História Smell of Death - Aeroporto part 1

Hinata on:

Tomei um banho rápido, passei um hidratante de lavanda, escolhi um vestidinho nó floral boho azul bebê, calcei uma rasteirinha branca de corda, desembaracei os meus fios e prendi uma mechinha para trás com um laço azul bebê, joguei minha franjinha levemente para o lado, passei um blush e um gloss de melancia, por fim passei um perfume de lavanda.

E assim que terminei de me arrumar recebi uma mensagem do Neji-nii falando que já havia chegado, peguei meu celular e  uma bolsinha de alça branca, já indo em direção a saída, me despedi de Sakura e logo peguei o elevador, eu e Sakura morávamos no 8° andar.

Assim que saí do prédio pude ver o creta prestige branco do meu primo, o Neji-nii estava escorado nele, enquanto mechia no celular, o mesmo usava uma calça sarja bege, camisa branca, devido a blusa ir só até o cotovelo, era possível ver a tatuagem que ele possuía no antebraço esquerdo, uma bússola metade relógio com uma flecha atravessando a mesma, a tatto era toda preta (a da capa), tênis branco e um relógio prata, seus fios naturalmente longos estavam soltos, devo dizer meu primo era realmente bonito.

Hinata: Neji-nii

Ele desviou o olhar do celular, o guardando e dando um sorriso leve pra mim, e me puxando para um abraço rápido.

Neji: Oi Hina, tudo bem?

Hinata: tudo, vamos?

Neji: hai.

Dei a volta logo entrando no veículo e pondo o cinto de segurança, Neji-nii fazia o mesmo, e logo já estávamos indo em direção ao aeroporto.

Neji: a Sakura ficou em casa?

Hinata: hai, ela estava querendo sair, mas como já tinha combinado em ir buscar a Hanabi.

Neji: aposto que ela irá aproveitar para comer besteira kkkkk, ela detesta cozinhar.

Hinata: sim! E é uma pena, pois a comida dela é realmente gostosa.

Neji: verdade, vai fazer plantão amanhã?

Hinata: sim, vou fazer um de 12 horas, amanhã cedo, 6 da manhã, e você?

Neji: ah eu tenho um hoje, outro de 24 horas, vou entrar as 18.

Hinata: você está fazendo muitos plantões de 24h Neji-nii.

Neji: eu sei, depois desse vou pegar uma folga de 48h, mas eu quero ver a situação daquele garoto, e como eu quase sempre trabalho na emergência, as coisas lá costumam ser agitadas.

Bem tanto eu quanto o Neji-nii e a Sakura éramos cirurgiões, mas tínhamos especialidades diferentes, a especialidade do Neji-nii era traumas, ou seja ossos quebrados, lacerações gerais e etc, e o índice de acidentes que resultam em fraturas era realmente grande, Neji cuidava de casos mais difíceis, como ossos quebrados em vários pedaços, ligamentos rompidos, tendões dilacerados, cirurgias sensíveis como na coluna e pescoço, Sakura era uma cirurgiã geral e pediátrica, ela lidava com cirurgias corriqueiras, como de apêndice, fraturas gerais, retirada de bala e objetos, e claro seus pacientes em grande parte eram crianças, já eu sou uma cirurgiã cardiotorácica uma especialista em órgãos internos, principal pulmão e coração, cirurgias muito específicas ou de danos muito extensos aos órgãos internos eram a minha especialidade.

Hinata: eu sei, as poucas vezes que fico na emergência, sei que tem dias dignos de real desespero.

Neji: rsrsrs sim e não podemos nos dar ao luxo de vacilar, pois um erro nosso pode ser equivalente a uma vida, realmente algo digno de desespero, acho que por isso que dizem que todo médico tem um parafuso a menos.

Ele falou meio risonho.

Hinata: sim kkkkk.

Logo já estavamos no estacionamento do aeroporto.

Neji: agora são 10:35, o vôo da Hanabi tem previsão para chegar as 11:10, ainda teremos que esperar um pouco.

Hinata: sem problemas, vamos indo.

Casa principal, 10:20

Naruto on: 

Já havia me arrumado para ir de encontro com meus genitores, eu estava com uma camisa social vinho, e um conjunto de terno e calça preto, gravata igualmente preta, sapatos sociais de verniz vinho, uma arma na cintura, como sempre e logo me dirigi a saída, a onde encontrei Tenten, a morena que como de costume iria me acompanhar, a mesma usava uma calça jeans preta com rasgos no joelho, coturnos pretos e uma blusa social de seda negra e como sempre tinha os fios presos em dois coques.

Normalmente na máfia exigimos um visual mais refinado e social, principalmente em eventos ou reuniões mais importantes, mas sabiamos que nem todos eram muito adeptos a esse visual, por isso eu e o Sasuke tendemos a ser mais flexíveis, além do mais não havia muitas mulheres na máfia, pelo menos não atuantes, então não existia realmente uma regra para as roupas dela, a máfia sempre foi muito machista, não tem nem três gerações em que soldados "fêmeas" fossem aceitadas, particularmente falando acho uma palhaçada, gosto de ter o domínio mas acho mulheres fortes realmente admiráveis, sou filho de uma, e bem a Tenten é um ótimo exemplo do que uma mulher é capaz, ela é melhor do que muitos machos da alcatéia.

Tenten: Alfa!

A morena se pronunciou enquanto se curvava, apenas olhei para ela e acenei rapidamente com a cabeça não enrolando para entrar no Cadillac One, a limousine com o total de 8 lugares, sendo os dois da frente, e os 6 da área vip, não era chamativa, era um modelo "simples" na cor negra, e era extremamente resistente, resistia a bala, explosões, tinha várias medidas preventivas e de emergências, além de é claro o conforto e luxo esperado, normalmente era esse o "carro" que eu e o Sasuke usavamos para sair juntos, ou acompanhados de seguranças.

Um outra carro bem mais simples, um chevrolet suburban vinha atrás, neles estavam alguns membros da alcatéia, atentos a tudo, Tenten estava no mesmo carro que eu, na parte da frente ao lado do motorista Iruka Umino, ele já era uma cara mais velho já estava no auge dos seus 42 anos, eu tinha muita simpatia pelo mesmo, pois apesar da aura sempre leve e a expressão sempre tranquila e até gentil, era um piloto de fuga nato, guiava um carro como ninguém, independente do modelo ou tamanho, se tinha alguém para confiar as minhas rotas e se necessário uma perseguição seja no papel de presa ou predador esse alguém era o Iruka.

Naruto: Iruka, direto para o Aeroporto Internacional Haneda.

Iruka: sim boss.

O trajeto foi silencioso, aproveitei o tempo para mexer em meu celular, meu braço ainda estava dolorido, afinal ainda não havia se passado nem 4 dias, mas já estava bem melhor, de qualquer maneira na terça eu terei de retornar ao hospital para tirar os pontos, me pergunto se verei aquela doutora novamente…

Não nego a morena era realmente bela, e parecia bem jovem, então realmente deveria ser competente para trabalhar naquele hospital, pois apesar de eu não ser muito adepto a hospitais, com certeza se eu e o Sasuke fossemos frequentar um, sem sombras de dúvida seria aquele, é o melhor hospital de Tokyo, consequentemente um dos melhores se não o melhor do Japão, é nele que a família imperial se consulta quando necessário.

Não demorou para que já estivéssemos estacionados no aeroporto.

Desci do carro sendo acompanhado pela morena de coque, Rock Lee um moreno alto de 1,80, de cabelo extremamente liso e sobrancelhas grossas, que usava uma calça jeans preta, coturnos preto e camisa manga longas pretas, saiu do outro carro, veio até mim se curvando.

Lee: Boss!

Lee é outro soldado do esquadrão do Gaara, assim como Tenten ele costuma nos acompanhar, ao contrário da morena que é uma especialista em armas, Lee é um especialista em luta corporal, um dos melhores da alcatéia, por isso apesar de ser do esquadrão do Gaara, vira e mexe Itachi pede a Gaara para pode pegar o Lee "emprestado". 

Normalmente quando estávamos em local público éramos chamados de boss ao invés de Alfa, e alguns membros também preferiam nos chamar de boss mesmo em outros ambientes, isso não era problema, pois ambas as formas demonstravam respeito.

Cumprimentei o moreno com um aceno de cabeça, e passei a andar tendo os dois morenos um pouco atrás me acompanhando.

Meus pais estavam voltando da alemanha, foram passar umas "férias", assim que eu e o Sasuke assumimos, a cerca de dois anos, nossos pais os antigos Alfas aproveitaram para relaxar, inclusive já tinha algum tempo em que meus pais decidiram, dá uma "volta ao mundo" para ser exato estavam fora a 5 meses, Tia Mikoto e Tio Fugaku estavam fora a menos tempo, iria completar 2 meses na próxima semana.

Olhei em meu celular, ainda são 10:45, o vôo deles está marcado para chegar às 11:15, ainda tenho um tempo livre.

Fui para mais perto da área de desembarque e resolvi aguardar por ali, Tenten e Lee ainda estavam por perto, fazendo guarda.

Estava tudo tranquilo, até um grito ser ouvido, e uma mulher cair de joelhos, gritando que havia sido roubada e que o marginal estava armado com uma faca, e um homem começando a correr desesperado.

Tenten: Senhor?

Olhei para a morena ao meu lado e acenei com a cabeça, logo vendo a morena iniciando uma corrida atrás do marginal.

Não sou herói, aliás não somos, mas todos sabem que a máfia foi criada para o povo, e por mais que hoje a estrutura principal tenha mudado muito, que a nossa soberba e arrogância tenha aumentado, ainda sim não estamos contra o povo, não podemos, fazemos justiça aos injustiçados, protegermos os fracos, somos arrogantes ao ponto de sermos a própria lei, mas acredite atrás de toda essa arrogância a força o bastante para cumprir aquilo que nosso ego exagerado grita.

Neji on:

Estava tudo bem, eu estava próximo a pista de desembarque, Hina tinha ido na lanchonete, até eu ouvir um grito e ver um sujeito correndo com o que parecia uma carteira de grife na mão e logo em seguida uma morena de… Dois coques?! Passou a correr atrás dele, ao notar que estava sendo perseguido em uma medida desesperada ele puxou uma garotinha ali perto que não deveria ter nem 9 anos e colocou uma faca em seu pescoço.

Fdp: NÃO SE APROXIME, SE NÃO EU MATO ELA.

Pronto, isso foi tudo o necessário para a gritaria começar, o alarme do aeroporto soar, a menina começou a chorar gritando pela mãe, essa que implorava desesperada para o filho da p*** soltar ela.

A morena que perseguia ele, parou em frente a ele, cerca de um metro de distância.

Morena: acalme-se…

Ela falava um tom calmo e realmente não aparentava alteração alguma.

Fdp: CALA A BOCA… SE CHEGAR MAIS PERTO EU MATO ESSA MENINA…

Observei a garota respirar fundo e murmurar um "o inferno" dando um passo em direção a ele, com as mãos levantadas.

Fdp: SE AFASTA!

Morena: olha estou desarmada._ ela falou tirando uma arma da cintura e pondo no chão, quem será ela, para andar armada?_  solte a garota, troque ela por mim…

Ela só podia ser louca, o homem olhou para ela.

Fdp: NÃO, SE AFASTA.

Morena: veja bem, ela é uma criança, caso a machuque, não, se você realmente mata-la, no momento em que fizer isso, será alvejado por balas de diferentes direções, o aeroporto já esta trancado, ninguém entra ou sai, nenhum avião pode decolar ou aterrissar, e se não for morto a bala, no momento em que pisar na prisão, que os presos souberem que matou uma criança inocente, sua vida será um inferno, não, inferno será onde você irá querer está pois sua vida dentro da prisão será muito pior…

 Fdp: CALA A BOCA… CALA A BOCA

O homem pressionou a faca mais forte, fazendo um pequeno corte na menina, droga, droga, droga, se ele continuar a cortar daquele jeito, vai esquartejar a garota, e não dará tempo de fazer nada.

Morena: eu sou adulta, se me trocar por ela não será tão cruel, matar uma mulher adulta é mais tolerável, principalmente alguém da lei, você será até vangloriado e mesmo se for preso terá uma vida tolerável…

Fdp: ISSO…

Era uma completa mentira, pois caso ela de fato fosse policial, se ele a matasse poderia até ser adorado pelos presos mas seria condenado pela força policial que se o mantivessem vivo, fariam questão de fazer a vida dele um inferno.

Dava para ver que o homem estava nervoso, seu olhar vacilou quando olhou para a menina, a mão que segurava a faca estava trêmula, machucado ainda mais a derme sensível do pescoço da menina.

A morena de coque deu mais alguns passos…

Morena: vamos… Me troque pela garota, por favor…

A voz dela ainda era calma e sua expressão ainda não demonstrava nada.

O homem a encarou mais uma vez, encarou a garotinha, e quando a morena de coque estava próxima o bastante ele largou a menina, puxando a morena pelo braço, já posicionando a faca, mas um pouco antes que pudesse completar o movimento a morena de coques reagiu, levando um corte na clavícula, ela inverteu a posição, o segurando pelo braço fazendo ele soltar a faca, e o puxando, usando uma de suas pernas para fazer ele perder o equilíbrio e no instante seguinte ela havia o puxado por aquele braço o jogando no chão de barriga para cima, ela "caiu" em cima dele com uma joelhada direto no estômago, fazendo o homem arfar de dor no chão, com uma movimento rápido das duas mãos ela pegou a cabeça dele e torceu, foi possível ouvir um estalo e pronto, ele havia ficado inconsciente…

A garotinha que antes era a refém correu para os braços da mãe, chorando, e foi nessa hora que eu reagi.

Me aproximei rápido da menininha e da mãe.

Neji: sou médico, deixe-me ver a situação de seu pescoço, hum?

Falei de maneira mansa, não querendo assustar a garotinha, a mãe dela que ainda chorava acenou com a cabeça, me ajoelhei para ficar em uma altura mais próxima da mesma, e ergui a cabeça dela, para poder observar melhor o pescoço.

Um segurança do aeroporto se aproximou de mim, com uma maleta de primeiros socorros.

Segurança: o Senhor é médico?

Neji: hai, Doutor Hyuuga Neji, trabalho no hospital Hanaki no Hana.

Falei sem realmente o encarar já pegando a maleta em sua mão, ainda observando cuidadosamente o pescoço, sabia que a simples menção do meu sobrenome e hospital seria o suficiente para transmitir segurança ao homem ao meu lado, por sorte o ferimento não foi profundo, peguei um pouco de algodão, encharcando ele no álcool e limpando a ferida, a menina chorou mais e deu um gritinho, eu sei que ardia, mas aquilo era necessário, após limpar o ferimento, peguei outro algodão agora o embebedando de um analgésico coagulante e voltando a passar na ferida, após passar o remédio, coloquei algumas gases, e passei uma faixa ao redor do pescoço da mesma.

Neji: ela vai ficar bem, o corte foi superficial, apenas mantenha a ferida limpa, e mantenha enfaixado até cicatrizar.

Falei encarando a mãe da garota que abraçou forte a menininha e ainda chorando me agradeceu.

Mulher: o..obrigado.. Obrigado.. Doutor.

Acenei com a cabeça e levantei, fiz um carinho leve na cabeça da garotinha antes de me afastar, voltando a olhar para cena anterior, vi alguns seguranças ao redor do homem e fazendo perguntas a morena que pressionava o ombro com força.

Segurança: você matou ele?

Morena: não, ele está apenas desacordado.

Segurança: a senhorita é da força policial?

Morena: não senhor, sou apenas uma segurança, estou acompanhando o meu patrão, falei aquilo somente para influenciar ele a soltar a menina.

Segurança: sabe que o que você fez foi muito arriscado, certo?

Quem respondeu essa pergunta não foi ela e sim um loiro alto que usava uma roupa aparentemente cara que se aproximou.

Loiro: peço perdão senhor, mas a minha segurança só fez o que achou ser o certo, e ela teve a minha permissão, se algo desse errado a culpa seria inteiramente minha, mas não se preocupe, apesar de ser uma segurança, ela tem treinamento especial, tendo autorização até mesmo para fazer a guarda da família imperial, e pelo visto tudo foi resolvido sem maiores problemas, certo? E novamente em nome da família Uzumaki, eu me desculpo.

O segurança arregalou os olhos ao olhar para o homem à sua frente, se curvando rapidamente.

Segurança: não senhor, eu que me desculpo, não sabia que ela era segurança da família Uzumaki, eu quem agradeço por ter lidado com a situação.

Uzumaki? Eles realmente eram influentes, a simples menção do seu nome fez o segurança mudar totalmente a postura.

Loiro: você se machucou, está muito ruim?

Foi só aí que eu lembrei o que iria fazer, bem a morena já bancou a heroína, e está na hora de eu fazer o que eu sei muito bem como fazer.

Me aproximei do loiro e da morena que me encararam.

Neji: eu sou médico, Hyuuga Neji, se não se importa posso olhar o ferimento?

Perguntei de maneira séria, o loiro a minha frente me encarou um pouco antes de falar.

Loiro: Por favor, não diria que é um prazer, mas Uzumaki Naruto.

Morena: Mitsashi Tenten.

Acenei com a cabeça já me aproximando da morena, quando ouvi uma voz conhecida.

Hinata: Neji-nii??