História Smell of Death - Mãos

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E com esse pensamento em mente a morena de coques retornou ao quarto a qual havia deixado o deputada que ainda estava desacordado, o homem estava realmente só de hobby, isso facilitava o trabalho dela, ao deixa-lo totalmente nú, ela o colocou sentado em uma poltrona ali presente e imobilizou seus membros com cordas, em um criado mudo colocou as ferramentas/armas a qual usaria, e aguardou pacientemente até o homem acordar.

Assim que o homem despertou e se deparou com a morena a sua frente, estava levemente confuso, mas mesmo na situação presente ainda era afrontoso.

Deputado: o que é isso? Não me lembro de ter contratado uma vadia, por acaso é algum presente?

Ele se pronunciou sorrindo de maneira nojenta, isso enfureceu ainda mais a morena que já não estava calma, então em um impulso rápido ela deu um soco bem no meio do nariz do deputado, fazendo-se possível ouvir o barulho de osso se quebrando e o sangue jorrar.

Deputado: FILHA DA PUTA, QUEM VOCÊ ACHA QUE EU SOU???

A morena ajeitou a luva em sua mão, com um olhar frio e cortante respondeu.

Tenten: uma aberração que já deveria está no inferno, mas de qualquer forma, não se preocupe, a vadia aqui foi enviada para te levar até lá.

E a morena novamente o socou, dessa vez com ainda mais força e precisão, e dessa forma ela passou a descontar toda a sua raiva em forma de ossos e chutes.

Quando enfim se deu por minimamente calma, a morena parou e encarou o homem cujo o rosto estava todo inchado, roxo e vermelho, fora os hematomas pelo tronco, que já deveria ter 3 ou 4 costelas quebradas.

Deputado: você irá… se arrepender dis..so vadia, você não sabe.. com quem está mechendo…

Falou em meio a tosses de sangue, enquanto isso Tenten apenas olhava atentamente as suas armas, pensando em com qual começaria, se decidindo por um alicate de pressão, com um olhar vazio ela se virou para ele.

Tenten: deputado, você é apenas um lixo, que usou e quebrou da pior forma possível crianças inocentes, isso é nojento, horrível, é muito pior que qualquer outro crime, se você fosse um serial killer teria mais minha piedade do que essa merda que você é, você diz que eu irei me arrepender, mas sinceramente o único arrependimento que terei é de não ter acabado com você antes, ah e deputado, eu sou uma lupina, então, não acho que tenho muito a quem temer, as únicas pessoas que eu realmente acho assustadoras, foram justamente as que me enviaram até aqui, o povo chora deputado, chora sangue em busca de justiça, e quando o povo chora, os lobos uivam.

Foi possível ver o terror passar pelos olhos do homem, e enfim ele sentiu medo, sentiu, pois sabia que se tratando da máfia, se tratando da Ōkami no Mure, não havia salvação, não havia perdão, se os lobos o haviam condenado, já era.

Sua expressão piorou assim que a morena torceu o seu mamilo esquerdo com o alicate.

Deputado: AAAAAAAH

Logo a Tenten fez o mesmo com o direito, logo em seguida, enfiou agulhas grossas em ambos os mamilos.

Deputado: ARG!!!

Com um canivete a morena fez um corte superficial que ia do meio dos mamilos até o baixo ventre, os gritos e gemidos de dor do deputado se tornavam mais audíveis.

Tenten: isso não é nem 10% do que o que aquelas crianças sentiram.

Agora com agulha fina e extremamente longa, ela enfiou a mesma pela fenda do membro do deputado.

Deputado: AAAAAAAH, P..PARE, PARA…

Os gritos do homem não afetavam a morena, só a dava mais raiva.

E então ela pegou um alicate de pressão (daqueles grandes que usam em encanação) e o olhou.

Tenten: parar? PARAR? QUANTAS VEZES ELE TE PEDIU ISSO?? 

E novamente em um impulso movido pela raiva, ela levou o alicate até o membro alheio e torceu, torceu e torceu ainda mais.

Deputado: ....AAAAAAAAAAAAAAAAH

A dor do deputado foi tanta que o ar chegou ir embora, seu grito se iniciou mudo e depois alcançou o mais alto que uma voz humana é capaz.

Controlando os ânimos a morena voltou a se acalmar, e agora pegando um nunchaku*, ela começou a fazer os movimentos clássicos, e quase como se estivesse em uma dança, com a arma foi quebrando osso a osso do deputado, braços, costelas, pernas…

Quando enfim se enjoou do barulho de ossos partindo, ela pegou sua kukri e começou a arrancar a pele do rosto do deputado.

Deputado: AAAAAAH, PARE.. P..ARE, P...POR F..AVOR….

Tenten: parar? Quando aquelas crianças pediram para você parar… Quando elas imploraram clemência, você parou?

A morena indagou com a kukri em mãos, arrancando mais um pedaço da pele do rosto do deputado.

deputado: I..ISSO, EU…

Tenten: CALA A BOCA, você é o pior tipo de lixo que existe deputado, usou de seu poder para usufruir de crianças carentes, afinal, quem daria falta delas? Aliás, mesmo se dessem, o que poderiam fazer não é?

Agora com uma picareta leve a morena destroçava o joelho esquerdo do homem.

Deputado: AAAAAAAH

Tenten: você só esqueceu de uma coisa deputado, os lobos jamais ignoram a voz do povo, e quanto mais injustiçados e humildes, mais alto a voz deles chegam até nós.

Com um punhal a morena cegou os dois olhos do homem à sua frente, e finalizando com uma adega ela cortou o pescoço do homem, o olhando com nojo cuspiu no rosto do já falecido deputado Kumicho.

Ela arrancou os dois olhos já estragados e os deixou encima do criado mudo, com um recado:

" Muitos de vocês se fizeram de cego perante as atrocidades desse homem, quem deveria ser a justiça se fez surdo a voz do povo e ouvinte ao dinheiro sujo, esse homem que muitos respeitavam, não passava de um porco velho que contaminava inocentes, não há espaço em nossa sociedade para monstros que usam e abusam de menores, e se os "homens da lei" ignoram, nós, os fora da lei, os mafiosos, os cruéis, nós os lobos, faremos justiça ao povo, pois a nossa justiça não é comprada por dinheiro". 

E assim ela se retirou daquele cômodo.

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Já no jardim, no mesmo local pelo qual havia entrado, ela vestia as roupas novamente, já tendo limpado suas armas e colocado fogo na luvas, ela se encontrava pensativa, seus atos foram frios e horrendos? Com certeza, mas em momento algum houve prazer, felicidade ou satisfação, era um fato que por bem ou por mal já havia se habituado aquilo, sejamos sinceros, ela é da máfia, é uma mulher mafioso, alguém que escolheu viver com uma mira na testa e na escuridão, e ela jamais diminuía ou justificava suas ações, sabia que não eram legais e nunca seriam, mas ainda sim, essa foi a vida que escolheu para si, e não se arrependia dessa escolha, não poderia, por pior que pudesse soar, foi essa vida que foi sua âncora, sua salva-vidas, a Ōkam a tirou do pior tipo de esgoto possível e lhe deu uma vida, e ela seria eternamente grata e leal a eles, e mesmo que o que fizesse fosse horrível, ainda sim, ainda sim ela sabia, sabia que mesmo de modo errado, ela poderia fazer a diferença na vida daquelas pessoas que a sociedade finge não ver, e pra ela, isso era o bastante, pois sabia a frustração de gastar a voz em pedidos de ajuda e ninguém lhe ouvir…

Tendo deixado a mochila em um local planejado e anteriormente dito, a morena saltou o muro e passou a seguir o seu caminho.

Tenten on:

Já havia completado a minha missão e já havia comunicado isso ao meu chefe, só que ainda me encontro incapaz de esquecer o rosto daquele garoto, o vazio em seus olhos, o corpo frio em meu colo, ainda sentia meu coração pesado pela cena, ao contrário do que pensam, não importa o quanto eu esteja acostumada com atrocidades, cenas cruéis ou o caralho a quatro, ainda sim isso me atinge, com o tempo a gente aprende a lidar melhor melhor e até a não demonstrar, mas a verdade é que todos desse ramo, em algum momento da vida se questiona, mas o pior mesmo é a noite, sim, nem sempre dormimos tranquilos, às vezes, durante a noite, os gritos de terror, ódio, desespero daqueles cujo tiramos a vida ou machucamos, nos atormenta.

E eu sinto, que hoje seria uma dessas noites, a onde eu não terei paz e sequer poderei reclamar, pois estarei apenas pagando uma pequena parcela por tudo aquilo que já fiz.

Eu estava tão presas em meus próprios pensamentos, que sequer estava prestando atenção na rua, e foi desta que quando notei já estava praticamente em frente a um carro branco em movimento, apenas fechei os olhos e torci para que o impacto não fosse muito ruim.

Por sorte, o motorista parecia estar mais atento do que eu, já que freiou de uma só vez, fazendo com que o impacto do carro fosse o suficiente para somente me derrubar no chão.

Fiz uma leve careta de dor já imaginando o hematoma que eu ficaria nas costelas, mas me sentindo aliviada por  aparentemente não ter quebrado nada.

Ouvi o som da porta do carro se abrindo, imagino que o motorista descendo para ver se não matou ninguém.

Neji: você está bem??

Essa voz… Será possível?

Tenten: doutor?

Eu encarei o homem a minha frente de maneira surpresa, o mesmo usava uma camisa social branca com mangas dobradas até o cotovelo, calça jeans clara, tênis brancos, e estava com os fios soltos.

Neji: Mitsashi?

Nos encaramos por algum tempo, até ele parecer "voltar a si" já que começou a me olhar analítico.

Neji: você está bem? Está sentindo alguma dor? 

Tenten: sim, estou bem, desculpa…

Ele acenou, apesar de não aparecer realmente ligar para minha resposta, já que continuava a me analisar, inclusive checou meus sinais vitais, meu coração e pulmão estão bem doutor, pensei em dizer, mas apenas deixei ele fazer o que quisesse.

Ele tocou onde o carro havia batido, doeu um pouquinho, mas nada demais, parecia checar para ver se havia quebrado, depois continuou sua análise. 

Neji: ralou o braço, mas fora isso parece bem, quer ir ao hospital?

Perguntou, segurando o braço que nem eu havia notado o machucado e me encarando.

Tenten: não, não, eu to bem…

Ele me olhou no fundo dos olhos, me encarando de maneira séria, por fim soltou um suspiro e se levantou, estendendo a mão para me ajudar, aceitei a ajuda e pude tocar na mão grande que fazia um belo contraste com a minha, principalmente pela diferença em nosso tom de pele, era uma mistura bonita…

Neji: vou da um jeito nesse arranhão, vem.

Ele me puxou de leve pela mão, depois foi até o carro e o tirou do meio da rua, o estacionando de maneira decente, depois desceu e veio até mim com uma maletinha de primeiros socorros, bem, o esperado de um médico.

Neji: senta aí vai.

Ele falou apontando para o capô do carro, fiz como pedido, ele ficou entre as minhas pernas, e começou a limpar o arranhão.

Neji: você está bem?

Tenten: já disse que sim.

Neji: não me refiro fisicamente, então, você está bem?

Ele me encarou por um instante enquanto fazia o curativo, eu o olhei, mas acabei desviando o olhar.

Tenten: sim…

Ele arqueou a sobrancelha e soltou um suspiro.

Neji: vejo isso claramente pelos olhos vermelhos.

Falou em um tom quase irônico, o que me surpreendeu um pouco, bem, ao menos ao ponto de eu não ter o que responder.

Ele terminou o curativo, guardou tudo novamente na caixinha e me encarou.

Neji: o que acha de um café?

Tenten: como?

Neji: tome um café comigo, pode ser um pedido de desculpas e uma distração, o que acha?

Tenten: pode ser.

Respondi sem nem pensar e isso pareceu agradar o médico, que usando as mãos desceu o meu corpo, hum forte, o leve contato de suas mãos em minha cintura me fez ter pensamentos nada castos, é isso, tenho um fetiche pelas mãos dele, sem condições.

Ele abriu a porta do carro pra mim, e entrou em seguida.

Neji on:

Eu estava voltando para casa, quando no meio do caminho eu fui obrigado a freiar de maneira repentina, para tentar evitar um atropelamento, desci de imediato para checar o estado da pessoa, me surpreendi ao ver que era a Mitsashi a segurança do Uzumaki, mas logo me foquei novamente, afinal eu havia acabado de atropela-la, enquanto eu checava para ver se estava realmente tudo bem, notei os olhos vermelhos, de quem havia chorado, isso me incomodou um pouco, mesmo que eu não soubesse o por que.

No final não resistir a perguntar, e até a chamei para um café, hoje ela estava vestida de maneira bem mais despojada do que aquele dia, imagino por não estar a serviço, esse estilo meio que combinava com ela, na verdade, ela era uma morena realmente bonita, e os dois coques eram excêntricos, mas combinavam com ela.

Após ela aceitar o pedido, guiei o carro até uma cafeteria ali perto, era uma bonita, mais simples se considerar o bairro  a qual se encontrava e era toda decorada em tons pastéis.

Assim que chegamos desci do carro, a morena fez o mesmo e passou a me seguir, escolhi uma mesa mais afastada, próxima a janela.

Neji: já escolheu o que irá querer?

Tenten: hai.

Com a mão chamei uma das garçonetes do local, que veio atender o nosso pedido.

Neji: irei querer um expresso duplo sem açúcar.

Tenten: um cappuccino com raspas de chocolate.

Garçonete: entendido, logo trago o pedido de vocês.

Assim a moça se curvou e se retirou.

Neji: bem, Mitsashi me desculpe pelo atropelamento, é que você realmente apareceu do nada em minha frente.

Tenten: sem problemas, eu que me desculpo doutor, eu estava distraída, sorte a minha que você estava atento e conseguiu evitar algo pior, e pode me chamar pelo primeiro nome.

Neji: tudo bem, peço o mesmo, me chame pelo nome, deixe o doutor para o hospital.

Tenten: certo Neji, o que fazia por ali?

Tenten on:

Neji: eu moro aqui no bairro, e quanto a você?

Uou, ok eu sabia que médicos ganhavam bem, mas ele realmente deve ganhar MUITO bem para morar naquele bairro em questão.

Tenten: estava apenas andando, sem nenhum destino específico.

Fomos interrompidos pela garçonete que retornou com o nosso pedido em mãos, agradecemos e demos seguimento a conversa.

Neji: imagino que esteja de folga, já que não está acompanhado o seu chefe.

Oh não é bem uma folga doutor.

Tenten: na verdade ele me deu uma folga prolongada devido ao ferimento, mas eu já tirei os pontos e a médica disse que eu já estou bem, então logo devo voltar a ativa.

Neji: entendo, fico feliz que já esteja bem.

Ele falou enquanto bebia calmamente a bebida que imagino está extremamente amarga.

Tenten: e quanto a você? Está de folga hoje?

Neji: hai, estive de plantão durante a madrugada, então tenho o dia livre.

Isso me fez sorri levemente.

Tenten: você é realmente incrível não é? Passa horas e horas se dedicando a salvar vidas.

Ele me olhou um pouco surpreso, mas sorriu ladino.

Neji: seu sorriso é bonito Tenten, agradeço o elogio, mas eu apenas faço o que posso, infelizmente não posso salvar todos aqueles que precisam, só posso me contentar com aqueles que chegam até mim, e por esses eu faço até o impossível para salvar, pois foi a escolha que eu fiz. 

Me surpreendi com o elogio, mas a sua resposta foi ainda mais interessante, não pode salvar a todos não é?

Tenten: o seu é ainda melhor, pois quebra a sua áurea de sério, e me desculpe doutor, não importa o que diga, eu já tenho uma grande admiração por você.

Ele arqueou a sobrancelha.

Neji: por quê?

Por que o que você faz é mil vezes melhor do que o que eu faço, e havia sinceridade em seu olhar todas as vezes em que ajudou alguem.

Tenten: eu não sei, eu apenas te admiro.

Ele me olhou inquisitivo, como se aquela resposta não fosse o suficiente, e isso me fez sorrir, e novamente eu reparei na tatuagem dele.

Tenten: mas diga-me Neji, sei que não te conheço, mas ainda sim, essa tatuagem é uma verdadeira quebra de expectativa.

Ele arqueou a sobrancelha e deu um sorriso ladino novamente.

Neji: quebra de expectativa?

Tenten: sim, você parece ser alguém  completamente sério e certinho, então uma tatuagem… É realmente surpreendente.

Ele sorriu mais uma vez.

Neji: eu realmente sou alguém sério Tenten e provavelmente me encaixo no "certinho", justamente por isso a tatuagem, tenho a impressão que as pessoas se prendem muito ao certo, ao ter que fazer tudo no "tempo" certo, passamos uma vida tentando ser alguém decente e nos esquecemos de viver, esquecemos de dar valor as coisas certas, temos o hábito de achar que existe uma só direção certa, mas a verdade é que o meu norte, pode não ser o seu, meu tempo é diferente do seu, e eu já vi de perto o quanto que a "certeza" de anos leva segundos para desmoronar e se tornar arrependimentos, fiz essa tatuagem para tentar me lembrar que não devo me prender a medidas, que devo viver minha vida da maneira que EU achar apropriado.

E eu achando que não tinha mais como ele surpreender e novamente me peguei sorrindo, eu estava me sentindo leve.

Tenten: você é uma caixinha de surpresas, quanto mais pretende me surpreender doutor?

Ele arqueou a sobrancelha e me encarou intensamente, antes de dizer.

Neji: depende morena, quanto mais pretende me conhecer?

O jeito a qual ele me chamou, o jeito que a sua voz soou, oh Kami, você que me perdoe, pois eu havia dito antes, que se eu tivesse uma chance toparia, mas agora eu me sinto ainda mais tentada, ele não é só bonito, ele tem algo, algo que me envolve.

Tenten off.

Ele era razão, ela insanidade

Ambos acreditavam nos próprios ideais, tinham fé inabalável

Ele era o certo, ela a errada

Ela sabia que seria o mal caminho dele, que era a direção errada

Mas, ele decidia as próprias direções e os próprios passos

Ela era alguém perigosa, uma garota do submundo

Ele alguem correto, um homem que cura

Poderia ele curar as feridas dessa garota já sem expectativas?

Poderia ela se entregar a isso sem se machucar, ou o machucar?