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História Skinny Love - New girl


Escrita por: writerintxedark

Notas do Autor


Olá olá... Novamente! haha
Voltei rapidinho, não é? Pois bem.
Hoje eu queria agradecer a todas as leitoras que comentaram, sério, garotas... Vocês me deixaram muito feliz, eu transbordei felicidade com o carinho de vocês! MUITO OBRIGADA! <3333
E é isso, nos vemos lá em baixo.
Desculpem algum erro e boa leitura. <33

Capítulo 5 - New girl


Fanfic / Fanfiction Skinny Love - New girl

“Como eu posso decidir o que é certo? Quando você está confundindo minha mente.” – Decode. 

Aquela semana passou sendo uma bagunça, uma bagunça completa. Como várias linhas que em algum ponto, acidentalmente, cruzaram-se criando uma teia de sentimentos, que eu não conseguia, e nem sei se podia lidar. Naquela altura, eu podia dizer que era impossível tentar decifrar meus sentimentos. Eu que sempre fui uma grande bagunça, um dia duvidei se poderia ser mais bagunçada por dentro, mas percebi que não era impossível. Eu tinha um caos interior.

Passei minhas mãos gélidas pelo meu rosto com força, para tentar de algum modo aliviar aquela carga. Eu estava sobrecarregada, e interiormente eu pegava fogo.

Aquele garoto era o culpado de tudo. Causava-me calafrios no meio da noite, não me deixava dormir e ainda, bagunçou minha vida. Eu mal o conhecia, mas parecia ter uma ligação magica com ele. Eu queria parar, mas parecia que cada movimento que eu fazia, tentando escapar, eu caia mais.

— Está bem, Alena? Está tão estranha — minha mãe falou bebericando seu chá.

— Ah, estou — falei, fazendo o mesmo. — Estava pensando... Em algumas coisas.

Terminamos o chá e mamãe foi dormir, alegou estar cansada. Mas eu sei, no fundo do meu coração, que ela vai ficar como uma adolescente pendurada no celular falando com o Jack. Não a culpo por ter uma vida mais animada que a minha.

Subi as escadas sem animo, parecia uma morta-viva. Já no meu quarto, me joguei na cama, fitando o teto por longos segundos. Então, vocês já ouviram a expressão “pensando em tudo, mas ao mesmo tempo, não pensando em nada”? Me definia. Eu estava ali, teoricamente meu corpo estava ali, mas meus pensamentos presos em outra dimensão. Vagando.

— Por que tudo tem de ser tão cruel? Isso está me matando — murmurei, soltando uma grande quantidade de ar. — Eu estou ficando tão neurótica, chega a ser insano.

Sai da cama rapidamente e peguei meu diário de cima da mesa de computador. Peguei a caneta e sentei-me ao lado da janela, logo começando escrever nele.

"Ora eu estou bem, tudo está complexo. Ora, estou totalmente perdida em indagações que nem sei se um dia terei respostas. E o que me frustra mais: é toda culpa dele, Michael.

Depois daquela noite na biblioteca e a volta para casa, achei que as coisas entre nós tinham ido a outro nível. Mas eu fui tão tola, porque ele sumiu. Qual o gosto ele tem em ficar brincando comigo? Fazendo um joguinho sujo para cima de mim? Ele é tão misterioso, é como um quebra-cabeça, impossível de ser montado.

Naquele dia na biblioteca, não pude não notar em como ele mudou. Mudou seu jeito. Ele parecia tão terno, e de repente, tornou-se um tanto quanto áspero. Mais essa, além de viver sumindo de mim, é bipolar. Ah, como eu queria mata-lo, ou abraçar, não sei diferenciar essas coisas. Mas com certeza eu teria prazer em mata-lo, mesmo que ele não tenha feito nada para mim.

Você acha que estou louca, não é pedaço velho de papel? E está certo. Mas como eu não ficaria? Tudo está uma bagunça. Adolescência, pior coisa.

                                                                                                Sem amor, Alena."

Fechei o diário, e sem muita delicadeza atirei-o até a mesa do computador. Talvez colocar delicadeza nessa frase não foi algo muito esperto.

Olhei para a janela, procurando a paz que faltava em mim. Era estranho procurar paz em um emoldurado de madeira nobre e vidro, mas as luzes da rua que adentravam o quarto, de certa forma, acalmavam o meu ser. Ou quando eu apagava as luzes, e eu só podia ver as réstias. Coisas tão simples, mas que eram meu único refugio.

Eu nunca tinha parado para pensar no que é o amor, nas consequências dele e suas razões. Mas agora, não consigo parar de pensar. Porque parece que o amor misterioso se impregnou em mim. Em todos aqueles livros, que compensaram minha existência, o amor parecia tão belo e tão impecável. Mas vivendo ele, não me parece mais isso. Mesmo sentindo que sinto, não sei se é. É como se eu estivesse vivendo um ortodoxo imposto pela vida: amar.

Esfreguei minhas mãos no meu rosto com força, tentando afastar tudo aquilo dos meus pensamentos. Apertei meus olhos, e depois apertei minhas unhas contra a minha mão.

Eu estava enlouquecendo.

Era reconfortante fechar os olhos ás vezes, porque naquela escuridão eu via seus olhos. E em outras, evitava, porque eu queria evita-lo. Deus, por que fui nascer assim, tão complicada?

 

Adam estava debruçado sobre a mesa do refeitório, seu olhar pairando desinteressadamente para o outro lado. Deslizei rapidamente até lá, “atirando” minha mochila sobre a mesa, sendo repreendida com um “shiu” dele logo após.

— Pode ser mais silenciosa? — ele arqueou sua sobrancelha, e eu sorri de forma satírica.

— Estive te procurando, você nunca fica aqui antes da aula — falei, finalmente sentando ao seu lado. O que não foi uma boa ideia, já que ele me empurrou para longe.

Estranhos. Não passamos de estranhos.

— Aqui é calmo antes da aula, entende? Sem adolescentes chatos gritando no meu ouvido, sem pessoas, apenas comida — eu ri, chacoalhando a cabeça constantemente.

Não contei ao Adam sobre aquele dia na biblioteca. Eu só achei desnecessário que ele soubesse, pelo menos agora. Incomodava-me estar sendo tão fechada com ele, mas era necessário. Necessário para o meu ego.

Meu olhar ficou fixo na porta do refeitório, especulando qualquer vida que por ali passasse. Mas quase ninguém passava, porque como eu disse ninguém fica aqui antes da aula. Apenas os sem amigos e o Adam. Eu queria que ele aparecesse ali, e desse mais um daqueles sorrisos, mas era como esperar por neve no verão.

— No que tanto pensa? — Adam indagou, mas dei de ombros. Parecendo indiferente ao caso.

— Nada.

Nada — ele repetiu espreitando seus olhos em mim.

O sinal tocou e nos despedimos, novamente com um abraço e um beijo breve na bochecha. Agradeci pelo sinal, me poupou explicações. Me poupou até a pouca sanidade que ainda carrego comigo.

Deslizei meus pés pelos corredores, era meio difícil se locomover lá. Parei em frente ao meu armário e tirei de lá os livros que precisava. Depois tranquei e fiquei lá, esperando uma brecha para eu poder ir para a sala. Eu diria que era meio perigoso estar entre aqueles adolescentes eufóricos.

Era estranho eles estarem eufóricos na segunda-feira de manhã, porque eu estava... Deplorável.

— Todos aqui nessa escola são assim, malucos? — Uma garota de cabelos pretos na altura do peito e pele extremamente pálida falou parando ao meu lado.

— Quase sempre — respondo timidamente. Minhas palavras saíram em um tom tão baixo, que duvidei se ela havia escutado.

— Meu nome é Clary — ela estendeu sua mão na minha direção. Hesitei um pouco antes de esperta-la, já que quase ninguém naquele século usava aquele tipo de apresentação.

— Alena.

Ela pareceu me analisar e depois deu um sorriso exagerado.

— Você é tão tímida — ela riu — tão ao contrário de mim — ela falou baixo, parecia mais um comentário particular dela.

Analisei a garota melhor, eu costumava fazer aquilo, mas sem razão.

Ela era magra, seus cabelos faziam um estilo “emo”, e usava roupas do mesmo estilo. Cheguei a questionar minha existência, já que eu usava um casaco rosa e botas de chuva, sem falar do meu cabelo que parecia ter sido lambido por um babuíno.

— Você é do primeiro ano? — ela indagou, assenti. — Então a gente vai estudar na mesma classe, não é o máximo? — ela falou extremamente animada.

Sorri indiferente, meio confusa com a sua reação exagerada por estudarmos na mesma classe.

O último sinal bateu e todos foram para suas salas. Inclusive eu e a Clary.

Viajei por alguns segundos em um mundo alternativo e paralelo, onde eu estava com a Clary Fray e o Jace apareceria para começarmos uma caçada.

Eu deveria parar de ler tanto.

"Enquanto puder olhar sem medo para o céu, saberá que é puro por dentro, e encontrará a felicidade outra vez." (O Diário de Anne Frank, Anne Frank) 

 

 


Notas Finais


Esse cap ficou pequeninho (novamente), mas talvez algum dia eu consiga fazer eles grandes heugdhs.
Beijos e até o próximo! <3333


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