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História Sleeve (Taegi, Jikook) - White room


Escrita por: Kimik182

Notas do Autor


Eae pessoas?
Curiosos por mais?
Desculpem o horário aleatório.
Nem vou demorar, vamos ao capítulo.

Capítulo 18 - White room


"Por sua causa eu nunca ando muito longe da calçada

Por sua causa eu aprendi a jogar do lado seguro, assim não me machuco

Por sua causa eu acho difícil confiar não só em mim mas em todos à minha volta

Por sua causa eu tenho medo"

Ficar naquele limbo entre da consciência sem o corpo físico era algo muito estranho e surreal. Sabia que estivera inconsciente durante o processo, e que agora possivelmente já estaria em outro corpo, porém era esquisito. Era como se não encaixasse direito num primeiro momento, como se o cérebro estivesse flutuando num imenso vazio, e quando queria acordar, não conseguia se ancorar naquele novo corpo.

A mente flutuava aqui e ali, buscando um modo de se conectar, e quando finalmente conseguiu, sentiu uma forte pontada na cabeça, vendo vários flashes de sua vida misturados com coisas estranhas, provavelmente da vida do dono anterior daquela sleeve.

– Boa tarde, o senhor está bem? – um dos enfermeiros perguntou, e ele logo percebeu que seus batimentos cardíacos e ondas cerebrais estavam sendo monitorados.

– Sim, acho que sim. – estranhou quando falou, pois aquela não era sua voz.

O procedimento correu bem, e Jimin apenas fez os exames de praxe para poder ir logo pra casa. No entanto, levaram muitos dias para se acostumar à sua nova situação. Seu companheiro tinha adorado e ficado super feliz, afinal de fato seu novo corpo era muito atraente, porém o próprio Park achava muito estranho se olhar no espelho e não se ver. Saber que nunca mais veria aquele que era antes, que esse homem sexy e bonito era seu novo eu, podia até parecer bom, mas causava uma angústia que ele não conseguia explicar.

 

Abriu os olhos assustado por sonhar com aquela época. Há muitos anos já nem se lembrava mais de como era sua aparência antes do procedimento de troca de sleeve. O desconforto em seus olhos se fez presente, aquele quarto todo branco lhe trazia essa sensação. Tinha gritado e pedido por socorro quando se viu ali, sem sequer lembrar como havia ido parar em tal lugar, mas depois de algumas horas sem resposta desistiu. O único sinal que teve de estar sendo vigiado foi quando recebeu por uma mini porta no canto esquerdo um prato branco cheio de arroz. Era angustiante como tudo ali era sem cor, as paredes, o chão, o teto, a pequena cama, sua roupa e até a comida.

Não fazia ideia de há quanto tempo estaria ali, mas parecia uma eternidade. Viu que tinha uma saída de ar próxima do teto, que vez ou outra soltava uma fumaça que acreditava conter alguma substância tóxica, pois sempre lhe fazia dormir e ter pesadelos. E por mais que eles fossem ruins, Jimin não podia se decidir se eram piores do que ficar naquela apatia do quarto branco, se pegando por vezes a pensar que gostaria que lhe drogassem logo, pois até mesmo a agonia de seus sonhos era melhor que o nada.

 

O mundo parecia tão mais bonito e colorido naqueles dias. Amar alguém e ser correspondido era uma sensação nova para si, e poderia sair por aí cantado e saltitando, tamanha a felicidade que sentia em saber que uma pessoa tão especial estava em sua vida. Conforme caminhava pelas calçadas do centro movimentado da cidade, viu uma floricultura do outro lado da rua, pensando que não custaria nada passar ali e pegar um presentinho, quem sabe uns girassóis, Jeon parecia gostar da cor amarela e combinaria com aquele sorriso lindo que iluminava seus dias. Saiu da loja com um lindo buquê, contendo seis daquelas belas flores. Era difícil depois de tanto tempo sozinho, só curtindo a vida, se permitir apegar a alguém, dizer que amava ele de volta, principalmente depois de tê-lo deixado falando sozinho quando se declarou. Mas ele tinha confiança que seria perdoado, Jungkook era bom de coração e não guardaria rancor por aquilo, certo? Pelo menos era nisso que acreditava.

Pronto, aquele era o momento, em frente à porta do quarto, o nervosismo parecia se multiplicar, mas dessa vez não iria fugir. Abriu a porta com um enorme sorriso no rosto, que morreu em poucos segundos quando viu seu Jungkook enroscado no corpo de outro homem, ambos nus, suados, numa confusão de gemidos e arfares. Quando se deram conta de sua presença pararam o que faziam, mas nem fizeram questão de esconder os corpos despidos.

– Jimin! Achei que você ia demorar a voltar. – Jungkook ajeitou os cabelos suados e bagunçados com os dedos, sorrindo.

– Eu... – colocou as flores em cima da escrivaninha, já com os olhos marejados. – Eu achei que você...

– Desculpa hyung, eu devia ter colocado um sinal na porta pra você não entrar, eles têm disso aqui na faculdade não têm? – perguntou para Mingyu, que só riu enquanto acariciava as costas nuas de Jeon.

– Por que você fez isso Jungkook? Você disse que me amava... – sua voz soava baixinha e meio falha pela vontade de chorar.

– Eu tava brincando hyung, você acha mesmo que eu iria te amar? Quem iria amar você?

“Quem iria amar você?” Essa era uma pergunta que já tinha ouvido tantas vezes em sua vida, saídas de outra boca, mas com o mesmo impacto em seu coração e em sua mente. Quem seria capaz de amá-lo? Era uma pessoa feia, não era brilhante em nada que fizesse, nunca sabia a coisa certa a dizer ou fazer, não era amado e tinha consciência que não o merecia ser.

Enquanto Jungkook e Mingyu riam de sua cara de paspalho, nem sabia o que fazer, só ecoava aquela mesma frase em sua mente: “quem iria amar você?”, e a tristeza lhe engolia como uma fera que sempre esteve à espreita o esperando escorregar. Sabia que não podia acreditar naquelas palavras que Jeon dissera antes, se sentia idiota por ter se deixado levar por sentimentos, agora era motivo de chacota para o mais novo e seu possível namorado. E em meio às lagrimas e sofrimento aquela cena se esvaiu, dando lugar mais uma vez ao vazio e à cor branca.

No entanto, dessa vez, não deu tempo de voltar à própria realidade, e já se viu imerso em outra alucinação. Estava outra vez naquela rua escura, logo após brigar com Jungkook, andando meio sem rumo, ainda chocado por ouvir o garoto dizer que lhe amava. Tinha certeza que era mentira, ou talvez o mais novo até acreditasse nisso, mas se o conhecesse melhor saberia que era impossível lhe amar “quem iria amar você?”. Aquela voz do passado insistia em soar como se estivesse muito próxima de seus ouvidos.

Não percebeu nem mesmo de onde o homem surgiu quando foi atacado, só sentiu a dor em suas costas pelo forte chute que o levou ao chão, não dando nem tempo de revidar antes de receber mais golpes. Tentou localizar sua arma mas lembrou que não a tinha pego antes. Mas sabia que por ser pequeno era ágil, e tentou correr, mas o homem parecia sobrenaturalmente forte e rápido. Seu coração falhou por um momento quando Jungkook apareceu e entrou naquele embate. Sabia que ele era tão bom em campo quanto era no computador, mas não conseguia deixar de lhe ver como um bebezinho que precisava ser protegido.

E o mais surpreendente foi que nem mesmo juntos conseguiam derrotar aquele filho da puta. Ele conseguiu dominar o Jeon, e estava com a pistola apontada para sua pilha cortical. Aquilo foi o máximo do limite do desespero para Jimin, não podia deixar aquilo acontecer, não podia perder seu menino, não conseguia suportar a ideia de viver sem Jungkook. Até aquele momento não havia se dado conta do quanto ele era importante para si, mas quando percebeu o que estava prestes a acontecer, gritou e implorou para que o homem não fizesse nada com ele, que lhe levasse seja lá pra onde fosse, mas deixasse o maior em paz. Diferente de si, ele não merecia passar por coisas ruins.

Mas o homem não lhe deu ouvidos, nem sequer pestanejou ao dar um tiro certeiro na nuca de Jungkook. Jimin naquele momento sentiu como se o chão desabasse sob seus pés. Não conseguia nem gritar, apenas ficar em choque, como se visse o corpo sem vida caindo em câmera lenta, e seu coração sendo esmagado em mil pedaços. Não, não podia ser verdade, Jungkook era só uma criança, seria muita crueldade que morresse, morresse de verdade, daquela maneira, não era justo. Não queria mais nem fugir de qualquer que fosse seu destino nas mãos de seu agressor, se ajoelhou no chão e se permitiu chorar, tentando aliviar aquela dor insuportável.

Não se deu conta de qual foi o momento em que estava novamente sendo engolido pela cor branca, já estava difícil distinguir ilusão e realidade, e um mal estar tão intenso lhe atingiu, que acabou vomitando no chão.

No lado de fora, Jin observava fascinado como o quarto branco surtia mesmo efeito. Obviamente Hyungwon comentara a respeito, mas ele não acreditou, achou que era só balela, que não seria assim tão terrível. Ao seu lado, o ex diplomata estava impassível, parecendo até mesmo entediado, afinal já era treinado para ser uma pessoa fria, e fazia isso muito bem. Além disso acreditava que os fins justificam os meios, e se estava trabalhando por uma causa muito maior do que todos eles, não tinha porque se sentir culpado.

– Não acha que devemos dar um descanso pra ele? – Kihyun, que estava ajudando no processo, era um pouco mais sensível que seu superior. – Ou pelo menos mudar o tipo de droga para tortura física.

– Não. Você viu como ele respondeu à tortura física no início, o efeito foi muito fraco. O psicológico dele é bem mais frágil. – Hyungwon ordenou. – Se os policiais demorarem pra mandar o Yoongi até nós, mostramos como esse aí está mal.

– Ok. – mandou mais uma dose para dentro do cômodo.

– Quer voltar pro hotel meu amor? Não precisa ficar vendo isso. – segurou o ombro do loiro, que estava calado observando o prisioneiro.

– Eu estou bem. – Seokjin sabia que era bizarra a curiosidade que tinha a respeito do quarto branco, mas não conseguia evitar.

– Mas eu preciso tomar um banho de qualquer forma. Vamos. – puxou sua mão, obrigando-o a tirar os olhos vidrados da cena á frente.

Kihyun só esperou que não estivessem mais à vista para revirar os olhos em desgosto, não conseguia entender como Hyungwon aturava aquele cara. Mas agora precisava monitorar Jimin, que já começava a ter outro delírio.

Tudo à sua volta parecia tão bonito. Não era uma paisagem conhecida, mas gostava dela. Árvores frondosas se espalhavam pelo campo tão verde, que parecia brilhar sob o sol. Inúmeras flores multicoloridas também encontravam seu espaço, bem como um lago de água cristalina logo à sua frente. Sentou-se à sombra da folhagem, respirando o ar limpo, e parecia até que ouvia ao fundo uma bela melodia, como as músicas clássicas de eras bem mais antigas.

– O que faz aqui Jiminie? Te procurei em todo canto. – Jungkook vestia uma roupa leve de tom azul claro, e logo se aproximou e lhe deu um beijo carinhoso antes de sentar ao seu lado.

Por um momento o Park se perguntou se ambos tinham morrido naquela outra ocasião, e agora estavam no paraíso.

– Jungkook. – abraçou o garoto com toda a força que tinha, como se temesse que ele desaparecesse. – Eu te amo. – encheu todo o rosto e lábios dele de selinhos, observando-o rir como uma criança.

– Eu sei amor. Também amo você.

Se aquilo era um sonho, o Park tinha certeza que não queria acordar. Estava tão bom ficar nos braços de Jungkook, sentindo seu cheiro e recebendo seu carinho. Sempre imaginou como seria sentir a proximidade do garoto daquela forma, não só fisicamente, mas compartilhando seus corações e suas almas. 

– Tá calor, acho que quero nadar. – depois de alguns minutos o maior levantou, já tirando sua roupa afim de ir pra água. – Vem comigo hyung.

Seu sorriso era tão irresistível que Jimin não tinha como negar. Removeu também suas roupas e juntos correram de mãos dadas, pulando na água e rindo bobamente. Mas a água fria nem de longe era o suficiente para esfriar os corpos quando estavam colados um no outro, num beijo quente e necessitado. Jungkook segurava firme o quadril do loiro, cujas pernas estavam entrelaçadas em sua cintura, já sentindo-o ficar duro por si.

– Olha! Ali do outro lado tem uma orquídea bem daquela que você mais gosta. – Quando pararam o beijo o mais novo notou a flor. – Vou lá pegar pra você.

– Não Jungkook, deixa isso.

Mas já era tarde demais, o rapaz já dava firmes braçadas, chegando sem demora ao seu objetivo, colhendo a flor para seu amado. Porém na volta algo deu errado. Jungkook fez uma expressão de dor e começou a se debater, o que desesperou o menor, pois ele estava na parte funda do lago. Jimin tentou ir até ele, mas não nadava tão bem assim, e quando o alcançou, já não tinha mais o que fazer. O moreno era pesado, e foi difícil lhe arrastar para a beirada.

Ele não estava respirando, seu coração não estava batendo. Jimin tentou massagem cardíaca, respiração boca a boca, e nada. Não tinha mais jeito.

– Jungkook por favor acorda. – já aplicava tanta força na massagem no peito do maior, chorando e gritando para que voltasse pra ele. – Por favor, eu amo você. Eu prometo que não vou mais te machucar, só não me deixa.

Somente o silêncio e claridade lhe ouviam, claridade essa que estava sempre lhe rondando, só esperando um vacilo qualquer para lhe engolir, trazendo-o de volta ao quarto branco.

Já não conseguia mais diferenciar a realidade de suas fantasias. As sensações e os pensamentos eram sempre horríveis na mesma medida. A angústia que sentia naquele quarto já era insuportável, tanto que desejava apenas ter algum objeto cortante, para poder enfiar em sua pele e ver o sangue escorrendo vermelho, qualquer coisa que não fosse branca.

No entanto, não demorava para que voltasse a ter aquelas visões. E em todas elas perdia Jungkook de alguma maneira. Via ele se casando com outra pessoa, ou rindo da sua cara por acreditar que lhe amava, mas o pior era quando via ele morrer. Inúmeras vezes o via sangrar em seus braços, via alguém destruir sua consciência, via a vida abandonar seu corpo, tornando-o pálido e gelado, e aquela dor não mudava, era sempre como se o mundo todo não importasse mais, porque Jeon não estava nele.

– Me deixa morrer também... me deixa morrer.

Jimin repetia apenas esta frase dentro de sua cela branca, encolhido num canto sussurrando as palavras sem parar, sendo atentamente observado e filmado por seus captores. A droga que lhe deram fazia aflorar seus piores medos, mas somente o próprio Park dentro de sua mente sabia que seu medo era o de amar Jungkook, e sobretudo de o perder.

– Temos um bom material por enquanto. – Hyungwon dessa vez voltara sem Jin à tiracolo. – Deixe ele dormir um pouco e depois o alimente.

– Certo senhor. – Kihyun sentiu um alívio por poder parar por alguns instantes.

[...]

Os últimos dias estavam sendo uma verdadeira merda. Jimin estava sequestrado, Jungkook desolado, Taehyung tentando consolar o amigo, e Yoongi esperando uma liberação para encontrar as pessoas que entraram em contato com eles. Ao menos hoje iria interrogar Hugo Kang, e quem sabe tirar um pouco de suas dúvidas, já que se sentia de mãos atadas para qualquer outra coisa, e nem mesmo conseguia encontrar Irene quando tentava falar com ela.

Dessa vez não deixou Taehyung ir consigo, e ele ficou ao lado de Jeon, que precisava mais de seu ombro pra chorar. Ainda assim sabia que não poderia fazer muita coisa contra aquele homem durante o interrogatório, o que limitava um pouco seus métodos.

– Boa tarde senhor Kang. – sentou-se displicente na cadeira em frente ao homem, botando os pés sobre a mesa.

 – Olá. – não pareceu se afetar pelos modos alheios.

– Pelo que investigamos percebi que o senhor é bem íntimo de Kim Seokjin. – já foi direto ao ponto.

– Somos amigos. – Hugo permanecia inabalável.

– E você foi a última pessoa com quem ele falou. O que me faz crer que ele não foi sequestrado, e o senhor sabe o paradeiro dele. – seu olhar era incisivo, mas o empresário não vacilava. 

– Não precisa me chamar de senhor, e eu não sei do que está falando.

– Temos provas, não adianta negar.

– Essas mensagens não dizem nada. – os advogados de Hugo já tinham ciência de tudo, tendo lhe repassado as informações pertinentes ao caso.

– Elas dizem que você avisou que um carro iria buscar Seokjin bem no dia que ele desapareceu.

– Mas quando o carro chegou ele não estava no lugar. Ele só ia viajar um fim de semana. – Justificou. 

– Pois suas mensagens parecem dizer outra coisa. Que estavam planejando uma fuga.

– Você pode achar o que quiser.

Yoongi queria mais que tudo socar aquele orelhudo, que ficava com aquela cara debochada pra ele, sabendo que, diferente de J, não teria como ele lhe agredir ou dar um tiro no meio de sua cara, só tinha que aturar aquelas respostas evasivas, afinal o desgraçado era um grande empresário, e tinha poder. Namjoon já lhe instruíra a pegar leve, senão ele mesmo é quem se daria mal.

– Se eu fosse você, colaboraria com essa investigação. O que acha que seu sócio vai pensar quando descobrir que você é suspeito desse sequestro?

– Provavelmente ela vai me matar. É assim que ele resolve os problemas. Você acha mesmo que está fazendo o certo em trabalhar pra Kim Dongwan?

– E eu deveria trabalhar pra quem? Pro Hyungwon? – tentou ver nos olhos do homem se ele se abalava, e conseguiu. A menção daquele nome fez ele vacilar minimamente, mas o suficiente para Yoongi perceber. – O que vocês estão querendo de mim? Por que ficam me enganando dessa forma? Me deixando cego e sozinho? – apesar de suas palavras serem sinceras, ele só estava tentando arrancar algo daquele homem usando as emoções.

– Eu não tenho nada a ver com essa história de sequestro, e você também não. Saia disso tudo Yoongi, não vai terminar bem pra ninguém. – acabou falando mais do que deveria, mas sentia que precisava dizer.

– Então me fala a verdade caralho! – socou a mesa, seus nervos estavam à flor da pele com toda a situação.

– Eu não tenho mais nada a dizer.

E de fato Hugo não ajudou em mais nada. Só deu respostas oblíquas, e esperou o Min cansar e lhe dispensar.

O soldado andava de um lado para o outro na sala de interrogatório, passando a mão pela testa, um gesto de cansaço. Namjoon entrou para dizer que já podia ir embora, mas ele precisava agir, não aguentava mais aquelas dúvidas.

– Eu quero ir resgatar o Jimin. – avisou.

– Precisamos planejar como isso vai ser feito Yoongi. Você não pode ir sozinho.

– Eu posso sim, já disseram que é a mim que querem, e vão libertar o Park. Você viu como ele está, não quero mais esperar.

– Mas e se te pegarem. Você é peça chave nessa investigação.

– Eu sei me cuidar.

– Tem certeza que quer ir assim? Sem reforços?

– Tenho.

Namjoon respirou fundo, sabia que não poderia controlar ou domar o diplomata, acabando por desistir de tentar lhe convencer a esperar.

– Tudo bem, vá.

 Saiu da delegacia com um dos veículos de lá mesmo, totalmente decidido a encontrar o que quer que lhe esperasse. Não quis nem passar no campus, pois sabia que se falasse para Taehyung o que pretendia fazer, ele não deixaria, iria querer ir junto para se certificar que daria tudo certo, mas não podia botar mais ninguém em risco, já bastava Jimin, não suportaria ver alguém fazer mal ao seu amado.

O endereço dado na mensagem enviada a Jungkook ficava a uns trinta minutos da delegacia, e assim que Yoongi o encontrou, não viu nada. Parecia uma viela qualquer. Decidiu enviar uma mensagem para o número do próprio Park, na esperança que os sequestradores vissem. Apenas digitou “Estou no local indicado. Ass MinYoongi.”

Em alguns instantes a resposta veio, apenas um “10 minutos”. Para se livrar da ansiedade saiu do automóvel, e ficou caminhando de um lado ao outro na calçada, segurando sua arma por baixo do casaco. Tinham algumas pessoas na rua, então não acreditava que iriam lhe fazer algum mal, pelo menos não ali.

Realmente levou em torno de dez minutos para que ele visse uma figura alta e magra vindo em sua direção. Não tinha nem palavras para se expressar, e se precisasse agir, atirar ou qualquer coisa do tipo, não conseguiria. Estava paralisado, como se visse um fantasma, pois ele era a mesma pessoa, não em uma sleeve diferente, não em outro corpo, mas era exatamente o mesmo que conheceu centenas de anos atrás, o mesmo que viu morrer sob inúmeros tiros bem em sua frente. Assim que ele chegou mais perto, ficaram cara a cara, os olhares se cruzaram e por muito tempo se encararam sem dizer nada. Parecia que aquele era o momento de enfrentar os monstros do passado.  


Notas Finais


Gente, desculpa mas preciso me expressar. Vendo o monsta pessoalmente eu fiquei ainda mais fascinada do que já era. Meu bias é o Jooheon mas assim, pessoalmente, o Hyungwon tem uma presença que é de matar, e o IM tbm, me apaixonei pelos dois. Eles todos são tão maravilhosos quanto parecem mesmo, aiai, saudades já.

Mas voltando a fic, o que estão achando? Agora as coisas vão se revelando e espero que estejam curtindo. Tadinho do Jimin mano, tô sofrendo :(


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