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História Sins of Hope - SEGUNDA TEMPORADA JÁ DISPONÍVEL - Luxuria Aprisionada; Mortos Libertos



Notas do Autor



Capítulo 35 - Luxuria Aprisionada; Mortos Libertos


Fanfic / Fanfiction Sins of Hope - SEGUNDA TEMPORADA JÁ DISPONÍVEL - Luxuria Aprisionada; Mortos Libertos

A cerca de duas milhas de Veigel, há uma prisão, de segurança máxima, chamada Forte Haibluff, conhecida por suas torturas e execuções e que nunca foi registrada uma única fuga sequer. Muitos Cavaleiros Sagrados fazem a guarda dessa prisão, então seria impossível um resgate a qualquer um desses presos.

Dentro dessa prisão, ouve-se a voz dos presos, pedindo clemência.

-Nos matem logo...

-Não aguentamos mais esse lugar... – Outro chora completando o primeiro.

-Calem a boca, o que eu não aguento mais é vocês gritando e reclamando. Eu quero dormir. – Diz um dos presos.

-Como assim? Estamos prestes a ser mortos e você quer dormir? Quem é você? – Pergunta um dos vários presos, irritado com aquele homem.

-Eu? Me chamo Raven, mas não sou ninguém, só quero dormir. – Diz aquele homem de uma das celas.

-Espere um pouco, eu já ouvi falar desse nome... – Fala o preso. – Foi você que matou os outros Cavaleiros Sagrados dessa ala da prisão? Ouvi que tentaram te executar várias vezes, mas você os matou a cada tentativa... – Fala engolindo em seco.

-Notícias se espalham rápido por aqui... É, eu sou esse. – Responde entediado o homem. – Esses guardas precisam de um treinamento melhor.

-Se você é tão poderoso assim, por que ainda está nesse inferno? – Questiona outro prisioneiro.

-Como eu disse, é o tédio. – Responde em um longo bocejo.

Enquanto isso, em Veigel, era quase noite, quando um gigante de olhar opaco vagava pelas ruas desertas em busca de inocentes para devorar. Emanando um poder além do normal, a Saligia sente que algo de errado está acontecendo naquela pequena cidade, e vão em  direção ao centro do lugar.

-Ora, ora, finalmente eles chegaram. – Pensa o misterioso homem na sua cela. – Bom, rapazes, foi boa essa estadia aqui com vocês, mas minha folga acabou, até um outro dia. – Disse se levantando na cela. – Ah, só para constar, meu nome não é Raven. 

O homem então emana uma magia estranha, onde todos dali puderam sentir. Ele, então, arranca o portão de sua cela, e todos puderam ver o porquê daquela cela não ser igual às outras. O homem, de bagunçados cabelos longos e loiros, se revela.

-Ei! Volte para sua cela! – Diz rispidamente o guarda que ali estava.

-Garoto, você sabe quem eu sou? Você sabe o que eu sou? Não fomos devidamente apresentados.

Ele caminha até o homem, que quando pensou em se mover, não conseguiu dar sequer um passo. Ao olhar para o chão, viu diversas mãos saindo dele, desde mãos esqueléticas a mãos em decomposição. Se assustando, logo foi puxar sua espada, porém mais mãos seguraram seu corpo todo. Ele olha desesperado para o homem de olhos verdes.

-Meu nome é Gwyndolin, fiel praticante da magia negra e, acima de tudo, o Pecado da Luxúria da Saligia. – Fala encostando a mão no queixo do guarda.

Uma leve corrente de ar adentrou o forte, e fez os trapos dele mexerem, revelando uma tatuagem de um beijo no seu pescoço. Não havia dúvidas.

-O quê? Isso não é possível! – Bradou o guarda. – Eu ouvi que você foi morto há anos! E você é um humano, e não imortal!

-Primeiramente, eu sou um druida. Porém realmente não sou imortal mesmo tendo uma vida longínqua, mas não fui eu quem mataram, foi um pequeno servo que eu conjurei do além, que o Inferno o receba bem. – Disse dando de ombros. – Agora saia da minha frente, antes que eu destrua esse lugar. – Ele desfaz as mãos que prendiam o guarda, fazendo que o mesmo caia de joelhos no chão.

Ele anda por entre os corredores rochosos de Haibluff procurando algo que possa lhe ser útil, como um Cavaleiro Sagrado morto ou algo do tipo, até achar a tesouraria do lugar.

Ao entrar na sala onde os tesouros ficavam guardados, dois Cavaleiros Sagrados que ele não se deu o trabalho de ouvir o nome pularam para atacá-lo, porém logo foram detidos por dois enormes mortos vivos de três metros de altura e extremamente fortes.

-Finalmente encontrei você... – Fala com um sorriso no rosto.

Ele se agacha e vê num baú seu Tesouro Sagrado: seu cajado Lilith. Sabia que ele não havia sido levado, pois sentia que seu poder estava ali. Gwyndolin pegou seu cajado em mãos, o prendeu nas costas e começou a sair da sala, quase saltitando. Quando ia sair, notou algo estranho em um dos Cavaleiros Sagrados. Era uma mulher, e de longos cabelos prateados.

-Ei, menina. – Ele dá um peteleco no nariz dela. – Eu tô sem amarrador de cabelo, me dê o seu. Agora.

A Cavaleira Sagrada fez menção de responder, mas antes que pudesse notar, algumas mãos cadavéricas estavam removendo o seu amarrador e entregando para Gwyn, que amarra seu cabelo em um longo rabo de cavalo.

-Bem melhor... – Ele fala para si mesmo.

Ela até tenta responder, mas ele simplesmente já havia saído da sala.

-Para onde eu vou agora... – Ele se indaga. Tendo uma ideia, dá alguns passos para trás e entra novamente na sala de antes. – Ah, você! – Aponta para a Cavaleira Sagrada agora descabelada. – Me leve até a saída.

-Porque eu deveria fazer isso? – Pergunta a mulher desdenhando.

-Por que estou mandando. – Ele sorri para a mulher, e aproxima sua mão do rosto dela, e o agarra. – Eternal Curse!

Ele usa sua habilidade especial, que o permite controlar qualquer um que atinja, desde que esteja dentro dos pré-requisitos, exatamente como essa Cavaleira Sagrada.

Guiado até a saída da prisão pela platinada enfeitiçada, Gwyndolin vai em direção a Veigel, ao sentir uma grande concentração de magia naquela cidade. Ele sabia que era Nier e o resto de seus amigos, mas não sabia dizer quais exatamente. Ao chegar lá, ele reencontra os pecados lutando contra o monstro gigante que devastava a cidade.

-Olá pessoal, finalmente vocês chegaram! – Diz Gwyn, alegre em ver seus companheiros e girando um objeto na mão.

Ao ouvir uma voz familiar, Nier que estava um pouco longe do combate vai em sua direção voando, espantado.

-Ah... – Diz Nier confuso. – Olá Gwyn...? O que você está fazendo aqui? Viemos o resgatar, soubemos que você estava preso perto daqui... – Apontando para Haibluff.

-Vocês vieram me resgatar? – Pergunta Gwyn entusiasmado. – Que gentileza, perdi uma oportunidade... Se quiserem, eu volto para lá, e vocês me salvam. – Ele responde sorrindo para seu capitão.

-E... O que é isso? – Pergunta apontando para o objeto que o necromante estava girando.

-Ah, isso... – Ele para de girar, e pega em cada ponta da coisa, fazendo Nier arregalar os olhos.

-Gwyn, você... – Ele estava confuso. – De quem você pegou isso?

-Ora, da Cavaleira Sagrada que eu conheci agora a pouco! É a primeira calcinha que eu vejo em muito tempo! – Disse sorrindo, mostrando seu novo tesouro.

A expressão de Nier era vazia. Ele não fazia ideia de como reagir àquilo.

-Ei, Gwyn...

-O que foi?

-Nós temos a princesa do Reino aqui conosco. Se você ousar pegar uma calcinha dela, eu juro que eu mesmo faço questão de te prender em Haibluff. 

-Capitãozinho, pode voltar para ajudar? Esse gigante é bem resistente! – Grita Asura pedindo ajuda. – Mais um com sangue de demônio pra nossa lista de inimigos!

-Vocês estão enferrujados, esse monstro nem é tão forte assim, deixa eu dar uma mãozinha. – Diz Gwyn.

Ele vai andando calmamente em direção ao gigante, estalando os dedos.

-Encantamento: Chamas do Inferno, Burn.

Gwyn, então, lança uma torrente de chamas negras, que queimam mais que o fogo comum, esperando destruir cada centímetro do corpo do oponente.

-O quê? Eu reconheço essa magia, veio daquele dali que está conversando com o Capita? – Diz Takashi confuso olhando para Asura.

-Ei pessoal, cheguem mais, olha quem voltou... – Fala Nier apontando para um necromante vestindo trapos de prisão, que tinha longos cabelos loiros e belos olhos verdes.

Então, os pecados reconhecem aquele estranho de trapos, era o Pecado da Luxúria, Gwyndolin.

-Vocês demoraram muito, acabei sendo preso por puro tédio de tanto esperar, eu tive que matar alguns Cavaleiros Sagrados sabiam? – Fala Gwyn tentando forçar uma pena nos seus companheiros.

-Acabamos de sair de Araruna, foi bem cansativo resgatar o Takashi – diz Asura.

-Passamos por algumas dificuldades, Gwyn, mas estamos aqui, e agora faltam apenas dois, para nos juntarmos novamente! – exclama Nier. 

-E o resto? Só tem vocês três? – Pergunta Gwyndolin.

-Skanfy está dando apoio de lá do bar; não faço a menor ideia onde esteja a Lilian; e me parece que o Krioni saiu do reino... – Pondera o seu capitão.

-Kri-Krioni? Capitão, espero que ele tenha mudado a opinião sobre mim, ele nunca foi muito com a minha cara... – Diz Gwyn receoso.

-Quem sabe... Agora chega de conversa, parece que a sua magia não foi o suficiente pra derrotar esse gigante demoníaco tão facilmente...

-Gigantes são bem fortes por natureza, agora misturando sangue de demônio... – Receosamente fala Takashi. – Talvez fosse melhor lutar junto da Lilian, nesse caso...

-Isso, jogue fora o único mago que você tem aqui... – Choramingou Gwyndolin.

-Alguma ideia de como matar ele, Capitãozinho? – Indaga Asura.

Nier leva uma mão ao queixo, observando a criatura. Já havia dissipado as chamas de magia negra do necromante da Luxúria, então apenas aumentar o nível delas seria desperdício de poder.

-Bom, seria excelente se conseguíssemos destruir seu corpo de uma vez só... Mas acho que não vai rolar. Gwyn, consegue distrair ele com mortos-vivos?

-Com quem acha que está falando? – Responde estufando o peito. – Liberar Tesouro Sagrado: Walking Nightmare!

Das sombras, várias almas atormentadas surgem e começam a rodear o gigante demoníaco. À medida que se aproximam, ossos, músculos e pele começam a se formar irregularmente, criando zumbis tomados por ódio. Ódio por quem havia os matado.

-Nojento como sempre... – Comenta Asura. – E agora, Capitãozinho? – Nier não responde. Ele olha para o lado e Nier não está mais lá. – Takashi, você viu o Capitãozinho? – Se vira para falar com o amigo, mas ele também não estava lá. Olhando para frente, vê que os dois já estavam na metade do caminho para enfrentar o gigante, com Nier voando e Takashi correndo. – Ei! Esperem por mim!

Asura também parte em disparada, e é acompanhado por Gwyn, que estava em pé em uma arraia voadora. 

-Então Asura, o Nier falou que tem uma princesa com vocês... É verdade? – Questionou ao vampiro. Aparentemente, ele queria mais fofocar do que lutar.

-Sim, é sim. Camille Lioness é o nome dela. – Responde Asura, estressado por não estar tão perto do combate.

-Ela é namorada do capitão? Ele me ameaçou caso eu tentasse encostar nas calcinhas dela... – Falou ponderando.

-Talvez? Eles dormem juntos... – Falou franzindo o cenho, pensando.

Ele conjurou um grande urso normal que segurou Takashi, que fora arremessado por um chute do gigante. 

-Ah, então eles já devem ter transado.

-Quem? – Perguntou Takashi, se interessando na conversa.

-O Capitãozinho e a Camille.

-Ah. Entendi. – Falou olhando para Nier, que estava voando tentando acertar um soco no gigante, que desviava cambaleando. – Se bem que enquanto eu estive com vocês, ele esteve em coma e ela bem machucada.

-Ele usou aquele poder lá? Que as marcas escuras cobrem ele? – Indagou Gwyn.

-Sim, usou. Por quase matarem ela e o gato dele. – Falou Asura, criando uma lança com o sangue do gigante que já havia sido derramado. – Mas eu não lembro de ouvir barulhos do quarto deles durante a madrugada...

-Não é como se você ouvisse qualquer coisa enquanto dorme... – Comentou Takashi, puxando a Bucaneer. – Nem a Skanfy. – Concluiu atirando uma bala de canhão no gigante.

-Então deveria perguntar a ele? – Falou Asura.

-Sim! – Exclamou Gwyn, que deu uma piscadela para Takashi, que devolveu o gesto.

-Você tá a mais tempo que a gente nessa jornada de agora, vampi... Se for você quem perguntar, ele vai responder. 

Asura olhou para cima, pensativo. De fato, era um bom argumento, e possivelmente daria certo.

-Ei, Capitãozinho! – Gritou Asura.

-O que foi?! – Respondeu gritando, irritado pelo gigante não parar de cambalear pelos zumbis de Gwyn.

-Você já transou com a princesa?! - Sua voz pareceu ecoar por aquele lugar, onde enfrentavam o gigante demoníaco. Por alguns instantes, pareceu que até ele parou pela pergunta.

Nier parou no meio do ar. Ele calmamente desce no chão, e por estar extremamente ocupado com os mortos vivos, o gigante não notou. O Pecado da Ira pega uma pedra do tamanho de sua mão fechada, olha para Asura e a joga nele, acertando no meio de sua testa, o derrubando.

-Eu sabia que ele ia fazer isso! – Gritou Gwyn batendo palmas. – Você me deve uma cerveja, Takashi!

-Eu pago com prazer! – Falou gargalhando de Asura. 

-Vocês sabiam que ele ia me bater se eu fizesse isso e fizeram eu fazer isso? – Levantou Asura irritado.

-Sim.

-Claro! Ficar preso cansa bastante.

Asura bufa e acelera pra atacar o gigante. Agora, ele e Nier estavam irritados. Chegando, ele puxa sua Holy Dracula e faz um enorme corte em cada perna do gigante.

-Só pra constar, Nier. – Falou Asura, com um galo na testa. – Foram eles que tiveram a ideia.

-E você é obrigado a fazer tudo que eles mandam? – Respondeu Nier, e talvez fosse impressão de Asura, mas suas bochechas pareciam estar vermelhas.

-Eu... – Asura parou por um momento. Ele tinha um bom argumento. – Então quer dizer que eles me fizeram de otário?

-Sim. – Respondeu Nier de maneira seca.

-Tá, mas... vocês já fizeram? – Perguntou curioso.

-Eu me pergunto se eu deveria arrancar sua língua! – Nier respondeu desconfortável com a pergunta.

Isso é um sim ou um não? Pensou Asura. Ele pode ter feito isso e tem vergonha de falar pra gente, ou ele pode querer fazer isso, mas não conseguiu...

Takashi apareceu em um salto, cortando a mão do gigante.

-Acho que já passou da hora de matarmos ele.

-Com certeza. – Disse Nier. 

Ele começou a concentrar magia em sua mão direita, criando uma bola de fogo gigante que era contida para ficar do tamanho de sua mão. Asura começou a reunir o sangue, criando uma espada gigante. Takashi tira a bala que estava na arma, e carrega apenas sua magia na arma. Os três disparam três ataques separados no inimigo, causando um estrago absurdo. Pedaços do gigante começavam a cair no chão, mas marcas negras – como as de Nier – começam a reconstruir ele.

-Ah, mas não vai voltar mesmo! – Gritou Gwyndolin chegando. – Tesouro Invocado Maltorius! 

Correntes escorrem do cajado de Gwyndolin, e se acoplam em seu braço. Ele as usa para se prender no gigante, e se impulsiona para cima, ficando cara a cara com ele. Então, em um movimento ligeiro, encosta seu cajado na testa do inimigo.

-Purge! – Uma magia druida, feita para combater demônios.

Ao usar a magia, a aura sombria do corpo se dissipa, fazendo a magia obscura sumir no ar e o corpo morto tombar no chão, com Gwyn graciosamente caindo no chão. Graças ao necromante, conseguiram derrotar um poderoso inimigo.

-Pronto, vamos voltar ao bar e ir atrás dos dois que faltam. – Ordena Nier.

-Bar? Que bar? – Questiona o Pecado da Luxúria.

-Delito, o meu bar. E você está contratado para trabalhar lá. – Explica o jovem, enquanto bate o pó da roupa.

-Posso ser uma garçonete? – Pergunta o necromante.

-Vai ter que competir com a princesa por esse posto. – Ri Nier.

-Eu confio em minhas capacidades. – Sorri Gwyndolin, seguindo Nier juntamente de Asura e Takashi, rumo ao Delito.



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