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História Sins of Hope - SEGUNDA TEMPORADA JÁ DISPONÍVEL - Capitão



Notas do Autor



Capítulo 3 - Capitão


Fanfic / Fanfiction Sins of Hope - SEGUNDA TEMPORADA JÁ DISPONÍVEL - Capitão

Um nó se fez no estômago de Camille, que esperava sua morte. Ouviu o som do machado cortar o ar, pronto para atingir seu pescoço e ceifar sua frágil vida, com o som da lâmina batendo na madeira. Seu corpo ficou leve, como se não tocassem em mais nada. Além disso, ele ficou quentinho. Então era assim a sensação de morrer? 

-Caramba, você realmente quer salvar o reino, Camille. – Falou uma voz que ela rapidamente reconheceu. – Acabou o show, pessoal. Sumam! – Gritou para a população que rapidamente fugiu para suas casas.

Vendo que conseguia se mexer livremente, sem nenhuma magia restringindo seus movimentos, tirou a venda e viu que o taverneiro estava a carregando no colo, também livre da magia. Olhando de perto, ele era bem forte fisicamente. Talvez fosse para proteger seu bar de invasores? Ela não sabia dizer.

-S-Sim! – Responde ela, após alguns instantes de silêncio para processar o que aconteceu. – É o que eu mais quero! 

Ele faz menção de colocá-la no chão, e ela graciosamente desce de seus braços, envergonhada por ser carregada por aí, parando do seu lado direito. Mas ainda não tinha entendido como aquilo havia acontecido. Ela com certeza ouviu o som do machado cortar o ar, mas não havia morrido. Olhando agora, viu que o machado estava cravado no toco de madeira em que estava alguns segundos atrás. O taverneiro havia salvo novamente sua vida. 

-O que aconteceu aqui?! – Gritou Jack. – Mas o que porra está acontecendo aqui?!

-Ei, ei! Estamos na presença de uma princesa! Não te ensinaram modos na academia? – Retrucou o rapaz.

-N-Não se preocupem, eu não ligo pra isso... – Falou a princesa constrangida.

-Ah, entendi. – Falou o taverneiro. – Então pode continuar a xingar sem problemas! – Falou para Jack, arrancando uma risadinha da ruiva.

-Cala a boca, seu tampinha de merda! – Gritou espumando de raiva.

-Eu não sou tão baixo assim... – Comentou coçando o queixo. – De fato eu não sou altão, mas também não sirvo pra “tampinha”. Eu sou até mais alto que a Camille, por sinal. – Falou apontando para ela com o dedão, que concordou com a cabeça.

Jack urrou para o seu novo oponente, que estava zoando com sua cara.

-Eu vou te matar, te esquartejar e te espalhar por todo o Reino! – Ameaçou o homem, fazendo Camille tremer. – Eu sou Jack, um Cavaleiro Sagrado de seis estrelas!

-Olha, só por que sua mãe te disse que você é alguém tão especial, não quer dizer que seja verdade... – Retrucou coçando a orelha, e a menina riu tapando a boca. – Além do mais, já ouvi ameaças piores, senhor Aprendiz de Cavaleiro Sagrado.

-Vai se foder! – Gritou pegando o machado, e correndo para atacar os dois. – Prison Cut!

Ele parou de correr com o grande machado na direção dos dois, mas ainda pretendia dividir ambos em um único ataque. Com a magia imposta e pronta para disparar, girou a arma de lado para os atingir horizontalmente com uma carga mágica, e o rapaz ia se abaixar, mas notou que a princesa não foi rápida o suficiente. Logo, ele a puxou para baixo, com o ataque pegando de raspão em seu braço direito.

-Não foi uma boa ideia termos zoado ele! – Gritou a princesa, com medo e o seu salvador em cima dela. – Ele vai nos matar, ele é um–

-Aprendiz de Cavaleiro Sagrado. – Respondeu calmamente.

-Como você pode ser tão confiante?! – Bradou irritada. – Ele quase nos matou com isso! 

-Não. Não chegou nem perto disso. – Afirmou convicto.

-Você quase perdeu um braço!

-Também não. – Falou negando com a cabeça. – Eu tenho uma pergunta para você, sobre Cavaleiros Sagrados. – Ele ergueu a cabeça, olhando para Jack. – Você também pode responder se quiser.

-Parem de conversar! – Replicou irritado, e disparando outra onda mágica.

Ambos se levantaram, e ele segurava a garota com sua mão direita para correrem.

-Como são divididos os ranks de Cavaleiros Sagrados aqui em Lioness?

Camille olhou confusa, porém respondeu.

-Por estrelas, sendo os de Seis Estrelas os excepcionais.

-Correto! – Exclamou. – E existem quantos Cavaleiros Sagrados de Sete Estrelas? A condecoração quando você se torna muito mais poderoso que o de Seis Estrelas?

-Sete, a Psychomachia, as Sete Virtudes Sagradas... – Respondeu olhando para baixo.

-Errado! – Exclamou novamente. – E como o Jack não parece querer brincar, eu respondo. Existem catorze. E você está indo atrás dos outros sete.

-Mas a Saligia não existe mais! – Gritou, sem gostar de ser puxada enquanto eram disparadas ondas mágicas em sua direção. – Isso não passa de uma história boba, que meu pai não deixava de acreditar!

-Ei! – Ele retrucou. – Não desista tão fácil! Você está quase acabando meu questionário! 

-Mas-

-Sem mas! – Gritou rindo. –  Como você identifica um dos membros da Saligia? Pra estar indo atrás deles, você deve saber identificá-los.

-Eles são baderneiros, destroem tudo e não são muito civilizados... – Falou franzindo a testa.

-Nossa... – Comentou o taverneiro. – Sério que esse é o jeito que você quer encontrar a Saligia? Não tem mais nada que te lembre eles?

A garota fechou os olhos tentando lembrar, e uma centelha de luz de conhecimento brilhou em sua mente.

-As tatuagens! – Berrou, enquanto era puxada com força para fugir de um corte. – Eles também têm tatuagens que representam seus pecados!

-Bingo! – Anunciou feliz. – Se lembra de quais eram as tatuagens?

Ela fechou os olhos e foi recitando.

-Coroa, Espelho, Travesseiro, Moedas, Beijo, Bala e... – Um grito desesperado, não do taverneiro, interrompeu sua fala, enquanto sentia sua mão esquerda livre, que antes segurava a mão direita do garoto. – O que foi?!

Ela abriu os olhos, e estavam na frente de Jack, que olhava chocado para o seu oponente. O seu enorme machado de batalha  era segurado por apenas dois dedos do dono do bar. Além disso, outra coisa chamava sua atenção, no braço do garoto. Camille colocou seu olhar para o mesmo ponto que o seu quase algoz olhava, e também se chocou.

-Continue, Camille. – Falou calmamente e sorrindo. – Qual é a última tatuagem?

-Um... Martelo. – Disse abrindo um grande sorriso.

-E então, acha que ele fica bom no meu braço? – Indagou baixinho para a princesa, que olhava com lágrimas começando a escorrer de seus olhos.

-Não é possível, você...!

-Bom, permitam-me me apresentar direito para os dois. – Pronunciou enquanto explodia a lâmina do machado com os dois dedos. – Eu sou Nier, Capitão da Saligia e Pecado da Ira!

-Como você continua com essa aparência? – Gritou desesperado Jack.

-Não importa. – Respondeu dando de ombros. – Mas olha cara, se o que você diz de ser um Cavaleiro Sagrado de Seis Estrelas é verdade, os Cavaleiros Sagrados ficaram extremamente fracos nos últimos anos, ao ponto que eu sinceramente me decepciono. Porém, isso dá pra ver de longe que é uma mentira deslavada, nem estrelas sua armadura tem! E eu vou te mostrar a diferença entre  um membro da Saligia e  um Aprendiz de Cavaleiro Sagrado!

Nier chuta Jack no queixo, o fazendo sair de perto deles. Ele começa a energizar sua magia em cada uma das duas mãos, colocando-as em posições perpendiculares, andando em direção ao cavaleiro.

Ao ver a energia massiva e aterrorizante na sua frente, o cavaleiro começa a se afastar, e põe as mãos na frente de seu rosto.

-Não vai adiantar de nada, Jack. Desista. – Fala Nier, que continua a aumentar a energia, ao ponto de fazer com que o cavaleiro desmaie, devido à pressão direcionada a ele. Nier apenas suspira, decepcionado.

-Você derrotou ele? – Pergunta Camille, se aproximando e parando de seu lado.

-Claro, mas vamos embora. Não é uma boa ideia ficar aqui. – Ele fala indo em direção ao seu bar, e quando passa por Camille, para, gira no seu próprio eixo e dá um peteleco no nariz da moça. – Você fez todos meus clientes fugirem, agora vai ter que pagar por isso. Vai trabalhar como garçonete no bar. – Ela apenas ri, e continuam a voltar para o bar.

Quando chegam no bar, são recepcionados por Ryon.

-Achei que eu ia ganhar um bar. – Pronunciou se lambendo.

-Nem morto eu deixo o Delito pra um felino.

-E então, Sir Nier, como vamos ir? – Questionou a ruiva. – Vamos a cavalo? Mas como quer que eu trabalhe no bar? – Ela é ignorada por Nier, que vai para a janela do bar, se apoiando no parapeito.

-Ei Mama! Acorde! – Nier grita pela janela. O bar inteiro estremece, e Camille cai no chão, que corre para a janela para ver o que estava acontecendo. Ela vê uma porca gigantesca verde do lado de fora, com o bar amarrado em cima.

-Vamos mamãe, a todo vapor! – Gritou Ryon, empolgado como sempre. Logo Mama começou a marchar em frente.

-“Mamãe?” – Perguntou Camille, confusa ao ver um gato chamando uma porca de mãe.

-Ryon foi criado pela Mama desde que era bebê, e acha que ela é a mãe biológica dele. – Respondeu Nier, sussurrando a última parte. – Só não conta pra ele isso, tá? – Ela deu uma risadinha e concordou com a cabeça. – Então, vamos adiante!

-Vamos para onde, Sir Nier?

-Para Antares, a cidade gastronômica! Tenho certeza que vai ter alguém por lá.



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