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História Sixteen - Capítulo 19


Escrita por: TheDragonIsReal

Notas do Autor


hii guys, espero que gostem 💕

Capítulo 19 - Capítulo 19


Escorregou no chão do quarto, chorando e chorando sem pausa alguma. E deixou sua cabeca descansar na parede, almejando sentir o mesmo que sentia quando a descansava nele. Mas já não o tinha. Não tinha ele.

Suas lágrimas chegavam a ponto de lhe afogar, e seus engasgos estavam cada vez mais preocupantes, quando finalmente decidiu ir lavar o rosto. A água fria estava cortante, tornando seus dedos brancos e enrrugados, e se perguntou a quanto tempo estaria ali. Seus olhos ardiam, cansados de tanto chorar. Não duvidava que ele estivesse na mesma posição, ou talvez um pouco pior, afinal tinha feito de tudo para o machucar. Germano não desistia fácil das coisas, foi a maneira que encontrou para sair daquela situação do modo que "queria".

Um estranho silêncio no andar de baixo lhe preocupava, e a fazia pensar onde o mesmo estaria. Olhou pela janela, vendo que uma tempestade se aproximava do lado de fora. Até mesmo o céu parecia entristecido pela maneira tão trágica como sua história havia acabado. Se aproximou da janela, tentando enxergar qualquer coisa que estivesse do lado de fora, mas uma neblina encobria o chão, e sua visão se resumia a poucas árvores que estavam próximas.

Abriu a porta do quarto, saindo silenciosamente por ela, andou com cautela até o corrimão da escada, olhando para baixo, e tentando o identificar. Nada.

— Mãe?! — Escutei a voz do meu filho, tentando definir se eu estaria alucinando ou se ele realmente estaria ali. — Mãe?!

— Fabinho?! — Desci as escadas quase correndo, olhando para todos os lados tentando ver se o achava.

— Mãe?! — Ele apareceu no fim da escada, correndo para cima. Chegamos no meio da escada, nos abraçando. — Meu Deus, o que vocês fazem aqui?! A dias que vocês não ligam nem pra mim e nem pra Sofia, achei que estivessem ocupados, e não presos em uma ilha.

— Nós viemos pra uma reunião, se lembra? Eu te contei! — Segurei seu rosto entre minhas mãos, estava morrendo de saudade daquele garoto. — Não vimos quando os outros foram embora, e acabamos ficando aqui, aqui não tem meio pra comunicação, então não tivemos como avisar a ninguém.

— Não tinha meio pra comunicação? —Ele perguntou, confuso, e acenei negativamente com a cabeça. — Então como vocês conseguiram enviar a mensagem? Depois de alguns dias parece que nossos vizinhos sentiram falta, e depois de vasculhar um pouco descobriram que você não tinham viajado nem nada. Eles comunicaram a polícia, e a polícia comunicou a guarda costeira. Um dos navios próximos recebeu uma mensagem binária a algumas horas, e depois de verificar, descobriram que era uma localização. A polícia foi acionada, e descobriram que tinha alguém preso aqui, e como vocês eram os proprietários e estavam desaparecidos, a polícia percebeu que só podia ser vocês. E bem... agora estamos aqui. 

"—...E o que você fez até agora?! Aquela merda mágica que envia mensagens?! Eu não acredito que você pode estar realmente acreditando que aquele lixo vai funcionar?! — O arrependimento veio quase que de imediato. Sabia o quanto ele amava o tio, e que aquilo significava muito pra ele, mas quando percebeu já havia saído de seus lábios."

Então realmente havia funcionado...

— O seu pai... — Comecei em um fio de voz. — Foi ele, aonde... aonde ele tá? 

— Então vocês brigaram. — Ele balançou a cabeça negativamente. — Ele foi o primeiro a nos encontrar. Ele apontou a sua localização, e foi embora no primeiro helicóptero. Ele parecia magoado. O que você fez mãe? 

— É, nós brigamos. — Soltei em um suspiro. — Ele queria voltar, e eu acabei humilhando ele.

Fábio passou as mãos no rosto que expressava pura reprovação, ele sabia bem que a situação dos pais não estavam das melhores, ainda que não soubesse da temporada em que passaram juntos. Seu pai sempre havia priorizado sua mãe em quase todas as suas decisões, e se ele estava magoado a ponto de ir embora sem ela, ou nem ao menos tê-la chamado, a relação dos dois havia ficado ainda pior, e tinha medo de saber do quão pior estavam falando.

A verdade é que já estava ficando louco com ambos os pais depois da decisão da separação, os dois ainda se amavam, e a todo momento queriam saber do outro, ainda que mantivessem distância emocional do filho, lhe deixando sem resposta para as perguntas que faziam.

Sabia que sua mãe provavelmente estaria sofrendo, via a cara de choro que ela tentava esconder, mas desconfiava saber exatamente o que havia acontecido, e a única conclusão que chegava seria a que sua mãe seria a “responsável” pela desavença dos dois. Sempre insegura e cautelosa, acabava machucando as pessoas na tentativa de não machucar a si própria.

— Isso vocês vão ter que resolver entre si. Mas mãe... tenta saber o que você quer primeiro. Ou você se separa do meu pai ou fica com ele, não vale ficar confusa, faz o que vai te fazer feliz. — Ele pôs a mão em seu ombro, colocando um sorriso no rosto.

— Nós já nos resolvemos. E... bem, acabou. — Sentiu as lágrimas se acumulando em seus olhos, e logo depois os braços de seu filho a rodeando.

— Então eu espero que você seja feliz com essa decisão, porque agora sou eu quem não vai deixar você brincar com os sentimentos dele. — Ficou parada, olhando surpresa para o filho. — Eu sei que você ama ele, e que ele também te ama. Mas eu vi o quanto a sua indecisão machuca ele, e até você ter certeza do que quer, eu não vou deixar você se aproximar do meu pai. Não me leva a mal, tá bom? 

Sabia bem que o filho estava certo, e entendia sua decisão de proteger o pai. Já tinha o machucado muito por hoje, e se machucado no processo, não aguentariam outra discussão, então no momento o melhor a fazer seria manter a distância. Fábio lhe ofereceu a mão, e a pegou, andando rumo ao helicóptero que lhes aguardava do lado de fora.

Estava tonta e incrivelmente desanimada, um guarda dizia alguma coisa a sua frente, mas não conseguia responder, muito menos entender o que ele dizia. A viajem seria longa, portanto apenas deitou com a cabeça no ombro do filho, e mesmo que totalmente desconfortável, conseguiu dormir, ainda com a certeza de que acordaria com uma bela dor na coluna.



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