Max descobrisse a verdade que me atingiu assim que me virei e vi Hyacinth e meu pai parados a poucos metros de distância de mim. Foi medo de como ele reagiria se descobrisse, e de como afetaria nossa filha se ele acabasse reagindo mal.

Por sorte, Cinth notou quem ele era, e correu até mim. Me abaixei para ficar da altura dela e olhei em seus olhos.

– É o papai – sussurrou ela com convicção. Abri a boca para explicar a ela que precisava manter segredo, quando fui interrompida – Mas ele ainda não lembra da gente né mamãe?

Me surpreendeu. Ela estava tristonha ao dizer aquilo, mas ao mesmo tempo estava completamente convicta: era nosso segredo. Ela me encarava com a força de um pedido, estranhamente senti algo, como uma leve fisgada na cabeça. Era ela. Pedindo permissão para olhar minha mente.

Respirei fundo e muito sorrateiramente assenti.

"Eu vi você dando tchau pra ele mamãe" estremeci ao ouvir a voz dela ecoando dentro da minha cabeça. Engoli seco e olhei sobre o ombro dela. Max se virou e eu sussurrei mentalmente "ele não pode saber ainda, Cinth".

Ela assentiu e eu me levantei. Minha filha se virou sorrindo e segurou minha mão, quando Max se abaixou diante dela.

– Olá Hyacinth, é um prazer te conhecer – ele disse sorrindo enquanto analisava ela – Sou Max.

Olhei para Cinth e ela sorriu colocando a mãozinha na mão estendida dele em um cumprimento.

– Oi Max – percebi o esforço dela em pronunciar o nome dele no lugar de "papai".

– Sua mãe falou muito sobre você, mas eu não imaginei que fosse assim tão linda – disse Max. Ele me olhou brincalhão – Não me disse que era mãe de um anjo, Pheebs.

Peebs. Estremeci e imediatamente o sorriso sumiu do meu rosto. A sensação de ouvi-lo chamar meu apelido me fez contorcer e desviar o olhar. Max não notou por sorte, havia voltado a encarar Cinth.

– Você me acha bonita? – perguntou ela entusiasmada. Max assentiu.

– Você é sem dúvidas a garota mais linda que eu já vi – disse ele – Sinceramente acho que a Disney deveria fazer um filme pra você, porque é princesa mais maravilhosa que eles teriam.

Hyacinth riu e se encolheu com as bochechas vermelhas. Eu sorri.

– Cinth, não queremos atrapalhar sua mãe, vamos...vamos com o vovô ali nos vídeo games? – pediu meu pai. Ele parecia ter se recuperado parcialmente do reencontro com o filho. Hyacinth assentiu, por um milagre, sem sequer contrariar.

Ela se aproximou de Max e o abraçou. Um abraço inocente e apertado. Pude ver que ela fechou os olhinhos e respirou fundo. Eu sabia que aquele momento ela havia esperado toda a vida. Max pareceu surpreso, mas a abraçou de volta. Senti um nó se formar na minha garganta quando Cinth abriu os olhos marejados e deu um beijo na bochecha de Max antes de se virar e correr para o meu pai.

Ele a tomou pela mão e se afastou pelo shopping. 

Max permaneceu paralisado, ainda abaixado encarando Cinth sumir no meio das pessoas junto ao meu pai. Suspirei e toquei seu ombro, fazendo ele sair do transe e sorrir para mim enquanto se levantava.

– Essa menina é maravilhosa, Phoebe – disse ele. Eu sorri, mas Max parecia extasiado, maravilhado enquanto encarava onde Cinth havia sumido. 

– É eu sei disso – falei.

Ele me olhou finalmente.

– Você fez um ótimo trabalho sozinha – disse ele fazendo meu coração saltar – Aposto que o pai dela ficaria orgulhoso.

Eu sorri. Ele não sabia, não tinha ideia do quanto aquilo significava para mim. Aquelas simples palavras, vindas do próprio pai da minha filha.

– Ela é idêntica a ele – sussurrei – Então... acho que de certa forma nós fizemos um bom trabalho.

Ele sorriu.

– Deve ter sido difícil – Max falou. Assenti afastando uma mecha do cabelo para trás da orelha.

– Ele faz muita falta mesmo – disse a ele. Como queria que aquelas cortinas na mente dele se abrissem, para que ele visse que eu estava ali. Que ele me amava, que nossa filh precisava dele. Mas não podia forçar aquilo a acontecer.

– Não vamos falar de coisas tristes – Max sorriu de lado – Que tal se patinarmos?

Eu ri e fiz uma careta.

– Eu não sou muito boa com...

Antes que eu pudesse completar a frase, ouviu-se um estrondo no shopping seguido de uma sinfonia de gritos. Uma explosão, jogou pelos ares uma loja inteira espalhando concreto, vidro e outras coisas pelo ar. Me abaixei no impulso junto com Max, e antes que pudesse pensar em qualquer coisa me peguei gritando.

– HYACINTH! HYACINTH! – berrei no meio do alvoroço. Comecei a correr sem rumo, apenas buscando, querendo ouvir a voz da minha filha e correr até ela.

– Phoebe,espera! – Max pediu me seguindo.

Outro estrondo, mais pessoas correndo e gritando e fumaça tomando conta da visão.

– HYACINTH! – gritei mais uma vez sentindo minha garganta arder com o esforço. Meu coração estava acelerado e eu sentia meus olhos embaçando com as lágrima que ameaçavam cair.

– Mamãe! – ouvi sua voz assustada e chorosa.

Olhei em volta. Já não sabia dizer de que direção vinha, estava tão atordoada e perdida naquela bagunça que mesmo ouvindo ela, não pude encontrar.

– Aqui está ela, Phoebe! – Max me puxou pelo braço e me virei. Avistei então, Cinth agarrada aos pés do banco onde se escondia embaixo. Corri atrás de Max, empurrando as pessoas. Ele chegou antes de mim e Cinth se jogou sobre ele em prantos.

Me ajoelhei ao lado deles e a puxei para mim sem nem pensar. A abracei forte e em seguida afastei checando.

Ela estava com o corpo empoeirado, havia um corte não muito profundo na testa e alguns arranhões no corpo. 

– Você está com muita dor? Me diga onde dói! – falei afoita.

– Não tá doendo mamãe – disse ela com um soluço – Eu perdi o vovô.

– Calma meu bem, vamos achar ele, tá bom? – falei percebendo que estava tremendo. Me virei para Max pronta a falar meu plano quando mais um estrondo me ensurdeceu. Desta vez acima de nós. Olhei para cima a tempo de ver os destroços de mármore caindo em nossa direção. 

Juntei todas as forças que tinha e usei minha telecinese para segurar. Senti a exaustão após alguns segundos, Max puxou Cinth e saiu debaixo enquanto eu gritava com as mãos erguidas tentando manter a placa de mármore. Cinth estava em choque e não soltava Max. Assim que eles se afastaram suficiente forcei com tudo que me restava de resistência e empurrei a placa para o lado, jogando meu corpo na direção oposta enquanto ela caía no chão ao meu lado.

Eu estava atordoada. Não via nada além de borrões e ouvia ao longe gritos, barulhos de mais estrondos. Senti uma mão no meu rosto, me sacudindo e tentei focar na voz distante que repetia meu nome com desespero.

Finalmente consegui voltar a mim, ainda fraca e sentindo cada músculo do meu corpo doer. Vi Max me chacoalhando. Cinth estava pendurada nas costas dele, abraçando seu pescoço completamente imóvel, com os olhinhos castanhos inexpressivos e assustados.

– Meu pai – sussurrei me sentando com a ajuda dele. Ainda haviam pessoas correndo a nossa volta e gritando por familiares e amigos – Preciso achar meu pai.

Max estava tão afoito como eu. Desprendeu Cinth de suas costas e a puxou para o lado. Ele se aproximou e me ajudou a levantar devagar, enquanto nossa filha se agarrava a sua calça com medo de se perder.

Senti algo molhado tocar meus lábios e passei a mão logo abaixo do nariz. Sangue. Não me admirava diante de ter segurado quase uma tonelada com meus poderes.

– Leva Hyacinth lá pra fora – Max disse – Eu vou achar o seu pai.

– Não... Você está sem seus poderes, é perigoso – sussurrei. Max fez uma careta, mas deve ter concluído que eu estava delirando por conta do que havia passado.

– Olha, isso não é uma sugestão – ele falou com firmeza – Com certeza Ray e Henry vão chegar logo,precisa levar sua filha pra longe daqui.

Max se abaixou e segurou Cinth pelos ombros enquanto dizia para ela.

– Pega sua mãe pela mão e não para até chegar do outro lado da rua, tudo bem? – ele disse. Cinth assentiu devagar.

Ela pegou minha mão. Olhei para Max, tomada pelo temor de que algo o ferisse antes que eu pudesse contar a verdade a ele. Engoli em seco e olhei em seus olhos.

– Por favor, precisa sair vivo – falei. Ele sorriu.

– Eu sou um sobrevivente, Phoebe Thunderman – disse ele. Em seguida Max correu na direção do caos. Cinth me puxou pela mão. A fumaça das explosões haviam tomado o andar, mas ela parecia saber exatamente onde ia, me puxando apressada. 

Até que ela parou.

– Mamãe – sussurrou antes de se esconder atrás das minhas pernas bambas – Ouviu isso?

– Ora, ora, ora – ouvi vindo do meio da fumaça – Se não é minha doce ex-namorada.

Aquela voz maldita. Engoli em seco, buscando no fundo do meu corpo esgotado qualquer força que pudesse me manter de pé. O ódio que eu não sentia a tanto tempo, borbulhou dentro de mim quando soube quem estava por trás daquilo: Link Evilman.

Fiquei quieta, não havia o que dizer, ainda mais quando ele saiu das sombras e se mostrou. Barba por fazer, roupas pretas e uma capa verde medonha. Ele sorriu maliciosamente e baixou os olhos para Cinth.

– E olhem se não é a pequena aberração Thunderman – disse ele com falsa doçura que me causou náuseas. Senti ela se agarrar mais forte a mim.

– Cala sua boca maldita – falei tentando soar intimidadora. Falhei – Se falar da minha filha assim de novo eu arranco sua língua com as mãos.

– Está ousada demais pra quem está tão acabada, Phoebe – falou ele. Fiquei quieta, era o mais prudente – Hyacinth Allison Thunderman. Apropriado dar o nome daquela vadia para sua filha.

Senti vontade de arrancar cada membro dele de uma forma muito dolorosa. Eu o odiava, o queria mais que morto. Queria que sofresse, que apodrecesse em algum lugar, que fosse comido por vermes antes de morrer no auge da agonia.

Ele deu alguns passos na minha direção e ouvi um gemido de Hyacinth. Ela estava tremendo. Mas mesmo que morresse pra isso, jamais deixaria que ele tocasse um dedo nela.

Para sorte dele, Link apenas segurou meu rosto com força perto do dele. Seus olhos refletiam a alma do próprio diabo. Rangi os dentes.

– Continua tão linda, uma pena que esteja ocupada ainda sonhando em trepar de novo com seu irmão – disse ele entredentes.

– Vai a merda seu filho da puta – falei antes de cuspir no rosto dele. Um pouco de sangue acompanhou a saliva que atingiu os olhos dele, não deixei de sorrir por dentro.

Ele me soltou e se afastou alguns passos para limpar o rosto. Ele riu e se aproximou de mim, sntes que eu pudesse calcular o movimento, me acertou o rosto em cheio com um soco.

Caí no chão e Hyacinth gritou, começando a chorar de imediato. Ela se abaixou me puxando, as mãozinhas trêmulas e seu rostinho repleto de horror.

Olhei para cima. Eu estava sem condições de enfrentá-lo. Segurar tanto peso, fez algumas partes dentro de mim estourarem ou quase. Eu estava ferida internamente. Demoraria a me curar completamente, e uma luta apenas pioraria a situação.

– Tão acabada – disse ele se abaixando. Ergueu meu queixo e me fez olhar para ele – Oh que pena. Poderia ter carregado os meus filhos, Phoebe. Poderiamos ter um império. 

Ele aproximou mais o rosto. Eu queria chorar, mas jamais demonstraria fraqueza.

– Eu poderia te fazer gritar de prazer na cama – sussurrou ele contra os meus lábios. Senti tanta repulsa que quase vomitei – Imagine me ter dentro de você. Uhm? 

Apenas encarei ele com todo o ódio que sentia.

– Me tirou meu reinado em Hiddenville – ele disse com um sorriso – Mas eu vou tomá-lo de volta, e desta vez... Não apenas uma cidade, eu pensava pequeno demais com Mayhem martelando minha mente.

Ele fez uma pausa.

– Eu vou tomar o lugar da Liga. Terei o mundo aos meus pés, sem super heróis para me impedir de tomar o que eu quiser – sussurrou – Serei o rei do mundo, Phoebe Thunderman. Você pode ser minha rainha. Vai ser.

– Eu prefiro morrer falei entredentes. 

Ele me beijou levemente e se afastou.

– Vai vir me implorar para que eu a aceite – ele sussurrou – E governaremos juntos. 

– Nunca – falei. Ele se levantou.

– Verá que sim – disse ele – Isso foi apenas o começo, Thunder Girl. 

Ele deu as costas e começou a se afastar. Puxei Cinth para perto, na tentativa de acalmá-la. Ela tremia e soluçava. E eu planejava terminar o que havia começado.

Quatro anos antes, a morte de Allison me impediu de matar Link. Mas agora, nada seria capaz disso. Eu o aniquilaria de uma vez por todas.


Notas Finais


O que acharam do capítulo? 😱

Estou pensando em uma short fic especial em homenagem ao MÊS DO ORGULHO LGBTQ+❤💛💚💙💜

Então queria desafiar vocês!
Quero que comentem sugerindo casais LGBTQ+ de QUALQUER seriado, filme, livro, etc. Um casal que vocês amem e admirem de paixão, e quero que expliquem PORQUE esse casal é o seu favorito, então vou escolher aquele que fizer o textinho mais tocante.
Caprichem!

(Se eu gostar de mais de um, de repente acabo fazendo uma série de one shots)

Obs: querem que eu coloque hots nesse projeto?


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