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História Só mais um contatinho? - A vingança nunca é plena!


Escrita por: estherco

Notas do Autor


chegay! tudo bem com vcs?

mais um capítulo pra passar raiva com esses dois kkkkkkkkkk prontes?

ah! teremos só mais dois capítulos do ponto de vista do kacchan, os cinco últimos serão narrados no pov do deku, preparem o coração hihi

boa leitura ♡

Capítulo 3 - A vingança nunca é plena!


Fanfic / Fanfiction Só mais um contatinho? - A vingança nunca é plena!


Katsuki Bakugo


— KATSUKI! EI! 

Continuei correndo, como se minha vida dependesse disso. E dependia. Porra, eu sei que eu não vou resistir a você, mas não precisa ferrar minha dignidade assim. Eu acabei de dizer não, não me faça voltar atrás tão rápido. Sem fôlego, parei de correr, sentindo minhas pernas perderem a força. Tô sedentário pra porra, hein. Sentindo meu corpo pesar toneladas, eu tentei acalmar minha respiração, que tava descompassada por causa da minha correria. E aquela exaustão nem era física. Provar do próprio veneno é muito ruim, tô cansado. Queridas pessoas que eu machuquei ao longo da vida, parem de jogar energias negativas pra mim. Eu já sofri o bastante, tá? Sério. Não podemos chegar logo naquela parte onde eu supero o Midoriya e ele volta chorando implorando pelo meu perdão? Por favor.

— Katsuki, vamos conversar.

Merda, ele me alcançou.

Não me virei para olhá-lo, eu já tava chorando, né. De raiva, desespero, ódio, tristeza, tudo junto e misturado. E eu nem sabia onde eu estava, porque saí correndo sem rumo, como se estivesse fugindo da polícia ou algo assim. Meu senso de direção não era dos melhores, eu vivia me perdendo pelo campus, mas eu queria que ele saísse dali e me deixasse em paz, mesmo que eu não acertasse voltar para biblioteca! Na verdade, não queria isso. Quando o assunto é querer, a única coisa que eu queria era ele. Só pra mim. Queria que ele me amasse de volta, só isso. Puta que pariu, eu virei o que eu mais odiava: um romântico dramático, meloso e grudento.

— Katsuki, olha pra mim.

Vai se foder, merda. Sai daqui.

Quando soltei o primeiro soluço, desisti de tentar 'engolir' o choro e me permiti desabar ainda mais. Eu sentia meu corpo inteiro tremer, minha mente me bombardeava com memórias de todos os momentos que o Izuku feriu meus sentimentos nesses oito meses de relação. O pior é que, na verdade, ele nem tinha culpa. Merda. Eu nunca falei como me sentia, eu queria o quê?! Porra. Eu sou um fodido. Estava prestes a gritar como um louco quando, de repente, senti os braços dele me envolverem. Senti aquele cheiro tão gostoso, tão dele. Senti o calor do seu abraço me aquecer por inteiro, derreter todas as minhas defesas, abalar todas as minhas estruturas.

O amor é algo tão fodidamente brutal e tão… suave. Ao mesmo tempo. 

— Vai ficar tudo bem.

Não vai, merda. Não vai.



Me encarei no espelho do banheiro, soltando um murmúrio de desgosto quando vi meus olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. Havia acabado de tomar um banho, nem tinha me vestido ainda. O Midoriya me trouxe pra casa dele, em algum momento que não sei bem. Odeio admitir, mas eu fico bem desnorteado quando choro. Acho que, de tanto eu reprimir essa merda, quando eu resolvo me permitir, o choro decide cobrar juros e daí… Daí acontece essa desgraça, né. Perco até a noção de tempo e espaço.

— Katsuki, cê tá bem?

— Que merda, seu porco do caralho. Vê se me esquece, seu filho da puta.

Ouvi ele soltar uma risadinha. 

Meu coração falhou uma batida.

— Se já está me xingando, acho que está se sentindo melhor. Isso é bom.

Abri a porta do banheiro, ele tava ali. Parado. Sem camisa, exibindo a porra daquelas tatuagens enormes que o deixava um tremendo gostoso. Também tava com um pano de prato no ombro e uma faca na mão, porque fazia algum tempo que ele estava na cozinha fazendo algo bem cheiroso. Bem, eu ainda tava peladão e provavelmente estava de boca aberta, quase babando. Ele era tão gostoso, puta merda. — Apague essas memórias da sua cabeça ou eu vou arrancar sua cabeça fora, sacou? Tu nunca me viu chorar. Isso aqui nunca aconteceu. 

— Chorar é normal, Kacchan.


Travei.

Sério, eu literalmente travei.


Senti como se todas as células de todos os átomos do meu corpo tivessem parado de funcionar, ao mesmo tempo. Kacchan?

Ele falou… Kacchan?! Não, não. 

Não é possível.


Ou é?!


Izuku suspirou, decepcionado. — Pela sua cara, você realmente não sabia. 

Que merda tá acontecendo aqui?! O que diabos ele… Ele…Não, não pode ser. Franzi as sobrancelhas, meio irritado e muito confuso. Não tinha a mínima condição desse gostosão aqui ser aquele nerd magricela que eu infernizava no fundamental, né?! Ou tinha…? Continuei calado e parado, esperando ele me dar alguma explicação. O Midoriya só murmurou um "se vista" e virou as costas pra mim, enquanto pedia para que eu fosse na cozinha depois de estar vestido. Terminei de me secar rapidamente, vestindo as roupas que ele me trouxe. Era um pijama de tangerinas. Tão laranja que chegava doer os olhos, porra. Que brega.

Assim que me vesti, peguei meu celular no bolso da minha calça, pra ir no grupo avisar aos alecrins dourados onde eu tava. Acabei rindo ao ver que tinham mudado o nome do grupo de novo. Esses porra não se aquietam com um nome só nunca. 


'odeio lgbts povo desgraçado'


ei


pikachu: FINALMENTE

pikachu: cadê tu??


tô na casa do porco


kpopper chato: puta merda

kpopper chato: eu não acredito


pikachu: bakugo?? namoral, vey

patroa: eu vou te matar, sério


PRA CONVERSAR, PORRA


patroa: bakugo eu juro pra vc que se vc não abrir o jogo sobre como se sente com esse merda, eu vou fazer picadinho de vc



gay másculo: isso tá sendo uma relação abusiva, vc mais do que ngm sabe disso.

gay másculo: tu viu sua mãe se divorciar do merda do seu pai, cara. 


pikachu: usa ponto final não, kiri

pikachu: é coisa de webdom


gay másculo: ????


patroa: já perderam o foco?!


kpopper chato: olha, pra mim vc devia colocar laxante na comida dele

kpopper chato: nem precisa conversar


pikachu: rt no sero


patroa: sim

patroa: e qualquer coisa me avisa que eu arrumo uma galera pra bater nele


pikachu: MINA KRKFJFKFKKKKKKK


gay másculo: o desvio de caráter desse grupo aqui tá demais KKKKKKKKKKKKK


exagerados da porra

tchau, depois eu conto como foi



Desliguei o celular, ajeitando as roupas e enfiando tudo na minha mochila. Joguei ela no sofá e fui em passos apressados até a cozinha. Acabei rindo baixo ao notar que a cozinha do Izuku parecia a cozinha da minha avó. Ele cobria o bujão com aqueles forro cheio de frufru, sério! As embalagens pra temperos e condimentos também eram todas efeitadinhas. E quase tudo ali era na cor verde e branco. Palmeirense fanático. 

— Você tá realmente prestando atenção na cozinha. Bem, eu gosto muito de verde. — Apontou pro cabelo tingido, rindo. — E não é só por causa do Palmeiras.

— Não perguntei nada. Tsc.

Ele fica todo fofo falando sobre as coisas que ele gosta. Argh, não sei lidar.

Midoriya sentou-se na mesa, me servindo um pouco de arroz. Depois colocou strogonoff e batata palha. Porra, é um dos meus pratos favoritos, mas ele disse que detesta. Foi feito especialmente pra mim? Serviu meu copo com Pepsi. Ele preferia Coca-Cola, eu que gostava de Pepsi. E a gente tá na casa dele. Ah, de novo, nós chegamos naquela parte onde ele alimenta minhas esperanças me tratando como se eu fosse especial, pra depois eu me tocar que tudo isso não passou de uma gentileza que ele teria com qualquer outro?! Ah shit, here we go again.

Izuku sorriu, de novo. — Coma primeiro, depois a gente conversa. Ok? 

Senti meu coração se aquecer, ele tinha um sorriso tão… tão… Ah, merda.

— Tenho nada pra conversar.

Ele não me retrucou, então finalmente comecei a comer. Muito bom, bom pra caralho. Era a primeira vez que eu comia algo feito por ele. Senti minhas bochechas corarem com o pensamento, e baixei a minha cabeça, fitando apenas o prato e tentando terminar de comer logo. Nem fudendo que eu deixaria ele me ver assim todo boiolinha, só por causa de um prato de comida. Ouvi ele dar risada e mais uma vez, senti meu coração dar uma travada. 

Inferno de risada gostosa de se ouvir. Porra, estar apaixonado é uma droga, cada mínima ação dele me afeta pra caralho.

— Eca, Strogonoff é ruim. Como tu gosta? Você tá comendo como se fosse a coisa mais deliciosa do mundo. 

— Seu paladar é uma merda.

Izuku riu de novo. Mas dessa vez, parecia uma risada meio forçada. — A gente continua tão diferente um do outro, Kacchan. Isso foi a única coisa que não mudou, né?

Me forcei a engolir a última garfada que levei à boca, tendo dificuldade para digerir a informação que acabei de comprovar. É, ele realmente é o magricela nerd que eu infernizava. Merda, merda. O karma realmente não tem dó nem piedade, puta que pariu. Fiquei alguns minutos encarando ele em silêncio, sem saber como reagir. Se eu tivesse no lugar dele, acho que eu teria me feito em picadinhos e dado pros urubus comerem. Tinha veneno nessa comida não, nera? Porque, tipo. Porra. Sério, eu era uma criança do capeta, eu não deixava o coitado em paz. 

 — Você? É o… Deku? 

Ele sorriu. — Por que tanta surpresa, Kacchan? Eu não mudei tanto assim.


Ele vai… me matar?

Ou algo pior?!


Porra, que caralho.

A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena. Seu Madruga nos ensinou isso, hein!



Notas Finais


proibido falar mal de strogonoff nesse chat, sujeito a paulada! kkkkkkkkkk

vcs tem grupo no zap com amigues? qual o nome? sou curiosa 👀🌿

enfim, desculpas pelos possíveis erros e muito obrigada a quem leu <33


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