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História Six Days. - Trigésimo primeiro.


Escrita por: xwanyag

Notas do Autor


oi anjos, perdoem o atraso <3
faltam pouquíssimos aa :(
tentarei att mais rápido, principalmente por agora, que a escola vai puxar tanto de mim. então, desde já, desculpas <3

Capítulo 31 - Trigésimo primeiro.


— Jackson! Deixa eu fazer sozinho!

Mark gritou, emburrado. Já era a segunda vez em menos de três minutos e a quarta em menos de cinco minutos. Jackson encolheu-se, murmurando um pedido de desculpa que fora totalmente ignorado pelo emburradinho. Estalei a língua no céu da boca, fixando meu olhar em Mark, que continuava a fazer a massa do bolo, calado. Jackson havia passado para o outro lado da mesa e agora, ajudava Bambam a cortar batatas. Sua expressão era murcha. Inspirei profundamente, voltando a minha atenção a cebola que cortava. 

Havia muita coisa em minha cabeça e eu preferia manter-me quieto a brigar novamente com Mark pela forma como ele vinha tratando Jackson nas últimas horas. Sempre com gritos, palavras ofensivas ou respostas grossas. Ele estava sendo um perfeito idiota e parecia ser o único a não perceber. Aquilo, desde horas mais cedo, quando Youngjae revelou que Jackson e Jaebum havia se beijado. Não, eu não via necessidade alguma naquele comportamento de Mark. Entretanto, como já dito, sabia que se abrisse novamente minha boca para falar para ele parar com tal comportamento, acabariamos discutindo feio.

Eu não via problema algum em Jackson ter beijado Jaebum. Realmente, não via, até porque não existia. Fora antes. Antes de iniciarmos aquela relação, antes de todos os sentimentos. Antes, apenas. Era passado, não havia porque fazer tempestade devido àquilo ou cobrar algo de Jackson. Principalmente por ele já estar chateado demais com as coisas que aconteceram na última semana.

E sim, eu achava que Mark estava sendo um verdadeiro idiota. Eu não sentia nada em relação a isto, todavia, em compensação, Mark só faltava jogar aquilo aos quatro canto. De manhã, nós havíamos conversado e somente pela forma que ele tratou Jackson na hora do almoço, que eu soube que ele sim, havia ficado chateado.

O murmúrio baixo ao meu lado fora o suficiente para atrair minha atenção e ao erguer minha cabeça, encontrei uma expressão chorosa no rosto de Jackson. Bambam prendia o riso enquanto meu namorado, o encarava emburrado.

Demorei a perceber que ele havia cortado o dedo e ao constatar tal fato, me levantei da cadeira, pegando um pano e o levando até a pia, onde lavei seu dedo. Sua expressão ainda era a mesma e aquilo fez-me perceber que não se devia somente ao corte superficial em seu dedo, mas também, a algo mais.

Seu olhar não prendia-se em lugar algum e após alguns segundos, eu entendi perfeitamente o que havia de errado. O fato mais marcante na personalidade de Jackson, sempre seria sua hipersensibilidade e transparência. Eu sabia bem o que se passava com ele e no momento, quis esganar Mark, mas apenas abracei meu outro namorado, plantando um beijinho sobre seus fios. O loiro agarrou minha camisa, escondendo o rosto em meu pescoço. Bambam também havia percebido que algo não estava bem, pois apontou a sala e disse que terminaria de cortar as batatas lá. Concordei, sorrindo agradecido

Mark mostrava-se totalmente alheio ao que acontecia, mas eu sabia que aquilo era apenas um disfarce fajuto. Aquele era o problema dele. Se algo o incomodasse, ele não buscaria resolver esse algo para as coisas voltarem a correr bem, faria justamente o contrário.

Mark tendia a ser uma pessoa estressada e na maioria, falava as coisas sem pensar quando irritado ou magoado. Eu mesmo já havia provado o quão suas palavras podiam ser cortantes, mas diferente de Jackson, eu ia até ele, porque muitas das vezes, eu sabia lidar com qualquer coisa que ele falasse ou até seus atos agressivos.

Jackson resmungou algo baixinho, apertando minha cintura. Eu não precisava de muito para saber que ele estava quase chorando e não desejava que aquilo acontecesse. Se havíamos viajado quilômetros, era para haver distrações, diversões e bons momentos, não aquilo que acontecia.

Era ruim perceber que as desavenças não acabavam ali. Estavam por todo lugar. Youngjae e Jaebum que ainda não haviam se resolvido. Hoseok e Hyungwon que volta e meia tinham suas desavenças. E Bambam, que havia nos contado sobre seu rolo com Yugyeom, que havia parado de falar consigo por motivo desconhecido. 

Suspirei, afastando minimamente Jackson para que pudesse encarar seus brilhantes olhos cor de amêndoas. Sua expressão ainda era a mesma e embora não parecesse tanto, eu sabia que ele havia deixado cair, em algum momento, duas ou três lágrimas. Suas bochechas estavam marcadas. Beijei seus lábios, repetindo o processo com sua testa. Seu sorriso veio minutos depois e eu me permiti sorrir também diante tal cena, o puxando para sentar à mesa.

Mark ainda mexia o conteúdo da tigela, mas parou assim que eu o fiz sentar na cadeira. Seu resmungo soou impaciente e eu percebi por meio daquele ato, que não seria fácil conversar com ele. Sim, eu era uma pessoa muito paciente, mas haviam casos ou quando Mark resolvia bancar o mimado egocêntrico, em que eu simplesmente não conseguia manter-me pacífico. Violência não nos levaria a nada, mas eu mentiria caso dissesse que não desejava socar meu namorado.

— Mark? — o chamei baixo, atraindo sua atenção para mim. Sua expressão era indiferente, fria. Neguei, suspirando. — O que porra você está fazendo?

— O quê? — sua pergunta era confusa, embora eu achasse que ele estivesse bancando o cínico.

— Não, Mark, não. — me sentei na cadeira próxima a Jackson, o encarando rapidamente. Seu olhar mantinha-se preso ao mármore da mesa. — Você sabe exatamente do que eu estou falando. Esse seu comportamento idiota. Não vê o que está fazendo?

— Eu não estou fazendo nada. — sua voz soou mais agressiva, tal como sua expressão. — É que diferente de você, eu não consigo simplesmente agir como se não houvesse escutado nada hoje pela manhã!

— Tente. — suspirei ao falar, passando minhas mãos por meus cabelos. Mark revirou o olhar.

— Eu não consigo, Jinyoung. Eu estou irritado e não estou afim de falar com ninguém sobre isso e menos ainda, esquecer. E você sabe. Então, por quê não pode simplesmente deixar que passe?

— Porque você está machucando pessoas com essas ações, Mark. — suspirei, fechando brevemente meus olhos. Jackson mordia o lábio inferior com tanta força, que eu não me surpreenderia caso começasse a sangrar. 

Shit. — seu resmungo fora baixo, soprado. Fora a minha vez de revirar o olhar.

— Você não pode simplesmente agir assim, é idiotice. Vai continuar falando o que lhe der na telha, gritando com as pessoas, sendo um babaca? Pelo amor, Mark. Você está magoando o Jackson agindo assim e está me afetando, inferno! Nós temos um relacionamento, porra. E você o prioriza assim? Gritando com aquele que você deveria ajudar? Sendo um idiota com ele? — perguntei baixo, já farto de tudo aquilo. Mark me encarou. 

— O que você escutou hoje pela manhã? — a pergunta de Jackson interrompeu Mark, que preparava-se para revidar com palavras agressivas o que eu havia dito.

— Você não sabe? — as palavras de Mark carregavam extrema ironia. Jackson negou, acanhado. — Jackson, suponhamos que eu tenha um amigo de longa data. E este meu amigo e eu, já trocamos alguns amassos. Mas, nada sério, só na amizade.

Tuan sorriu ao falar, fazendo uma breve pausa. Jackson o encarava confuso, com as sombrancelhas arqueadas. O americano inspirou, curvando-se sobre a mesa. Ele ainda estava irritado e daquela vez, parecia vezes mais. Cruzei meus braços, o encarando.

— Se este meu amigo convivesse comigo diariamente e junto deles, meus namorados que até então, não sabiam dessa "aventura" e que posteriormente, saberiam. O que você sentiria sendo um dos meus namorados?

— Nada. — a resposta de Jackson veio rápida. Sua expressão também havia mudado. Ele ainda estava perdido. — Se seu amigo e você tivessem trocado beijos quando nós não tínhamos um relacionamento, eu não tinha porque sentir nada. Principalmente, Mark, se eu confiasse em você. E daí que beijaram-se? Não foi antes? Por que eu guardaria sentimentos ruins por algo passado?

— E você não guarda? — Mark alfinetou. As sombrancelhas ligeiramente erguidas e um sorriso curto nos lábios. Petulante.

O baixinho ao meu lado piscou rapidamente, surpreso. Eu não queria intervir, mas o faria caso Mark continuasse com perguntas tão fora do assunto. Eu o entendia em parte. Sentir ciúmes de Jaebum e tudo mais, mas apenas. Eu não trataria Jackson mal devido a isto, até porque, ele não tinha culpa em nada. Será que Mark não percebia que com tais atitudes só o afastaria de si?

— Guardo sim, eu me sinto um filho da puta todos os dias Mark. Eu me acho um merda, totalmente. E tudo isto por comentários ou palavras passadas. Mas, Mark, se uma pessoa te faz bem, você vai perder seu tempo a tratando mal apenas porque ela em alguma época da vida ter beijado o melhor amigo ou esqueceria isso apenas por ela? O quão idiota eu seria por guardar algo ruim sobre algo assim? — Jackson fez uma pausa, puxando o ar com extrema força.

Encarei-o preocupado quando ele tossiu agoniado, como fazia quando ainda estava doente. Apertei sua mão, o lançando um sorriso fraco. Ele sorriu de volta, embora tivesse as bochechas tão molhadas pelas lágrimas que desciam de seus olhos continuamente.

— Sabe, eu sei que você está assim comigo pelo Jaebum, eu não sou idiota. E sabe o que mais me magoa, Mark? Saber que em momento algum você procurou por mim para saber ou confiou no sentimento que eu tenho por você. Desculpe, se era isso que queria ouvir.

Jackson não disse mais nada após e menos ainda deu oportunidade para que Mark respondesse, me lançando um sorriso fraco de bochechas rubras e molhadas antes de sumir porta fora. Eu não sabia se ia atrás dele ou se ficava ali com Mark, tinha vontade dos dois.

Levei meu olhar ao meu outro namorado, encarando-o durante um longo tempo. Não demorou muito para que ele se levantasse da onde estava e se jogasse em meu colo, chorando. Suas mãos apertaram minha camisa, exatamente como Jackson fizera antes e ele soluçou baixinho. Deixe-o chorar o quanto fosse necessário, secando suas bochechas vez ou outra.

— Eu sou um idiota, não sou? — sua voz soou baixa, chorosa. Sorri fraco, plantando um beijo sobre seus lábios ao que acenava lentamente.

— Sim, você é um idiota. — ditei por fim, voltando a beijá-lo a seguir. Suas lágrimas ainda caíam, mas eu sabia que daquela vez, ele devia chorar. Devia porque precisava. 

***

— Jackson? — dei duas batidas na porta do quarto, sorrindo a Mark quando ele apertou minha mão. Ouvi passos arrastados ao outro lado e seguidamente, o corpo magricela de Bambam, que nos encarou com as sombrancelhas erguidas. — Ele está aí?

— Sim. — sua resposta fora seca, tal como sua expressão. — Olha, ele não quis me dizer uma palavra sobre o que aconteceu, mas chorou até que caísse no sono. Eu pensei que vocês estivessem fazendo um bom trabalho, merda! Eu acompanhei cada mínimo passo dele, desde o dia em que ele se interessou por você, Mark. E eu apoiei a loucura, eu o incentivava a ir atrás. Mas, porque ele estava feliz! Ele gostava. E agora vocês me entregam ele assim? Chorando? 

— Bam. — chamei-o calmo, sorrindo minimamente. Mark havia se encolhido mais ao lado, apertando novamente minha camisa. — Foi apenas um mal entendido, uhh? Desculpe por termos vacilado contigo e com ele. Não irá se repetir.

— Eu espero. — Bambam jogou as madeixas lisas para trás, encarando Mark seguidamente. — E você, mocinho, grite com ele novamente e verá algo que não quer; eu irritado. Então, apenas meça as palavras. Jackson é tão sensível quanto uma criança, qualquer mínima crítica pesa nele. 

— Eu sei. — Tuan sorriu ao falar, voltando a apertar minha mão. Sua expressão suavizou-se um pouco. O tailandês também sorriu. — Estou tentando me desculpar, mas você infelizmente, está atrapalhando.

Bambam riu, mostrando a língua a Mark antes de sair para fora, parando a nossa frente. Com uma última olhada, ele caminhou a passos lerdos na direção do próprio quarto, onde era-se possível ouvir a voz de um Yugyeom emburrado. Certamente, discutindo com os personagens dos animes que ele tinha costume de assistir. 

Entramos no quarto pouco depois e em uma olhada rápida para cama, eu pude ver o corpo encolhido de Jackson, que mantinha as mãos próximas ao rosto, de modo que esmagasse suas bochechas. A camisa estava levemente erguida e a coberta cobria parte de suas pernas. O espaço ao seu lado estava marcado e eu supus que era onde Bambam estava deitado. Sorri, encarando o rapaz ao meu lado que também encarava o loirinho dorminhoco. Mark sorriu bobinho todo.

— Você quer mesmo acordar ele? — sua pergunta era baixa. Sorri, negando. Ele estava tão fofinho dormindo daquela forma, que sentia-me tentado a admirá-lo durante horas. — Mas, nós precisamos conversar com ele.

— Você. — murmurei. Mark acertou um tapa em meu braço. Encarei-o com as sombrancelhas arqueadas. — Não é verdade? Você quem precisa se desculpar e o beijar até que ele aceite as desculpas.

— Mas... — sua voz soou manhosa e um leve biquinho adornou-lhe os lábios. Sorri, unindo rapidamente nossos lábios. — É verdade, eu errei feio. Espero que ele me desculpe.

— Ele nunca resistiu a você, por que agora resistiria? — sorri para ele, tocando a pontinha de seu nariz. Mark concordou. — Fique calmo, uhh? Logo ele acorda e você poderá falar com ele.

— Espero que não demore. — sua voz soou baixa e eu novamente tive de abraçá-lo. 

Mark tendia a ser muito impulsivo as vezes e tal impulsividade sempre acabava trazendo algum tipo de mal-esrar interno ou problemas. Eu sabia que era complicado para ele controlar, mas pedia continuamente para que ele o fizesse, embora soubesse não ser nada, nada fácil. E bom, aquele era um exemplo a ser usado. Sua mania de agir por impulso havia feito Jackson chorar e ainda com que ele próprio se sentisse triste.

Quase trinta minutos depois, quando Yugyeom saiu gritando por causa de uma barata corredor a dentro e quando Mark já havia se distraído com um filme que assistia, Jackson acordou. Seu despertar, assim como ele próprio fora lento. Havia um biquinho fofo em seus lábios vermelhos e uma careta em sua face. Ele parecia fora de órbita e eu sorri por achá-lo fofo.

Fora só quando ele tossiu que Mark notou que ele havia acordado e após uma breve troca de olhares comigo, o mais velho dentre nós três, pôs-se de pé e caminhou até a cama, engatinhando até estar junto ao corpo do loiro, que saltou assustado pela aproximação, mas relaxou minutos depois. 

— Você está quentinho. — a voz de Mark soou baixa e fora direcionada mais a mim do que a Jackson, que havia deitado a cabeça no ombro dele e fechado os olhos. Levantei-me da cadeira, caminhando até me sentar próximo a eles. Jackson jogou as pernas por cima das minhas. 

— Febre? — perguntei a Mark, encarando-o rapidamente. Seu acenar fora lento. — Jackson? Está sentido alguma dor?

— Garganta. — ele murmurou rouco, fechando os olhos novamente. — E cabeça. Muita, muita dor de cabeça. 

— Pode ser um resfriado. — concordei, levando minha mão a bochecha de Jackson. Estavam totalmente quentes. — Ou não.

— Vou fazer um chá mais tarde, se você não melhorar até amanhã, nós iremos ao hospital, uh? — meu namorado juntou as sombrancelhas, negando com a cabeça. Concordei. — Aqui nem faz frio e você adoece. 

— É um bebê. — Mark sorriu ao falar, atraindo a atenção de Jackson para si. O vi inspirar profundamente, segundos depois, abaixando a cabeça. — Me desculpe por mais cedo, sim? Confesso que ainda é meio complicado conter a impulsividade, mas o farei de agora em diante, está bem? Eu não estava com raiva, nem nada. Era apenas um ciúmes bobo sem pé nem cabeça. Eu te amo, uh? Me desculpe, de verdade.

— Tudo bem, hyung. — Jackson sorriu, plantando um beijo na bochecha de Mark, que também sorriu. — Eu amo você também.

— E eu? — fiz biquinho, apontando a mim próprio em um gesto idiota. Meus namorados riram, puxando-me para o abraço. Deixei um selar na testa se cada um, entrelaçando nossos dedos seguidamente. — Eu amo vocês.

Fechei os olhos, sorrindo ao final. Eu não precisava ver para saber que eles também sorriam e senti-me melhor por eles finalmente terem se acertado. Era melhor daquela forma. 


Notas Finais


até!


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