História SLAVE TO LOVE - Escolhas

Escolhas

CARINA

Eu já estou acostumada com o funcionamento do sistema, diferente de Maya que ainda se revolta e ainda guarda lá no fundo um restinho de idealismo, que trouxe do Brasil.

Hoje ao termos que libertar o jovem Quintero, pude sentir a sua decepção e também a sua raiva, praticamente mal contida. E se não fosse por mim, tenho certeza que o Pablito, sairia com um olho roxo e Maya responderia um processo.

Essa minha amiga tem o gênio forte e o pavio mais curto que já vi !!!

Contudo, hoje também me sinto desanimada com o funcionamento do sistema, com a burocracia ou será “ burrocracia “, me desculpem o neologismo, mas se faz necessário. E só de pensar em voltar para casa e encarar o interrogatório de Will, minha vontade é de dormir no sofá do escritório mesmo.

Ou pior ... mas prometi a mim mesma que vou tentar resistir à ele. 

Douglas.

Minha tentação. 

Só de pensar nele me sinto arrepiar.

Aquele olhar, aquele sorriso, meu Deus !!!

Eu soube assim que o vi, que estava encrencada. Mas Prescott me designou como instrutora dele e, mesmo com toda minha argumentação contrária, não consegui me esquivar de tal obrigação. E em dois meses, o meu medo se confirmou ...  não consegui resistir ao desejo que desde o primeiro instante surgiu entre nós.

E olha que tentei !!! Criei os mais diversos obstáculos, desde o fato de ser hierarquicamente superior a ele, como a diferença de seis anos entre nós. Porém, nada disso fez com que ele desistisse e eu acabei por me render.

O problema é que achei que teria controle sobre essa situação e sobre meus sentimentos. Principalmente, que essa relação teria prazo de validade. 

Entretanto, os meus “ achismos “ como sempre deram errado. Portanto, esse relacionamento, está se arrastando por quase um ano e eu não me canso. 

E onde fica Will nisso tudo ?!

Eu o amo, mas  estou cansada e tão confusa ...

Nesse instante, meu celular toca e vejo que Willian está ligando da nossa casa. Penso em atender, mas decido ir direto para lá e assim evitar uma nova discussão. 

Sendo assim, deixo cair na caixa postal. 

Pego minha bolsa e vou até a sala de Maya, mas ela já saiu. 

Precisava tanto conversar com ela ... ah, minha amiga. 

Cheguei em casa e Will me esperava na sala, impaciente. 

Antes mesmo que eu pudesse dizer alguma coisa, ele levantou e me interpelou rispidamente:

- Posso saber o porquê de você não atender esse maldito celular, Carina ?! É mais fácil conseguir falar com o Papa do que com você !!! 

- Bom dia, para você também !!! – disse, tentando me manter calma – Eu estava trabalhando, Willian. 

- Trabalhando ?! A operação acabou há horas !!! Onde você estava até agora ?!

- Diferente de você, eu estou na linha de frente e além disso, tenho toda aquela papelada para preencher !!! – respondi ferina, perdendo a paciência -  Eu não fico atrás de uma mesa, trabalhando em horário comercial. Me desculpe !!!

Ele me olhou com um misto de mágoa e raiva.

- Carina ... Eu ... Você ...

Me arrependi de imediato por ter sido cruel, mas agora já é tarde.

- Amor, me desculpe. Estou cansada, não quis dizer isso ...

- Quis sim !!! – me interrompeu – Eu é que sou um idiota por me preocupar com você !!! Por acreditar que me ama da mesma forma que eu te amo ...

- Ah, não Willian !!! Você vai começar de novo com esse papo ...

- Papo ?! É assim que você chama quando eu tento conversar com você,  sobre a nossa relação ?!

- Eu ... Olha, é melhor conversarmos depois !!!

- Carina !!!

Virei as costas e saí correndo. Entrei no carro, ouvindo ele me chamar.

Dirigi por alguns quilômetros sem destino, mas quando dei por mim estava em frente ao prédio de Doug.

Meu Deus, que loucura é essa !!!

Com o coração disparado, estacionei e fiquei observando a movimentação, já passava do meio-dia de um sábado ensolarado. Provavelmente, ele deve ter saído ...

Quer saber ? Perdida por meio, perdida por inteiro !!! Já vim até aqui mesmo.

Decidida, liguei para ele, que atendeu com a voz rouca de sono :

- Delícia !!! Que jeito bom de acordar, ouvindo sua voz. 

- Oi, Doug. Está ocupado? -perguntei hesitante.

- Para você, nunca. E para ser sincero, estou morrendo de saudade. Mas você decidiu se afastar...

- Então é justamente sobre isso que quero falar ... Eu estou aqui embaixo, em frente ao seu prédio e ... Doug ?!

O silêncio na linha indicava que havia desligado. 

Ok. Ele talvez estivesse com alguém ...

Todavia uma batida apressada no vidro, interrompeu minha lamentação e quando olhei para o lado lá estava ele !!!

Lindo !!!

Sem pestanejar, abri a porta e me joguei nos braços dele.

Que se danem as promessas !!!

Já no apartamento dele, tomamos banho e ele cuidou de mim, com todo carinho. Apesar do desejo, contido em cada gesto.

- Delícia, você quer conversar ? Está tão tensa. – disse me abraçando, enquanto nós nos ajeitávamos na cama.

- Eu ... Não. Só quero ficar aqui com você. 

- Ok. Disponha minha querida. – disse beijando delicadamente o topo da minha cabeça. 

Me aconcheguei ao corpo forte e senti o desejo aflorar. E não me fiz de rogada ...

Acariciei o peitoral másculo e desci com volúpia pelo ventre, até encontrar o membro ereto a minha espera. Ele gemeu com os olhos fechados e os lábios sensuais entreabertos, pedindo por um beijo, que dei o mais rápido possível. 

- Que saudade de você, meu gostoso. – disse montando nele e aprofundando o beijo. 

Ele me segurou pela cintura e esfregou minha pélvis úmida em seu membro, me fazendo estremecer de tesão. Abraçou meus seios com suas mãos hábeis, me fazendo implorar por mais, até que passou a suga – los.

- Doug ... por favor !!!

- O que você quer minha delícia ?! – perguntou sem parar com a doce tortura. 

- Que você me foda !!!

Eu estava pronta para ele, quando o mesmo me fez sentar em seu rosto e me penetrou com a sua língua. Atingi o orgasmo e ainda estava curtindo as ondas de prazer, quando ele me preencheu por  completo com seu membro, prolongando meu prazer ao máximo. 

- Puta que pariu, Doug !!! Que gostoso !!!

- Minha delícia !!! – disse aumentando o ritmo e a profundidade das estocadas – Gostosa pra caralho, Carina ... Ah, Carina ... como eu te quero. 

Atingi mais uma vez, o ápice e contraí minha musculatura ao redor do membro dele, em um claro sinal que iria alcançar novamente o prazer máximo e dessa vez, ele me acompanhou.

- Carina, eu acho que amo você.

- O que ?!

Ah, não !!!

Essa não ...