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História Sinto sua falta - Singular


Escrita por: pyechmushy

Notas do Autor


Era para ser algo totalmente diferente, quase um desabafo para eu finalizar - enterrar ainda mais -- algumas coisas, mas daí eu abri o dicionário de sinônimos, e bem... Saiu isso aí, que olha, eu até que gostei -qqq

Capítulo 1 - Singular


Algumas coisas temos que falar, para o nosso próprio bem, seja para deixar algo sair ou quando temos que matar algo, antes que aquilo nos mate.

 

Repito, mas não porque quero, mas porque necessito. Repito, porque nem mesmo as mais serenas palavras são ditas apenas uma vez, e como gosto de fazer jus ao ser incompetente que sou, as palavras ruins se repetem, assim como o breve selar que você deixava em minha bochecha, como um ato de despedida.

 

Relembro, que a sua ausência era como o encontro fatal da morte, já está marcado, apenas estavámos tentando nos iludir, acreditando no conto antigo, de que a morte vem de forma desprevenida.

 

Memorizo, as palavras onde me refiro, que sem você, eu estou melhor, mas diante de minha pessoa refletida na imagem de um espelho precário, eu compreendo, que vossa pessoa que está bem melhor sem mim.

 

Esqueço, porque é o único ato meramente simbólico em nossa sociedade que não me recuso fazer. Esqueço, porque seus fragmentos correm por meu ser, como partes de um vidro quebrado, em pequenos pedaços, quais eu não consigo visualizar, mas sinto cada parte de minha alma sangrar.

 

Recuo, porque o destino é invariável, e minhas esperanças hipotéticas. Recuo, porque minhas lembranças estão se tornando meras ruínas de minhas emoções. Recuo, porque o medo é o sentimento mais racional que habita meu insondável interior.

 

Regresso, porque seus braços são como espinhos de uma encantadora rosa, seu perfume é como o doce aroma de um lírio, mas assim como os espinhos retalham delicados tecidos, como a minha alma, e da mesma forma que o aroma de um lírio pode destroçar a mais magnífica das vidas, o seu amor foi inevitável, e as consequências desse sentimento, foram apenas um equívoco de nosso bom senso. Regresso, do local que costumo chamar de minha ala de reabilitação. Regresso para um local, onde essa dependência anormal, seja um mero conto de ninar.

 

Subordino-me, na esperança de meus sentimentos aceitarem essas sentenças, ao invés de seu aroma levemente tóxico correndo pelo meu corpo. Subordino-me, na esperança de meu ínfimo ser, não findar em apenas murmúrios de sentimentos bastardos.

 

Revogo, porque a fantasia da crença me erradica de tal forma, que não só meu torso pede por isenção, mas minhas condolências pedem por perdão, e meu princípio vital roga por um atestado de óbito de todos os contos querençosos. Revogo, porque minha existência parece desguarnecida neste mundo, onde lamentos de um não crente na fantasia da esperança, são jogados aos ventos, Revogo, porque dizer que sinto sua falta, já não me é o suficiente.



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