História Snow Kingdom - Capítulo 17

Amália...

 Desde o dia que Amélia sumiu, o Reino ficou triste. Todos sentiram falta dela. Quando acordo toda manhã, torço para que fosse só um pesadelo, mas quando vou ate o seu quarto e não vejo ninguém, a realidade toma conta. Mamãe está tão triste, não come direito, não dorme, anda cabisbaixa. Ela não consegue esconder sua tristeza. 

Eu entendo ela, porque também estou assim. Mas eu sinto que Amélia anda vai voltar para casa. Que ainda vou abraçar minha Irmã. Talvez seja só a minha vontade de não aceitar a realidade, Mas prefiro pensar que ela está viva. 

(...)

Desço as escadas para fazer o café da manhã, mas só sento na mesa para não irritar papai. Olho a comida, Mas nao Tenho ânimo para comer.

Alfred: - Amália se você nao comer vai ficar fraca. 

Amália: - Não estou com vontade de comer. 

Alfred: - Só porque a Amélia morreu o mundo não vai parar. - Como ele pode falar isso. Era a filha dele.

Aurora: - Acame-se querido. Ela sente falta da irmã. Todos estão sentindo falta de Amélia.

Amália: - Pois o meu mundo parou. Com licença. - Saio da mesa 

Aurora: - Respeite seu pai Amália. - Finjo que não escutei.

Alfred: - Eu nao permite você sair Amália. 

Ando o mais depressa possível para o papai não me alcançar. Não estou a fim de levar um castigo. 

Não sei de onde tive coragem de o desrespeitar assim. Nunca levantei uma só palavra para ele. Mas ele falou aquilo de Amélia, parece que o senhor rei nao tem coração.

(...)

Ando para o lago do Castelo para passear um pouco, colocar minhas ideias e minha mente no lugar. 

Sento no chão e fico jogando algumas pedras no lago. Hoje o dia está bem ensolarado. Está um ótimo dia para um piquenique, se Amélia não estivesse sumido. 

Tenho a impressão que Henrique sabe de algo, ele anda tão estranho. Quando pergunto de Amélia ele finge que tem algo para fazer. Também pode ser coisa da minha cabeça. 

(...)

O dia hoje parece não querer passar, já fiz tanta coisa e a noite nao chega. Vou para a biblioteca, já acabaram a reforma. Tem vários livros novos. Estou ansiosa para ler. Entro e vejo Albet la, ele está concentrado lendo um livro. O livro é todo preto. 

Tento passar despercebida, mas acabo derrubando um pilha de livros que estava em cima da mesa. Albert olha pra mim.

Amália: - Pode continuar com a leitura. Não vou atrapalhar mais. Prometo. 

Albert: - Estava de saída mesmo. - ele ia saindo com o livro. Estou curiosa para saber do que se trata.

Amália: - Posso saber do que se trata esse livro? 

Albert: - Sobre reinado. Nada de mais. - Ele tenta esconder o título.

Amália: - Deixe-me vê. - Falo andando para pegar o livro. 

Albert: - Nosso pai que pediu ele. Tenho que levar. - Ele está me escondendo algo

Amália: - Prometo devolver logo 

Albet: - Mas...

Amália: - Vamos lá Albert

Ele acaba cedendo e me entregando o livro. O título era "Sobrenaturais", papai nunca deixou a gente ler esses tipos de livros quando criança. Falava que podíamos acreditar realmente que existiam. 

Abro o livro é leio a primeira frase.

"Acreditam que seres sobrenaturais existem? Se a resposta for não, eu nao diria isso se fosse você. Essas criaturas são as ..."

O livro é arrancado de minha mão. Olho e vejo papai furioso de raiva. Por que ele está assim?

Alfred: - Já falei que nao quero vê vocês lendo esses livros. - Não entendo. Não somos mais crianças para acreditar que eles realmente existam. 

Amália: - Não temos mais idade para acreditar que eles existem.- Falo com medo de levar uma bofetada de papai

Alfred: - Se vocês lerem de novo esses livros, vocês vão ser castigados. - Ele sai soltando fumaça. 

Albert: - Não entendo nosso pai 

Amália: - Nem eu.

(...)

Fomos para o salão de refeições. Sentamos na mesa calados. Comi um pouco e depois fui para meu quarto. 

Tomo um banho e vou para a cama. Torço para que Amélia venha logo para casa. E que todo esse pesadelo passe. Logo o sono vem e adormeço.