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História So Numb - A Ala


Escrita por: Xmoniqu3

Notas do Autor


oi meus bb como vcs vão é nois

Capítulo 44 - A Ala


Abri meus olhos. Rapidamente um borrão do que haverá acontecido antes de eu apagar, veio em minha mente, levantei meu corpo rapidamente, percebendo estar em algo parecido com um quarto hospitalar, porém, mais antigo.

- Ela acordou. – Disse uma enfermeira adentrando o quarto.

Fui levantar meus braços, percebendo então que estava amarrada. Então, um homem barbudo, com um brinco em uma das orelhas, usando óculos e cabelos até os ombros, adentrou a sala.

- Olá Elle, eu sou o Dr. Johnny. Bom... Primeiro, devo te dizer que, geralmente não amarramos nossas pacientes. No entanto, você estava se esperneando até apagada. Ou você é muito energética, ou é perigosa, não sei. – Ele soltou uma risada.  – Agora, devo te dizer que, eu sei. Eu entendo, que parece que você está presa. Mas você está aqui para melhorar. E bem, você tem um tempo aqui, e não é recomendado que saia até estar melhor. Então, você não precisa tentar fugir. Até porque, se ficar fazendo isso, aí sim que será necessário te amarrar. Mas, fique ciente que, ninguém vai te machucar aqui. Nem mesmo você mesma.

Permaneci em silêncio, o olhando enquanto a enfermeira me desamarrava. Mexi meus pulsos e me sentei com os pés descalços já tocando o chão. Fiquei analisando minhas meias brancas.

- Ah, bem. Elle. Seus pais colocaram você aqui, pois acreditam que você é um perigo a si mesma. Com tentativas suicidas e automutilação intensa. Não acho que seja um perigo. E sim, que quer se libertar. – Ele se sentou ao meu lado. – Mas essa não é uma forma de se libertar, Elle. Bom. Venha, te levarei para conhecer a ala.

- Eu... Não tenho sapatos? – Perguntei.

- Ah, bem. No seu caso, é recomendado não manter com você nada do qual lhe permita se machucar.

- Como vou me machucar com um sapato? – Perguntei cínica.

- Sei lá. Eu não faço as regras, mocinha. – Disse ele, levantando-se. – Agora, venha.

Levantei-me e fui o seguindo. Ele me mostrou alguns lugares ali, havia a sala de visitas, a sala de visitas monitoradas (para pacientes perigosos), sala de “lazer”, que consistia em, livros, bancos e sofás, alguns instrumentos musicais e outras coisas para passar o tempo. E por fim, os banheiros, o refeitório, a “sala de conversa”, que é onde temos nossa conversa com o psiquiatra, e os dormitórios. Levando-me ao meu.

- Onde eu estou? – perguntei, parada em frente à porta do meu dormitório... Como isso era estranho.

- Na ala psiquiátrica de um hospital.

- Um hospício?

- Não, uma ala psiquiátrica.

- Por que não estou em um hospício?

- Hospícios são para doenças mentais... Mais graves, digamos. Casos como o seu. Vêm para cá, para estudarmos e ver se... É curável, ou passageiro. E... Acredite em mim, é bem melhor vir para cá. As alas são mais limpas, têm um ambiente melhor, e são bem mais confortáveis para o paciente.

- Ah...

- Bom. – Ele bateu na porta. Esperando a mesma ser aberta, por uma garota pálida de olhos claros e cabelos escuros. – Essa, é sua colega de quarto. Lauren.

- E aí xará. – Disse ela meneando a cabeça.

- Lauren está acabando seu tratamento, e logo, ela vai voltar para casa, não é?

- Estou quase sã e salva. – Sorriu ela, sem ânimo.

- Bom. Vou te explicar como são as coisas aqui. Você no momento está usando as roupas da ala, mas, seus pais podem trazer uma troca de roupas para você. Você tem direito a uma ligação livre por dia. Porém, tenha em mente que as ligações são monitoradas, não dá pra você pedir socorro. Durante a primeira semana, visitas não são recomendadas. Depois, você têm três dias de visitas, que, inicialmente são na sala monitorada, mas ao mostrar progresso, você já evolui para a sala de visitas junto com outras visitas. Visitas íntimas, como, membros da família que nós identificamos como cruciais estarem presente na sua vida, tem a liberdade de passar tardes aqui, até na sala de lazer, caminhar pela ala, etc. Fora isso, são liberadas até duas horas de visita. – Ele deu uma pausa para olhar em sua prancheta.

- Acredite, você percebe quem são as pessoas cruciais quando está aqui. – Disse Lauren. Jhonny a olhou. – Durante meu tempo aqui, só o meu ex veio me visitar. Por que ele se sentiu culpado.

- Enfim. – Cortou Jhonny. – Temos horários aqui. Os despertadores tocam pelas 8h, temos o café, e a manhã é livre, às 12h é o almoço. Após isso, temos várias atividades todos os dias, você tem que fazer pelo menos uma por dia. Ao fim da tarde, jantamos e então temos nossa União. Nos unimos todos na sala de lazer, para bater papo. O toque de recolher é as 22h, e até lá, você pode fazer o que quiser. – Ele deu outra pausa. – Ah, bem. Nós estimulamos e apoiamos muito os relacionamentos aqui dentro, qualquer tipo do mesmo. Só é proibido, entrar em um dormitório do sexo oposto e manter a porta fechada. Ah... Os corredores são monitorados por câmeras.  Bom... Você tem uma consulta três dias na semana, e às vezes, consultas de última hora no sábado. Você recebe um diário, da qual você escreve o que sente, e como se sente, diariamente. É crucial que você escreva para seu próprio desenvolvimento. Acho que é isso, pequena Elle. Vou lhe deixar agora nas mãos de sua colega de quarto.

Jhonny me deu um toque na mão e se afastou cantarolando uma música.

- O que ele é aqui? Supervisor? – perguntei.

- Não, ele é o psiquiatra. – Disse Lauren, abrindo mais a porta, sinalizando para entrar. – Ele não parece, né?

- Definitivamente. – Sentei-me na cama, vendo ali, uma sacola de pano com roupas dentro.

- Nenhum zíper, pois pode se machucar. Papel, pode se cortar, plástico, pode se sufocar. – Comentou Lauren, me observando olhar para a sacola de pano.

- Ah, tá.

- Olha. Voltando a falar do Jhonny, ele é a melhor pessoa que você pode ter o prazer de conhecer. Sério. – Disse ela. Assenti com a cabeça. – Você não é de falar muito né? – Neguei com a cabeça.

- Só têm adolescentes aqui? – perguntei.

- Não, pois, aqui é como uma clínica de reabilitação sabe, tipo... Nos hospícios, tem gente de tudo quanto é tipo, psicopatas altamente violentos, esquizofrênicos, e tudo mais. Aqui, é meio que só gente que sofre com depressão, e alguns sociopatas com problemas de disciplina na escola que foram mandados pelos pais para serem melhores estudados. A maioria, realmente é adolescente. Mas tem gente de todas as idades. Somos os casos ainda não totalmente perdidos. – Explicou ela. Sorrindo.

- Ah.

- Você tá aqui por causa dos... – Lauren sinalizou com as mãos retilíneas no rosto, referindo-se aos meus cortes na bochecha.

- É... E você?

- Ah... A história é longa.


Notas Finais


Guys, só vim dizer que estou no ápice de minha tristeza. Só estou tirando nota raspando na média, e em matemática, eu, realmente, tomei legal no cu. Entendi caralho nenhum na porra daquela folha cheia de número. Eu realmente não sou nem um pouco boa na área dos números. Fico nas artes que eu me dou melhor. Sad.


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