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História SLAVE TO LOVE - Homem Perfeito


Escrita por: Sasciofa

Notas do Autor


Olá pessoas do meu ❤
Obrigada pelo apoio, comentários e visualizações 😍😍😍
Vocês me inspiram a continuar 💕💕💕💕

Capítulo 4 - Homem Perfeito


Fanfic / Fanfiction SLAVE TO LOVE - Homem Perfeito

Homem Perfeito ?

 

 

COLIN

 

Cansaço me define.

Porém, não só o físico. Me sinto esgotado mental e emocionalmente. 

Quando entrei para a academia, tinha muitos sonhos e ideais, que ao longo dos anos de serviços prestados foram sendo destruídos sem piedade. 

Consegui preservar meus princípios, não sem literalmente me ferir pelo caminho, mas valeu a pena. Porém, em dias como hoje ... me questiono, se vale a pena continuar. 

Se já não está na hora, de largar tudo isso e assumir a escola da família, que minha mãe ainda conduz com mãos de ferro. Assentar e formar família, afinal, aos trinta e quatro anos, meus pais já tinham a mim e a Scott. Que se estivesse vivo, teria trinta e seis anos e me livraria da pressão e expectativa, que meus colocam sobre mim.

Mas ele não está ... 

Com os olhos marejados, tento desviar a direção dos meus pensamentos e vejo Maya passar, minha tentação, indo na direção da sala de Prescott. 

Como eu desejo essa mulher !!!

Desejei desde o primeiro instante em que a vi ...

 

FLASHBACK ON

 

A negra bonita com a pele cor de canela, séria e impaciente, falava com Izzy educadamente. Porém, sua postura demonstrava a sua indignação. 

Curioso, mas também com o intuito de auxiliar Izzy se fosse necessário, me aproximei. 

- Desculpe senhorita Lelis, mas o senhor Prescott permanece em uma videoconferência e pede que a senhorita aguarde apenas mais alguns minutos. 

Izzy estava completamente constrangida ao enfrentar o olhar de poucos amigos que a moça lhe dirigiu. 

- Acontece que estou aqui há uma hora e meia, aguardando para ser recebida !!! Esse tipo de comportamento não se justifica !!!-disse tentando visivelmente conter a raiva – Por favor, avise seu chefe que se quiser falar comigo, entre em contato. Adeus.

Virou abruptamente para sair, porém, eu estava perto e ela acabou se chocando comigo. E se eu não a segurasse, provavelmente, teria ido ao chão. 

- Oh !!! Desculpe !!! – disse envergonhada, assim que recuperou o equilíbrio em seus saltos altíssimos, me encarando com aqueles profundos olhos castanhos – Eu não o vi.

- Sem problema. Você está bem? -perguntei sem solta- la.

- Estou, obrigada. – olhou para o braço e ergueu uma sobrancelha interrogativamente.

Enrubesci e imediatamente a soltei.

- Ótimo. Sou o agente Colin Miller, muito prazer ... ?

- Agente Maya Lelis, vim transferida de Los Angeles para cá. Mas ...

Apertamos – nos as mãos e nesse instante, Ryan esbaforido saiu de sua sala, gritando:

- BENNET !!! BENNET !!! VOCÊ QUER ME ENLOUQUECER ?!

- O que aconteceu senhor Prescott ?!- pergunta Izzy assustada, ficando pálida. 

- VOCÊ NÃO ME AVISOU QUE A AGENTE ESTAVA ME AGUARDANDO ...

- Avisei sim e há mais uma hora e meia atrás !!! O senhor simplesmente, me dispensou com um gesto e continuou ao telefone. – respondeu firme e sem se alterar, o que fez com que ele recuasse.

- Ok , pode ser ... Mas  disse que era um agente e não  a Agente Lelis !!! Caramba !!! – perdido em seu nervosismo não havia notado nossa presença – Ligue para ela, peça mil desculpas e consiga que volte aqui ainda hoje. Se for preciso, mande até flores !!!

- Acho que não será preciso, senhor Prescott !!! – Izzy disse contendo o riso.

E ali eu vi nascer a amizade entre as duas. 

Eu e Maya nos separamos e ela se aproximou de Prescott.

- Sorte sua Ryan que eu estava por aqui e a entretive com um bom papo.- sorri, piscando para ela, que retribuiu com um largo sorriso. 

 

FLASHBACK OF

E nesse momento nasceu o desejo, a admiração e esse bem- querer, que só tem aumentado com o tempo de convivência. 

Mas Maya parece decidida a me manter distante ... 

Às vezes, surpreendo seu olhar com um brilho de desejo a me espreitar e me encho de esperança. Mas logo, ela trata de desvia – lo e acabar com qualquer expectativa que eu possa ter.

 

 

Chego em casa, ainda me sentindo nostálgico.

As lembranças de Scott não me saíam da mente e a culpa corroía minha alma...

Scott e eu tínhamos apenas dois anos de diferença, sendo ele o mais velho e o mesmo se achava responsável por mim desde quando éramos pequenos. 

Sempre me defendendo das encrencas em que eu me metia, inclusive com os nossos pais. E confesso que me acostumei a te-lo como protetor, o cara forte emocionalmente e que sempre estava bem resolvido, de bem com a vida. 

E esse foi o meu erro.

Não percebi quando meu irmão estava precisando de mim ...

Afinal, éramos confidentes e acreditei que se ele tivesse algum problema, eu seria a primeira pessoa que ele iria procurar. Porém, descobri da maneira mais dolorosa, que estava errado. 

Eu já estava na academia do FBI e me dedicava com afinco aos estudos, aproveitava inclusive as folgas para estudar e muitas vezes, não ia para casa e isso acabou por me afastar dele. 

Em um sábado, recebi a ligação que destruiu uma parte do meu coração e da minha alma.

Scott tinha sido encontrado morto em seu apartamento. 

Não haviam indícios de arrombamento, nada havia sido remetido e havia um bilhete endereçado à mim.

Saí como um louco e em pouco tempo estava no apartamento do meu irmão. Encontrei tudo do jeitinho dele, impecável. 

Como gentileza entre colegas, os policiais e legistas não haviam mexido em nada e nem retirado o corpo dele. Quando o olhei, parecia que ele estava dormindo placidamente e não morto, como tinham afirmado. 

Meu primeiro impulso foi o de correr até a cama e chacoalha- lo, até que ele acordasse me xingando, como costumava fazer. Entretanto, me mantive estático, observando que as características do corpo indicavam que a morte havia ocorrido há algumas horas, anotando mentalmente todos os detalhes. 

Eu precisava me manter longe, fora daquela situação. 

Virei para o responsável pelo caso e questionei :

- Meus pais já foram comunicados ?

- Sim e estão a caminho, tenente Miller.

- Obrigado. Quem entrou em contato com vocês? 

- A vizinha da frente, que achou o comportamento dele muito estranho desde de quinta-feira. E quando veio trazer um pedaço de torta, percebeu que ele havia chorado. – gentil o oficial Atwater me concedia as informações que dispunha. – E no meio da tarde, ela afirma ter escutado ela gritando, provavelmente, ao telefone porque não ouviu resposta de um interlocutor. Preocupada, decidiu nos ligar .

- Entendo. E quanto ao bilhete ? – perguntei sentindo um tremor me percorrer. 

- Ah, sim... 

Ele me entregou um papel dentro de um plástico, usado para guardar evidências e se retirou. 

- Obrigado, oficial.- murmurei. 

Me afastei, indo para a sacada e inspirei profundamente, em busca de coragem. Então comecei a ler :

 

“   Tenente Miller, mas para mim para sempre o garoto que tinha medo de raios, contudo era capaz de enfrentar uma noite perdido na floresta sem reclamar, mesmo com fome e frio.

O garoto que defendi tantas vezes, de sangue quente e que não tolera uma injustiça. E que se tornou um homem íntegro, honrado e orgulho da família. 

Meu orgulho, Colin.

E eu não quero desaponta -lo, perder seu amor e principalmente, o respeito que sempre teve por mim. Porém, eu não aguento mais me esconder !!!

Lembra que lhe disse, que acima de tudo devemos ser verdadeiros com nós mesmos ? Pois bem, eu vivo uma mentira há muito tempo e não consigo... na verdade, não quero mais sustenta- la !!!

São anos fingindo, para agradar aos outros e principalmente aos nossos pais. Com medo de que um gesto, uma fala, me denunciem. 

Mas  basta !!! Eu sou gay !!!

E por que vou me matar ?!

Porque não me aceito assim !!! 

EU ME ODEIO !!!

Odeio também não poder ser amado como sou e pelo o que sou. 

Você sabe que seus pais jamais me aceitariam. E a gota d’água foi essa noiva que tentaram me arranjar, como se eu fosse algum incapaz !!!

Fraco ?! Covarde ?!

Pode me condenar, mas é a minha decisão, minha escolha. 

Chega de fingir, de dormir chorando e me entupir de remédios, para controlar meus impulsos ...

Me perdoe, Colin. 

Eu te amo e sempre vou te amar. 

         Scott. “

 

- E por que não falou comigo, Scott ?! Por que não confiou em mim ?!

É o que sempre me pergunto ... como eu não percebi que ele precisava de mim ?!

Sendo assim, depois da morte de Scott, meus pais depositam todas as suas expectativas reais e irreais em mim. E claro que tem se sentido, mais frustrados a cada ano que passa.

E garanto que se Deus ouvir minhas preces e Maya me der uma chance, eles não ficaram muito satisfeitos ao saber que a nora é negra e brasileira. 

Mas eles que se danem !!!

Ah, se eu tiver uma chance ... 


Notas Finais


Beijos de luz 💋💋💋💋💋
Me digam se estão gostando, se sentem falta de algo , fiquem à vontade.
A Fic é nossa 😉


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