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História Skinny Love - He exists; the rain


Escrita por: writerintxedark

Capítulo 2 - He exists; the rain


Fanfic / Fanfiction Skinny Love - He exists; the rain

“Porque eu vejo, faíscas voam toda vez que você sorri. Conquiste-me com esses olhos verdes, baby. Conforme as luzes se apagam, algo que me assombrará quando você não estiver por perto.” – Sparks Fly.

Estava chovendo, o som da chuva de fato era o melhor som que ela poderia ouvir. Era encantada pela chuva, vivia correndo até a janela no meio da madrugada para ouvi-la. Havia chovido a semana toda, consequentemente teve que ir a semana toda em baixo de chuva. Não era um problema para ela estar com as botas molhadas.

A semana passou rápido, sem nada de interessante. E sem o garoto misterioso do começo da semana. Ele parecia ter evaporado. Ela questionava-se se realmente tinha visto aquele garoto, ou se apenas caiu em uma onda de imaginação. Ela queria muito que ele existisse, mas estava difícil se convencer de que ele existia mesmo.

Ela estava sentada ao lado da janela, em cima do carpete e alguns livros a sua frente. Tentava sem sucesso terminar a síntese da aula de biologia. Sua cabeça estava distante demais para tudo. Sempre que ela tentava concentra-se no seu resumo, acabava pensando naquele garoto, frustrada por nunca mais tê-lo visto.

Não conseguia não pensar o quão era entediante ficar em casa em uma tarde de sábado, o quão queria ter amigos para sair, fazer algo. Ela tinha Adam, mas ele estava ocupado demais para ela, como sempre.

Bufou e jogou longe seu livro, levantando-se abruptamente.

— Chega — ela disse exausta, deslizando pelo quarto com suas meias rosa bebê.

Parou na porta de madeira do seu quarto, abrindo-a e escorando-se na mesma.

Ela podia ouvir as risadas da sua mãe e do seu namorado, Jack. Os dois deviam estar felizes, resolveu não atrapalha-los. Voltou para dentro e fui até seu computador, no canto do quarto. Não a satisfazia fazer aquilo, mas era sua única opção.

Olhou no calendário e viu nele que seu aniversário estava próximo. Menos de uma semana para ela finalmente ter 15. Ela sabia que seria a mesma coisa, pois é a mesma coisa desde que tem 10 anos.

— Alena querida, está aí? — sua mãe entrou no quarto, com um sorriso de orelha. Aquilo animou a garota.

— Se não fui abduzida, creio estar — ela brincou.

— Vou sair com o Jack, quer ir conosco?

E como ela queria. Sair com o seu quase padrasto era ótimo, mas ela sabia que ela os atrapalharia. E se tinha algo que ela abominava era ser um estorvo.

— Estou cansada, sabe como é... Uma semana longa... — ela mentiu.

Não gostava de mentir, mas era para o bem.

— Tudo bem meu amor, voltamos antes das dez — ela avisou saindo do quarto.

Alena se jogou para trás na cadeira, bufando.

 

Já era tarde da noite, beirando as nove. Sua mãe não tinha chegado ainda, e a chuva caia sem cessar lá fora. Parecia mais uma tempestade, e Alena estava assustada. Abraçada as pernas em cima da cama. Ela amava a chuva, mas não gostava de quando ela a assustava.

 

 

Era uma manhã fria em Middletown. Quase tudo coberto pela geada da noite, já que o sol acabará de comtemplar a manhã. Mais uma semana entediante, segundo Alena.

A garota fez tudo o que sempre fazia, já que fazia as mesmas coisas sempre.

Depois, já na Rua Fort Greene, quase chegando ao colégio. Decidiu que tomaria um café antes de ir para lá, para quebrar um pouco da rotina e esquentar-se, já que o frio era extremo.

Ela queria ter algo legal para contar para Adam, novidades, mas nada passou de ela buscar um café com leite, toma-lo e ir para a escola. Ela tinha expectativas de encontrar o garoto novamente, agora tomar alguma atitude. Mas ela sempre se decepcionava, ele parecia não habitar aquela terra.

Vasculhou pela internet para achar seu perfil, mas não deu em nada. Ela não sabia nada sobre ele, não tinha como encontra-lo. Ela estava mais que frustrada. Estava até frustrada em se importar tanto com um mero alguém.

Já no pátio da escola, procurou Adam. Ele não estava no lugar que sempre estava — em baixo da árvore —, papeava com alguns garotos perto de alguns carros. Ele usava calças skinny marrom, vans preto, um suéter de lã e um casaco preto por cima. Junto a sua mochila de lado.

Alena se aproximou e puxou o garoto, dando-lhe um beijo na bochecha. Os meninos que estavam ali se afastaram, fazendo-a rir de si mesma.

— Acho que sou seu empaco social, dude — brincou ela, franzindo o lábio.

— Eles são idiotas, estavam pedindo se eu podia passar a tarefa de geografia — ele riu debochado —, será que acham que tenho cara de Wikipédia?

— Acho que você faz mais o tipo meu Brad Pitt particular — ela falou pendurando-se a ele, enquanto ele fazia caretas de superioridade.

Se fossem vistos de longe, certamente seriam confundidos a um casal. Mas era apenas a amizade mais sincera existente naquele mundo.

— Tentei te ligar no fim de semana, mas aquela chuva fez com que o sinal caísse mais que o meu boletim — ele fez uma falsa tristeza, fazendo a amiga gargalhar.

— Seja menos modesto. Sua menor nota o ano passado foi 8.5, seu mentiroso.

— Já estudou no terceiro ano para saber? Na segunda semana já estou pensando em virar mendigo. Cogito seriamente essa hipótese.

 

As primeiras três aulas terminaram rapidamente, como em um piscar de olhos. Era sobre mitologia, Alena era apaixonada por mitologia. Assim como era apaixonada por estrelas e suas constelações.

No intervalo sentou-se com Adam como sempre, os dois comiam alguns biscoitos sentados em uma mesa de mármore.

—... E o Tyler simplesmente saiu e me deixou lá plantado, ele é um idiota.

  Adam contava sobre seu desastroso encontro com Tyler, Alena só concordava com a cabeça e fazia “hum”. Na verdade não estava interessada, estava viajando no particular mundo da lua.

Seu mundo da lua era basicamente pensar naquele garoto. Ela havia feito aquilo por quase duas semanas, estava prestes a jogar sua memória no lixo e comprar outra. Era besteira martelar naquele assunto, tentando pregar um prego que nem se quer tinha.

Olhou para seu amigo que falava sem parar, e fazia gestos estranhos com a mão. Ela riu para baixo, mordendo o lábio.

Olhou para a porta do pátio, como sempre fazia. Enquanto pensava em como a pintura de lá estava horrível, pode ver um par de olhos verdes a encararem. Sua estrutura tremeu e novamente aquele arrepio tomou conta do seu corpo. Mas ela não hesitou de encara-lo de volta, ele sorriu, agora mostrando seus dentes e balançando a cabeça. Alena hesitou um pouco antes de abrir um sorriso contido. Ele acenou de leve e voltou para fora. Ela pensou em correr até ele, pedir seu nome ou algo do tipo, mas achou que seria bem... Estranho. E ela não tinha aquela confiança toda.

Adam percebeu que sua amiga estava demasiadamente estranha, e com um sorriso de norte a sul nos lábios. Ele sorriu malicioso para a garota que estapeou seu braço.

— Acho que alguém viu o passarinho verde — ele zombou, fazendo a garota corar furiosamente.

— Pare, não é nada disso — ela disfarçou, mas ele não acreditou nem um pouco.

Ele fez cara de “desembucha”, ela suspirou e mordeu os lábios.

— Um garoto, eu acho que conheci um garoto. Bom, eu não conheci, mas ele sorriu pra mim duas vezes sem me conhecer — ela falou tão rápido que o garoto a sua frente demorou a processar suas palavras.

Depois que entendeu, apertou as bochechas rechonchudas da garota a fazendo dar um gritinho de dor.

— Acho que minha garotinha está apaixonada pela primeira vez! — ele comemorou escandalosamente, ela fez sinal para que ele aquietasse.

Agora ela tinha certeza que ele era real, não era apenas uma invenção da sua mente fantasiosa.

Ela sentia seu interior queimar como fogos de artifício, sentia que seu coração pularia para fora do peito a qualquer momento. Ela nunca tinha se sentido tão extasiada na vida. Pela primeira vez não se sentia contida com algo.

 

As suas últimas aulas passaram mais rápidas, e mais animadas também. Ela havia tido o que ela queria: vê-lo novamente. Estava com medo de ele sumir como da outra vez, mas aquele sentimento bom era maior.

No caminho para casa, dentro do carro da sua mãe não conseguia tirar o sorriso do rosto, sua mãe ria dela.

Ele tinha feito mais do que fez na última vez, era como se aquele garoto a conhecesse há anos, sendo que segundo a memória dela, eles nunca haviam se cruzado antes daquele dia. E ela sentia aquela sensação genuína de conforto. Agora ela só conseguia pensar em como estava caída pelo garoto, e em como seu sorriso era lindo.

— Alena, você está bem? Está agindo como uma boba alegre desde que te busquei na escola. Parece que viu o passarinho verde.

Ela riu primeiramente pela sua mãe ter falado quase a mesma coisa que Adam lhe falou mais cedo. Depois se preocupou com o fato de contar ou não para sua mãe sobre tudo. Elas eram como livros abertos uma para a outra, não teriam problemas.

— Não vai brigar comigo se eu contar, certo?

— Se você matou alguém, vou sim, mas se não mat... Conta logo Alena!

— Semana passado, no primeiro dia... Eu conheci um garoto, e ele espontaneamente sorriu para mim. E sumiu o resto da semana, pensei até que eu tinha criado aquele momento, mas hoje no intervalo ele apareceu do nada e sorriu novamente pra mim, e foi... Incrível. — Alena voltou a falar tão rápido que sua mãe ficou confusa.

Alena iria falar de novo, mas sua mãe a interrompeu com um “shiu”.

— Você está apaixonada por um garoto que viu duas vezes? Ai meu Deus, isso é amável!

— Mas eu não falei que estava apaixonada por ele, eu só... Eu não falei.

— Seus olhos brilharam como diamantes quando falou sobre ele, não tente me enganar.

Sua mãe segurou sua mão e sorriu verdadeiramente, estregando sua confiança a sua filha. Alena ficou aliviada.

 

Quando chegaram a casa, Alena foi correndo para seu quarto, se trancando lá. Jogou suas roupas de cima da cama para achar o seu diário, quando o achou correu e sentou-se ao chão, estava apressada para escrever sobre aquele dia.

“Olá diário não mais odiado, aproveite, estou com ótimo humor.

Tenho boas novas, não é bom? Não pra você, pedaço de papel velho, mas não importa.

Eu escrevi sobre aquele garoto aqui a semana toda, e hoje o que eu queria que acontecesse aconteceu: ele voltou. E com ele trouxe aquela sensação que eu gostaria de sentir a todo segundo.

Não consigo raciocinar racionalmente, deve perceber. Estou elétrica como se tivesse ingerido um copo de eletricidade. Mas se eu tivesse falado sobre isso, estaria morta agora, de fato.

Meu coração está como nunca. Adam e minha mãe insistem em falar que estou apaixonada, será que estou? Eu nunca senti isso, e parece precipitado demais falar isso. Não sei nem o seu nome. Mas ele mexe tanto comigo, meu Deus.

Queria que você pudesse falar comigo agora e me dar um tapa de realidade caso eu merecesse.

                                                                              Com amor, Alena.”

 

“…Afinal, as encruzilhadas são de grande importância. Não são meras opções de acesso, mas de sobrevivência, e o curto caminho longo pode não levar a lugar algum…Lembre-se de que a paz está primeiro com quem vem de longe.” (A Alma Imoral, Nilton Bonder).


Notas Finais


Desculpem os erros e espero que estejam gostando!
Beijocas.


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