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História Sky - Capítulo 3 - Routine.


Escrita por: princesstommo23

Notas do Autor


oie :)

Capítulo 3 - Capítulo 3 - Routine.


- Alguns meses depois.

 

As coisas pareciam estar começando a se ajeitar novamente, Harry tinha terminado de filmar seu filme há pouco tempo, talvez uns dois meses e agora finalmente eu me sentia melhor pra voltar a lecionar para as crianças na escola, sentia falta de todos eles.

 

Estávamos um pouco distantes um do outro agora que H. estava sempre viajando pra divulgar qualquer outra coisa. Logo quando o filme entrou em cartaz e começou a fazer sucesso nós dois decidimos juntos que manteríamos nosso casamento em anonimato, as pessoas ainda conseguiam ser bem preconceituosas e conservadoras e eu não queria estragar mais uma vez tudo aquilo que ele sempre lutou para conseguir.

 

Os encontros fakes fazia parte do trabalho e eu não ligava de ter que 'dividi-lo' com Taylor apenas de mentirinha. Combinamos que ficaria tudo bem se eles tivessem que sair pra jantar, tirarem fotos como casal etc., porém eu deixei bem claro que não ia gostar muito se ele tivesse que beija-la mais uma vez ou algo do tipo. Eu sabia que bem no fundo meu cérebro tentava achar um motivo válido para que eu conseguisse me separar o mais rápido possível de Harry pra deixar o caminho livre, queria que ele fosse feliz.

Respirei bem fundo antes de sair do carro e me dirigir até a entrada da escola de primário apenas para garotos, as crianças brincavam e corriam desorientadamente pelo pátio colorido pelos brinquedos e cercado pelos portões cor de chumbo.

"Teacher Lou!” Eu ouvi várias das vozes infantis me gritando enquanto eu tentava abrir a porta da sala de aula, sorri ao sentir vários dos bracinhos pequenos e curtos abraçando a minha cintura e pernas.

Ei babes, quanto tempo... entrem todos, vamos conversar mais na sala de aula huh?” Fiz carinho nas cabecinhas que passavam a minha frente e se dirigiam as respectivas mesas. Os livros e cadernos que eu carregava foram depositados bem no centro da mesa de madeira clara e eu sorri acenando pra todos os pestinhas. Duas das crianças, gêmeos que sentavam bem a minha frente não paravam de me olhar, incomodado eu resolvi pergunta “Algo de errado meninos?” Ajeitei minha roupa achando que esse fosse o motivo, mas percebi que todos me observavam da mesma forma.

 

Não, Prô...” Um dos dois resolveu falar sem esperar o irmão reagir, seu tom de voz era baixo e eu percebi que iam me perguntar sobre algo particular, às bochechas coravam enquanto ele procurava as palavras pra formar a frase “É que... hm... o que você fez com a barriga? eu lembro que quando saiu pra ficar um tempo fora você estava com a barriga bem grandona”.

 

“Ah...” Eu sorri tentando manter a postura, virei-me de costas para eles escrevendo com um giz branco a data e o dia da semana na lousa grande e verde. “Vocês lembram que eu contei que ia sair porque tinha um bebêzinho dentro de mim? e que eu precisava estar em casa pra cuidar dele? Então ... ela nasceu.” Quando me virei novamente eles estavam sorrindo, limpei a garganta meio incomodado ao enxergar um outro bracinho levantado.

 

“Quando a gente vai poder ver?” Outro dos meninos perguntou com um sorriso doce nos lábios, fazendo a marquinha em sua bochecha aparecer.

 

É, Teacher... Como ela é? Doeu?” Luca me perguntou enquanto juntava-se mais com o amiguinho na cadeira, suspirei e me sentei tentando achar a melhor forma possível de contar tudo a eles sem muito trauma.

 

Hm , doeu um pouco Luca” Sorri tentando continuar “Infelizmente vocês não vão poder conhece-la... ela nasceu com alguns probleminhas e como era muito fraquinha e pequena ela faleceu, foi ficar lá no céu.” O sorrisinho inocente que antes adornava os lábios de todos e cada um dos meninos desapareceu , lá do fundo eu pude ouvir Gabe chorar agarrado a outro amiguinho, Judd. Levantei-me e corri até lá, os meus dedos deslizaram pelo cabelinho castanho levemente ondulado e ele me abraçou .

 

“Não chora Gabe, tudo bem, huh? Porque não levanta e vai tomar um pouquinho de água? Judd você pode ir com ele, por favor?” O menino da pele mais escura concordou e levantou-se rápido da carteira a fim de ajudar o amiguinho chorão. Voltei pra frente da sala sem saber muito como trocar de assunto. Depois de alguns minutos escrevendo na lousa algumas continhas de matemática outras duas crianças se pronunciaram.

 

Prô Lou, se quiser nós todos podemos ser os seus bebêzinhos... quando minha mãe me trata como um eu sempre brigo, mas se quiser nós todos podemos ser os seus” Reclamei limpando as lágrimas que escorriam pelas minhas bochechas enquanto eu sorria.

“Seus bobos, me fizeram chorar... - John esticou o lencinho azul bebê de tecido que tinha tirado de dentro do bolso e me deu, oferecendo-me pra secar o rosto.  “ Obrigado... Mas agora nós vamos prestar atenção em matemática está bem?”  Passeei pela sala pelo resto da aula auxiliando as crianças a fazerem as continhas 'super difíceis'.

 

“Não Judd... 4+1 não é igual a 7.”

 

~

 

Mais algum tempo se passou e quando eu vi as fotos tiradas por um paparazzi de Harry e Taylor se beijando em um jantar a luz de velas estampados no jornal, eu resolvi que sim esse era um bom motivo pra me afastar e deixa-lo seguir e ter sucesso.

"Vai ser melhor assim Hazz” Eu disse enquanto fazia a aliança prateada deixar o meu dedo anelar, ele estendeu a mão e eu a devolvi “Eu não quero que você pense que eu estou com raiva de você ou algo do tipo... eu te amo, nós temos muita coisa pra deixar para trás, mas eu sinto que assim as coisas vão ser melhores. Nós podemos continuar sendo amigos né? promete que quando eu ligar você vai atender?” Estiquei os braços e ele me abraçou bem apertado, ficamos daquela forma por algum tempo.

 

“Eu te amo, Lou. Muito".

 

Voltei para o antigo apartamento, onde eu morava antes de me casar. As coisas estavam indo bem, Harry e eu nos víamos todos os dias quando conseguíamos tempo. Ele tinha assinado outro contrato e ia fazer um novo filme, e eu continuava tentado ensinar aquelas crianças pestinhas a aprender matemática (brincadeira, eu os amava).

Continuávamos muito amigos e os nossos sentimentos um pelo outro ainda eram recíprocos. Tinha começado a aceitar que o meu destino na realidade nunca fora ficar com ele e por isso não vinhamos tendo muito sucesso quando tentávamos por várias vezes formar uma família. Minha nova rotina era aprender a ser feliz sem ele.



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