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História Sins of Hope - SEGUNDA TEMPORADA JÁ DISPONÍVEL - A Desconfiança Paira Sobre Camelot



Notas do Autor



Capítulo 68 - A Desconfiança Paira Sobre Camelot


Fanfic / Fanfiction Sins of Hope - SEGUNDA TEMPORADA JÁ DISPONÍVEL - A Desconfiança Paira Sobre Camelot

Mesmo a Fada que controla as águas de rios e mares não conseguia segurar as lágrimas ao ver sua rainha e seus companheiros se ajeitando para ir a outro reino.

Perceval desfilava elegante em seu cavalo ao redor de todos, mantendo-se alerta e calmo, nem parecia o mesmo que foi salvo por Merlin.

Lance não selava cavalos algum ou ajeitava sua bagagem. Com a Rainha em seus aposentos, ela via seu comandante dando ordens e organizado as tropas em sua ausência.

-Escutem todos! Nossa rainha terá que fazer uma viagem de imediato. Não há razão para preocupação! Irão com ela dois membros da Távola e ... – A voz dele falhou, como se algo ruim de engolir estivesse a incomodar sua garganta, e continuou. – O grande e habilidoso mago, Merlin, também irá.

Os soldados cruzavam olhares em desconfiança, eles acabaram de ver um monstro dar trabalho para quase todos os membros da Távola Redonda, por que eles se separariam logo agora? E se outro monstro de mesma força aparecesse nesse meio tempo?

O alvoroço aumentava, soldados começaram a gritar em reprovação e alguns insinuavam que a rainha estaria fugindo de algo maior. Os homens e mulheres queriam respostas, começando uma investida de questionamentos e uma grande pressão sobre Lancelot.

Sayuki não gostou do rumo que estava indo a conversa. Duas coisas chamaram sua atenção, uma fora Perceval, que ao olhar a confusão se formando, foi até ela com espada em punhos, pronto para entrar no meio de toda aquela confusão.

E a outra, foi o rosto de Lancelot: vazio, sem qualquer expressão, totalmente apático. Foram poucas as vezes que o vira daquele jeito… Quase nenhuma, para dizer a verdade!

-Abaixe isto Perceval! O que pensa que vai fazer?

-Se acalme, Sayu, só iria acalmar os ânimos em auxílio de Lancelot. Afinal, tem algo de errado!

-Não me chame assim! – Diz Sayuki com as bochechas coradas. – E não ouse se intrometer, ou ele vai ficar enfurecido! Afinal, quando ele fala, somente a rainha tem permissão de interromper e você sabe bem disso!

-Ok, ok. – Bufou o cavaleiro desapontado enquanto guardava sua espada e se afastava.

Novamente a atenção da Fada estava em Lancelot. Olhando a situação, a ideia de Perceval se tornava uma opção. Até o momento em que um forte brilho roxo-escuro surgiu em meio ao olho trespassado pela cicatriz do Samurai. Nenhum dos soldados soube dizer o motivo, mas embora não parassem de murmurar e reclamar, todos sentiram um arrepio percorrendo-lhes a espinha. Era como se, diante deles, não estivesse Lancelot, um cavaleiro honrado e reconhecido por toda Camelot, mas sim… Um Demônio em forma de ser vivo.

De repente, sem qualquer tipo de explicação, todos os soldados presentes em meio àquele alvoroço sentiram-se com as pernas bambas, como se estivessem prestes a perder o equilíbrio e cair no chão. Até mesmo Perceval e Sayuki pareciam ter sido afetados. No rosto de Lancelot, era possível notar o mais puro dos ódios.

Os soldados levaram um grande susto e permaneceram em silêncio.

-Não confiar em mim, um homem sem passado, que veio de fora do reino e tem autoridade sobre vocês, é aceitável e sinceramente, não me importo! – A voz do cavaleiro estava ríspida e amarga, seu tom era realmente ameaçador. Seu corpo elevou-se sobre os homens e mulheres enquanto continuava – Agora, duvidarem sobre a nossa rainha? Quem de vocês viu a rainha fugir de um combate? Quem de vocês teve coragem de estar ao lado dela ao enfrentar Hellkite, o dragão vermelho? Vocês viram ela hesitar contra Cath Palug? Ou se render ao duelo com o Cavaleiro Negro?

O silêncio tomou conta do recinto, nem mesmo o ranger de armadura era percebido.

Sayuki sentia o desconforto do peito sumir a cada palavra de Lancelot, ela sabia que sua angústia não era pela ameaça dos líderes do exército dele, mas sim pela viagem que eles enfrentariam enquanto ela ficaria no reino sozinha.

Sua consciência retornou de seus longos pensamentos quando, voltando ao chão, Sir Lancelot prosseguiu com o discurso.

-Cada homem e mulher que está aqui tem patente e autoridade menor somente de vossa rainha e dos membros da Távola Redonda, correto? – Todos afirmaram juntos em concordância. – Quem de vocês já me viu agir assim?! Vamos, respondam! Quando foi a última vez em que me viram irritado como um Demônio?! – Eles olharam entre si, somente lembrando de participação em missões que Lancelot, não importando o desafio, sempre estava de rosto nulo. De certa forma, um tanto quanto melancólico. – Pois, então… Meus parabéns por terem me deixado assim com sua desconfiança e prepotência! Aceito entrar em combate com qualquer um de vocês... – Rapidamente o braço de Perceval estava no ar em agitação. Sayuki jurava que viu Lancelot revirar os olhos e bufar antes de o responder. – Você não, Perceval! De qualquer um que desconfie da rainha! – Mais uma vez o loiro se afasta aborrecido, uma luta com Sir Lancelot muito lhe interessava.

-Eu também... Nunca te vi agir desse jeito, e nenhum membro da Távola. Mas acredito que brigar não seria o que a rainha deseja. – Sayuki agiu pelo instinto, afinal parecia que tudo estava se encaminhando corretamente, até Lance desafiar todos em uma batalha.

-Nada melhor que a princesa das fadas para entender o coração de uma rainha! Não é mesmo Sayuki? – Uma voz falou por detrás dela, ela virou e viu Arthuria em pé e sorrindo.

Sayuki não entendia mais o que acontecia ali. Seu coração palpitava e seus olhos pareciam duas nascentes de grandes rios de tanta água que brotavam.

Ao verem a rainha, todos os cavaleiros curvaram-se. Perceval seguiu Lancelot até ao lado de Arthuria.

Nesse momento, a rainha tinha Sayuki dentro de seus braços e assim que a fada voltou ao seu estado normal, ela dirigiu suas palavras aos seus nobres cavaleiros.

-Eu, Arthuria Pendragon, Rainha de Camelot, estarei indo em viagem para uma missão! Sei que mesmo depois das palavras de Sir Lancelot, muitos de vocês ainda não estão felizes com essa decisão! – O franzino de olhos semi-cerrados bufou. – Peço para confiarem em mim, antes de rainha ou de guerreira, sou filha dessa terra. Meu retorno será breve, então protejam Camelot com seus espíritos e corações, como essa fada e todos os membros da Távola Redonda prometeram fazer. Eu deixo o reino a vocês, meus honrados cavaleiros. – Gritos e aplausos em nome da rainha e da távola ecoaram pelo céu.

Cerca de três horas mais tarde, Merlin aproximou-se de Lancelot, os magos ficaram cara a cara um do outro, o clima parecia pesado e desconfortável, todos que se encontravam no salão da Távola Redonda seguravam a respiração. A situação persistiu por mais alguns instantes, até que Lancelot fez seu movimento.

-Mago da Saligia! - Fala enquanto curva-se em reverência, o que chocou todos. – Só posso agradecer pela ajuda. Tenho uma dívida com você.

-Mago Samurai! – Cumprimentou, devolvendo a reverência, o que tornava ainda mais estranho e chocante (e aterrorizante para uma certa fada da água). – Sua dívida pode ser paga nessa viagem. Para não esquecer, parabéns pela postura com os cavaleiros.

Todos foram pegos de surpresa, somente o pior era provável nesse encontro que se mostrou algo satisfatório, até que enfim Sir Lancelot aceitou Merlin como seu companheiro... Mesmo que Merlin não se importasse com isso.

Dentro de algumas horas, seria a hora de sua partida para Lioness, onde Merlin, ou melhor, Krioni, ajudaria seus companheiros novamente.

 



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