História Só um acordo - Nunca vou te esquecer

Jen's POV

Acordei meio dolorida por ter dormido no chão do meu quarto. Estiquei as costas sentidno a dor me atingir de imadiato, tenho que me lembrar de nunca mais dormir no chão. Eu me lembrei do que tinha acontecido na noite anterior e me levantei correndo pra ir atrás de Mike.

Passei pelo corredor e fui direto para o quarto dele.

- Michael! - abri o a porta. Ele não estava lá.

Corri direto pra sala. Eu esperava ver Mike lá, mas só o que tinha eram as roupas que eu tinha comprado pra ele e a guitarra, a guiatarra que eu dei pra ele no primeiro dia que nos conhecemos.

Parece que foi ontem que eu dei essa guitarra pra ele, eu nem acredito nisso. Todas as coisas estavam organizadas em cima do sofá, a guitarra estava por cima de tudo, e tinha um papel em cima de tudo.

Peguei o papel e passei a ler o que estava escrito.

"Jen, ontem você me magoou muito, mas não é isso que eu vou falar.

Eu resolvi sair enquanto você dormia pra não causar transtorno com a sua cabeça. Eu não to levando nada que você me deu, acho que a única coisa que eu não consegui pegar de volta foi o meu coração que ficou com você. Cuida dele ta?

Eu vou cuidar para que nós nunca mais nos encontramos, você pode fingir que eu não existo, vai ser exatamente desse jeito. Confesso, ainda amo você, mas vou tentar cuidar dos meus surtos de depressão como você disse, talvez isso me ajude, ou não, quem sabe.

Então... Adeus, e eu amo você.

Michael."

Desde que comecei a ler, as lágrimas se iniciaram em meu rosto, eu não podia controlar minahs emoções agora. Eu acabei com meu namoro, eu magooei meu namorado, eu sou um lixo.

Caí no chão de joelhos e continuei chorando sem parar. Nunca mais veria o Michael, que fardo nas costas. Eu queria meu garoto de cabelos azuis, eu queria beijar ele e dizer que estava tudo bem. Meio tarde ora pensar isso, mas eu queria. Eu queria ter ele dormindo comigo de novo, lendo os livros que eu leio junto a mim na cama. De noite a gente se amaria. Isso não passava apenas de um passado, e agora também era um sonho.

(...)

3 meses...

Eu nem sei quanto tempo eu passei chorando sem conseguir dormir. Fui buscar Eliza na escola durante esses três meses e eu não vi nem rastro dele. Eliza me disse que ele ia na escola sim, conversava meio triste com os meninos, mas ele tavs tentando se reerguer de novo.

Fui no café pra ter a companhia de Mary, mas não ajudou muito, ela falava apenas da própria vida. Todo esse tempo eu passei meio distraída sem saber como eu ia ler aqueles textos, eu estava destruída. John disse que eu podia dar um tempo, eu expliquei a situação pra ele e ele até me ofereceu o ombro pra chorar. Eu recusei, até porque John é casado e eu não estou afim de enfrentar outro problema.

Foram três meses difíceis, eu não sabia onde meu amor estava, mas eu queria falar com ele. Ele tinha bloqueado meu número, nenhuma rede social eu podia conversar com ele. Ele desapareceu do meu mapa.

Resolvi um dia pegar as roupas dele e guardar, tive uma surpresa enorme quando senti o cheiro dele em uma das blusas. Senti meu corpo tremer com o cheiro dele, tinham sido três meses muito difíceis. Pode parecer coisa de livro, ou fanfic, mas eu dormi com a blusa dele, afinal a casa e o quarto eram meus.

Pela primeira vez me senti confortável e consegui dormi. Uma noite de sono, er aisso que eu precisava. Não era como sentir ele me abraçando e me dando proteção, mas serviu para a minha escassez de carinho. Por um tempo eu domri bem.

(...)

Recebi uma ligação de Mary, ela me disse pra ir encontrar ela no apartamento de Katie, eu fui mesmo estando desanimada. Não estava muito bem desde o meu término com Michael. Mas eu tinha que voltar a viver minha vida, não podia me destruir por um relacionamento.

Dirigi prestando atenção mais em meus pensamentos do que na própria pista, coisa que eu não deveria fazer, mas como eu sou bem teimosa comigo mesma eu estava com os pensamentos no menino de cabelos azuis.

- Ela ta fazendo isso de novo. - elas me tiraram dos pensamentos.

- O que eu to fazendo? - perguntei me esforçando pra prestar atenção.

- Não ta prestando atenção no que a gente ta falando. - Mary falou.

- Desculpa, ainda não to recuperada do meu término com o Michael. - falei de cabeça baixa.

- A gente sabe. - Katie falou me abraçando.

Mary revirou os olhos quando Katie me abraçou.

- Pra que essa frescura toda? - perguntou Mary. - Qual é, é só mais um namorado que ela teve.

- Mary eu gostava muito dele, não é fácil perder uma pessoa que se ama. - falei olhando pra ela.

- Ama? Você não amava ele. - ela falou debochada. Qual era a dela?

- Pode até ser, mas eu realmente gostava dele. - falei.

- É, Mary, respeita. - Katie falou.

Eu virei um pouco a cabeça no ombro de Katie ainda olhando pra Mary. Ela estava de cara fechada, olhava pra mim de uma forma estranha. Sei lá o que era.

- O que sente falta? - Perguntou Louise.

- De quando ele me abraçava e me fazia dormir, a cama tem se tornado tão vazia. - confessei.

- Ah, mas já chega! - ela falou batendo a mão na mesa e se levantando. - Quando a sua depressãozinha nojenta vai acabar?

- Mary, qual a tua? Ta menstruada? - perguntei.

- Eu? Acha mesmo que esse é o meu problema? Meu problema agora ta sendo você. - falou olhando bem pra mim.

- Ah, por que não vai embora? - perguntei olhando ela nos olhos.

- Vou te mostrar quem vai embora! - ela veio pra cima de mim, eu levantei preparada pra voar na cara dela, mas Louise entrou no meio.

- Vem, Mary, você acha que eu tenho medo de você? - perguntei.

- Você vai ter, sua nojenta! - ela me xingou.

- Chega, Mary! - falou Louise.

- Não, Louise, eu to guardando isso faz mais de 4 anos, to farta dela desde a faculdade! - Mary falou.

- Por que não fala tudo agora, valentona, to esperando! - falei olhando bem pra ela.

Eu não estava entendendo nada.

Por que Mary estava me atacando? Ou melhor, o que é que eu e fiz pra ela?

- Você deveria calar essa boca, você é mais nova que eu, sua pirralha! - falou ela tentnaod vir pra cima de mim.

- E daí? - perguntei.

- Daí que isso não deveria acontecer! - ela berrou, Louise estava entre mim e ela, não ia acontecer briga mesmo. - Você só tinha dezessete anos quando entrou na faculdade, eu já tinha vinte! Isso é injusto!

- Por que é injusto, desgraça? Eu pulei uma série, por isso entrei cedo na faculdade! - falei.

- É injusto por que você nunca precisou se esforçar pra passar! - falou alto. - Você sempre tirava notas altas, era a queridinha dos professores, por ser mais nova e uma genia todos te amavam! Você era só uma criança, isso era injusto!

- Mary, eu me esforçava mais que todo mundo alí, se eu reprovasse eu perdia minha bolsa! - falei alto.

- Mesmo assim, era injusto demais! - ela gritou. - Por que você? Você depois cresceu e fez aquela empresa de merda sua, e eu, eu to trabalhando num café ainda procurando emprego. - ela falou alto.

- Eu te ofereci pra ser editora chefe da minha editora, mas você não quis! - falei.

- Eu não ia ser empregadinha da rica mimada! - ela falou com fúria.

Foi aí que eu entendi o que estava acontecendo, era inveja dela.

- Você tem inveja de mim? - perguntei.

- Quer saber, que se dane! Sim, eu tenho inveja de tudo o que você tem! - ela gritou caminhando de um lado pro outro. - Tenho inveja da sua casa, do seu carro, da sua editora, desse rostinho, mas principalmente tenho inveja do Mike ter te amado em vez de mim!

Agora ela ia tomar na cara!

- Sua filha de uma... - eu fui pra cima dela, mas Katie me segurou pelos braços e me afastou dela.

Louise fez o mesmo e levou Mary pra longe de mim. Ela ficou a dois metros de mim.

- Para, Mary! Você disse que já tinha esquecido ele! - Katie gritou com ela. - Michael gostava da Jen, para que querer sempre ter tudo o que ela tem!

- O Michael me conheceu antes, não era pra eles se conhecerem! - ela gritou. - Era pra ele ser meu, não dela! Por isso fiz vocês terminarem!

- Eu odeio você, sua rata asquerosa! - xinguei ela. Eu queria chorar de raiva. Minha adrenalina tinha subido nas alturas.

- Que bom, assim a gente para de teatro, não é? - ela riu irônica. - Antes que eu me esqueça, Michael tem o gosto muito bom. Você não dever ter provado ele, você não é capaz disso. - ela me olhou maldosa.

- Mary! - Louise e Katie gritaram.

Eu não sei de onde arranjei forças, mas consegui me soltar completamente de Katie. Foi tudo muito rápido, eu dei dois passos largos na direção de Mary e dei um soco em sua cara. Ela caiu no chão com uma mão no maxilar.

- Eu posso não ter feito isso com ele, mas eu não sou uma puta que sai espalhando por aí que chupou o pau dele! - eu falei.

- Desgraçada! - ela me xingou.

- Abaixa essa bola, Mary, eu to mais bem sucedida, a desgraçada aqui é você! - falei olhando pra ela que estava no chão.

Eu me afastei dalí pra esfriar a cabeça enquanto ela se levantava. Meu celular passou a tocar na hora.

- Oi. - falei com a voz mais neutra possível.

- Jen, é o Calum. - ele falou.

- Ah, Calum, quanto tempo. - falei sorrindo. Fazia tempo, esses três meses que terminei com Michael.

- É, eu to com saudades. - ele falou. - Jen, eu sei que você e Michael terminaram, mas preciso de um favor seu.

- Diga. - Falei.

- Michael ta meio triste, ele não nos contou porquê vocês terminaram, e a gente não sabe como fazer ele tirar o capuz e parar de chorar. - ele falou.

Minha cabeça pesou.

Meu amor chorando?

- Aonde vocês estão? - perguntei apalpando meus bolsos pra saber se a chave estava lá.

- No aeroporto. - falou.

- Por que no aeroporto? - perguntei.

- Hoje nós vamos pra faculdade. - Calum respondeu.

- Ai, Deus, eu me esqueci disso. - falei batendo a mão na testa.

- Pode vir pra cá? Tenho impressão que Michael não vai ficar muito bem na faculdade se não te ver ela última vez. - Calum pediu.

- Eu já to chegando, Calum. - falei desligando o celular.

Abri a porta do apartamento sem dar muita importância para estavam para as meninas que estavam em casa. Eu desci as escadas correndo.

Peguei a chave do carro, abri o mesmo e já fui ligando antes mesmo de fechar a porta. Eu precisava ir ver Michael pelo menos uma última vez e falar pra ele ir bem nela. Eu nem sabia que curso ele ia fazer, mas queria apenas estar pra ver ele.

Saí do prédio da casa de Katie e peguei a avenida mais movimentada. Acelerei sem pensar duas vezes prestando atenção de um lado pro outro. Eu tinha que chegar o quanto antes lá.

Eu vi um semáforo verde, quase fechando. Acelerei o carro. Eu precisava estar lá o mais rápido possível.

Eu poderia dizer que ocorreu tudo bem, mas não aconteceu. Eu nãp sofri um acidente por ter acelerado no sinal quase fechando, sofri um acidente quando um cara tentou me ultrapassar. Ele me cortou, no susto eu virei o volante do carro, eu deslizei de um lado para o outro na pista e fui direto pra um poste.

Bati com a parte do passageiro ao lado.

Eu fiquei meio tonta de ter bati a cabeça no volante e senti que de minha testa escorria sangue.

Tudo estava embaçado, era ruim, eu ouvia pouco e não conseguia me mexer. Mas eu consigo me lembrar, o carro do cara que tentou me ultrapassar, vinha a toda velocidade na direção da minha porta. Eu não conseguia me mexer, não conseguia gritar. Eu senti uma dor enorme no peito enquanto tudo isso acontecia, eu sentia que ia morrer.

Consegui me lembrar de tudo o que passei com Michael, todos os nossos beijos e carinhos trocados, passavam diante da minha mente em questão de milésimos. Eu queria chorar, queria que o tempo voltasse pra eu nunca ter terminado com Mike. Mas não tinha mais volta.

Continua...